Heaven • Larry

By DarkDramaQueen

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"Louis William Tomlinson sempre foi ensinado que os bons garotos vão para o céu. Ao entrar no College Trinity... More

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By DarkDramaQueen

Observei Rachel Campbell do outro lado do estacionamento encostada em sua Mercedes Benz. Ela tinha um ar de garota riquinha, o modo que jogava o cabelo para trás enquanto falava com as amigas que olhavam para ela com certa admiração.

— Ela é insuportável. — Lottie murmurou, parando ao meu lado e encarando Rachel, que enrolava uma mecha do cabelo com os dedos.

Continuamos observando Rachel, que agora ignorava suas seguidoras e teclava ansiosa no Iphone em sua mão. Estava me virando para entrar no carro quando Lottie soltou um resmungo.

— Qual é! Ela deu o maior tapa na cara dele e mesmo assim ele continua falando com ela. — Lottie revirou os olhos e encarei Harry do outro lado do estacionamento, conversando com Rachel como se ela não tivesse agredido ele no meio de várias pessoas.

— Como você sabe disso? — Perguntei para Lottie, que fazia cara de nojo para o casal problemático.

— Todo mundo sabe disso, Lou. Ninguém consegue esconder nada nesse colégio.

Minha irmã soltou um risinho debochado e começou a andar em direção a porta do passageiro, entrando no carro e ligando o rádio. O pensamento de que talvez Rachel soubesse do que quase aconteceu no banheiro entre mim e o ex namorado dela passou pela minha cabeça, mas se ela realmente soubesse provavelmente minha vida não estaria tão calma e serena. Rachel Campbell era mais um motivo para manter distância de Harry parecer a coisa certa a se fazer. Eu não estava nada afim de receber tapas na cara igual o ex namorado dela, e pelo pouco que presenciei ela não parecia ter aceitado o término deles muito bem.

Acho que perdi a sensibilidade nas pernas. Isso deveria estar me deixando preocupado, mas não sentir nada era bem melhor do que sentir a dor que eu estava sentindo alguns minutos atrás. Harry estava determinado a matar cada um dos jogadores do time lentamente e dolorosamente. E para piorar o clima não estava a nosso favor. Gotas de chuva caiam pelo meu cabelo encharcado pelo suor e o vento gelado de outono batia contra meu rosto vermelho, queimando minha pele lentamente.

— Para encerar, 15 voltas ao redor da quadra e estão dispensados. — Harry anunciou e uma série de resmungos tomou conta da quadra. — Silêncio! A temporada de jogos nem começou e vocês já estão resmungando pelos cantos. Agora vão ser 20 voltas, e se eu escutar mais algum resmungo aumento para 30.

Todos os jogadores se mantiveram em silêncio, fazendo caretas em direção ao Harry que apenas ignorou e começou a correr, fazendo com que os jogadores o seguissem. Comecei a correr lentamente, minha perna parecia falhar levemente e meu corpo pedia imediatamente uma cama macia e aconchegante, meu cabelo molhado grudava contra meu rosto e eu sentia meus dedos apertados dentro da chuteira.

— Ei! — Um garoto loiro começou a correr na minha velocidade, sorrindo simpático na minha direção. — Sou Jordan.

— Louis. — Tentei sorrir, mas meu corpo parecia exausto demais até para isso.

O garoto acenou com a cabeça e continuou correndo ao meu lado. Seu cabelo claro era razoavelmente grande e seus ombros largos. Ele tinha o típico físico de um jogador de futebol e o típico sorriso de cafajeste. Divaguei  momentaneamente sobre quantas garotas já haviam caído naquele sorriso convencido que ele lançou na minha direção.

— Ele se acha... O Harry. — Ele sussurrou e olhou para os lados verificando que ninguém estava por perto. — Boa parte do time acha que ele só é capitão por conta que o pai dele é diretor e dono da Trinity.

Continuei calado, como se não tivesse escutado o garoto ao meu lado e tentei correr mais rápido sentindo minhas pernas doerem mais. Eu não estava afim e nem com energia para fofocar sobre o capitão do time e sua vida maravilhosamente privilegiada, pouca me importava as razões dele ser capitão do time ou o que os outros jogadores achavam sobre isso.

— Eu meio que concordo sabe. — Jordan continuou e eu revirei os olhos, desejando que ele se tocasse e fosse fofocar com outra pessoa, mas ele tinha aquele ar de garoto convencido que acreditava que todos adoravam sua companhia. — Tem jogadores muito melhores no time que poderiam ser capitães, por exemplo... Eu! Não querendo me gabar, mas me considero muito melhor que o Styles e...

— Lewis. — Uma voz grossa gritou e Jordan olhou para trás. Segui seu olhar e observei Harry parado no meio da quadra, encarando o garoto ao meu lado com cara de deboche. — Você pretende dar 20 voltas hoje ou vai ficar de papo furado com o Tomlinson? 

Jordan ficou imediatamente mais vermelho e murmurou um "Tchau" em minha direção, acelerando e começando a correr sozinho. Continuei no meu ritmo, parecia mais que eu estava trotando do que correndo, mas meu corpo estava exausto demais e eu desconfiava que se eu corresse em uma velocidade mais alta ia acabar desmaiando no meio dessa grama. Harry poderia ser um capitão bem exigente quando queria, o treino de hoje havia sido pesado e ele não parava sequer um segundo para respirar. Seu foco e concentração eram nítidos, obviamente ele levava o time muito a sério.

— Ok, ok! — Harry gritou e todos pararam. — Já deu por hoje, todos para o vestiário.

Respirei fundo, sentando no gramado molhado e apoiando a cabeça entre os joelhos, tentando normalizar meus batimentos cardíacos e criar forças para ir até o vestiário e tomar uma ducha.

