VOCÊ É O MEU MELHOR ACASO

By meu_mundooooo

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"Estamos destinados, eu e você. Não podemos lutar contra isso, até mesmo porque não podemos. Você será minha... More

NOTAS
PRÓLOGO
PERSONAGENS
Capítulo 01 - O EXAME
Capítulo 02 - ACIDENTE
Capítulo 03 - CONFUSÕES
Capítulo 04 - MERGULHANDO EM UM OCEANO DESCONHECIDO
Capítulo 05 - NEM TUDO VEM DE GRAÇA
Capítulo 06 - VISITAS
Capítulo 07 - "ESTOU AQUI POR VOCÊ"
Capítulo 08 - "ANO NOVO"
Capítulo 10 - "ESTOU ATRAPALHANDO?"

Capítulo 09 - "GRÁVIDA"

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By meu_mundooooo

A mudança aparece com diversos fatores acontecendo ao mesmo tempo. Como se nada pudesse sair do lugar. Algo que surge da contradição a afirmação. Por exemplo: uma mistura de filosofia com cálculo lll.

De fato, complexo.

Acontece constantemente na vida das pessoas. Principalmente naquelas que aceitam a mudança, que abraçam, a seguram e firma-se ali, até a primavera chegar.

Já dizia o filósofo pré-socrático Heráclito de Éfeso:"Ninguém entra em um mesmo rio uma segunda vez, pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras."

E ainda complementa:"Paremos de indagar o que o futuro nos reserva e recebamos como um presente o que quer que nos traga o dia de hoje."

Ou seja, a mudança vem mesmo não querendo.

E foi justamente isso que aconteceu na vida de Ana Sofia após a entrada de James Lombardo. Chegou como um furacão. Um vendaval sem rumo. Mas que por ironia do destino pós-se no seu caminho.

Da mesma forma que chegou, ele também se foi.

Não se sabe para onde. Qual o motivo de seu sumiço. A razão para ir se o mesmo afirmava que não iria.

Mas ainda assim, Ana Sofia está lidando com radicalidade que teve em sua vida. E pensando em tudo o que teria que enfrentar, deixou seus pensamentos por James vagarem.

— ...Por fim, acredito que os detalhes usados meticulosamente nessas colunas foram de extrema importância, pois assim, ficou conhecida como a obra mais bem feita do autor. — Completa sua resposta ao professor, não tenho ciência do que se passava nesse momento na cabeça do mesmo.

Lorenzo andou de uma ponta a outra do auditório, levantando suspeitas aos alunos presentes.

Levantou o seu o seu olhar, pronunciando o nome da aluna Jade Kling.

— Pois não? — Responde de maneira sutil, enquanto os outros alunos presta atenção.

— Gostaria de acrescentar algo a mais sobre a fala da senhorita Vintorinne?

A jovem repara em Sofia e logo mais olha para o professor. Pensa por alguns segundos, dando a conclusão do seu falar.

— Concordo com o que Ana Sofia disse. Inclusive, faço de suas palavras as minhas. — Sorrir de canto, voltando a atenção para o livro posto em sua mesa.

Lorenzo já iria concluir sua aula, porém, alguns alunos foram o questionar sobre o estágio na empresa mais famosa do país. Com sede em Nova York.

Enquanto se formava um completo tumultuado, Ana recebeu uma mensagem anônima. O que não era de se esperar, mas que também não foi algo surpreendente.

Ela imaginou infinitas possibilidades, só não imaginava que seria a pessoa que ela menos queria ver no momento, o seu ex-namorado.

...

— Só pode ser piada.

Deixo a porta bater com força, saindo com a expressão nada boa da sala.

Dores de cabeça aguda e uma vontade imensa de vomitar.

Antes que conseguisse chegar ao ponto de ônibus, o vômito saiu por livre e espontânea vontade, em um arbusto qualquer da rua.

Coloco todo o meu café-da-manhã na plantinha, não sabendo se sentia pena de mim ou dela.

Estou vendo tudo girando, como uma completa roda gigante. Mas consigo ouvir os passos de Chris.

— O que houve? — Tenta me levantar, mas o mesmo percebe o que estava fazendo. — Você está fria, Sofia. Precisamos ir ao hospital!

— Desde quando isso foi motivo para ir ao médico? — Enxugo o vômito na manga da blusa — Eu tenho que ir.

