BAKUGO
Sonho
Midoriya: Mamãe... - desabou em lágrimas ao ver a mãe cair já sem vida no chão - Mamãe? MAMÃE!
Homem: Idiota... Sua mãe está morta, ou não vê?
Midoriya: Mamãe? Mamãe?! Por favor... - chorou mais ainda - Não me deixa, mamãe! Papai, salva ela... - olhou pra cima - Salva a minha mãe, por favor!
Homem: Como o filho de Tsukuyomi é assim tão fraco?
Midoriya: Mãe... - as suas pupilas sumiram - Porque Mayuri? Ela era a sua mãe também!
...
Midoriya: Mãe... Mãe... - chegou na cozinha com o rosto machucado.
Inko: Ah! Izuku, seu rosto... Me diz o que foi?
Midoriya: Mãe.. - mostrou as mãos machucadas pelas unhas dele - Só não quis machucá-los.
Inko: Conte pra mamãe o que foi?
Eu: Fui brincar com o mano e seus amigos disseram que sou... Que sou um monstrinho. - chorou - Eles me bateram, pedindo pra mim mostrar as minhas asas e...
Inko: Vem cá. A mamãe vai cuidar desse machucado.
A mãe dele limpou suas feridas e colocou curativos, além de colocar faixas em suas mãos machucadas, então ele sorriu pra sua mãe.
Sonho off
Acordei soado... Olhei pro lado e vi o Midoriya se sentar na cama, me olhando preocupado. Não entendo porque contínuo vendo isso... São as lembranças do Midoriya ou é só coisa da minha cabeça?
Midoriya: Kacchan?
Eu: Deku, eu... - agarrei ele.
Midoriya: O que houve?
Eu: Foi um... Sonho.
Midoriya: Que sonho foi esse? Você parece assustado.
Eu: Não sei... Eu vi sua mãe... E-Ela morreu na sua frente e depois eu te vi com machucados no rosto e...
Midoriya: Kacchan... - suspirou um pouco preocupado - Você consegue ver minhas lembranças. Achei que isso não fosse acontecer.
Eu: Do que está falando?
Midoriya: A relíquia da lua deve está te fazendo ver minha vida. A Katrina passou por isso antes que você nascesse, mas... Eu achei que isso não acontecesse com você.
Eu: Ahn... Deku... Você falou que pode tirar isso de mim, não é?
Midoriya: Kacchan... Não. Não vou fazer isso com você!
Eu: Por favor... Faz esses sonhos parar, Deku!
Midoriya: Mas se eu fizer isso...
Eu: Quer dizer que posso morrer se tirar, Deku?
Midoriya: Kacchan... Não quero te perder também.
Eu: Deku, confia em mim. Você não vai me perder.
Midoriya: Mas...
Eu: Não me subestime. Eu sou o seu rei, hn. Você prometeu que eu seria rei do seu país, não foi?
Midoriya: Kacchan... Se eu tirar o poder da relíquia da lua de você, é provável que você veja a verdade sobre mim e...
Eu: Não importa. Isso não vai me fazer te amar menos.
Midoriya: Tá bom. Vamos pra sala de treino. Lá tem espaço.
Levantamos da cama e fomos até a sala de treino, então tirei a minha camisa a pedido do Midoriya. Ele estendeu a mão tremula na minha direção e respirou profundamente pra se acalmar. Ele realmente não quer fazer isso por medo, mas... Eu não aguento mais ficar vendo suas lembranças. Vi o esverdeado fazer correntes douradas saírem do chão e me puxarem, me deixando com os joelhos no chão e me acorrentando pela cintura e braços.
Midoriya: Desculpe, mas preciso te prender com elas, assim não tenho que te segurar.
Eu: Tá bom.
O Midoriya encostou a mão no meu peito e eu sentir como se ele tivesse puxando algo e doía. O vi afastar a mão vagarosamente, fazendo uma corrente elétrica percorrer todo o meu corpo. Ele fechou sua mão e eu vi ele segurando uma corrente de prata brilhante que saia de dentro de mim... Agarrei as correntes que me prendia, sentindo uma dor um pouco mais forte.
Eu: Ahhh!
Midoriya: Kacchan... - deixou as lágrimas escorrerem.
