CASTA 6 • pjm + jjk

By pjikook-

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[CONCLUÍDA] O rei de Busan achava que era o momento certo para que Jeongguk se casasse. Não que quisesse comp... More

Casar não é lucrativo
Tentativa ou desistência?
O preferido do rei
O hyung possui olhos azuis
Companheiros de quarto
Bondade demais, Jeongguk desconfia
Ômegas "clichês" estão em extinção
O primeiro será Park Jimin
O hyung tem uma beleza divina
Despedidas e consequências
Protegido por um ômega
O segundo será Henry Lau
É mais complicado do que aparenta
O terceiro será... Wu YiFan
Indigno de ser golpeado
Jimin é mais que uma criança bondosa
O encontro que não foi planejado
Pensamentos que traem
Perfumes que atraem
Jovem demais, sedutor na mesma proporção
Jovem demais, sedutor na mesma proporção (Parte 2)
O ômega é meu, a punição também
Sobre controle (ou a falta dele)
Sobre conexão (ou algo acima disso)
Henry Lau não é quem aparenta
As peças restantes
A voz de um verdadeiro rei
Aqueles que se sacrificam
Quando é preciso perder o que ama
Lilás e âmbar
O teu trono
O sangue mais forte
Casar não é tão ruim
Capítulo Bônus: Taehyung e Yerin

Sabores que se misturam

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By pjikook-

ces tão com sede? trouxe refresco

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O coração de Jeongguk estava acelerado como nunca estivera antes em toda a sua vida. Os rostos estavam próximos, o olhar de Jimin em seus lábios era algo que o deixava aquecido e acolhido. Era um olhar tão despretensioso, quase beirando o precipício que delimitava o desejo que ambos os lúpus sentiam um pelo outro. A fala do Park também ainda reverberava na mente do Príncipe, esta que estava aos poucos dando adeus àquela sanidade. Fingida sanidade. O lobo do Jeon dizia, repetidamente como em uma ladainha: “Não existe sanidade ou controle quando ele está aqui. Você consegue sentir, não é? Você sabe que não vai conseguir se controlar. Você sabe que eu não vou conseguir me controlar. Não é um homem qualquer, Jeongguk. É Park Jimin.”

Os olhos de Jimin se desviaram finalmente para os olhos de Jeongguk, se desligando um pouco dos lábios rosados e levemente úmidos pela saliva do mais velho. Devagar, o olhar do Príncipe também se voltou para os olhinhos pequenos – e quase delicados – do alfa lúpus e, devagar, a mão grande do ômega segurou a mão mediana do Park, com leveza. Foi impossível para o selecionado segurar o suspiro quase prazeroso que escapou de seus lábios. Para qualquer outro alfa com toda a certeza seria bastante vergonhoso se mostrar tão... excitado com tão pouco. Não para Jimin. Este queria mostrar para o outro as respostas que seu corpo dava a cada mínimo impulso que Jeongguk lhe enviava. Cada mínimo toque. Cada frase, cada olhar.

- Jeongguk-ah... – chamou Jimin, com um tom de voz baixinho que denunciava a situação que seu corpo se encontrava diante daquela tensão tão massiva. A mão do alfa que era segurada pelo lúpus mais velho começou a acompanhar o descontrole de todo o corpo do Park, que tentava ser discreto, por mais que a proximidade dos corpos estivesse já o deixando completamente sem rumo. Aliás, quem precisava de rumo? Ele não precisava. Jeongguk era o único caminho que Jimin pensava em trilhar. – Nós dois... estamos muito próximos. Isso está me deixando nervoso, eu... estou tremendo.

Jeongguk quis sorrir diante daquilo e foi o que fez. Por mais que houvesse um tom de advertência na voz de seu dongsaeng, seria impossível que os corpos se afastassem naquele momento. Nenhum dos dois queria exatamente se afastar, nenhum dos dois queria que aquele calor gostoso provocado pela proximidade de seus corpos se dissipasse no meio da brisa levemente fria daquela noite. Naquele horário o jantar com certeza ainda não havia acabado dentro do castelo, ainda era cedo... Se Jeongguk escolhesse se afastar, o encontro de ambos acabaria... E o Príncipe não queria que aquele encontro acabasse tão cedo.

- Eu gosto da ideia de te fazer tremer, Jimin – Jeongguk respondeu no mesmo tom de voz que Jimin havia usado instantes antes. O alfa suspirou diante daquilo e voltou a ter seus lábios observados pelo mais velho. O Jeon não queria tirar seus olhos dali, mas também não queria apenas admirar a boca carnuda que o mais novo tinha. Se ajeitou no assento estofado – que era em formato de “U", tomando conta de três paredes daquela casa de vidro – e ficou de frente para Jimin, sem se afastar nem um pouco. Bem, não diria o mesmo sobre se aproximar mais, já que os rostos ficaram mais próximos do que antes. – Eu quero fazer com que você trema mais.

Não precisava ser muito “experiente" para capturar a tamanha conotação sexual presente na última frase dita pelo ômega. Por mais que ele possivelmente tenha falado aquilo sem perceber o duplo sentido que poderia ter – o que sabemos que sim, foi proposital – obviamente o corpo de Jimin respondeu de imediato e o alfa lúpus sentiu um tipo de excitação que a muito tempo não sentia. Era cedo demais em sua mente, mas foi inevitável controlar o aperto que lhe acometeu o sul de seu corpo, fazendo com que o Park suspirasse audível. A proximidade dos corpos fez então com que até mesmo a respiração do selecionado ficasse trêmula, como se ele tivesse acabado de correr uma maratona. O que sabemos que é um exagero... uma maratona era incapaz de deixar o alfa tão ofegante quanto Jeongguk conseguia deixar.