— As coisas não funciona assim, querida. — Chris ajuda-me a levantar. — E isso foi nojento. — Disse se referindo a blusa, e de certa forma, concordei com o mesmo.

Conseguir ir só até o banco da parada.

— Eu estou sentindo uns enjoos misturado com algumas cólicas, dores agudas na cabeça e...— Reparo no corola branco que rodeou o quarteirão três vezes na semana passada, e hoje, a segunda vez. — Chris...esse carro. — Meço com os olhos.

— O que tem?

— Posso está neurótica. Mas ele está me perseguindo. — Observo o carro virar a esquina.

— Bobinha! Esse carro é do Clark, professor de anatomia.

Intrigada, volto a olhar para Chris.

— Eu sei sua placa decorada. — Senta ao meu lado verificando minha temperatura. — Vamos ao hospital.

Bufo, revirando os olhos.

— Chris — Falo um pouco mais alto, coisa que é fora de costume.

— Você não está bem! Está até gritando. Isso por causa de James?

— Isso só pode ser brincadeira. — Digo — Isso não tem nada a ver com James! Meu sistema imunológico que está ruim, mas logo volta ao normal.

James se tornou um assunto proibido entre eu e meus amigos. Depois do ano novo, não obtive notícias do mesmo, a não ser pelas revistas e etc. Ocupei minha mente e não deixei que ele consumisse meus pensamentos.

E está indo muito bem. Minha rotina não mudou nada e aquela grande festa de Spencer, se tornou o assunto mais comentado durante semanas. E de fato, todos queriam saber quem eu era. Por conta de James.

Por outro lado, em algum momento, eles apenas esqueceram a curiosidade e por isso ficou.

Estou feliz por tudo voltar a ser como era antes.

— Desculpa. — Pede Chris.

Fico impaciente sem ao menos saber o porquê. Lavando do banco e ando de um lado para o outro, igual ao que Lorenzo estava fazendo a alguns minutos atrás.

Quero roer as unhas, mas fiz elas ontem. Que saco!

— E esse ônibus que não chega. — Reclamo. Notando que Chris havia saído para uma ligação.

— Nós temos que conversar!

Sinto às mãos na minha cintura, tomando um grande susto.

Empurro o homem para trás, fechando minha mão para dar um belo de um soco no rosto do infeliz que fez isso.

— Você?! — Paro, antes mesmo de machucar meus dedos com uma pessoa que não fale a pena. — O que você quer?

— Sofia...eu sei que errei, mas você é a mulher da minha vida e eu não quero te perder! Não aceito te perder — Choraminga, tentando se aproximar.

— Pode parar. — Aponto para seus pés. — Você me traiu! Nunca quis me assumir e agora vem dizer que eu sou a mulher da sua vida? Que tipo de cara é você?

— O tipo que sabe que está errado e está implorando o seu perdão. — Se ajoelha na minha frente.

Isso é ridículo! Olho para os lados e vejo as pessoas comentando sobre essa cena ridícula.

— Pelo amor de Deus. — Puxo suas mãos para levantar. — Levanta, isso é ridículo.

— Então me aceita de volta. — Implora, segurando firma minha mão.

Surge uma pontada maior da dor na cabeça e no momento foi inevitável não gritar.

Sinto quando Andrew soltou minha duas mãos. Usei elas para tentar amenizar minha dor, mas foi impossível.

— Sofia, fala comigo — Andrew chega mais perto e nesse momento, percebi, que não iria conseguir me manter de pé por muito tempo.

As últimas palavras que ouvir foi Chris gritando "o que você fez!".

...

— "...Ela está acordando...vou chamar o médico."

Pisco infinitas vezes, até conseguir abrir os olhos por completo.

— Você nos deu um baita susto! — Reconheço a voz de Lucy, segurando minha mão.

Pigarreio, antes de falar.

— Quanto tempo dormir?

— Um dia. — Responde.

— O que eu tenho? — Consigo me endireitar sentindo uma leve dormência nas pernas.

Mas antes que minha amiga pudesse responder, a porta da sala foi aberta.

Não acreditei quando olhei de relance, então fui novamente me certificar.

— Olá Sofia! Como se sente?

Estranhamente preocupada com o meu quadro. Mas o que diabos estou fazendo nesse hospital de novo?

Bem. — Engulo em seco, enquanto o mesmo me examina novamente.

— Fico feliz, Sofia.

