Emma acordou durante a madrugada com seu celular vibrando constantemente em seu bolso. Melinda se encontrava na mesma posição de algumas horas atrás, dormindo profundamente. Com cautela ela moveu seu braço dormente de baixo de Melinda e a deixou dormindo em sua cama. Enquanto se dirigia para a sala Emma verificou em seu celular quem estava lhe ligando às duas da manhã. Era Serena. Emma atendeu sem pensar duas vezes.
- Ei, Serena. Está tudo bem?
- Oi... – Serena respondeu com uma voz baixinha. – Te acordei?
- Ah... não, eu estava só cochilando. Aconteceu alguma coisa?
- Na verdade não, eu só estou sendo chata insistente querendo conversar com minha amiga de infância que me deu um belo bolo hoje. – Serena riu baixinho. – Eu estou com saudades de você, cara.
Emma sorriu enquanto se sentava no sofá.
- Também estou com saudades de você.
- Então, será que você poderia descer aqui pra me dar um abraço?
- O que? – Emma riu, incrédula. – Você está aqui?
- Surpresa.
- Estou indo. Espera.
- Okay.
Fim da ligação. Mais uma vez Emma estava sentindo aquele velho frio na barriga. E tentando não fazer Serena esperar muito ela tentou dar um jeito no seu cabelo e na sua roupa amassada, "resolvendo" os dois apenas com algumas passadas de mãos. Algumas espirradas de perfume e uma balinha de menta depois, Emma desceu para encontrar Serena.
O abraço que ela ganhou a fez sentir uma nostalgia enorme. Só Serena a abraçava daquele jeito e não a deixava desconfortável. E Emma podia jurar que seu cheiro ainda era o mesmo. Um cheiro doce, como de alguma fruta que ela não identificava. Emma poderia morar naquele abraço. Mas (infelizmente) Serena a soltou.
- Como você sabe onde eu estou morando?
- Você está dividindo apartamento com a Melinda, eu já vim aqui antes. - Serena sorriu.
Emma tinha certeza de que nunca havia visto uma mulher tão linda assim em toda sua vida.
- Só pra constar, eu não sou stalker. - Serena riu. - Eu estava aqui pertinho e pensei: porque não? Desculpa se te acordei.
- Está tudo bem. – respondeu Emma. – Eu estava com a Melinda. Ela teve uma noite difícil e chegou chorando, não quis deixar ela sozinha.
- Ah... E como ela está agora? – perguntou Serena com preocupação esbanjando em sua voz.
- Está mais calma, está dormindo.
- Isso é bom. Melinda é uma pessoa complicada, principalmente quando bebe.
Emma franziu a testa.
- Você acha que ela tem algum problema? Tipo... Com bebidas?
- Eu acho que ela tem um monte de problemas.
Uma grande interrogação se formou na expressão de Emma, mas ela não precisou perguntar.
- Ela ficou com meu ex. – Emma não respondeu nada, mas Serena continuou esclarecendo. – Enquanto eu ainda estava com ele.
- Ah...
- É... Eu sei. Eu não a culpo. Ele investiu muito nela e quando eu comecei a desconfiar de algo já era tarde demais. Eu só acho que ela está se envolvendo num grande problema estando com ele ainda. – Aquilo era uma surpresa. Emma não sabia de praticamente nada da vida pessoal de Melinda, e por algum motivo não sabia se queria saber. Mas continuou ouvindo. – Tyler é um cara problemático, sabe? Ele não fodeu com minha mente porque eu não sou ingênua, não duramos um mês. Mas a Melinda... Algumas pessoas podem até duvidar, mas eu me preocupo com ela. Não quero que o Tyler ferre com a cabeça dela como ele já fez com dezenas de outras meninas, mas não tem muito o que eu possa fazer. Eles estavam juntos hoje no The Pub e saíram cedo. Fico feliz que ela está em casa.
Emma respirou fundo. Duas vezes. Ela realmente queria mais informações sobre esse tal de Tyler e sobre o tipo de relacionamento dele com a Melinda, mas não queria parecer algum tipo de psicopata obsessiva, então iria devagar com tudo isso.
- Mas enfim. Acho que esse não é um problema que a gente possa resolver agora, não é? – perguntou Serena querendo desconversar.