Jimin sabia o que estava acontecendo ali e pela primeira vez não se sentiu inseguro. Claro que estava pensando no que poderia passar pela cabeça dos outros selecionados e perguntaria deles depois, mas sua mente não estava lhe pregando peças. Por exemplo, o alfa não estava pensando que em algum momento Jeongguk se comportaria daquele jeito com outro alfa, pois algo em seu interior gritava para si que o Príncipe só estava tão próximo de si. Não era nenhum outro alfa, não era nenhum outro homem. Era Jimin. Era apenas, e unicamente, Jimin. As palavras de Yerin lhe vinham a mente, dizendo que Jeongguk o tratava diferente. Bastava.

- Os outros selecionados... – Jimin sussurrou, deixando de lado os murmúrios. Ah!, os sopros dos lábios do alfa na pele de Jeongguk arrepiaram o mais velho. A sensação gostosa de ter seus poros criarem relevo e de seus poucos pelos se eriçarem levou o Príncipe a soltar um longo suspiro. Excitado, ansioso, apressado. Esse era o estado do Jeon naquele momento, tendo a boca bonita de Park Jimin tão perto de si. Faltava pouco, muito pouco para que as carnes se fundissem em somente uma. – Eu não quero que você venha a se sentir culpado depois, não por minha causa... Não quero que os selecionados falem algo de você se vierem a descobrir – sussurrou por fim e Jeongguk não conseguiu reprimir o sorriso dessa vez.

- Com o perdão da expressão... – disse Jeongguk, usando também dos sussurros para se comunicar. – Eu quero mais é que todos eles se fodam, Jimin.

A mão livre de Jeongguk seguiu um caminho que começava no braço esquerdo de Jimin. Devagar subiu pelo membro superior e parou no ombro do mesmo, em seguida se direcionando até o pescoço e então, até a nuca. Acariciou levemente ali e o alfa fechou seus olhos ao sentir a caricia gostosa, e em seguida sentiu também os lábios do Príncipe contra os seus. Era apenas um selar, pelo menos no início. Ambos abriram suas bocas e encaixaram seus lábios com um pouco mais de afinco, apenas saboreando devagar e descobrindo as texturas de cada uma. Até que, desistindo e abrindo mão da hesitação, a língua de Jimin abriu caminho, curiosa, resvalando pela cavidade e descobrindo a língua alheia que, de maneira estranhamente tímida respondeu à carícia mais ousada, se enroscando ali.

Jimin soltou a mão esquerda de Jeongguk e levou-a até a cintura do Príncipe, assim como sua mão direita foi para os cabelos do mesmo, como se houvesse como aproximar ainda mais os corpos. Devagar o nervosismo foi se dissipando do corpo do alfa, e no lugar de tal sentimento ficou somente o desespero. Queria mais. Queria muito mais. Queria roubar cada suspiro, cada gota de sanidade que o mais velho tinha para oferecer. O beijo ficou mais intenso, mas não é como se os dois pudessem se controlar. Era como se estivessem se segurando à muito tempo para quando chegasse aquele momento, e de fato eles estavam. Não era hora para ter controle, no fim das contas.

Os dedos longos de Jeongguk se perderam entre os fios macios de Jimin e a carícia mais firme fez a mão do mais novo apertar levemente a cintura alheia, provocando-lhe um suspiro. A mente de ambos estava nublada, nada ao redor importava. Somente eles. Eles e o beijo que compartilhavam. Por um instante, os dois pararam o beijo, ofegantes e Jeongguk se levantou, apenas para se sentar em outro lugar, mais precisamente sobre as pernas grossas de Jimin. Sentado de lado, agora sim estava ainda mais próximo do alfa, este que não perdeu tempo em abraçar o mais velho pela cintura. Sua mão esquerda foi até a testa do mais novo, onde estavam os fios ainda molhados de cabelo do mesmo. Ao tirar os fios dali, o Príncipe parou para admirar o rosto do Park: os olhos entreabertos, a boca inchada e mais vermelha que o habitual.

Jimin não disse nada. Somente se inclinou para beijar Jeongguk novamente e foi rapidamente correspondido. Daquela vez, as línguas se encontraram primeiro fora das bocas: a ponta da língua do alfa se uniu à ponta da outra e então deslizou pela mesma para que então as bocas se fechassem ao redor delas. O Jeon não conseguiu evitar o arfar alto mas ao menos fez com que o mesmo não se transformasse em um gemido, o que seria caótico naquele momento. Ambos já pareciam descontrolados o bastante para aquela ocasião, o que viria a acontecer caso um deles deixasse um som tão sexual escapar?

As unhas de Jeongguk agora não hesitaram em arranhar a nuca e os ombros de Jimin, que suspirou durante o beijo e tentou trazer o mais velho ainda mais para perto, o que já era impossível. Jamais havia se sentido daquela forma antes, talvez por jamais ter se relacionado antes com alguém que não fosse um ômega “normal" ou um outro alfa. Nunca um lúpus. Nunca. O beijo já era completamente diferente... A pegada era outra. O jeito que Jeongguk se segurava em si e a forma que o mesmo o beijava estava deixando o seu coração cada vez mais acelerado, todo o sangue de seu corpo parecia querer fugir para um único lugar de seu corpo e por mais que soubesse que precisava evitar aquilo ao menos naquele momento, não era como se fosse algo simples.