Acompanho seus movimentos ainda com a cabeça girando.

— Ela vai ter alta, doutor? — Chris se pronuncia depois de alguns minutos em silêncio.

— Cer...

Robert foi interrompido por um estrondo na porta. Onde todos olharam juntos para o centro.

O cheiro dele inundou a sala. Sua mandíbula está travada como um cadeado e seus olhos estão famintos.

— Saiam todos! — Ordena.

Meus amigos entreolharam-se, sem saber o que fazer.

— Você não pode invadir a privacidade dos meus pacientes assim, James. — Repreende o irmão mais velho. Enquanto ele observa os outros dois assustados.

O moreno dar passos lentos até chegar ao meu leito.

— Eu deveria ser o primeiro a ver Sofia. — Reclama, voltando a olhar para os meus amigos. — Saíam!

Encaro James.

— Não! Eles não vão sair, mas você vai — Fixo meus olhos no corpo dele.

— Você acabou de acordar depois de 24 horas. Não pode se estressar ou ficar irritada com as atitudes do meu irmão, ainda mais depois da minha descoberta. — Disse, e todos os olhares voltaram ao médico.

— Do que você está falando? — Perguntei.

James ficou sombrio. Seus olhos estavam com um ar de que iria matar o próprio irmão se revelasse o que eu tinha.

— Ela precisa saber, James! — Exclama Robert. — Fizemos outro exame na sua cabeça, mesmo tendo feito aquele devido ao acidente, decidir realizar outro. Não encontramos nada.  — Sinto quando os dedos de Lombardo chegam ao meus cabelos, descendo para a minhas mão. — Coletei uma amostra do seu sangue, para exames. O resultado foi imediato.

— O que ela tem Robert? — Surge a voz de Lucy agoniada.

Mas não foi Robert quem soltou a notícia.

— Você está grávida, Ana Sofia. — Disse James.

Foi impossível conter a risada. Mas não só eu, como Chris e Lucy riram simultaneamente.

James e Robert se entreolharam.

— Impossível! — Disse Chris se jogando na poltrona próxima.

— Você ouviu esse absurdo? — Lucy fez uma pergunta retórica — Grávida? Nem fodendo.

— Literalmente. Nem fodendo. — Chris repetiu e a gargalhada foi maior.

— Gente. — Digo, recompondo-se — Eu sou virgem.

— Nós sabemos. — Respondeu Robert.

Paramos de rir por completo quando percebemos que o assunto era sério.

James sentou na beirada da minha cama. Puxou meu rosto para si e ali mesmo, beijou-me loucamente.

Tudo o que havia sentido no ano novo, foi três vezes maior. Sinto uma corrente forte, elétrica percorrendo toda as minhas células. Mas antes que pudesse apreciar mais desse momento, James separa nossos lábios.

Olho em volta e percebo que estamos sozinhos.

— Sua cabeça vai explodir com tanta informação, mas prometo que irei lhe explicar tudo. — Disse o moreno, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Na minha cabeça, nada está fazendo sentindo. Se estou mesmo grávida e você sabe, então quem é o pai? E como engravidei?

— Acredite, mas isso foi a maior loucura que já aconteceu na minha vida também. — Depositou dois beijos, um em cada mão. — Eu sou o pai. Vamos ter um filho. Ana.

— Quê? — Fico perplexa com tamanha incredulidade. — Como?

— Inseminação artificial. — Responde. — A médica que realizou seu exame de rotina há dois meses atrás cometeu um erro. — Complementa e antes que pudesse soltar alguma palavra, James continuou. — Ou melhor, cometeu o melhor erro de nossas vidas.

— Melhor?! — Tento assimilar. — Melhor para quem?

Se antes estava tentando acordar, agora estou mais que acordada, mas não sei se deveria ter aberto meus olhos.

Faço menção de sair da cama do hospital, porém, James segura meu pulso.

— Você não faz ideia de como tudo isso é uma reviravolta emocionante. — Puxa-me pela nunca, aproximando nossos lábios. — Agora iremos ficar ligados para sempre, loira. — Fico hipnotizada com as linhas da boca do moreno. Dessa vez, eu quem o beijo.

Mergulho nesse mar chamando James com a saudade que estava sentindo dos lábios do moreno. Por ironia do acaso, percebi que esse intensidade foi recíproca. James com uma pegada só, me pôs em seu colo. Sentir seu membro incrivelmente dotado na minha feminilidade, que está coberta por uma calcinha de algodão.

