THE RIGHT FATHER TO MY SON •...

By twominnie

109K 14.6K 5.5K

Era um fato. As dificuldades que passava como pai solteiro eram inúmeras, mesmo que Jungkook tentasse continu... More

01 - No mercy.
02 - Feather.
03 - Premature.
04 - Kids.
05 - Proposal.
06 - Special.
07 - Home.
08 - Family.
09 - Shut up.
11 - Moments.

10 - Baby's Room.

10.1K 1.1K 771
By twominnie

“ Capítulo 10 „

Tae tinha acabado de adormecer quando Jungkook deixou o quarto – ainda tinha a imagem reconfortante de seu filho aconchegando-se nos cobertores fixada à mente, relaxando-o – e foi até a sala, onde Jimin estava junto ao seu bebêzinho.

Antes de concluir a ação, apoiou-se no batente da porta que separava o cômodo do breve corredor, sentindo-se um tanto receoso pela conversa que teriam nos próximos minutos, mas teria que ser forte.

Entenderia se Park o demitisse e tivesse de ir embora, afinal, seria por justa causa; tinha acabado de dar um show junto ao ex, a situação poderia ter se passado com o restaurante cheio de clientes.

Com toda certeza, não passariam uma boa impressão.

Então sim, estava se conformando com a ideia, mesmo que já estivesse acostumado com o lugar, pois se tornou desse jeito; tirava conclusões precipitadas para poder não se machucar ou ser pego de surpresa em cenas como a que se encontrava no presente momento.

Além de que não era tão tolo, sabia muito bem que outras pessoas tinham presenciado aquilo, ou então saberiam em alguma hora. Seria impossível tudo aquilo ter passado despercebido por outros, ainda mais com os seguranças atentos às informações.

As palavras do ex-marido ainda permaneciam em sua mente e o deixavam ainda mais magoado, sentindo-se exposto. De fato, não foram tantas, mas o suficiente para lhe deixar constrangido. Aliás, tinha a outra parte que poderia considerar a pior:

O que levava uma pessoa a usar o próprio filho para fins repugnantes? E ainda ter a coragem de admitir sem um pingo de culpa na consciência?! Era apenas um bebê inocente. Seu bebê inocente!

Sentia-se impotente.

— Ele dormiu — foi pego de surpresa pela voz de Jimin — Vou levá-lo até o quarto, pode ser? — Jungkook autorizou com um aceno — Não fuja até lá, hein? – deu uma risadinha baixa, dando as costas.

Jeon tinha consciência de que aquela foi uma tentativa de amenizar o clima, contudo, não teve muito sucesso.

O moreno foi até a pia e, após encher um copo de água com as mãos levemente trêmulas, tomou o líquido com os pensamentos a mil.

E se Jimin realmente o demitisse? Céus, para onde iria com seus filhos? Nunca encontraria um lugar assim, tão bom, nunca encontraria alguém como Jimin.

Sua mente era uma completa traiçoeira e estava lhe pregando tantas peças, criando diversas situações onde seus filhos estavam chorando, tristes e decepcionados consigo.

Não queria voltar às ruas. Se com Tae já foi difícil, quem dirá com seu bebê com poucos dias de nascido?

Bebeu todo o líquido do copo, num gole único, batendo o copo da pia de mármore logo em seguida. Sentiu os olhos arderem quando escutou os passos de Jimin se aproximando.

Os sentimentos confusos junto ao medo o fizeram agir por impulso, ao virar e abraçar Jimin com certa força, começando a pedir perdão pelo que achava ser culpa sua. A voz falhava pela palavra repetitiva.

— Ei, acalme-se… — Jimin suspirou, um tanto angustiado pela cena. Acariciou seus cabelos — Você não tem culpa, Jung-

— Eu tenho — cortou, condenando-se por estar chorando — Eu tenho cul-pa… — soluçou — ...mas eu pro-meto que não vou mais de-cepcionar você, Jiminnie.

— Você não fez nada, Jungkook! — afastou-se levemente para olhar as íris escuras e tristes  — Você não fez nada de errado! Muito pelo contrário, você tem sido excepcional, um excelente funcionário. Evoluindo a cada dia.

Jungkook negou com a cabeça, pois não era verdade. Ele agiu errado.

Seu ex marido apareceu, falou coisas horríveis. Que grande escândalo seria se alguém tivesse gravado aquela cena dentro do restaurante? Por pura sorte estavam no final do expediente, mas e se não fosse esse o caso? Só de imaginar a possibilidade de isso ter acontecido no meio de outros num horário de movimento… Quem garante que aquele… homem que um dia chamou de marido seria capaz de ter senso e não fazer algo parecido nessa situação?

Apertou a blusa que vestia Jimin, descontando as frustrações em algo que não fosse chorar. Park não parecia se importar com tal atitude, diferente do choro angustiante, por este motivo apenas retribuiu o abraço a fim de acalmá-lo. Não adiantaria argumentar com o Jeon daquele jeito, tão vulnerável.

— Venha, por favor. — chamou, levando Jeon para o sofá, ajudando-o a sentar — Jungkook… — suspirou, procurando os olhos alheios, vendo como estavam vermelhos e molhados — Se isso for sobre o que aconteceu mais cedo...