Jeongguk já havia se relacionado com alfas lúpus antes, era verdade, no entanto nenhum chegava aos pés de Jimin, ao menos até o momento. A forma que o alfa lúpus apertava a sua cintura enquanto o beijava não mostrava apenas que o mais novo sabia muito bem como seguir seus próprios instintos, mas também provava que o mesmo tinha lá sua cota de experiência. Seu corpo começava a querer lhe trair; sua coluna lhe dava pequenas fisgadas gostosas, sensação que lhe acometeu quando seu interior começava a produzir sua lubrificação. Ao perceber que Jimin estava lhe tirando totalmente dos eixos – mais do que o ômega esperava para um primeiro beijo entre eles – Jeongguk sorriu entre o beijo e não conseguiu evitar de deixar uma mordida fraca na ponta da língua do alfa, que também sorriu e encerrou novamente o beijo, com um selar.

Os dois ficaram por um tempo apenas abraçados. Jimin apoiou seu rosto no peito de Jeongguk e ficou ali apenas ouvindo os batimentos – bastante acelerados – do coração do mesmo. O alfa então passou a acariciar a cintura alheia e então subiu uma de suas mãos pelas costas do Príncipe, fazendo uma carícia gostosa ali. O ômega fechou os olhos e apoiou seu queixo no topo da cabeça do mais novo, relaxando com a sensação gostosa que tomou seu corpo. Entretanto, quando Jimin suspirou e fez com que seu nariz deslizasse devagar pelo peitoral coberto até o pescoço, o relaxamento deu adeus a Jeongguk, que arfou.

- Me desculpa, hyung... mas eu não consigo evitar – murmurou o alfa agora também com a boca colada na pele do pescoço branquinho e cheio de pintinhas que Jeongguk ostentava. Este, ao sentir a pele arrepiar com a umidade da boca de Jimin, fechou seus olhos e por instinto inclinou seu pescoço para o lado, deixando novamente o acesso livre para que o Park pudesse fazer o que quisesse ali. O mais novo suspirou e cheirou ali, novamente sentindo seu lobo se desorientado devido a intensidade do cheiro do lúpus. – O seu cheiro é realmente um pecado, e pecar nunca pareceu tão bom.

- Ah, Jimin! – exclamou Jeongguk ao sentir a língua quente de Jimin deslizando com destreza pelo seu pescoço até sua orelha, capturando com os dentes o brinco pequeno de argola que estava ali e então passando devagar seu músculo úmido no lóbulo do Príncipe, causando um arrepio doloroso que cortou a sua espinha de cima para baixo. Seu tom de voz se assemelhou à um gemido e isso só ajudou Jimin a se sentir ainda mais descontrolado e excitado. – Isso é injusto, Jimin, i-injusto... – disse o Príncipe, levemente assustado por ter praticamente gemido naquele momento. Era raro que Jeongguk gemesse, mesmo quando transava... aparentemente o Park era melhor que qualquer homem até mesmo sem estar se relacionando sexualmente com o mesmo. – Eu quero sentir melhor o seu cheiro também.

Jimin riu roucamente e por um momento Jeongguk se perdeu no rosto bonito do mais novo, que agora não parecia nem um pouco inocente. O alfa lúpus parecia mais maduro e sensual naquele momento, ainda mais com aquele sorriso de canto dos lábios que o mesmo sustentava. O Park deixou sua cabeça cair para trás, ficando apoiado no topo do encosto do assento onde estavam, deixando seu pescoço livre como se estivesse dizendo para a Jeongguk que este podia fazer o que quisesse. O olhar de Jimin já não trazia mais a pureza comum. Era um olhar escuro. Estava excitado. O Jeon se sentiu deliciosamente sujo.

- Você... gemeu, hyung? – perguntou Jimin ainda encarando a face do mais velho com certa malícia. Seu interior desejava que o ômega lúpus simplesmente dissesse que sim ou que simplesmente não dissesse nada e se aguentasse de vez em seu pescoço para sentir melhor o cheiro que emanava de seu corpo. Jeongguk não assumiria naquele momento porque não lhe parecia prudente, mas a face de Jimin ficava ainda melhor quando ele mostrava a mesma de uma forma mais... despudorada. Era como se aquela fosse a forma primitiva do Park, e de fato era.

- Não fiz por querer – Jeongguk disse em um tom de voz rouco que atiçou ainda mais o alfa que estava sob seu corpo. Jimin se limitou a rir diante da explicação do Príncipe. Era óbvio que ele não havia feito de propósito, ninguém força um gemido em um momento como aqueles. – Não é como se eu gemesse com frequência. Não sei o que aconteceu com minha voz – murmurou, observando com afinco a pele do pescoço de Jimin, que brilhava com a luz da lua. A noite não estava tão propícia para que a lua surgisse, mas os poucos raios tênues que a mesma deixava escapar eram suficientes para fazer o local ficar iluminado.