— A conversa tá saindo melhor do que esperava. — Susurrou enquanto se afogava em meu pescoço.

Milhares de coisas se passaram pela minha cabeça nesse momento, mas uma delas, trouxe-me de volta a realidade.

Por um impulso, conseguir sair de cima do moreno e criar uma distância de 1 metro e meio.

Pego o ar que havia acabado, recompondo-se rapidamente. James mantém seus olhos em mim, levantou-se e caminhou para onde estou.

— Quero conversar. — Afirmo. — Quero entender todo o passo a passo e no final, eu irei decidir o que devo fazer. Entendido?! — Mantenho-me firme, enquanto ele pôs o sorriso safado e gostoso no rosto.

— Tudo bem, meu amor.

Enquanto James saia do quarto. Robert entrou e fez algumas perguntas sobre a gravidez. Explicou-me o método científico mas deixou a melhor parte para seu irmão.

— Você pode optar por não ter o bebê. — Disse Robert. — Digo isso como médico que está apá do caso. Por outro lado, falando informalmente, como o tio desse bebê, você estaria negando-me o privilégio de ser o tio babão e de alguma forma, ver meu irmão sorrindo mais vezes.

Ele percebeu o que tinha dito no final. E eu entendi o que disse.

— Gostaria que isso ficasse entre nós. — Sorrir incerto, colocando as mãos no bolso do jaleco. — Não sei como é o relacionamento de vocês, mas posso lhe assegurar que meu irmão estava contando os minutos para conversar com você novamente.

— Robert...— Procuro palavras. — eu e seu irmão não temos nada. Se conhecemos pelo acaso.

— Pode rir de mim, Sofia. Mas o que você chama de acaso, eu chamo de destino.

...

Despedir dos meus amigos tem alguns minutos. Tomei um banho quente e por algumas vezes toquei no meu abdômen. Ainda não estou conseguindo assimilar como uma consulta médica resultou em uma gravidez.

Ponho o prato que acabei de lavar no escorredor, quando escuto a campainha tocar.

Abro a porta, mas não sinto surpresa de ver quem estava no pedestal.

— O que você quer?! — Cruzo os braços.

Ele respirou fundo e soltou o ar pelas narinas.

— Vir saber como você está. — Respondeu com o tom baixo, sentando na calçada. — Chris chamou a polícia para me tirar do hospital.

Sorrio de canto, sentando ao lado de Andrew.

— Eu só lembro de você ter me segurado para não bater com a cabeça no chão.

— Levei você ao hospital mais próximo da faculdade. Assim que te entreguei aos paramédicos, Chris tentou expulsar-me do hospital. Mas não sair. Estava  me sentindo culpado. Queria ter algum retorno de você. — Sinto os olhos de Andrew enquanto observo o chão. — Mas a polícia veio e me levou.

— E como você está aqui agora?

— Acionei um amigo advogado. Eles me liberaram de tarde. — Ele parou de falar, então voltei meus olhos para ele. — Voltei para onde deixei você, mas disseram que havia sido transferida. Transferida para hospital Lombardo. — Andrew olhou em meus olhos, mas retornou a atenção para a nossa frente. — Quando cheguei no tal hospital, já tinha ganhado alta.

O ar gelado bate em nossos rostos. E só agora percebo a terrível ideia de ter sentado junto dele aqui fora.

— De qualquer forma, agradeço por ter me levado ao hospital. — Digo, levantando.

— Tudo o que fizer por você, não vai ser nada do que já fez por mim. — Levanta-se, pegando em meu rosto. — Eu sei que errei e irei pagar caro por isso. Mas não vou desistir de ter você na minha vida. — Solta com cautela.

— É melhor você ir. — Digo.

O menino afirma com a cabeça, enfiando as mãos no bolso do jeans.

— Vejo você em breve. — Despede-se. Enquanto retorno para dentro.

Respiro fundo, trancando a porta da frente.

Hoje a temperatura está mais mais baixa que de costume. Meu corpo está congelando.

Pego o isqueiro na cozinha indo acender um pouco de lenha que a mãe de Chris havia me dado, entretanto, a mesma já estava acesa.

— Temos uma conversa pendente.

"Nem tudo vejo como desafio, mas Ana se tornou meu maior objetivo "

James L.

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