VOLTEI, MEUS CHERO! Como tem passado? Se cuidem, huh?
Casta 6 chegou a 200 MIL VISUALIZAÇÕES NO SPIRIT E O SURTO É REAL. Ver os números aumentar aqui também (são mais de 40 mil!) é maravilhoso ver que o que eu escrevo agrada. Essa fanfic terá seu epílogo no capítulo 34, loooogo... estamos na metade. A partir de agora, a relação dos JiKook vai ser mais próxima e... bom, vocês vão ver! Boa leitura!
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Pouco mais de duas semanas se passaram desde o incidente envolvendo Wu YiFan e Park Jimin. O fatídico dia de certa forma entrou para a história e os Reis de Busan passaram a estudar se seria uma boa ideia tornar o preconceito contra castas em um crime sob pena de prisão. Seria algo que deveria ser estudado por anos – em pouco mais de cinco anos seria a coroação de Jeongguk e do selecionado que ele escolheria para ser seu esposo, então possivelmente este projeto de lei estaria nas mãos dele no futuro. Yugyeom sentia de certa forma o desejo de sempre se desculpar com Jimin, pois querendo ou não sentia que deveria ter tomado com YiFan desde o princípio.
A recuperação de Jimin começou a realmente se mostrar a partir do dia em que ele teve alta: sete dias depois de ser internado. Seu rosto agora possuía apenas um hematoma médio, no canto inferior de seu olho esquerdo, além de um pequeno curativo em seu supercílio. No canto direito de sua boca havia apenas uma pequenina casca, já mostrando a fase final de cura do ferimento que havia ali. As escoriações já estavam leves e por mais que sua coluna às vezes doesse um pouco – as pancadas haviam sido feias, afinal de contas – o alfa lúpus pensou que deveria começar a se alongar. Então, no dia seguinte de sua alta, Park Jimin começou a se exercitar, sob orientação de Amber e de Hoseok.
- Jimin, espero que tenha consciência de que seu corpo não está muito afim de exercícios. Então você precisa ir devagar, entendeu? – Hoseok perguntou cauteloso na primeira sessão. – Vamos começar com alguns exercícios leves, alongamentos. Faremos alongamentos por três dias, e caso você perceba melhora nos seus movimentos e aceitação por parte de seus músculos, iremos pular para exercícios um pouco mais pesados, ou pararemos nesses três dias de alongamentos – disse o Coronel, que nesse dia em questão não usava a sua farda habitual: Jung Hoseok usava simplesmente uma calça de moletom preta com listras brancas na vertical traçando as laterais da vestimenta e uma camiseta cinza que ficava levemente grande em seu corpo.
- Acho que gosto da ideia do alongamento por três dias e outros exercícios daqui em diante. De certa forma fiquei um pouco sedentário depois que vim viver aqui, e eu realmente não aprecio muito a ideia de perder esses músculos que adquiri com tantos anos – Jimin disse, parecendo verdadeiramente preocupado com a forma que seu corpo poderia ficar no futuro. – Entretanto, acho que farei os outros exercícios em meu quarto ou no Jardim do castelo, pois sei que você é alguém muito atarefado, hyung – o alfa disse e Hoseok sorriu com a consideração do mais novo, e então, ouviram os apelos inconformados de Jongin.
- O que diabos você quis dizer com “sedentário”, seu idiota? Você corre pelos jardins por pelo menos uma hora e meia por dia, daqui a pouco suas coxas não vão mais caber nas suas calças! – ditou o Kim, fazendo com que Hoseok, Jimin e Chanyeol dessem risada. – Eu realmente não entendo, cara, você trabalha desde os nove anos! Fazem dois meses que você parou de trabalhar, acha mesmo que seu corpo vai ficar diferente nesse curto espaço de tempo? Não seja tão encabulado com isso, Park. E pare de me humilhar! Eu sei que jamais teria a capacidade de me esforçar tanto assim estando machucado!