- Não sei o que houve com sua voz, mas pelo o que eu saiba está tudo em ordem em seu sistema respiratório – disse Jimin ainda acariciando a cintura do ômega lúpus. – Acho que você não quer mais sentir meu cheiro, já que já percebeu como ele é – disse o alfa, fazendo um biquinho empurrado. Era impressionante a forma como o Park parecia saltar de uma personalidade fofa e calma para uma mais marcante e até mesmo dominante e então outra, a dramática e manhosa. Jeongguk sorriu diante da última fala do mais novo e aproximou seu rosto do de Jimin, deixando diversos selares lentos na mandíbula marcada do mesmo, o desarmando. – Hm, golpe baixo – sussurrou.

- Você não sabe como eu me senti ao perceber que seu cheiro estava nítido, Jimin-ssi – disse Jeongguk entre os diversos selares que espalhava pelo rosto do mais novo. A face de Jimin seria cômica se não fosse tão malditamente excitante. – Se você soubesse o quanto fica sexy com os olhos fechados e com a boca entreaberta, não faria essa cara pra mim, dongsaeng – murmurou o ômega lúpus, fazendo com que o Park puxasse o ar por entre sua boca como se estivesse realmente tentando controlar seu lobo. Naquela altura, o alfa ainda tentava sem êxitos segurar seus próprios instintos. Interessante.

- E você não falaria esse tipo de coisa pra mim se soubesse o que elas me causam – disse o alfa sem abrir os olhos, apenas sentindo os beijinhos que o mais velho deixava em seu rosto, então lentamente descendo para a sua garganta. O pomo de Adão do mais novo deslizou, subindo e então voltando à sua posição original, o que fez com que o Príncipe desse uma risadinha recheada de lascívia. – Se você soubesse o que é capaz de fazer comigo apenas com suas palavras cortantes e muito inteligentes, tentaria poupar mais da metade delas, hyung – concluiu, lentamente parando com as carícias que fazia na cintura do ômega em seu colo.

- Ora, Jimin... – começou Jeongguk, levando a mão esquerda para a boca do alfa e acariciando os lábios carnudos com a ponta de seus dedos, sentindo a textura deliciosamente macia sob seus dígitos e quase derretendo no colo do mesmo. Sim. Derretendo. – Se eu falo essas coisas é justamente por saber que você irá ficar desestabilizado – confessou o ômega, agora acariciando o lábio inferior do mais novo usando a ponta de seu dedo polegar. – Eu falo esse tipo de coisa justamente por saber que você fica desestruturado ao me ouvir. Falo porque quero você tremendo, se lembra? Eu quero você completamente frágil nas minhas mãos, Jimin.

No mesmo instante, a blusa de Jimin escorregou pelo ombro do mesmo e assim, os lábios de Jeongguk se prenderam na pele próxima à clavícula marcada do alfa, dando um selar fraco ali antes de sugar um pouco da carne para dentro de sua boca, logo acariciando a mesma com sua língua. O contato doloroso e prazeroso da sucção e do músculo quente do Príncipe naquela área de seu corpo fez com que o Park soltasse um gemido rouco e apertasse com mais força a cintura do mais velho, que arfou com o toque. O nariz de Jeongguk foi para o pescoço do mais novo e o odor de hortelã e uísque voltou a lhe causar tontura, dessa vez com mais poder. O cheiro forte e amadeirado fez com que o ômega lúpus revirasse seus olhos em satisfação, e um outro quase gemido lhe escapou dos lábios. Em resposta, Jimin riu completamente rouco, puxando o Príncipe pela nuca para que este o encarasse.

- Parece que eu não sou o único desestabilizado aqui, não é, Majestade? – Jimin perguntou zombeteiro e Jeongguk mordeu o lábio inferior sem desviar o olhar do garoto abaixo de si, este que suspirou e levou suas orbes negras para a boca maltratada pelos dentinhos saltados do mais velho. – Parece que você se sente bastante afetado pelo meu cheiro, huh. Gosta dele? Vamos ver quem derrete primeiro, hyung – terminou. Em resposta, Jeongguk voltou a posição anterior, com seu rosto colado no pescoço de Jimin. Em certo momento, a língua do Jeon resolveu serpentear por ali, arrepiando completamente o corpo do alfa lúpus, que puxou o ar entre os seus dentes ao sentir os do outro rasparem pelo seu pescoço. – Porra, Jeongguk.

A forma como o palavrão saiu livremente da boca de Jimin fez o lobo de Jeongguk se agitar em seu interior pela milésima vez da noite. O Príncipe nunca havia visto o alfa lúpus daquele jeito, tão desinibido, falando palavrões e sorrindo como se fosse um maldito ator de filmes adultos diante das câmeras, e anotou mentalmente em algum canto que o Park se transformava quando ficava mais excitado. Parecia outra pessoa, mas Jimin não era bem o tipo “duas caras". A explicação cabível era: como qualquer pessoa, aquele alfa parecia mudar quando se deixava levar por seus desejos íntimos e sujos. Aquele era apenas um lado que Jeongguk não imaginava que veria.

- Fale outra palavra suja, Jiminnie – Jeongguk murmurou antes de mordiscar a orelha do mais novo. O alfa se contorceu sob o corpo do mais velho ao ouvir o novo apelido que havia ganho. Em certo ponto poderia até parecer fofo, mas na situação em que ambos se encontravam – cabelos bagunçados, corações e respirações aceleradas, lábios vermelhos e inchados e alguns “assuntos inacabados" entre suas pernas – fofura era a última coisa que aquele apelido ou qualquer outro que algum deles viesse a criar estaria relacionado. – Fale de novo. Não é todo dia que isso acontece, te ouvir dizendo palavrões parecia algo impossível até alguns instantes. Vamos...