— É exa-tamente sobre is-so — Jungkook afirmou aos soluços, virando o rosto.

— Mais um motivo para eu ter certeza de que você não deveria estar se culpando. Não foi você que trouxe ele aqui, Jungkook — balançou a cabeça em negativa, assegurando sua frase anterior. Buscou então pelas mãos agitadas de Jungkook. — Além de que o que seu... — franziu o cenho, um tanto irritado pelas lembranças — O que aquele homem disse foi desrespeitoso, apenas ele tem que ser culpado! Além da parte que está longe de ser uma verdade.

— Mesmo as-sim, eu... — foi interrompido.

— Mesmo assim nada. — olhou os olhos com firmeza — Aquilo foi assédio, Jungkook. O único culpado pela situação é ele, entenda! — Jimin bufou irritado, novamente lembrando do momento em que escutou as palavras nojentas — É errado em tantos níveis que chega a ser difícil de citar! E você não deve se culpar por ter feito o que qualquer pai que preze pelo bem dos filhos faria, que é defendê-los!

— Quem fe-ez isso foi vo-cê. — fungou.

— E você também. — assegurou, suspirou e, apertando firme as mãos do moreno, que negava com a cabeça, retomou a frase — Para começo de conversa, ele teria feito o que queria se você não tivesse protegido o seu bebê, Jeon.

— Enten-do essa parte. O proble-ma é que ele po-de voltar, Jimin. E eu não que-ro sujar a imagem do seu restaurante — Jungkook soltou — Ao mesmo te-empo, eu preciso desse lugar, do trabalho, com to-da minha vida… eu não fu-ui capaz de guardar isso! Ainda a-acha que sou um bom funcionário?

— Primeiro que ele não poderá mais pôr os pés aqui. Segundo que a situação foi um acidente, não iria sujar imagem alguma a não ser dele próprio. Garanto a você, Jung — A voz de Jimin estava tão firme, convicta e mansa ao mesmo tempo que Jungkook cessou o choro aos poucos, mais calmo — A parte que realmente importa é a sua segurança! A sua e a dos seus bebês, não pode negligenciar isso. Não teria como prever o que estava prestes a acontecer. Por favor, entenda!

Surpreso e sensível, Jungkook suspirou, bobo e com uma dúvida assombrosa.

— Por que você sempre faz isso? — sussurrou, deixando Jimin um tanto confuso — Você sempre tem a resposta na ponta da língua… ela sempre alivia me-us medos, me faz sentir um bobo por não enxergar as coisas direito. — suspirou — Parece que faz de propósito, como se você se importasse e...

— Eu me importo.

— Por causa dos meus filhos? — ainda aos sussurros, o rosto corou mais, o levando a desviar e olhar para baixo — Gosta deles? É por isso?

— Jungkook — Jimin virou seu queixo com a ponta dos dedos, fazendo-o olhar para si — Você sabe que não é só por isso. Eu gosto muito, sim do Tae e do Min — Sorriu — Mas não é só por isso que estou aqui.

Sentindo o coração acelerar com aquela frase, achou estar, novamente, criando situações imaginárias, pois podia jurar que o Park estava insinuando sentir coisas por si também.

Umedeceu os lábios secos, parando os olhos sem querer nos cheinhos de Jimin. Pareciam tão cativantes, chamativos.

Recebendo mais um aperto em suas mãos, percebeu sua posição.

Quando o corpo de Jimin ficou tão próximo do seu?

Não se afastou.

Seu coração parecia que sairia pela boca, aquela sensação… boa. Como Jimin conseguia mudar seu humor e a situação tão rápido era um mistério, mas funcionava bem.

Oh, espere…

— Jungkook, eu…

JeongMin?

— JeongMin.

— Eu... Como? – franziu o cenho

— JeongMin está chorando! — anunciou rápido, se atrapalhando um tanto para dar passos apressados até o quarto de onde vinha o choro do filho mais novo.

Mesmo aflito, Jungkook entrou no quarto das crianças com cuidado, pegou o filho rápida e cuidadosamente, a fim de acalmá-lo antes que acordasse Tae; sabia que depois seria difícil para fazer a criança voltar a dormir.

Balançou o bebê em seu colo em movimentos de vai e vem, em uma velocidade média. O choro acalmou muito pouco, então resolveu ir até o quarto para ver melhor o que incomodava seu bebê.

Não chegou a olhar para trás enquanto passava pela sala, então não viu Jimin, embora saiba que ele ainda estava ali.

No quarto, sentou-se na cama confortável e fechou os olhos por alguns instantes. Quando os abriu, deixou sua atenção cair sobre o bebê manhoso.

Os olhinhos de JeongMin estavam inchados e repletos de lágrimas. O choro não estava mais tão alto, sobrando apenas a manha que sempre fazia ao acordar. Foi então que percebeu ser fome; o recém-nascido tinha a mãozinha na boca.