E o primeiro dia de alongamentos foi dessa forma. Os outros dias foram mais tranquilos e Jimin realmente percebeu que seu corpo já havia se adaptado, então agradeceu a ajuda de seu novo amigo – Hoseok – e passou a se exercitar somente em seu quarto. Junmyeon havia enviado para si um MP4, então era isso que o fazia companhia enquanto fazia suas flexões. Eram cerca de cento e cinquenta por dia, pelo menos seria no primeiro mês. As abdominais também duravam bastante tempo, e logo o corpo de Jimin parecia menos travado. Haviam alguns pequenos hematomas espalhados também pelo seu tronco, mas já no estágio da cor esverdeada, quase desaparecendo.
Jimin passava cerca de duas horas diárias intercalando entre as flexões e abdominais. Claro que também se alongava, aliás, deixando de lado a modéstia, o Park se orgulhava bastante do corpo bastante flexível que tinha. O clima não estava muito quente no dia em questão, entretanto Jimin se exercitava apenas com uma calça de moletom cinza, com um tecido um pouco mais fino e leve que o normal. Como estava com o fone de ouvido do MP4 no último volume sequer ouviu Yerin chamá-lo, e como a ômega não era muito paciente, simplesmente entrou no quarto do alfa lúpus, levando um susto ao encontrar um dos melhores amigos nu da cintura pra cima.
- INFERNO! – praguejou a ômega, escondendo o rosto entre as mãos, fato que deixou Jimin com uma vontade absurda de rir. O alfa se desfez do pequeno aparelho de música e o colocou sobre a cama, pegando uma garrafinha de água que havia no frigobar que ficava ao lado de sua cama e sorvendo o conteúdo da mesma em poucos goles. Yerin abriu um espaço entre seus dedos e espiou pelo vão, dando um gritinho ao ver que Jimin ainda estava sem camisa. – Se vista, Park Jimin! Eu já entendi que você é um alfa muito gostoso, mas é propriedade do Príncipe e eu não sou uma traidora! Coloque uma roupa decente, seu vadio!
- Eu não tenho culpa! Em minha defesa, eu estava ouvindo músicas então não sabia que você estava me chamando, sua ômega louca! – Jimin disse rindo e tentou inutilmente esconder o tronco desnudo com as mãos. – Vou tomar um banho, tudo bem? Já vou sair do banheiro trocado, não se preocupe. Seja lá qual for a emergência pra você vir até aqui para me chamar, logo estarei mil por cento disponível, fique calma, o oppa já vai se trocar – disse o alfa, correndo para o banheiro e desviando de um tapa que Yerin estava prestes a dar em si.
Pouco mais de vinte minutos depois, Jimin reapareceu, agora com uma calça preta, camiseta branca de mangas longas, tênis também branco e um gorro cinza nos cabelos lavados e recém secos. Seus piercings e brincos também deram as caras dessa vez e o Park estava novo em folha. Yerin ainda estava com o rosto vermelho e Jimin riu daquilo, pois se lembrou de quando conheceu a ômega: a garota sequer conseguia o olhar nos olhos sem ficar da cor de um tomate. Depois de ter arrumado tudo que era necessário, o alfa então se virou de frente para sua amiga e colocou as mãos nos bolsos das calças e tombou levemente a cabeça para o lado direito.
- E então, Yerin-ssi? O que faz com que sua agradável presença venha até meus aposentos de forma tão surpreendente? – perguntou com um tom de voz estranho, como se estivesse forçando seu aegyo e Yerin não aguentou, caindo no riso. Jimin logo fez o mesmo e se sentou em sua cama, sinalizando para que sua amiga fizesse o mesmo. Então, quando a ômega se recuperou, respirou fundo para se acalmar e começou a falar.
- Jongin e Chanyeol oppa estão esperando você na biblioteca. Eles poderiam ter vindo chamar você? Sim, poderiam, eu sei perfeitamente que eles poderiam. Mas não, deixaram pra pobre coitada aqui! E eu ainda tive que te ver pelado! – ralhou ela, fazendo Jimin prender o riso. Yerin ficou ainda mais nervosa do que antes. – Pare de rir de mim, seu alfa lúpus indecente, seu, seu... seu safado! Eu ainda estou com vergonha de você! – disse a garota, arrancando um riso alto de Jimin, que arqueou a coluna para trás quando riu.