- É... Eu espero que ela tome cuidado.
- Sabe... Ela tem sorte em te ter como amiga.
Emma sentiu suas bochechas esquentarem.
- Eu sei o quanto você luta pra defender seus amigos. Eu vi o que você fez por ela na minha festa quando mal a conhecia... Ah! Lembra daquela vez que o Mathew Smith da quinta série puxou meu cabelo e me chamou de feia? O que você fez? – Emma sorriu quando lembrou de sua pequena doce vingança. – Você ficou escondida perto do túnel que ele passava todos os dias e jogou uma pedra nele, que cortou...
- A boca dele. – falaram as duas ao mesmo tempo, entre pequenos risos.
- É... – continuou Serena. – Ele ficou com a boca inchada por semanas e ficou com uma cicatriz funda no lábio. Eu sei que isso vai soar péssimo, mas eu adorava quando as outras crianças riam dele depois que ele ficou com a boca deformada. Eu me sentia uma fodona sabendo que se alguém mexesse comigo teria o que merecia. – elas riram mais uma vez. – E quando você foi embora... – os sorrisos começaram a se desfazer. – Eu me senti impotente. Eu fiquei doente por vários dias. Eu simplesmente não queria ir pra escola sem você, não queria sair pra aprontar sem você. Foi a época mais difícil da minha vida.
- Eu queria nunca ter ido.
- Eu sei. – houve uma pequena pausa. – Mas o destino trouxe você pra minha vida de novo. E Emma, dessa vez eu não vou deixar você ir embora. Eu não vou ter medo. Eu não vou chorar. Eu vou lutar, vou brigar, vou enfrentar qualquer coisa que tentar tirar você da minha vida de novo.
Emma ficou sem reação. Seu coração palpitava com tanta força que ela sentia cada batida. Ela nunca foi boa com palavras e realmente não sabia o que responder a Serena. "Por favor"? "Obrigado"? Não havia nada que sua mente pensasse que não a fizesse passar vergonha, então ela resolveu fazer a única coisa coerente que sua consciência pedia.
Puxando Serena pela cintura, Emma a beijou. O beijo se encaixou perfeitamente, ainda melhor do que na última (e rápida) vez. Serena enrolou seus braços ao redor da cabeça de Emma, lhe envolvendo de uma forma delicada e sedutora. Seus corpos se colaram completamente e Emma pôde sentir por completo o calor do corpo de Serena, o sabor do seu beijo, o cheiro do seu perfume, e enquanto sua língua explorava a dela, Emma desejou que esse beijo não acabasse, ou ao menos se repetisse. Várias vezes.
- Você não acha... Que está muito... Frio aqui em baixo? – sussurrou Serena enquanto ainda beijava Emma, que demorou para raciocinar e deu uma resposta automática.
- Está?
- Sim, está.
- Você quer subir?
- Pensei que nunca fosse me convidar.
- Mas a Melinda...
- Ela está dormindo, não está? – Serena começou a distribuir beijos molhados e pequenas chupadas pelo pescoço de Emma, que ficava com cada vez mais dificuldade de falar.
- Sim... a gente precisa... tentar... não fazer barulho.
Serena deu uma risadinha quando percebeu a dificuldade que Emma estava para se concentrar nas palavras.
- Prometo tentar.
Serena deixou o caminho para o dormitório muito mais complicado. Indo nesse ritmo de beijos e amassos elas provavelmente chegariam lá sem roupas. Mas conseguiram. E quando entraram no dormitório Emma beijou Serena com toda intensidade do mundo enquanto lhe pressionava contra a porta. Depois de um longo beijo Emma colocou o dedo na frente dos lábios de Serena, que estava ofegante, como um sinal de silêncio.
- Vou checar como ela está e fechar a porta do quarto, ok?
Serena respirou fundo tentando recuperar o seu fôlego e não conseguiu responder com palavras, apenas assentiu com a cabeça e sorriu.
Com muito pesar, Emma se separou de Serena e foi verificar Melinda no quarto. Ela havia se encolhido em posição fetal, mas continuava dormindo profundamente na mesma cama. Emma pegou um confortável edredom e a cobriu. E tentando não fazer barulho algum ela apagou a luz do quarto e fechou a porta com cuidado, voltando para a sala.