Entendendo qual era a vontade do filho, depositou a criaturinha chorosa no colchão e, mal terminando de ajeitar o travesseiro ao seu lado para apoio, escutou o fungar alto que logo deu espaço para o choro voltar. Apressando as ações, finalmente deitou ao lado do bebê, tendo a blusa agarrada quase que imediatamente, arrancando um sorriso amoroso do pai.

Min se agitou quando o moreno ergueu a blusa. Jeon apertou o seio sem muito volume, mas carregado de leite, e após ter se aproximado do rosto pequeno, sentiu este puxar o alimento com uma urgência realmente dolorosa ao encontrar o local.

Tae não foi tão guloso quando era menor. Céus, o bebê ali parecia ter a fome de leões! Nunca deixava passar mais que duas horas sem seu leite e ainda tomava afobado.

Mas não reclamaria, achava tão adorável… Esse era um dos momentos que mais sentia a sensibilidade emocional. Poder alimentar o filho assim causava uma dorzinha boa no coração

— Ele parece faminto… — Jungkook pulou de leve na cama, assustado pela presença repentina.

Estava tão concentrado em seu bebê que até esqueceu que o Park ainda estava em sua casa. A presença alheia se aproximou com cautela, sem querer desviar a atenção no bebê, e sentou no outro lado da cama.

Mais calmo e tranquilo, Jeon apenas sorriu e acariciou o rostinho de Min, que resmungava baixinho, percebeu então que os olhinhos desviaram dele e estavam atentos a algo atrás de si, provavelmente Jimin.

Ele já era muito querido pelas suas crianças, sem dúvidas.

— Olha só… bebê guloso, hm? — O ruivo se deu a liberdade de deitar no colchão atrás de Jungkook, ajeitando a postura para poder olhar a cena de cima.

Jungkook suspirou, um tanto tenso pela aproximação quase imperceptível.

— Desse jeito não vai deixar leite para a próxima vez, Min! — Park sorriu e tocou os cabelos negros do bebê, causando-lhe uma agitação leve. — Ah, vai sim!

O recém-nascido nem ao menos piscava, atento ao homem que conversava consigo; Jungkook, atento à ele.

— Quer que eu faça ele dormir outra vez? — perguntou, observando Jeon suspirar ao ver o filho largando seu mamilo, avermelhado como resultado das sugadas fortes do menininho faminto.

— Não precisa... — fitou Jimin próximo, olhando-o tranquilo e com um sorriso leve em agradecimento.

— Você está cansado — apontou.

— Você tem que ir pra casa  — retrucou, observando a escuridão da noite pela janela.

— Estou sendo expulso? — Jimin brincou, rindo quando Jungkook pareceu levar a pergunta a sério, chegando a se desculpar — Hey, estou brincando! É só que eu ainda preciso te falar algo.

— Ah, sim. Pode falar — lembrou que fez um baita drama ao tirar conclusões precipitadas sobre o que conversaram minutos atrás, corando violentamente.

Para disfarçar, ajeitou o corpo do bebê atento aos dois, retirando o travesseiro que fazia uma barreira atrás dele. Livre, o recém-nascido começou a resmungar e olhou Jimin com os pequenos olhos brilhantes. Fez um bico enorme, querendo a atenção.

— Alguém está muito manhoso hoje, uh? — brincou Park, segurando o bebê. — Ah, mas você é um amor!

— Jimin? — Jungkook insistiu, começando a ficar preocupado com o assunto, outra vez.

— É só um convite… — observou o bebê segurando seu dedo mindinho, disfarçando a expressão meio sem jeito.

— De que tipo...? — Ergueu uma sobrancelha.

Jimin suspirou.

— Tudo bem — sentou-se direito no colchão, virando de frente para Jeon. — Amanhã começa o festival da colheita e… você sabe, será mais um feriado prolongado, logo, três dias de comemoração.

— Sim, o restaurante vai encher nesses dias, não é? Vão vir muitos turistas…

— Na verdade, não vamos abrir — explicou, deixando o outro confuso. — Eu havia combinado isso com os funcionários antes de você chegar, mas vou te explicar: como eles trabalharam em alguns feriados e até mesmo no último Natal, combinamos de separar alguns prolongados para dar folga geral e fechar o restaurante nesses dias, já que faturamos mais do que o esperado para os últimos três meses.

— Oh, entendo... Mas, onde seu convite entra nisso? — puxou um travesseiro para si.

— Quer passar o feriado na minha casa?

Oh.

— Como? — sentiu o estômago revirar, nervoso.

— Não é nada demais… — Jimin deu de ombros, acariciando a cabeça do bebê ainda em seus braços —  É só que eu fico sozinho em casa quando tem dias assim, então acharia legal ter alguma companhia, além de que vou sentir falta deles… — olhou o bebê.

— Oh… — Abriu a boca levemente, sentindo-se tímido — Entendo, hm… não esperava por algo assim, tão... — pensou, sorrindo nervoso — ...íntimo — concluiu.

— Por favor, aceite. Garanto que vai gostar, hm? — pediu, olhando-o com esperança.

— Eu não sei, Jimin... — Não estava certo de que podia aceitar. Isso não seria demais?