- Me desculpa, sério, não foi minha intenção que você me visse dessa forma. E eu não estava pelado! – disse Jimin, secando as lágrimas que se juntaram em seus olhos. Yerin fez bico e se virou para a frente, cruzando os braços em uma expressão falsamente empurrada. – Eu vou passar a me exercitar com o MP4 sem os fones de ouvido, assim vou poder ouvir você, tudo bem? Isso não vai se repetir, eu prometo. Não se preocupe, não quero te aborrecer nem parecer desrespeitoso – falou o alfa lúpus com invejável calma em sua voz. Em seguida, Jimin fez uma careta e se virou novamente para encarar a amiga. – Aliás, como assim eu sou propriedade do Príncipe? Yerin-ssi, Jeongguk hyung e somos apenas amigos... amigos? Hm, acho que já dá pra falar assim.
- Amigos por enquanto, né Jimin? – Yerin disse e se mostrou realmente indignada. – De verdade, seja sincero com sua dongsaeng. Você é lerdo assim mesmo ou se faz por esporte? – perguntou a ômega e a face de Jimin ficou um pouco mais séria. O alfa então sorriu de leve, mas logo retornou à face sem humor. – Quero que me diga, com todas as letras, que não se sente afetado com a presença do Príncipe e que ainda não percebeu que também o afeta de alguma forma. Quero que negue fielmente que não sente nem mesmo desejo pelo nosso Príncipe e que tem cem por cento de certeza que ele também não sente isso – falou a mais nova, com uma pose firme, mas ainda assim paciente. Jimin suspirou e olhou nos olhos da mais nova.
- É claro que eu já percebi que ele parece agir diferente comigo, Yerin – Jimin disse exasperado, dando um suspiro bastante audível. – É claro que eu percebi que ele me olha de uma forma distinta, que ele mostra uma preocupação comigo que até mesmo parece absurda. Na noite em que acordei depois de ser espancado, ele estava lá, ao meu lado. Ele chorava... mas não era só isso, sabe? Digamos que... havia algo em seus olhos que eu não pude decifrar – disse o alfa, suspirando. – Mas é tudo incerto, por favor, tenta me entender. Eu estou entre vários outros alfas lutando por ele, e todos parecem mais cultos, inteligentes... é claro que eu preciso me sentir inseguro, Yerin! Eu não posso criar expectativas, porque se fizer isso, eu vou ficar ainda mais apaixonado por ele e se isso acontecer, as chances de eu me perder e perder Jeongguk ao mesmo tempo vão ficar maiores! – Jimin disse com um tom de voz que beirava o assustado. Yerin deixou que a compaixão a tomasse e se jogou contra o seu amigo, o abraçando com força. O alfa acolheu a pequena nos braços e retribuiu, como se precisasse daquilo. – Eu não quero perder a chance de ter Jeongguk ao meu lado. Eu não quero perder Jeongguk, embora ele sequer seja meu. O hyung já deve imaginar que eu sou dele, porém – disse baixinho, com a boca colada no ombro coberto de Yerin, o que deixou sua voz abafada. – Olha... Eu sou o alfa mais fraco que conheço. Eu não pude evitar de me apaixonar pelo Príncipe, e a única coisa que posso fazer é tentar não me afetar ainda mais. Mas eu não sei se consigo... e isso me deixa completamente louco.
- O Príncipe tem um afeto especial por você, oppa – disse Yerin, com o rosto escondido no pescoço do mais velho. A garota fez uma leve massagem na nuca do amigo e continuou. – Eu não quero que você se iluda, entretanto, tente pelo menos ver o quanto ele se preocupa, tente ficar mais atento aos olhares dele e fique feliz com eles. E por favor, por mais que seja controverso dizer isso, não bloqueie os próprios sentimentos. Ou melhor, não tente bloqueá-los. Vai ser uma luta em vão, quanto mais você tentar se afastar ou afastar seu coração do Príncipe, mais vocês serão atraídos e mais você vai ficar “preso" ao sentimento – Yerin disse e se levantou, segurando a mão de Jimin, fazendo com que o alfa também se levantasse da cama. – Não tente alterar nada. Apenas deixe as coisas fluírem em seu curso natural – concluiu a ômega, sorrindo paciente para seu amigo. O clima havia ficado mais ameno. – Agora vamos... Os oppas estão esperando você.