Eu: Não se preocupe... Herh! Estou bem, Deku. Harrh...
Ele puxou mais uma vez, então eu fechei os olhos e segurei a vontade de gritar pela dor, mas... Quando abri os olhos, eu vi o Midoriya, mas ele era um garotinho. Ele estava de cabeça baixa, com as mãos sobre os olhos e chorando muito. O pequeno chamava por sua mãe e parecia tá bastante assustado. Olhei ao redor e vi que estávamos em uma cidade destruída. A cena da destruição é assustadora... Ele olhou pra frente e então notei que ele me via, mas os seus olhos não era verde, eram vermelho e não tinham pupilas.
Midoriya: Quero minha mãe! Cadê a mamãe?
Eu: Izuku... - me abaixei.
Midoriya: Ahn... - correu pra me abraçar - Kacchan... Eu estou com medo! Estou com medo, Kacchan.
Eu: Shhh... - acariciei seus cabelos carinhosamente - Não precisa ter medo. Eu estou aqui.
Midoriya: Kacchan... Mas eu sou um monstro. Eu vou te machucar...
Eu: Um monstro? Não. Você não é um monstro.
Midoriya: Então porque dizem que sou um monstro? A mamãe não escolheu ser filha de um Etherio.
Eu: Tem razão... Não escolhemos como vamos nascer, mas podemos escolher como vamos viver.
Midoriya: Ahn...
Eu: Não é só porque você tem um lado Etherio que você precisa agir como eles. Você é o deus mais forte e gentil que conheço.
Midoriya: Obrigado Kacchan. - me abraçou forte - Obrigado...
Abracei o Midoriya com carinho e fechei os olhos. Ao abri os olhos, eu estava de joelhos com o Midoriya a minha frente. Ele estava ofegante e suas asas estavam cercada por fogo e de penas negras. Ele estava de joelhos, com olhos vermelho de pupilas na vertical. Vi o desenho de uma corrente prata ia circulando o seu braço direito e então ele olhou pra mim, aliviado.
Midoriya: Kacchan...
Eu: Deku, você está bem?
Midoriya: Rs... - seus olhos voltou ao normal - Sou eu quem deveria perguntar isso, Kacchan.
Eu: É que asas estão...
Midoriya: É a primeira vez que um mortal consegue uma ligação com um deus de alta patente como eu, então... É por sua causa que elas estão assim, Kacchan.
Eu: Uma ligação... - vi que o meu braço direito estava igual ao braço do esverdeado - O que?
Midoriya: Meu tesouro também te escolheu como deus da guerra.
Eu: Isso é histórico...
Midoriya: Kacchan... - escondeu as suas asas e se sentou no chão.
Eu: Deku... - deitei no colo dele e sorri - A Inko era uma mestiça de Hafin e Etherio, né?
Midoriya: Uhum...
Eu: Não se preocupe. - o deitei no chão e fiquei por cima - Pra mim você continua sendo você. Mas por alguma razão estou louco pra tirar sua roupa.
Midoriya: Aqui não. - sorriu - Essa sala sempre fica aberta.
Eu: Está no meio da madrugada e quem é que vai atrapalhar? - dei beijos no pescoço dele.
Midoriya: Ahh... Kacchan. - tirei a camisa dele.
Susie: Katsuki!
Eu: O que? - olhamos pra porta.
Susie: Desgraçado! Tá querendo tirar a inocência do Deku, é?
Eu: Ele é mais safado do que eu e você juntos, sabia?
Midoriya: Kacchan!
Eu: Tô mentindo?
Susie: O que fazem aqui? Ahn! Ele tem as marcas do tesouro do deus da guerra?
Midoriya: É porque a relíquia da lua escolheu ele também como um deus da guerra.
Susie: Dois deuses da guerra? Isso é possível, Deku?
Midoriya: Agora é.
Susie: Sai de cima do Deku!
Eu: Tá. - levantei e ajudei ele a se levantar também - Você quer ouvir o que houve aqui, Susie?
Susie: Quero sim.
Eu: Também quero. Não vi muito o que houve, então quero saber.
Midoriya: Vamos pra cozinha. Vou comer algo e conto a vocês.
***