— Eu realmente queria vocês lá… — foi sincero, ganhando sua atenção outra vez —, mas a escolha é sua, não vou forçar.

— E se souberem disso…? — estava receoso — O que vão pensar?

— Hey, meus funcionários podem parecer o que for, mas a maioria é extremamente profissional e responsável. Além de que isso nem mesmo é da conta deles.

— Isso o quê? — desviou o olhar.

— Você sabe, Jungkook. — deu uma risadinha.

— Ainda não acho que eu deveria ir… — escutou um suspiro.

— Posso deixar essa informação a mais discreta possível para evitar questionamentos, se te fizer sentir mais confiança — propôs, observando o receio na expressão alheia.

Jeon suspirou, dando-se por vencido. Ele, estranhamente, estava muito curioso para saber como seriam os dias na casa do chefe.

— Certo, assim me sinto mais seguro…

— Ótimo! — Sorriu — Passo aqui amanhã às oito?

— Okay — suspirou — Não estou fazendo desfeita, eu quero mesmo ir, Jimin. — o outro ergueu uma sobrancelha.

— Mas...?

— Não quero parecer ser o que meu ex me intitulou. — Mexeu nos próprios dedos.

— Você é? — o fez olhar para si

— Não. — respondeu prontamente, vendo o outro sorrir para si.

— Então nada mais será um problema.

· ⋆ ✦ ⋆ ·

O dia iniciou-se nublado. As nuvens acinzentadas traziam uma sincronia com os pensamentos de Jungkook, que havia acordado um tanto tenso e preocupado. Seu peito apertava-se a cada passo que dava dentro da casa. O motivo? Não saberia responder. Seus sentimentos estavam simplesmente apontando para o negativo, acompanhando o nervosismo, mas reconhecia que o ato de passar apenas o tempo do feriado na casa de Jimin não seria o fim do mundo; De fato, nada de mais.

Aliás, jamais poderia permitir que algo a mais acontecesse.

Em seu próprio mundo de pensamentos agitados, a expressão denunciava que os passos em direção ao quarto dos filhos era algo automático — os característicos olhos arregalados, face pensativa.

Precisava acordar os garotinhos para começarem o dia, arrumar os pertences e, logo depois, partir para a casa de Jimin — tudo em, no máximo, uma hora. Entretanto, sabia bem que seus pequenos não gostavam muito de ser acordados, e no caso do Tae, reclamaria mais ainda por ser cedo, então chegou discretamente no cômodo, decidindo acordar o mais velho antes, a fim de deixar o bebê dormir mais por necessidade.

Tocou levemente nos cabelos macios do filho, chamando seu nome em um tom baixinho, mas só obteve o silêncio.

— Tae, meu amor, precisamos arrumar você — Tornou a falar, apenas uma nota mais alta, mas como na última vez, a criança nada disse, apenas se esparramou mais ainda na cama — Não quer ir até a casa do tio Jiminnie, filho? — sorriu, observando os olhos alheios abrindo levemente, logo que escutou o nome de Jimin. — Se você dormir outra vez, não vamos ver o tio Ji…

— O tio? — levantou-se imediatamente, parecendo escutar melhor a voz do pai.

Jimin acendia muitas coisas naquela casa…

— Exatamente — riu baixinho, observando este levantar da cama e olhar ao redor, prestes a falar algo em um tom aparentemente elevado — Cuidado, seu irmãozinho ainda tá dormindo…

— Ah, diculpa' — sussurrou, aproximando-se do pai para abraçá-lo. — Bom dia, papai…

Jungkook sorriu amoroso, dizendo que estava tudo bem, logo, puxou o pequenino para seu colo, beijou os fios cheirosos e desejou um bom dia, pedindo para que Tae lhe seguisse até o banheiro do próprio quarto.

A roupa que a criança usaria já estava separada, em cima da cama do pai, pronta para ser vestida assim que terminasse de banhar o garoto.

Tae não estava muito feliz em ter que tomar banho tão cedo, até manhou um pouco, mas após o pai mostrar que a água do chuveiro estava morninha, ele aceitou sem reclamar mais. Era um garotinho muito comportado.

Ajudou o filho a lavar as partes importantes do corpo, deixando-o com o resto da atividade para que pudesse aprender, mas com a condição de deixar o chuveiro desligado nessa hora.
Concordando como o filho obediente que era, Tae começou a passar suas mãozinhas ainda atrapalhadas pelos braços, cheios de sabonete, enquanto cantava uma música que aparentemente era em inglês, mas em sua voz parecia uma língua que só a criança compreendia.

Sorrindo, Jeon saiu do cômodo com o objetivo de preparar a banheira do bebê dorminhoco. Precisava ser rápido para poder arrumar os dois na hora certa, visto que já tinha se organizado mais cedo para ganhar tempo.

Sofreu um pouco para decidir o que iria vestir, já que não sabia ao certo como a casa do outro era; grande, pequena, simples ou luxuosa. Além de que não sabia se ia com algo mais casual, formal, descontraído… ah, foi uma luta!

Seus questionamentos de mais cedo o fizeram perceber que quase não conversavam sobre os gostos de Jimin, era sempre sobre Jeon, Tae, Min ou trabalho, restaurante e a adaptação da família no local.

