Touch Me (Romance Lésbico)

By becccsstory

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(Conteúdo adulto. História original.) Emma está indo para a faculdade em uma nova cidade, longe de tudo que e... More

Personagens
Notas
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Agradecimentos
OFF - Grupo no Whatsapp

Capítulo 4

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By becccsstory

Serena ajeitou suas roupas e se sentou, mas não levou um segundo para ela voltar a beijar Emma, se sentando em seu colo.

- Espero não ter acordado o prédio inteiro. – sussurrou Serena contra a boca de Emma.

As duas riram baixinho e logo voltaram a se beijar apaixonadamente, seus lábios estalando, suas línguas se enroscando. Emma ainda estava completamente excitada por tudo que acabara de acontecer, mas estranhamente satisfeita.

Emma ouviu um barulho de porta se abrindo e ficou rígida, parando o beijo. Melinda havia acordado. Antes que Emma pudesse reagir de alguma forma Melinda saiu do quarto, com os cabelos bagunçados, a maquiagem borrada, a cara franzida e inchada de sono. Ela parou na frente da porta do banheiro e ficou olhando fixamente para Serena e Emma, provavelmente saindo de algum estágio do sono e tentando entender o que estava vendo.

- Oi Serena. – Melinda falou com a voz rouca.

Desconcertada, Serena desceu do colo de Emma e se sentou no sofá, tentando se ajeitar.

- Oi Melinda.

E foi isto. Melinda entrou no banheiro.

Serena olhou para Emma ainda meio desconcertada e sussurrou:

- Foi por pouco.

Elas riram baixinho.

- Já está bem tarde... Preciso ir.

Por mais que Emma não quisesse que Serena fosse, sabia que era o melhor a se fazer no momento.

- Deixa que eu chamo um Uber pra você. – falou Emma preocupada.

- Não precisa, eu estou de carro.

- Ok, vou te deixar lá então.

Serena pegou seu casaco e Emma foi com ela.

Quando elas chegaram ao carro de Serena não houve muita conversa, na verdade não teve tempo para isso. Serena beijou Emma com paixão, a abraçando forte.

- Promete não sumir? – perguntou Serena finalizando o beijo e abrindo a porta do seu carro.

Emma se afastou e lhe deu espaço.

- Eu não vou a lugar nenhum.

Um breve sorriso recíproco e logo Serena se foi. Emma nunca esteve tão feliz, pelo menos não se lembrava da última vez que se sentiu assim.

Quando subiu de volta para o dormitório, ela foi para o quarto. Melinda estava em sua própria cama dessa vez, o rosto estava lavado e sem maquiagem, os bagunçados cabelos estavam presos em um coque frouxo e ela estava vestindo apenas uma camisa grande. Quando Emma viu que sua calcinha estava à mostra percebeu que era o momento certo para parar de olhar.

Melinda parecia estar dormindo, então Emma foi cuidadosa ao fechar a porta. Enquanto tirava seu blazer e jogava em um canto ela se assustou um pouco quando Melinda falou.

- A noite de alguém foi interessante.

- Ei... Está acordada. Está se sentindo melhor? – perguntou Emma enquanto se sentava em sua cama e tirava seus sapatos.

- Uhum. – murmurou Melinda positivamente. – Serena é linda, vocês fazem um belo casal.

Emma franziu a testa sem saber o que responder. Tirando sua blusa e ficando apenas de top, ela se deitou.

- Então é isso que você faz quando reencontra antigas amigas?

Emma riu. Talvez de nervosismo.

- Ah... Eu... Não... – Emma não conseguiu formular uma frase.

- Da próxima vez só pede pra ela gemer mais baixo. – Melinda se virou de costas para Emma e se encolheu.

- Me desculpa, isso não vai mais acontecer, não quis te acordar.

- Tira sua roupa do chão.

Emma não falou mais nada ao perceber o mau humor de Melinda. Ela só precisava descansar. Emma sabia o quanto Melinda odiava ser acordada fora de hora e entendia seu mau humor. Ela apenas facilitaria. Pegando suas roupas do chão ela as guardou em seu lado do guarda roupas, jogando de qualquer jeito e após apagar a luz, se deitou.

Seu celular vibrou.

Emma corou, se arrependendo de ter escrito aquilo no momento que enviou a mensagem. A última coisa que ela queria era parecer desesperada ou super carente, e antes de ter alguma resposta ela desligou a internet do celular e tentou dormir, mesmo com sua mente à mil.

No dia seguinte Emma esperou um clima estranho entre ela e Melinda, mas isso não aconteceu. Ela acordou de bom humor, fez comida para as duas, assistiram à um filme de terror que Emma obrigou Melinda a ver e depois um filme de romance que Melinda obrigou Emma a ver.