Jongin, Chanyeol e Jimin ficaram a tarde toda conversando na biblioteca. Inclusive o alfa lúpus mais novo contou aos hyungs que Yerin havia o flagrado seminu e os dois mais velhos riram muito, assim como também aconselharam o maknae – o Park também mencionaram a conversa que sua amiga ômega e ele tiveram sobre o Príncipe Jeongguk – e ao menos tentaram tirar dele aqueles pensamentos de insegurança. Entretanto, não eram coisas tão fáceis assim: a insegurança era algo com a qual Jimin já estava habituado então tudo o que os mais velhos tinham a fazer era simplesmente fazer com que o Park fosse lentamente adquirindo confiança em si mesmo.
Algum tempo depois, os dois alfas lúpus mais velhos saíram da biblioteca e Jimin ficou ali, para que pudesse explorar melhor os livros. Encontrou um sobre a história antiga de Busan e se sentou em uma poltrona para começar a ler, e logo se viu completamente envolto nos detalhes sobre seu reino. Bem afastado de Jimin, Jeongguk observava seu selecionado com atenção, parado diante da porta que ligava a Sala de Estudos – onde o Príncipe vinha passando suas tardes – até a Biblioteca Real. O ômega lúpus prestava atenção em cada detalhe do alfa mais novo, desde a forma que ele parecia realmente fixado no livro que lia até os traços físicos do mesmo.
De longe, Jeongguk começou a analisar o rosto de Jimin, em especial os lábios. A boca de Jimin era avermelhada e grossa, tinha lábios verdadeiramente carnudos e bastante chamativos. O ômega suspirou e piscou suas pálpebras com rapidez, tentando focar em outras coisas, mas sem nenhum sucesso. É verdade que os traços do Park pareciam a primeira vista bastante delicados se considerassem que ele era um alfa lúpus, entretanto as características “rústicas” do alfa remetiam sua completa masculinidade: A mandíbula fina que parecia ser como uma navalha, os músculos acentuados e o olhar que podia ser realmente feroz caso o mais novo quisesse. Suas mãos tinham as veias azuladas e saltadas e era possível enxergar o relevo das mesmas até o final de seu antebraço.
Cansado de literalmente secar seu selecionado com os olhos, Jeongguk foi se aproximando vagarosamente de Jimin, sorrindo ao perceber que o mais novo realmente ainda não havia notado sua presença ali. As habilidades de concentração do jovem alfa lúpus realmente não era brincadeira: o Park parecia se desligar do mundo real quando tinha um livro em suas mãos. Era assim desde que fora ensinado a ler, afinal de contas, o fato das pessoas parecerem surpresas ao vê-lo ler – já que ele era uma exceção entre as pessoas da Sexta Casta – fez com que o jovem alfa desenvolvesse ainda mais anseio pela leitura. Talvez fosse por isso que Jimin era tão sábio e centrado.
- Parece que você realmente está gostando desse livro, Jimin-ssi – falou Jeongguk em um tom divertido e Jimin se assustou, dando um pulinho ao ver que o Príncipe estava ali em sua frente. O alfa fez menção de fechar o livro para dar atenção ao mais velho, mas este levantou as duas mãos em sinal de negação. – Você não precisa parar de ler, Jimin, pode continuar. Pegarei um livro também e assim leremos juntos, tudo bem? – perguntou e Jimin sorriu, balançando a cabeça negativamente e fechando o livro, mas marcando a página mentalmente. Então, após um tempo apenas encarando o Príncipe, o Park decidiu romper seu silêncio.