No fim das contas, mal sabia quem morava naquela casa.

Talvez ele seja casado? Não, primeiro que já teria visto sua esposa ou marido, não tinha alianças e o Park definitivamente não parecia comprometido pela forma que se falaram na noite anterior…

Não queria admitir, mas sabia que tinha algo acontecendo entre os dois. Aos poucos, mas estava. E mesmo não achando ser possível... tinha algo ali. Impossível não concordar.

Nervoso, suspirou. O frio da manhã já não era tão incômodo, percebeu, no segundo seguinte lembrou-se do que tinha de fazer. Ao olhar suas mãos, observou os produtos de bebê que utilizava para dar banho no filho mais novo, fazendo-o se questionar sobre como pegou aquilo sem perceber.

Enfim.

Balançou a cabeça, terminando de organizar os produtos na própria cama, em cima de uma manta plastificada, que servia para apoiar a banheiro e evitar a umidade em seu colchão.

Tendo a banheira pequena já posicionado no lugar correto — com uma quantidade de água morna suficiente para chegar na cintura do bebê, nada muito cheio, pois não era necessário e ainda poderia causar acidentes —, chamou por Tae e avisou que já estava na hora deste sair do banheiro.

— Liga chuvero, papai? — pediu o garoto.

Após ajudá-lo a finalizar o banho, o enrolou na toalha e pediu para que este se secasse ali mesmo, orgulhoso por este já estar aprendendo como realizar a atividade direitinho.

Já apressado por conta do horário, Jungkook foi até o quarto dos irmãos, percebendo que o bebê estava acordado e prestes a querer chorar.

Essa era mais uma de suas particularidades; sabia bem como chamar atenção, diferente de Taeyong quando bebê, que era mais quieto.

Chegou perto do berço, chamando a atenção do filho, que se acalmou imediatamente, embora ainda tivesse os olhos arregalados e marejados.

— Oi, meu amor… — brincou as mãozinhas estendidas, sem tirá-lo do berço, causando resmungos desgostosos. — Oh, papai mau, né? Vem cá, vem…

Ao pegar o corpinho frágil no colo, balançou levemente, para acalmá-lo. A fim de não perder mais tempo, pegou as roupas que vestiria no bebê e foi para o próprio quarto, com o objetivo de dar banho do serzinho manhoso.

Ao atravessar a porta, quase pulou de susto ao ver o filho sentado ali perto, o corpo seco e a toalha abaixo dele. Tae falava com alguém no seu celular.

— Taeyong, meu bem, o que está fazendo?! — suspirou pelo susto, levando o bebê até a cama.

— Papai voltou? — Jeon conhecia muito bem a expressão de quem estava aprontando.

— Com quem está falando, Taeyong? — seu tom era preocupado.

— Tio Ji! — sorriu.

Ficou um tanto confuso com a frase, mas após processar a informação, pediu para a criança lhe dar o celular. Respirou fundo.

— Vista sua roupa, tudo bem? — Tae concordou, indo em direção as vestes no colchão — Vou enxugar seu cabelo quando terminar aqui. — Colocou o celular na orelha, esperando o outro falar algo.

Escutou uma risada.

— Jimin?

Oi, eu só liguei pra avisar que cheguei, mas Tae atendeu e começou a falar que ia passear em casa, algo assim. — riu outra vez — Ele gosta de perguntar um monte de coisas, né?

— Ah — riu sem graça — Desculpe por isso.

Que nada, eu gosto de conversar com ele. É um garoto bem esperto — suspirou — Estou te esperando aqui, mas posso subir pra ajudar também.

Jungkook ponderou sobre a proposta, mas sabia que se Park estivesse ali, demoraria ainda mais para que ficassem prontos.

— Acho melhor que espere aí mesmo, só mais uns dez… — olhou para Jeongmin em seus braços — ...quinze minutos e eu desço.

Tudo bem — fez uma pausa — Sem pressa. — Jeon riu pelo tom engraçado.

— Prometo que não serão mais que quinze minutos.

Entendi, confio na sua palavra, é só que... — o moreno esperou pelo final da frase — Senti sua falta. Dos três.

Sentiu arrepios na barriga.

— Nós nos vimos ontem… — a voz mais baixa pronunciou, estava tímido.

Mas hoje ainda não.

E desligou.

Corado e com o estômago revirado, olhou para o bebê nos próprios braços; estava babando na própria não.

Foi impossível não sorrir.

· ⋆ ✦ ⋆ ·

— A gente já chegô?

— Ainda não.

— Quando chega, papai?

— Daqui a pouco, filho.

Estavam no carro de Jimin, a caminho da casa deste — as crianças em suas devidas cadeirinhas e os adultos nos bancos da frente, sendo Park o motorista.

Depois de arrumar Jeongmin e Tae, desceram até a recepção. A cena de um ruivo sorrindo sozinho para o nada ainda causava risos pequenos em Jungkook, mas resolveu não comentar.

Foram recebidos com sorrisos e abraços quentes, confortáveis. Tae, muito animado, foi o primeiro a correr para os braços de Jimin.