Não fiz por querer – Jimin murmurou com o rosto levemente avermelhado, imitando a fala de poucos instantes atrás do mais velho. Jeongguk sorriu e balançou a cabeça negativamente, dando um último beijo no pescoço do mais novo antes de voltar a beijá-lo nos lábios. Foi pouco mais de cinco minutos de pausa mas mesmo que fosse pouco tempo, ambos já sentiam abstinência das bocas alheias. Era um beijo que estava longe de ser lento mas ainda assim era capaz de transmitir bilhões de sensações diferentes, desde ansiedade até paixão. Paixão. Os lábios se colidiam rápido mas completamente sincronizados, com o encaixe perfeito, da forma perfeita, na cronometria perfeita.

Jeongguk simplesmente estava enfeitiçado por aquela boca. Era incapaz de processar que um garoto mais jovem que si – o Príncipe de Busan nunca tinha se relacionado com um homem mais novo que si antes – estava o dominando muito mais e melhor do que qualquer hyung que o Jeon tivesse se interessado e se relacionado. O beijo de Jimin era inexplicavelmente delicioso, a maneira como a língua aparentemente longa trabalhava bem abria uma fenda profunda na imaginação fértil que o ômega lúpus tinha e isso o fazia suspirar em nervosismo. Não queria pensar em coisas tão sujas, no entanto, como seu próprio lobo dissera, era incapaz de controlar seus ímpetos, seus pensamentos impuros e seus atos. Quem estava sob seu corpo era Park Jimin, e seu corpo não agiria normalmente diante daquilo.

A ponta da língua do Park deslizou do lábio inferior de Jeongguk até a ponta da língua do mais velho, fazendo com que novamente o Príncipe se enchesse de pensamentos “absurdos" com aquela língua. O Jeon inclusive não conseguiu evitar o suspiro e o aperto de suas pálpebras, uma resposta imediata de seu corpo para que o ômega suportasse o desconforto em sua lombar e em sua região pélvica após o movimento levemente ousado da língua do seu dongsaeng. Estava ficando cada vez mais difícil respirar daquele ar denso, cheio de tensão. Cheio de prazer que, naquele momento, seria obviamente – e dolorosamente – reprimido. As mãos de Jimin se prendiam em sua cintura como se ele dependesse disso para viver; como se estivesse se segurando para não desviar seus palmos para outro local do corpo alheio. Jeongguk então se separou novamente do alfa, olhando-o nos olhos com afinco.

- Por que parece que você está tentando parar os movimentos que suas mãos querem fazer? – perguntou o mais velho, se inclinando e passando a ponta do seu nariz pelo rosto macio de Jimin. O alfa já havia enlouquecido a algum tempo, mas cada atitude de seu hyung parecia contribuir para que ele se fosse cada vez mais próximo do topo de um precipício muito, muito alto. A carícia leve em seu rosto arrepiou todo o lado esquerdo de seu corpo, os fios curtos da nuca do Park se eriçaram sob os toques minuciosos da mão macia do ômega, que riu ao notar mais aquela reação agradável do corpo de Jimin. Jeongguk voltou a se afastar e olhou o mais novo novamente nos olhos. – Tem algo que você quer fazer mas está se reprimindo, Jimin?

- Não é nada tão grande... mas é íntimo, de certa forma. Posso parecer invasivo – disse. O tom de voz baixo e rouco devido ao pouco uso da fala arrepiou Jeongguk pela milésima vez na noite. Estava completamente embriagado por aquele homem. Garoto não, Park Jimin era um homem. O Príncipe de Busan então sorriu para o mais novo, como se lhe desse permissão e o Park acirrou seus olhos, parecendo inseguro. – Eu não... – começou Jimin, tentando justificar que não queria mesmo parecer tão apressado, no entanto viu que o Príncipe não se importava mais. O alfa deu um suspiro audível e se rendeu. – Então sente-se no meu colo, hyung – disse e Jeongguk fez uma careta sem entender a fala de Jimin. Este deu risada e olhou para o mais velho com deboche. Foi então que a ficha do Jeon caiu. – Você me entendeu, Majestade...

Jeongguk mordeu a parte interna de seu lábio inferior e apoiou seu joelho esquerdo no estofado macio, em seguida fazendo o mesmo com seu joelho direito, do outro lado das pernas de Jimin, sentando-se de frente para o alfa, praticamente montado em seu colo. Aquilo sim seria um perigo para sua sanidade já bastante maltratada. O maldito selecionado sabia exatamente como pegar o ômega lúpus de surpresa, como desestabilizar todo o seu sistema e o fazer ficar completamente vulnerável. O Jeon engoliu em seco quando teve sua cintura puxada e seu tronco completamente colado ao tronco alheio, este que suspirou manhoso ao pressionar o rosto contra o peitoral firme do nobre.