Não sei quanto tempo depois decidi me levantar da grama molhada e caminhar até o vestiário, sentindo as gotas de chuva baterem violentamente contra meu rosto e o frio começar a tomar conta do meu corpo que esfriava.  O vestiário estava praticamente vazio quando entrei, apenas o Jordan estava sentado conversando com outro garoto e uma ducha estava ligada, fazendo uma névoa tomar conta do vestiário úmido.

Entrei em uma das duchas vazias, esperando a água esquentar enquanto tirava meu uniforme molhado por conta do suor e da chuva. Entrei embaixo da água, sentindo o calor tomar conta dos meus ombros e meus músculos relaxarem, fechei meus olhos encostando a testa no azulejo da ducha, respirando profundamente e deixando a água quente aliviar um pouco a dor dos meus músculos. Era estranho pensar em onde eu estava agora, na Trinity, no time de futebol. Algum tempo atrás eu estava jurando para mim mesmo que entrar nesse colégio seria como entrar no próprio inferno, mas estava sendo bem mais fácil do que eu poderia ter imaginado. Não havia decidido exatamente se isso era uma coisa boa, tudo estava bom demais pra ser verdade e eu estava começando a ficar com medo de quando tudo decidisse começar a dar incrivelmente errado.

Sai da ducha, enrolando uma toalha na minha cintura e passando os dedos pelo meu cabelo, tentando desembaraçar os fios cheios de nó. O vestiário estava com mais neblina que antes e tentei acostumar meus olhos, tentando enxergar além da camada de fumaça branca. Caminhei até o espelho perto da pia, passando a palma da mão pelo vidro e olhando meu reflexo no mesmo.

— Qual é a sua em sempre ficar por último no vestiário? — Escutei aquela voz grossa e debochada que eu não deveria conhecer tão bem.

Revirei os olhos e encarei o garoto de olhos verdes na minha frente. Seu cabelo estava molhado e seus cachos sem forma, sua camiseta estava com os botões abertos deixando seu peitoral á mostra e eu me esforcei bastante para manter os olhos no seu rosto, mas parecia que havia um imã puxando meus olhos para seu peitoral incrivelmente definido. Sua corrente de prata brilhou sob a luz do vestiário.

— Estou começando a achar que você é realmente algum tipo de stalkear. — Seu sorriso aumentou e eu revirei os olhos. — De qualquer forma, tenho mais o que fazer.

Me virei de volta para o espelho e tentei me concentrar em terminar de desembaraçar meu cabelo com os dedos, rezando para que Harry fosse embora e evitasse mais uma situação constrangedora para a lista.

— Sabe, estou com a impressão que você anda me evitando. — O garoto comentou e encarei ele pelo reflexo do espelho. — Eu te fiz alguma coisa, Tomlinson?

Um arrepio desceu pela meu corpo depois que ele pronunciou meu sobrenome.

— Acho que é só impressão mesmo. — Dei de ombros, mas com apenas um. — Na verdade, eu sequer vejo você pelo colégio.

Escutei seus passos se aproximando e meu corpo enrijeceu. Como vou sair correndo daqui só de toalha? Eu to tão fudido.

— Não minta pra mim, gatinho. — Ele sussurrou no meu ouvido e me virei bruscamente. Tentei me afastar dele, mas seus braços me prenderam contra a pia igual no banheiro da festa.

— Não me chame assim. — Ele sorriu de lado e minhas pernas tremeram levemente, mas ignorei. — Sai da minha frente.

— Eu vou sair sim. — Ele murmurou, aproximando tanto o rosto do meu que eu conseguia sentir a ponta do seu cabelo molhado roçar minhas bochechas.

— Então... — Não terminei de falar.

Harry colou seus lábios contra os meus, de uma forma delicada mas ao mesmo tempo grosseira. Senti todo o ar do meu pulmão sumir e minha mente escurecer como se eu estivesse sob o efeito de alguma droga, mesmo sem nunca ter usado nenhuma. Seus lábios eram tão quentes contra os meus e por um momento ele apenas deixou eles parados, como se estivesse deixando eu me recuperar do choque.

Senti seus dedos roçarem o lado da minha cintura, parando subidamente na barra da minha toalha e causando um certo formigamento na área. Seus lábios começaram a se movimentar contra os meus e uma sensação de calor tomou conta do ponto abaixo do meu umbigo. Sem nem perceber minhas mãos estavam no pescoço dele, sentindo a corrente de prata gelada contra sua pele quente.

Harry continuava movendo apenas os lábios contra os meus e minha mente parecia cada vez mais perdida, como se a única coisa que eu fosse capaz de pensar fosse naqueles lábios pressionados contra os meus. Suas mãos desciam por cima da toalha, alçando minha bunda e apertando, fazendo com que eu afastasse levemente a boca da sua e soltasse um gemido baixo. Quando nossas bocas se colaram novamente tudo pareceu esquentar mais e suas mãos exploravam cada parte do meu corpo enquanto eu apenas puxava seu cabelo úmido entre meus dedos, sentindo sua pele se arrepiar contra a minha e ele resmungar coisas incoerentes contra meus lábios. Quando eu comecei a passar minha língua lentamente por seu lábio vermelho tentando aprofundar mais o beijo, Harry se afastou de mim, apertando minha bunda uma última vez e sorrindo debochado pra mim.

— Até qualquer dia, gatinho. — E ele simplesmente se virou, agarrando sua mochila e saindo do vestiário.

Encarei perplexo a porta do vestiário se fechar e depois encarei o volume entre minhas pernas, me encostando na pia e fechando os olhos.

Eu estava tão fudido!

• Me perdoem pelo sumiço!!! A escola está realmente consumindo meu tempo e só consegui arrumar um tempo para voltar para o Wattpad essa semana. •

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