A casa de Jimin era bem mais distante do que imaginava que seria. Estavam a quase quarenta minutos na rua. Jeon se perguntava como o homem lidava com isso todos os dias. Céus, eram quase duas horas de viagem se contasse a ida e a volta em um dia de trabalho. E ele raramente parecia estar de mau humor, admirava sua força e disposição.

Mas por que será que ele escolheu um lugar tão longe?

— Estou curioso, o que você tanto olha? — questionou o motorista, com um sorriso divertido, ainda com a atenção na estrada quase vazia.

O rosto do moreno esquentou quando percebeu que estava olhando para o Park esse tempo todo, como um bobo apaixonado...

Não respondeu de imediato, sabia que a voz iria falhar pelo nervosismo, então escolheu o silêncio como escudo contra os encantos de Park Jimin, aproveitando que este não estava olhando para seu rosto.

Jimin não pareceu ligar para o silêncio, apenas sorriu discretamente, percebendo o efeito que causava no outro. Deixou um murmúrio satisfeito escapar por entre os lábios, mas escolheu ficar em silêncio também.

Jungkook quis ter poder suficiente para desvendar os pensamentos daquele homem, mas antes que pudesse sequer cogitar sobre o conteúdo da mente alheia, percebeu que estavam entrando por uma rua cercada de arbustos verdinhos e, mais para frente, havia um um portão grande e elegante.

Segundos foram necessários para perceber que o portão estava sendo aberto, por ele passou uma senhora de idade — não chutaria mais que sessenta anos, a mulher passava um ar jovial incrível —, que acenou para o carro, contente pela chegada dos visitantes.

Achou que Jimin estaria sozinho, mas olhando para o tamanho da casa… não seria difícil sentir solidão lá dentro.

Olhou brevemente para o lado, percebendo um controle pequeno na mão do Park — provavelmente sendo o responsável por liberar a passagem. Jimin sorriu para a senhora assim que desceu os vidros, mas não ficaram ali por mais tempo; logo estavam a caminho da entrada da casa bonita, passando pela pequena estrada bem decorada.

Tae estava tão distraído com uma música que lembrou repentinamente que sequer notou as novidades, até que o carro parasse pela segunda vez, agora em frente a casa enorme.

Era, sem sombras de dúvidas, uma bela mansão.

— Agora a gente chegou? — a voz de Tae chamou a atenção dos adultos, trazendo graça para a cena da criança agitada em meio ao silêncio.

Percebeu uma risada deliciosa vinda de Jimin, e Jungkook amou escutá-la. As expressões eram adoráveis, não conseguia parar de admirar aquele homem.

— Não faça isso — despertou com a voz de Jimin, enquanto este abria a porta para sair do carro. Parecia tímido.

O ruivo foi até a parte de trás e abriu a porta que dava para a cadeirinha de Jeongmin — ainda dormindo calmamente. Tae, já sabendo como desprender o cinto, saiu da cadeira e abriu a porta, um tanto atrapalhado.

— Vamôs', papai Jungkook! — exclamou a criança, batendo no vidro para chamar a atenção do pai, que parecia estar em um dos seus planetas imaginários.

Estava corado após entender por que Jimin falou aquilo. Talvez ele tenha se sentido intimidado? Mas nem teve essa intenção… Não podia negar que teve o ego amaciado pelas reações do ruivo. Nunca imaginaria…

— Tae, não faça isso, incomoda as pessoas — repreendeu, embora a voz tenha saído suave. O garoto abaixou os bracinhos, colocando-os atrás do corpo magrinho, com expressão de quem sabe que fez algo de errado.

Mas nada abalaria sua animação.

Saiu do carro com cuidado, para não acertar o filho com porta, e após ver que Jimin já tinha Jeong em seus braços, sorriu amoroso. Caminhou na direção deles para pegar o bebê no colo, entretanto, Jimin foi mais rápido e desviou, fazendo bico, deixando claro que queria levar Min. O moreno apenas negou com a cabeça e riu baixinho.

Decidindo seguir o outro até a entrada bonita, procurou por Taeyong atrás de si, encontrando uma cena adorável: a criança estava de braços cruzados e cara de quem comeu e não gostou, olhando o Tio Ji levar Jeongmin para longe.

Certo, talvez tenham coisas que abalem sua animação.

Ciúmes, com certeza. Só não sabia se era do irmão ou do Park. Seria um péssimo pai por estar gargalhando disso?

— Vamos entrar? — Jimin perguntou, sem nem perceber o menino Tae todo emburrado ao seu lado, segurando a mão do pai.

Jungkook sabia que mais tarde teria que conversar com Tae sobre o fato de o bebê precisar de mais cuidado e atenção por ser pequenininho, mas que isso não o faria ficar sem carinho também. Haviam conversado sobre isso dias atrás, mas sabia que era difícil se adaptar.

Taeyong continuou grudado em sua mão até que entrassem dentro da casa, onde esqueceu o breve descontentamento para admirar o hall de entrada. Era muito bonito realmente.