- Assim, ficamos ainda mais perto – murmurou Jimin ainda com o rosto pressionado contra o peitoral de Jeongguk. Mesmo em um momento como aquele, o maldito Park ainda tinha tempo para agir de forma fofa? Bem, era sexy, mas não deixava de ser fofo. As mãos medianas se prenderam na linha da cintura do mais velho e então foram para a região lombar com delicadeza e firmeza ao mesmo tempo, se é que era possível. – Mas ainda falta algo para que eu me sinta ainda melhor, hyung – murmurou o mais novo, agora afastando seu rosto o tronco alheio. Quando Jeongguk iria perguntar o que faltava, o cérebro do ômega simplesmente entrou em pane ao que sentiu as mãos que estavam em sua região lombar deslizarem para suas nádegas, apertando ali com uma leveza incomum. No entanto, Jimin fez com que o quadril do ômega fosse um pouco mais para cima, de forma que a ereção que o Príncipe tentava esconder deslizasse pelo abdômen até o peitoral de Jimin, este que ficou com seu rosto de frente para o abdômen do outro. Quando o alfa sentiu algo duro pressionado contra seu peito, olhou para cima e sorriu.

Meu Deus, Jimin – Jeongguk sussurrou, sentindo medo de como sua voz poderia estar naquele momento. Por mais que parecesse bastante desconcertado, o Príncipe não parecia estar sentindo vergonha, pelo contrário. O sorriso que Jimin lhe dava naquele momento o deixava quente, e não era de vergonha, mas de desejo. – Pare de me olhar desse jeito, merda – disse em um tom de voz completamente sôfrego, já que tinha agora uma parte bastante específica de seu corpo sendo pressionada contra o peitoral duro, aparentemente musculoso do alfa. As mãos de Jimin o apertaram novamente e a fricção do membro ereto contra o tronco do alfa aumentou, fazendo com que as mãos de Jeongguk instintivamente se prendessem nos cabelos macios e quase secos do Park, puxando levemente ali. O Príncipe arfou alto. – Eu ainda não posso te jogar nesse estofado, então me ajude a não me descontrolar...

Ainda? – perguntou Jimin, levando suas mãos de volta para a cintura do mais velho e voltando a sentá-lo adequadamente em seu colo, com as pernas de lado. – Ainda não pode, hm. Irei guardar essa frase muito bem, pode ter certeza disso – disse o mais novo, sorrindo e colocando a cabeça no ombro do hyung. Ocorreu mais um instante de silencio, até que após o que provavelmente levou no máximo cinco minutos, o Park chamou, bem baixinho: – Jeongguk hyung?

- Hm...? – murmurou o Príncipe, buscando normalizar aos pouquinhos a respiração, esta que se mostrava completa e absurdamente conturbada.

- Eu quero te beijar de novo – disse o alfa lúpus, roçando repetidamente o nariz no ombro do mais velho, que riu e nem esperou muito para tomar de novo os lábios alheios. Estava bastante feliz com aquilo e sequer sabia o motivo, o beijo pela primeira vez na noite fora realmente calmo, como se os dois não tivessem a menor pressa e a noite estivesse longe de acabar. Sabiam que em algum momento aquele encontro teria seu fim e queriam prolongar as sensações que compartilhavam por mais algum tempo antes que tudo se findasse. Os toques eram lentos, assim como os movimentos realizados pelos seus lábios e línguas. Foi mais rápido que os beijos anteriores, mas não menos significativo. Se separaram com alguns selares lentos e então se abraçaram. Jimin manteve seus olhos fechados e Jeongguk colocou sua cabeça no pescoço do alfa, fechando seus olhos e tentando normalizar sua respiração. Logo, os dois foram se acalmando e os minutos se passaram. Provavelmente Jeon e Park ficaram apenas abraçados e aproveitando a companhia um do outro por mais de quarenta minutos. De olhos fechados, somente ouvindo as suas respirações. – Hyung, a essa hora os selecionados estão terminando o jantar, não é? – perguntou e naquele momento uma luz se acendeu em Jeongguk, que se levantou em um sobressalto, assustando o Park. – O que houve?

- Eu preciso fazer uma coisa... Jimin-ah, você se importa que eu encerre nosso encontro por aqui? – perguntou receoso e o alfa lúpus se levantou, ficando de frente para Jeongguk e então sorriu simples e sincero para o mais velho, que pareceu ficar aliviado. A mão direita do Príncipe foi até o rosto do outro e acariciou ali, sentindo seu coração mais leve a cada instante. – O que fizemos hoje foi errado, muito errado. E eu espero que você esteja disposto a errar comigo mais vezes – Jeongguk murmurou e o sorriso no rosto do alfa lúpus ficou ainda maior, deixando a aparência de Jimin novamente adorável. O ômega não conseguiu evitar o sorriso em conjunto, se aproximando e roçando seus narizes com carinho.

- Eu sempre fui um alfa que seguia as regras, hyung. Sempre andei na linha e busquei conhecer meus limites. Entretanto, o ideal pra mim sempre foi chegar em meu limite para que então, pudesse vir a o expandir – Jimin explicou, usando um tom de voz baixo já que ambos estavam com as faces bastante próximas. – Meu limite aqui dentro era apenas acenar para você e segurar sua mão... e, hoje eu expandi esse limite. Então, pra mim, é inválido considerar os acontecimentos anteriores como um erro. Beijar você parece o erro mais certo que já cometi em toda a minha curta vida, Jeongguk-ah – concluiu e o ômega suspirou, encantado e se inclinando um pouco para deixar um selar nos lábios do mais novo.