De tempos em tempos (para não dizer de minuto em minuto), Emma checava seu celular para ver se havia alguma mensagem de Serena. Nada. Talvez ela estivesse esperando Emma falar primeiro, ou talvez havia se arrependido de ter ficado com Emma e achava que deveriam deixar apenas na amizade, ou estava apenas ocupada demais, não dava para saber. Emma chegou a digitar algumas vezes, mas seu orgulho não a deixava enviar a mensagem. Afinal, ela havia sido a última a responder. Emma suspirou quando se sentiu imensamente imatura para uma pessoa com vinte anos, mas não conseguia evitar.

- Quer sair pra beber? – perguntou Melinda, tirando Emma de seu devaneio.

- Você não cansa?

Elas riram.

- É sábado. É dia de encher a cara.

- Ontem não contou?

Melinda suspirou e virou os olhos.

- Você vem ou não? Não quero ficar em casa num sábado à noite.

Emma acabou concordando. Mais uma checagem no celular: ainda nada. Foi a vez de Emma suspirar.

Uma hora depois Melinda e Emma já estavam em uma mesa no The Pub, cada uma com sua bebida, na verdade Melinda já estava no terceiro drinque de vodca, e elas haviam chegado há menos de uma hora.

- ...aí ela me perguntou: Onde você escondeu meu celular? E eu disse a ela que não tinha visto o celular dela em lugar nenhum. Mas claro, era mentira, eu escondi o celular dela no meu cofre, eu não ficaria de castigo sozinha, só porque ela é a mais velha iria se safar?

Melinda contava uma de suas inúmeras histórias de infância privilegiada que Emma realmente gostava de ouvir. Era engraçado ver como Melinda enxergava algumas coisas, ela era uma menina rica, sua família tinha muito dinheiro, isso Emma sabia, sua faculdade estava completamente paga e o que Melinda tinha que fazer era apenas estudar e não se preocupar com o depois.

- Você é um monstro. – disse Emma, rindo e tomando mais um gole.

Melinda riu de volta.

- É, eu sou.

- Então, vai me contar sobre o tal de Tyler?

Melinda suspirou e olhou para o lado.

- E de repente a garota falante não soube o que falar. – falou Emma num tom de brincadeira.

Melinda esboçou um sorriso de canto e, desanimada, mexeu seu canudo de metal dentro do copo.

- Nós terminamos. Pelo visto não sou boa o suficiente para ele.

Emma franziu a testa.

- E porque você acha isso?

- Ele ficou com outra pessoa. Eu descobri isso ontem. O celular dele estava em cima do balcão e apareceu uma notificação: Quando vamos repetir? – ela riu desanimada. – O que eu esperava? Ele ficou comigo enquanto ainda namorava a Serena e me disse que estava solteiro, que tinha acabado com ela naquela noite, o que era uma grande mentira. Mas depois não me deixou em paz, disse que queria ficar comigo, que havia terminado de verdade com a Serena, que estava apaixonado... Enfim, esse tipo de coisa que os caras inventam só pra te levar pra cama, fazer o que quiserem com você e quando não é mais uma novidade eles procuram outra e assim vai. Um ciclo vicioso.

- Ei... não é culpa sua. Você é boa demais pra ele, esse é o problema aqui.

Melinda riu negando com a cabeça.

- Vocês também fazem isso?

- Vocês quem? – perguntou Emma, confusa.

- Lésbicas.

Emma tomou um longo gole antes de responder.

- É mais comum do que você imagina, acredite.

- Então eu não posso dizer que cansei de homem e vou virar lésbica como todo mundo faz?

Emma riu.

- Não.

- Ninguém está a salvo. Eu preferia não ter sentimentos.

- Seria um sonho.

- Mas você está bem, tem sorte, está com a Serena.

Emma suspirou, por um momento havia se esquecido da incansável espera por uma resposta.

- Eu não ESTOU com ela. A gente ficou ontem, não estamos namorando nem nada do tipo... E provavelmente não vai acontecer de novo. – Emma não escondeu a frustração em suas palavras.

- Porque você acha isso?

- Não sei, não é nada demais.

- Não acredito que você a fez gemer daquele jeito e ela não vai querer mais.

Emma sentiu suas bochechas esquentarem e olhou para o lado enquanto mexia seu cabelo. Melinda riu daquilo.

- Não se preocupe, Emma. Ela vai querer. Quem não iria?

Aquela pergunta fez Emma ficar confusa, mas antes que ela pensasse em algo para falar alguém interrompeu.

- Mel, eu quero conversar com você.

- Eu não quero. – Melinda respondeu sem olhar para a pessoa.

Provavelmente este era o famoso Tyler. Emma o observou detalhadamente. Ele era aquele tipão clichê: alto, bronzeado e forte. Tinha cabelos loiros tingidos muito bem penteados e o jeito que ele se vestia dava para perceber que ele passava horas se arrumando antes de sair. Seu cabelo estava impecável, a pouca barba que tinha estava bem feita e o cheiro do perfume dava pra sentir de longe.