O lugar parecia tão bem planejado e bem decorado que poderia ser confundido com uma peça de obra artística. Era moderno, ao mesmo tempo elegante, por conta das cores bem combinadas. Não saberia explicar, mas trazia um ar de conforto, ao mesmo tempo que de solidão.

Deve ser um tanto triste morar naquele lugar enorme sozinho, sem poder compartilhar a beleza com outras pessoas no dia a dia.

— Olha só quem acordou… — olhou para Jimin após escutar sua voz. Seguiu o que o outro encarava, parando no rostinho choroso de Jeongmin.

O bebê só precisou ver seu pai longe para começar a chorar de vez, parecendo cinco vezes mais alto pelo retorno nas paredes.

— Ei... — Jungkook foi até o filho, o pegando no colo — Papai está aqui, meu amor. Não chore, uh? É só o Jiminnie.

Jeong, já com o corpinho contra o de seu pai, parou de chorar, sobrando apenas a manha já tão bem conhecida do bebê. Os olhinhos carregados de lágrimas olhavam o local desconhecido, a boquinha banhava o ombro de Jungkook e deixava resmungos escaparem.

Jimin olhava para aquilo com um sorriso enorme no rosto, pensando que não poderia encontrar uma cena mais perfeita que essa, entretanto, o sorriso murchou em certo momento após escutar o eco da voz do bebê pelas paredes da enorme sala. As lembranças eram angustiantes demais para aparecer naquele momento, por isso tratou de expulsá-las da mente.

Virou-se e encontrou Taeyong com os braços estendidos, pedindo por colo. Voltou a sorrir quase que automaticamente e o ergueu. Levando-o para cima e para baixo, arrancou risadas da criança. De fato, aquele garoto e sua risada infantil tinham um poder incrível de tornar as coisas mais leves.

Mas Jungkook percebeu sua expressão anterior, e ficou realmente confuso.

Sabia apenas que alguém tão precioso quanto ele não merecia sentir coisas negativas, então faria o que fosse necessário para vê-lo sorrir.

· ⋆ ✦ ⋆ ·

Já se passava do meio dia. Após aproveitarem o resto da manhã para organizar os pertences dos visitantes em um quarto — que Jeon achou realmente muito bonito —, todos almoçaram e aproveitaram da refeição deliciosa que Jimin preparou, feita especialmente para a ocasião.

No momento, estavam todos reunidos nos fundos da mansão, onde havia um espaço com piscina, local para descanso. Park mostrou o local e ficou por poucos instantes, anunciando que iria descansar no próprio quarto por um tempo, mas que logo apareceria para lhes fazer companhia. Não contestou, compreendia que o homem estava cansado. Passar boa parte da manhã com Jeon Taeyong tem suas consequências.

Tae brincava próximo a piscina, consigo supervisionando. O garoto sempre voltava correndo, com medo da água, quando estava perto demais, então não apresentava riscos.

Min estava dormindo, outra vez. Após mamar, não demorou mais que meia hora para que adormecesse nos braços do pai. O balançar da rede, onde o pai estava deitado consigo, ajudou no processo.

O ar fresco, o barulho das folhas com o vento e o Sol que pouco batia no local em que estavam tornava o ambiente perfeito para um cochilo, e foi isso que Jeon pensou em fazer ao deitar a cabeça numa das várias almofadas que tinha espalhado por ali.

Era tão… relaxante.

Confessava que se afastar da cidade, os barulhos do tráfego de carros e as reclamações alheias faziam bem às vezes, ajudava a acalmar suas preocupações, relaxar o corpo, algo que precisava há um bom tempo.

Chegou a cochilar por alguns minutos, mas a voz de Tae ao longe despertou sua atenção, lhe fazendo abrir os olhos imediatamente.

— Papai, olha! — a voz próxima da criança chamou sua atenção para alguns mosquitos que estavam por ali, rondando os três insistentemente.

Tentou espantar os insetos, mas não obteve sucesso, então optou por entrar. Então, depois de levantar com cuidado — para não acordar Min — e segurar a mão de Taeyong, foi em direção a casa.

A sala estava vazia quando entrou. Decidindo então subir para o quarto que estaria hospedado pelo tempo que ficaria ali, a fim de deixar Min ter seu sono tranquilo, confortável.

Percebeu que não tinha sinais de Park Jimin por aquele tempo todo, então deduziu que o cansaço era realmente sério.

Ponderando sobre deixar Tae na sala sozinho ou levá-lo consigo, decidiu deixar o garoto ali, pois estava muito agitado e poderia acabar acordando o bebê.

— Tae, amor, papai vai lá em cima deixar seu irmãozinho. — Indicou as escadas — Você fica aqui e se comporta, tudo bem?

— Bem!

— É sério filho, a casa não é nossa! — ergueu uma sobrancelha.

— É bincadera', papai…

— Certo — suspirou, olhando o garoto uma última vez antes de subir para o próximo andar.

Conhecia o corredor o suficiente para saber onde ficava o quarto, entretanto, todas elas estivessem fechadas quando viu pela primeira vez, por este motivo estranhou a porta de um dos últimos cômodos estar aberta dessa vez.