- Ela está dormindo, bebeu muito e provavelmente...
- Vem logo me beijar. – interrompeu Serena, sentada no sofá enquanto tirava seu casaco e o deixava de lado.
Emma sorriu e se aproximou. Serena não foi nada paciente ao puxar Emma e a beijar intensamente, e se deitando no sofá ela levou Emma consigo. Quando as pernas de Serena se entrelaçaram em sua cintura, Emma acariciou uma de suas pernas torneadas, sentindo cada centímetro de sua pele suave. De supetão Serena parou o delicioso beijo e puxou a mão de Emma para sua boca, chupando lenta e eroticamente dois de seus dedos. Emma olhava extasiada aquela cena. Isso era mesmo real?
- Não é a primeira vez, não é? – Emma se pegou perguntando.
Serena apenas sorriu enquanto guiava a mão de Emma por seu corpo, descendo.
- Que você fica com uma garota. – Emma continuou, curiosa, mas ofegante.
- O que você acha? – Serena sorriu e mordeu seu lábio quando deixou a mão de Emma em baixo do seu vestido em cima de sua calcinha.
E isso foi um sinal mais que suficiente para fazer Emma calar a boca e dar a Serena o que ela queria. Emma se ajeitou, deixando espaço o suficiente pra sua mão se movimentar ali. Devagar ela afastou o fino tecido e sentiu o quanto Serena estava molhada e quente, fazendo sua boca salivar automaticamente. Emma deslizou seus dedos ágeis pela buceta de Serena, explorando cada parte dela e voltando a atenção para o clitóris, onde começou a fazer movimentos circulares.
Serena gemeu bem baixinho enquanto franzia sua testa. Elas se olhavam fixamente e Emma podia ver o quanto Serena estava se segurando para não fazer muito barulho. Aquela sensação de perigo só duplicava o prazer de Emma, que querendo testar os limites de Serena a penetrou com um dedo. Seu dedo deslizou com facilidade, ela estava tão molhada... O que fez Emma salivar mais uma vez. Serena ergueu a cabeça e levou uma mão até a boca para tentar conter o gemido, suas pernas se separaram ainda mais e seu quadril se contorcia por baixo do corpo de Emma.
Era realmente delirante ver o quanto Serena estava excitada e seus gemidos quase inaudíveis provocava Emma de uma forma absurda. Emma não aguentava mais só imaginar, tinha que chupá-la. Sem remover seu dedo de dentro de Serena, Emma desceu seu corpo.
- Sim, por favor... – sussurrou Serena como um pedido do que Emma estava prestes a fazer.
Afastando o fino tecido de sua calcinha, Emma passou sua língua por toda a buceta de Serena, seu gosto doce invadiu sua boca. Quando Serena gemeu e apertou seus cabelos, Emma começou a estocar seu dedo dentro de Serena num ritmo frenético enquanto a chupava. Emma a observou. O corpo de Serena se sacudia a cada penetrada de seu dedo e ela parecia estar em êxtase.
- Meu Deus... Emma... Eu não vou aguentar...
- Eu quero que você goze na minha boca. – Emma tentou falar o mais baixo possível.
Emma a penetrou com mais um dedo e enquanto sua língua brincava na buceta de Serena seus dedos entravam e saíam cada vez mais molhados, uma mistura de saliva com a excitação dela.
Serena gemeu alto e Emma realmente não se importou naquele momento. Estava extasiada de tesão. Os gemidos de Serena ficaram frenéticos e numa tentativa de se controlar, eles saíam em tons baixos e altos, seu quadril se contorceu de uma forma deliciosa e sua buceta se esfregava na boca de Emma enquanto Serena gozava. Emma não parava de encara-la, e sua feição estava completamente excitante, seus olhos fechados, sua testa franzida, sua boca entreaberta. Uma expressão de completo prazer.
Quando Serena terminou de gozar, Emma tirou seus dedos lentamente e lambeu seus lábios enquanto se erguia. Por um momento ela observou aquela linda cena de Serena deitada no sofá após um orgasmo, e isso era algo que ela se quer imaginou que aconteceria algum dia em sua vida.