- Foi tudo um mal entendido. – continuou o boneco Ken.

Emma riu com a comparação que ela mesmo havia criado em sua cabeça. A Barbie e o Ken não eram um casal perfeito no fim das contas.

Tyler a olhou com os olhos furiosos.

- Do que você está rindo?

Emma sentiu seu coração acelerar com a adrenalina chegando, mas sorriu.

- Nada. – respondeu ela calmamente enquanto terminava de tomar sua bebida, virando o copo.

- Tyler, deixa ela em paz, ok? Só...

- Você é sapatão agora?

Emma respirou fundo tentando se controlar para não levantar naquele momento e partir para cima daquele imbecil, mesmo sabendo que estaria em uma grande desvantagem.

- Não é da sua conta! – Melinda respondeu, para a surpresa de Emma. – Por favor, sai daqui.

- Eu não vou embora até conversar com você.

- Ela já disse que não quer. Cai fora. – Emma se pegou respondendo.

Era engraçado como algumas vezes ela não conseguia nem formar uma frase, mas em momentos como esse toda a sua timidez sumia. Quando a adrenalina corria em suas veias ela simplesmente não conseguia controlar as coisas que falava e muito menos suas atitudes. Faltava realmente pouco para ela começar uma briga ali mesmo. E ela queria. Muito.

- Ninguém te perguntou, cara. – respondeu Tyler, ríspido.

Estaria tudo bem se a palavra "cara" não tivesse saído com tanta ironia, mas não estava. Emma se levantou e usando toda sua força ela empurrou Tyler para longe.

Antes que Tyler voltasse, Melinda se levantou e se colocou em sua frente, o empurrando com a mão em seu peito.

- Tyler! Para! Você provocou.

A respiração de Emma estava ofegante e ela inconscientemente sorria de lado. Todo seu corpo vibrava e ela sentia uma alegria estranha por sentir aquilo.

- Vamos embora, Emma! – Melinda gritou, mas Emma não havia escutado. – Emma! Vamos! – continuou ela, puxando Emma.

Emma passou por Tyler quase o atropelando e quando se deu conta estava andando em um túnel com os passos apressados junto com Melinda, que estava resmungando.

- Eu odeio o Tyler, odeio. Ele não vai me deixar em paz e eu vou acabar caindo, ele sabe e por isso faz isso. – Melinda estava andando encolhida, com os braços cruzados e lágrimas caindo de seus olhos.

- Não, você não vai cair! Ele não gosta de você, ele só não quer sair perdendo! Eu conheço esse tipo de gente, meu pai é um belo exemplo disso. – Emma estava bufando.

- E eu sou a loira burra que vai cair nessa. Que droga, eu vou cair. – Melinda soluçou.

Emma parou, a segurou pelos ombros com firmeza e a olhou nos olhos.

- Melinda. Você. Não. Vai. Cair. Repete isso. EU NÃO VOU CAIR.

Os olhos de Melinda não paravam de lacrimejar.

- Mas...

- Repete!

- Eu... Não vou cair. – Melinda falou com zero de entusiasmo, nem ela mesma acreditava em suas palavras.

- Respira fundo e fala de novo. Com vontade.

- Eu não vou cair. – Melinda respirou fundo. – Eu não vou cair!

- Isso! Não vai!

- Não vou! – Melinda riu entre as lágrimas que tentou enxugar.

- Você é inteligente, linda, tem um sorriso perfeito e não precisa desse cara pra nada. – Emma soltou os ombros de Melinda quando percebeu que talvez estivesse apertando demais.

Melinda a abraçou forte. Enrolando os braços ao redor do seu pescoço.

- Obrigada. – falou ela com a voz abafada.

Emma enrolou seus braços ao redor dela e percebeu que estava frio quando sentiu seu corpo se aquecer com o contato.

O abraço demorou mais do que o normal, mas Emma realmente não se importava. Melinda acariciou sua nuca e lentamente foi desfazendo o abraço, parando com o rosto de frente para o seu.

Emma olhou para a boca de Melinda e ela lhe devolveu o olhar. Por um momento Emma imaginou como seria beijá-la, imaginou suas línguas se encontrando e seus corpos colados num beijo intenso e percebeu que realmente queria saber. Melinda acariciou a maçã do seu rosto com o polegar e abriu um sorriso largo.

- Quero te mostrar uma coisa.

- Ok. – Emma ofegou.

Melinda se afastou e correu. Emma demorou para raciocinar e logo Melinda gritou:

- Vem!

Emma passou as mãos nos cabelos, passando eles pra trás e correu, seguindo Melinda. Parte dela desanimada por não ter acontecido um beijo ali, mas a maior parte sabia que era melhor assim. A última coisa que ela queria era complicar ainda mais a cabeça de Melinda e muito menos estragar a amizade entre elas.

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