Após pensar um pouco, deduziu que seria o quarto de Jimin. Poderia estar tão cansado que acabou esquecendo de fechar… iria lá assim que acabasse de deixar o bebê confortável no quarto, precisava ver se o homem estava realmente bem.

Assim que organizou almofadas e travesseiros ao redor do bebê na cama — era grande, mas não podia arriscar deixar o bebê sem proteção —, decidiu ser rápido para não deixar Tae sozinho por muito tempo.

Já próximo a porta entreaberta, resolveu anunciar sua chegada, não queria ser invasivo. Como não obteve resposta, ponderou se entrava ou não. Jimin poderia estar dormindo, mas queria tanto vê-lo…

Empurrou a porta com cuidado, franzindo o cenho ao descobrir que aquele quarto em nada se parecia com um que adultos costumam dormir, muito menos um que algum solteiro teria na própria casa.

Era um quarto de bebê.

O tom verde claro nas paredes, os móveis e os enfeites denunciavam; era um cômodo infantil, isso poderia afirmar. Só não conseguia entender a utilidade, pois até onde sabia Jimin não tinha filhos. Não acreditava que seria para algum parente ou visitante deixar ali, do contrário, teria sido apresentado a ele, não? Era, no mínimo, estranho.

Estranho demais.

O lugar não lhe passava uma boa impressão, mas o fazia ter vontade de explorar, então se deixou guiar. Abraçando o próprio corpo, olhou para o berço, os brinquedos e o móvel ali próximo.

Pensou que poderia estar sendo atrevido e sem educação, mas não achou que teria problema, já que o quarto estava aberto e Jimin deixou bem claro que deveria se sentir livre para andar pela casa.

Se antes já tinha certeza de que não conhecia o homem direito, agora a situação ganhou proporções alarmantes. O motivo daquele quarto existir poderia tanto ser uma besteira, quanto algo perigoso.

E se Park tivesse filhos, esposa ou esposo? Fosse divorciado e trazia o filho para passar um tempo ali? Mas era para recém-nascidos, como traria um bebê ali com outra pessoa tendo sua guarda total? Jimin estaria omitindo algo?

Seu peito apertava a cada pensamento, não gostaria de estar sendo enganado, mesmo não sendo um motivo grande para desconfiar. Nunca se sabe.

Passou a  mão sobre o acolchoado do berço posicionado no centro do quarto. Era tudo muito suave, bonito. As cortinas atrapalhando a luz de entrar, as cores leves, os móveis…

Foi prestando atenção na última parte que, ainda tomado pela curiosidade, deixou-se aproximar de uma cômoda. Passou os olhos por cada item que havia sobre a madeira branca, até parar em um porta retrato.

Não era uma imagem comum, não para si. Mas também não parecia ter um significado comum.

Era um homem. Grávido, beirando aos oito meses. Estava apoiando as mãos na própria barriga, sorrindo para a câmera. A fotografia parecia ter sido tirada para favorecer a imagem feliz da figura, e olhando mais um pouco, pôde perceber algo que fez seu peito se agitar.

A assinatura de Jimin no canto da fotografia.

Não conseguia raciocinar. Estava em choque, ao mesmo tempo que se amaldiçoava, afirmando para si mesmo que não deveria ser tão enxerido. Que aquilo nada tinha a ver consigo, não era da sua conta.

Mas por que se sentia traído?

Reconhecia, não fazia o menor sentido. Mas a surpresa foi tanta que a angústia repentina não deixou o peito tão cedo.

Suas fantasias mais profundas foram, mais uma vez, apagadas. Agora que parava para pensar, nunca deveriam ter sido alimentadas. Ou seria ele próprio que estava se iludindo?

Céus, o que aquilo significava? Algo iria mudar? O que deveria estar sentindo agora?

Repentinamente, escutou passos calmos pelo corredor, mas não moveu um músculo. Não iria se esconder, afinal, por que faria isso?

A porta do quarto foi aberta, deixando a luz iluminar parte do local. Sabia bem quem era, a silhueta na sombra era inconfundível.

Mas não conseguia olhar para o dono dela.

— Jungkook?

· ⋆ ✦ ⋆ ·

• Betado por: mar_ryxz
• Escrito por: twominnie&HehSalles

Continue Reading

You'll Also Like

1.2M 64.1K 153
Nós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante lo...
122K 5.2K 9
Dois melhores amigos que vivem se provocando decidem adicionar um pouco mais de cor na amizade... O que pode dar errado?
673K 32.8K 93
(1° temporada) 𝑬𝒍𝒂 𝒑𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆𝒔𝒂 𝒆 𝒆𝒖 𝒇𝒂𝒗𝒆𝒍𝒂𝒅𝒐, 𝑨 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒍𝒖𝒙𝒐 𝒆 𝒆𝒖 𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒆𝒏𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒓𝒐...
150K 14.6K 26
⚽️ 𝗢𝗡𝗗𝗘 𝗟𝗮𝘆𝗹𝗮 perde seu pai por uma fatalidade. Nisso, teria que passar a morar com sua mãe e seu padrasto, o que era seu pesadelo. Em mei...