- Está mesmo me dizendo que posso continuar lendo enquanto você está aqui, hyung? – perguntou o alfa lúpus com um sorriso zombeteiro nos lábios. Jeongguk não pôde deixar de sorrir e Jimin acabou ficando ainda mais zonzo diante da visão que tinha. Não era novidade para ninguém no mundo que a beleza do mais velho o deixava completamente afetado. – Se quiser ler, podemos ler este livro juntos – disse, levantando o livro de história que havia pego. O Príncipe suspirou e caminhou até Jimin, se sentando ao lado dele. – Sendo esse um livro de história sobre Busan, imagino que você já tenha o lido várias vezes.
- Sim, é verdade – respondeu Jeongguk, sorrindo pequeno. – Na verdade, a primeira vez que li este livro eu tinha nove anos de idade. Não li por pressão de meus pais nem nada do tipo, mas por simples vontade de aprender desde cedo para que não precisasse depender tanto dos adultos quando eu estivesse na idade de realmente trabalhar juntamente dos meus pais – explicou, pegando devagar o livro das mãos de Jimin e o folheando com calma, como se cada página remetesse à ele uma lembrança diferente. – E assim eu fui aprendendo desde criança cada coisa sobre o Reino, tendo em mente que um dia eu seria o governante. Mesmo hoje, ainda estudo muito para que possa me tornar um bom rei, um governante digno para meu povo. É só isso que me importa por enquanto.
- Ora, temos aqui um garoto prodígio, não é? – perguntou Jimin, sorridente, e Jeongguk riu baixinho, desconcertado. – Eu peguei bastante amor pela leitura assim que aprendi a ler verdadeiramente bem, lá pelos meus onze anos. Eu lia para minha irmã até que ela dormisse, e muitas vezes vazia isso por minha mãe também, quando ela chegava muito cansada do trabalho. O meu maior prazer era fazer com que minhas mulheres se vissem bastante tranquilas e dormisse bem. Quando eu via que o sono de minha mãe e irmã era tranquilo, no outro dia eu costumava ir trabalhar bem feliz – contou o alfa, trazendo um sorriso doce para o rosto do mais velho. Jeongguk então fechou o livro, deixando Jimin confuso.
- Decidi que não quero mais ler, agora quero conversar com você e saber se você está bem – disse o Príncipe, desarmando completamente Park Jimin. – Ouvi dizer através de Amber e de Hoseok que você está se exercitando para diminuir as dores nos seus músculos desde o incidente com Wu YiFan. Você tem total certeza de que está em condições de se exercitar? Ainda me parece tão recente, Jimin. Você precisa ter certeza de que está realmente bem para começar os exercícios – proferiu. Jimin não conseguiu evitar de sorrir, já que aquela preocupação implícita (e bem explícita ao mesmo tempo) deixava o alfa lúpus completamente sem chão.
- Não precisa se preocupar, hyung. Sobre a ideia dos alongamentos, eu perguntei para Amber noona se teria problema que eu fizesse e ela me deu total garantia que tudo ocorreria bem. Os exercícios que estou fazendo agora são apenas pra manter meu corpo e minha saúde em dia – explicou, sorrindo pequeno. – Não precisa se preocupar, eu estou bem. Mas e você, como tem passado? Anda muito cansado com o trabalho e com os estudos extras?
- Sim... ultimamente tem sido cansativo. Mas está tudo bem comigo e eu ando bastante animado ultimamente. Meu melhor amigo virá para Busan daqui três dias! – disse animado. O fato de os olhos de Jeongguk terem brilhando tanto com tamanha excitação fez com que todas as energias positivas do ômega lúpus passassem para Jimin, que sorriu grandemente diante da reação de seu hyung. – Faz bastante tempo que não o vejo, já que ele está entrando agora na fase de estudo sobre o Reino em que a família dele atua, então devagar foi ficando difícil que ele viesse. Porém ele logo virá, eu estou realmente animado em ver o Tata de novo!