Jeongguk acompanhou Jimin até o interior do castelo e pediu para que ele corresse até seu quarto e colocasse uma blusa que não mostrasse a marca arroxeada que havia ficado em sua clavícula. O Príncipe disse qual era o plano que tinha e por mais que o alfa tivesse ficado um pouco pra baixo com aquilo, ouvir seu hyung dizendo que tudo iria ficar bem o deixava mais animado, se sentindo mais acolhido ali. O Príncipe apareceu na mesa do jantar quando todos já estavam se retirando e percebeu que não era apenas Jimin que havia se retirado do jantar naquela noite, mas também Chanyeol, Jongin e Yixing. Isso era bom, pois daquela forma os outros selecionados não saberiam ao certo com que o Príncipe teria ido se encontrar – por mais que possivelmente pensassem que era com Yixing, já que os outros dois alfas eram próximos do maknae da seleção e poderiam estar com ele.

Os selecionados se curvaram para Jeongguk e voltaram a se sentar, assim como os nobres presentes ali – Yugyeom, Kunpimook, Namjoon e Seokjin –, estes que pareceram confusos com a aparição repentina do Príncipe que havia passado praticamente o jantar todo fora. Os reis também estavam confusos sobre quem o ômega lúpus havia ido se encontrar: apenas Taehyung e Yerin sabiam, além é claro de Chanyeol e Jongin, que não precisaram exatamente de uma confirmação. Falando em Tae, Jeongguk ficou confuso ao ver que seu melhor amigo também não estava na mesa naquele momento.

- Me desculpem por aparecer desse jeito... – disse o ômega lúpus, sorrindo grandemente e então se inclinando para que apenas os Reis pudessem o escutar. – Não me diga que Taehyung não comeu nada no jantar, tio Jin – murmurou para o alfa e o mesmo sorriu despreocupado, fazendo com que uma das betas que estava ali por perto ajudando a retirar a mesa do jantar quase caísse. Oh, não era comum ter um deus grego [coreano] à mesa, huh.

- Não se preocupe tanto, meu doce. Taehyung jantou no quarto hoje. Como ele dormiu o dia todo, ficou sem tempo de organizar normalmente suas coisas e comeu por lá mesmo. Acredite, ele parecia faminto, comeu duas vezes e em porções bastante generosas – respondeu também em um murmúrio, agora sorrindo sem mostrar seus dentes. Então, Seokjin mudou o tom de murmúrio para um sussurro. – Realmente não há riscos de que TaeTae volte a ficar doente, Jeongguk-ah. Fique tranquilo e vá ver seu dongsaeng depois, sim? Ele realmente estava sentindo a sua falta – disse e o Príncipe sorriu aliviado.

- Bem... eu mandei chamar os selecionados que estavam ausentes do jantar hoje pois gostaria de fazer um comunicado... Oh, eles estão vindo – disse e viu Yixing, Chanyeol, Jongin e Jimin descendo. O coração de Jeongguk se acelerou de novo ao ver que o alfa lúpus mais novo estava com os cabelos mais molhados e com uma camiseta longa de algodão que mais parecia uma blusa de pijama. Era clara a intenção do Park: não levantar suspeitas. Outra anotação mental sobre o homem que Jeongguk não poderia se esquecer de fazer, aparentemente Jimin era um excelente ator e sabia bem como não chamar atenção. O Príncipe de Busan buscou não suspirar muito alto e sorriu pequeno para todos, então se preparando para falar. – Bem, como vocês sabem, recentemente um selecionado foi expulso da seleção, deixando restantes dezenove alfas. Eu sou alguém bastante perfeccionista e isso me deixa chato em diversos aspectos, devo confessar... Então, na próxima eliminação, quatro selecionados deverão retornar para suas respectivas casas, para que fiquem restando apenas quinze selecionados – explicou e os alfas lúpus ali se mostraram compreensivos diante da informação.

- Me perdoe, Majestade, mas quando será a próxima eliminação? – perguntou Takuya, um dos selecionados que havia sido enviado da província de Osaka, uma das muitas províncias japonesas. Jeongguk suspirou e sorriu para o homem, que era um dos mais velhos ali por mais que aparentasse ter ainda menos idade do que o Príncipe.

- Agora. Já decidi quem serão os quatro eliminados de hoje e amanhã de manhã estes serão enviados para seus reinos – disse tranquilo e os alfas ali arregalaram os olhos, surpresos com a repentina decisão do Príncipe. É claro que todos ali naquele momento ficaram nervosos, com exceção de alguns, que pareciam aceitar perfeitamente qualquer coisa que viesse do Jeon mais novo. O ômega lúpus então suspirou e fechou seus olhos antes de dizer os nomes dos eliminados. – Primeiramente eu realmente gostaria de me desculpar por essa decisão aparentemente sem motivos. Não estou fazendo isso apenas para satisfazer o meu perfeccionismo, mas por realmente não ver mais motivos para que estes que escolhi esta noite continuem aqui. Espero não ter soado rude... – disse e voltou a suspirar, então definitivamente pronto. – O primeiro eliminado será Park Chanyeol – disse e o alfa em questão tentou controlar a alegria, se curvando em reverência e deixando a sala de jantar. Jimin suspirou e apenas esperou que o nome de seu outro amigo fosse dito. – Segundo eliminado: Kim Jongin. Terceiro eliminado: Jung Jaewon. Quarto e último eliminado: Shin Dongjin. Amanhã de manhã vocês serão levados para suas respectivas casas, peço desculpas se causei qualquer transtorno... Bem, estão dispensados por hoje.