- Kim Taehyung de Daegu, não é? – perguntou Jimin um pouco indeciso e Jeongguk confirmou, acenando piamente com a cabeça. Jimin riu da empolgação do mais velho. – Eu lembro das notícias que saiam de vocês dois juntos, mas também notei que elas pararam de surgir a partir de um tempo. Então quer dizer que ele também está começando a se preparar para ser um rei... – ponderou pensativo. – Aliás, agora me recordo... Kim Taehyung é um ano mais novo que eu, não é?
- Sim, ele é! Inclusive, como eu costumo falar de você com certa frequência para ele, até mesmo Tae já está caindo de amores por você, até te chama de “hyung". Eu mereço isso, Jimin? – perguntou Jeongguk com falsa indignação e o alfa lúpus riu, balançando a cabeça. Estava feliz de certa forma que um outro Príncipe tivesse se afeiçoado à si, isso o fazia se sentir realmente muito bem acolhido. De verdade, era nesses momentos que o Park agradecia mentalmente Seulgi, já que foi por um conselho dela que o alfa entrara na seleção.
- Gostei dele, espero que ele me procure quando chegar, poderemos ser amigos. Sabe... realmente é incomum pessoas me chamando de “hyung”, já que geralmente eu sou o garoto mais novo – Jimin disse com sinceridade e então sorriu. Jeongguk fez o mesmo e os dois ficaram em silêncio por um tempo, aproveitando a quietude lado a lado. Então, como se estivesse pensando melhor nas palavras que havia ouvido instantes atrás, Jimin se virou para ficar de frente com o Príncipe. – Você... disse que fala com frequência de mim para seu melhor amigo, hyung... por quê?
Jeongguk pareceu travar com a pergunta. Havia se soltado tanto durante a conversa que nem mesmo havia percebido que havia falado com tanta naturalidade de suas conversas com Taehyung. Nada coerente lhe vinha em sua mente naquela situação, e seu lobo parecia completamente nervoso, mas tinha uma resposta na ponta da língua.
- Gosto de você – disse simplista e Jimin contorceu sua expressão confusa, tornando a mesma em uma face sôfrega. Jeongguk ficou preocupado imediatamente, pois pensou que o alfa lúpus estava sentindo alguma dor. E de fato estava.
- Não fala assim... – Jimin murmurou e colocou as duas mãos entre o rosto, exasperado. Seu coração parecia que iria explodir no peito. – Não me deixa mais confuso ainda, por favor...
- Confuso com o quê, Jimin? – perguntou Jeongguk e algo em seu interior gritou para que ele se aproximasse mais. Foi o que ele fez. – O que você está sentindo agora?
Jimin retirou as mãos de seu rosto e ao ver que Jeongguk estava tão perto de si, ofegou, imediatamente segurando com força a mão do mais velho, que estava em cima da mesa.
- Não faz isso comigo, hyung...
No mesmo instante, o celular de Jeongguk tocou. O ômega quase nunca andava com o iPhone em mãos, mas justamente naquele dia em questão estava com o aparelho em seu bolso. O Príncipe pareceu se situar e atendeu o telefone com a mão livre, pois a esquerda ainda estava sendo segurada por Jimin. Após poucos segundos de conversa, o Jeon desligou o aparelho e engoliu em seco.
- Yoongi hyung disse que meus pais precisam de mim... – explicou e devagar Jimin removeu a mão de cima da de Jeongguk, mas o ômega não deixou que ele fizesse isso. – Me leva ao gabinete? – perguntou receoso e o alfa lúpus abriu um sorriso nervoso, diferente de todos os que já havia dado antes.
- É claro que levo... Eu te levaria pra qualquer outro lugar que quisesse ir – disse baixinho e Jeongguk sorriu, se levantando da cadeira. Jimin fez o mesmo, e ambos iam seguindo para fora da biblioteca até que algo chamou a atenção do alfa. – É melhor... soltamos as mãos. Vão pensar que estamos tendo alguma coisa – disse cauteloso e o Príncipe suspirou, soltando a mão quentinha e áspera devido aos calos.
- Sempre cuidadoso, não é? – disse sorrindo e Jimin fez o mesmo.
“Mas que porra acabou de acontecer aqui?!”