Jeongguk simplesmente se curvou para todos e então saiu da sala de jantar, sentindo suas costas queimarem por estar sendo obviamente observado por Jimin. O Príncipe sorriu com leveza sem que ninguém pudesse ver e correu até o quarto onde Taehyung estava. Ao abrir a porta do quarto, encontrou o alfa estranhamente comendo um ramén. Parecia concentrado no que fazia enquanto Yeontan brincava com a ponta dos dedos de seus pés. O Príncipe de Busan riu e fechou a porta atrás de si, então chamando a atenção de seu melhor amigo.

- Hyung! Eu precisava comer ramén, estava sentindo essa vontade por mais que eu tenha jantado também. Você quer? Tem um pouco de kimchi, também – disse com a boca meio cheia e Jeongguk riu, negando. Aparentemente o Príncipe de Daegu estava repondo todas as suas energias que foram gastas enquanto o mesmo trabalhava de forma árdua para se tornar um bom rei no futuro. – Tem certeza? Imagino que você tenha jantado já a algum tempo, mas eu realmente gostaria que você provasse o ramén. Zero por cento de pimenta, está bem... clean.

- Obrigado Tae, vou recusar por enquanto... – disse Jeongguk, levando sua mão esquerda até o cabelo do mais novo, que deu um sorriso na direção do ômega lúpus e fechou os olhos, apreciando o carinho. – Estou bem saciado, mesmo que tenha comido pouco durante o jantar – explicou o Jeon, se lembrando da forma que o cheiro de Jimin o deixara estático, tanto que até mesmo a comida esfriou. – Por enquanto, eu só preciso falar com você. Sabe... sobre o encontro com Jimin. Estou voltando de lá, na verdade.

- Verdade! – exclamou o mais novo, se levantando da cama e colocando sua comida sobre a escrivaninha mais próxima. Em seguida a se sentar na cama, com uma garrafinha de água na mão. – Como foi seu encontro com Jimin hyung? – perguntou, dobrando suas pernas bastante longas e ficando na posição de lótus. – Não repare no pijama estar igual ao de manhã, eu tomei banho quando acordei e simplesmente vesti as mesmas peças de roupa. Você sabe, eu gosto desse pijama – disse rapidamente, tentando se explicar caso o mais velho achasse que não havia tomado banho ou algo do tipo.

- Você parece bem mais enérgico agora, não é, Tata? – perguntou sorridente o ômega, parecendo feliz em ver o mais novo tão saciado. Estava feliz por vê-lo saudável. – Bem... eu disse tudo o que estava sentindo, não consegui segurar – disse o ômega, suspirando e se lembrando da breve declaração (?) que os dois compartilharam durante o encontro barra jantar. Enquanto isso, Taehyung levou a garrafinha de água até a boca e deu um longo gole, sinalizando para que Jeongguk continuasse enquanto ele fechava a garrafinha. – Ele também se abriu e disse que estava tentando reprimir seus sentimentos a algum tempo e... Bem, nos beijamos.

E então a garrafinha de água voou da mão de Taehyung.

- INFERNO – berrou o mais novo, tossindo e dando tapinhas em seu próprio peito. Jeongguk começou a rir da reação do melhor amigo e deu alguns tapas nas costas do garoto, que realmente parecia ter engasgado diante daquilo. O rosto do alfa estava completamente vermelho, além de que seus olhos se esbugalharam. Taehyung tinha expressões faciais bastante... marcantes. – Espera, espera aí. Seu coreano não foi nem um pouco claro, nem um pouco! Então me diga, Jeongguk hyung, vocês o quê?????!

- Nós. Nos. Beijamos. – disse pausadamente o mais velho. – Ele estava inseguro no início, mas em seguida foi se soltando aos pouquinhos e... céus. Ele realmente não parece ser alguém inexperiente e eu não sei se deveria ficar feliz ou triste com isso – explicou rindo e coçou a nuca, abobalhado ao se lembrar do momento bastante íntimo que compartilhou com Jimin. – Ele é carinhoso, mas vai muito além disso. O beijo dele é maravilhoso, e... E foi melhor do qualquer pensamento que eu já tive. Foi inexplicavelmente delicioso.

- Então você já pensava em beijá-lo, hyung? – perguntou Taehyung, fazendo uma careta maliciosa. Jeongguk sorriu e fechou os olhos, se lembrando dos pensamentos que vinha tendo nos últimos dias. Seu sorriso aumentou.

- Sim... e penso agora em beijá-lo de novo. E de novo, e de novo. Jimin me viciou totalmente – comentou o Príncipe mais velho e Taehyung suspirou, como se estivesse se sentindo realizado.

- Isso é porque você está apaixonado – disse calmo e Jeongguk abriu os olhos, pronto para negar. Taehyung o interrompeu de imediato, mas aparentemente sequer notou que havia cortado a próxima fala do mais velho. – Aliás... também tenho algo para contar. Foi bastante estranho, mas... eu também beijei alguém está noite, mas diferentemente de você e Jimin, o que aconteceu comigo não foi planejado – disse e o ômega arregalou os olhos.

- Taehyung! Você e Hoseok-

- Não! – disse rápido e suspirou, se preparando para levar um provável sermão de seu hyung. – Quem eu beijei foi Min Yoongi.

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