O Misterio do Cristal de Gelo...

By LadyJoker01

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Ulquiorra Cifer é um detetive particular que trabalha na agência de detectives do renomado Aizen Sōsuke, que... More

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A biblioteca

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By LadyJoker01

Ulquiorra coloca os convites e a chave no seu bolso e senta-se na cadeira do seu escritório, ficando de frente ao computador da empresa. Ele decide olhar para o pequeno relatório que Aporro o entregará e grifa as duas palavras que mais o chamaram atenção desde que o cientista começou a falar: Perclorato de potássio e cianoacrilato.

O ladrão precisaria de fornecedores para adquirir tais materiais, sendo assim o detetive começou a pesquisar sobre fornecedores de Perclorato de potássio, porém, só encontrou empresas que faziam acordos com universidades ou laboratórios privados e nenhuma delas oferecia o produto para compradores comuns — essa era uma pista incompleta que provavelmente não faria com que o caso andasse — sendo assim, Ulquiorra decidiu focar na pista da cola.

Aporro citará algumas indústrias em Karakura que usavam esse material para a fabricação de adesivos, olhando novamente a folha do relatório o moreno notou que Granz havia colocado os nomes e o telefone delas. Sem pensar muito no que faria a seguir, Cifer pegou o seu pequeno bloco de notas e escreveu algumas perguntas prontas para fazer as empresas e discou o número da primeira.

As primeiras tentativas foram falhas, nenhuma empresa vendia a cola de cianoacrilato separadamente do produto que produziam, Ulquiorra dá um breve suspiro e tenta o último número da lista.

Karakura Sutekkā era uma pequena empresa localizada no bairro de Minamikawase, eles haviam se instalado na cidade a pouco menos de 2 anos. Não foi necessário esperar muito tempo para que Ulquiorra conseguisse falar com eles, como se fosse um comprador, para a sua sorte eles vendiam a cola separadamente, porém, somente em quantidades acima de 350 g com o valor mínimo de 8.292,43 ienes (Valor de R$ 420,00 reais na data 23/04/2020)

Ulquiorra — Certo senhor, ligarei novamente caso queira efetuar a compra — deu uma breve pausa — Obrigado, desejo o mesmo ao senhor — desligou o telefone.

O detetive anota o valor no seu bloco de papel e pensa por uns segundos: Esse era realmente um ladrão incomum, seu interesse no cristal era pessoal ou histórico? Ele ainda precisava da confirmação de Unohana para ter certeza de qual palpite deveria se focar.

Apoiando o braço direito na mesa e colocando a mão sobre o queixo, Ulquiorra começa a questionar algumas coisas, tais como a maneira que a filha do prefeito iria conseguir a resposta dos donos dos museus — sempre havia a probabilidade de mentiras serem contadas — mas diante a isso só bastava esperar para que a aristocrata entrasse em contato e lhe disse-se o que descobriu.

Ainda havia uma pessoa que precisava ser entrevistada: Tokinada Tsunayashiro, ele era o único líder dos clãs fundadores que Ulquiorra ainda não havia entrado em contato. Provavelmente esse homem estaria presente no baile cujo todos os detetives foram convidados e essa seria uma boa oportunidade para uma conversa rápida — já que com certeza eles não teriam muito tempo para ficar dialogando sobre um roubo numa festa — principalmente pelo fato do senhor Tsunayashiro ser um homem famoso e que sempre ficava rodeado por pessoas com o mesmo status. Sem contar que Orihime provavelmente iria tentar fazê-lo se divertir e não ficar apenas trabalhando.

O detetive é tirado dos seus pensamentos ao ouvir o som da porta do seu escritório sendo aberta e de alguém entrando dentro do recinto.

Ulquiorra — Wonderweiss?

A criança loira apenas reproduziu alguns gemidos e andou na direção da mesa. Ulquiorra o observava com curiosidade, Wonderweiss nunca havia entrado em seu escritório e Tousen sempre estava próximo a ele, sendo assim esse evento era inédito. O jovem se abaixa e começa a engatinhar, escondendo-se embaixo da mesa de Ulquiorra, que abaixa a cabeça para fitar a criança.

Ulquiorra — Você não pode ficar aí, tem que sair.

O garotinho olha para Ulquiorra e se arrasta lentamente para fora da mesa, espiando com cuidado a porta até que volta a se esconder quando avista um pé entrando no escritório. Cifer volta a olhar para cima e vê que o dono do calçado era seu colega de trabalho Kaname Tousen.

Tousen — Com licença Ulquiorra, o Wonderweiss está por aqui?

Ulquiorra — Está embaixo da mesa.

Tousen — Wonderweiss — se aproxima da mesa — O homem já foi embora.

Wonderweiss coloca a cabeça para fora lentamente e corre até a porta do escritório, espiando o corredor e acalmando-se um pouco, ele anda calmamente até o seu pai.

Ulquiorra — Que homem?

Tousen — Um homem apareceu no corredor se identificando como Nnoitra, ele estava atrás do Starrk e o Wonderweiss acabou se assustando. Quando ele saiu correndo eu não consegui acompanhá-lo, mil perdões por ter te atrapalhado no seu ofício.

Ulquiorra — Tudo bem — diz olhando para o relógio da parede — O Wonderweiss me ajudou a lembrar que tenho que ir a um lugar — levanta-se da cadeira e caminha na direção dos dois.

Tousen sai do escritório junto de seu filho e Ulquiorra, que estava fechando a porta, quando sente os braços de Wonderweiss envolvendo-se em sua cintura o dando um breve abraço. O detetive fica surpreso com a ação da criança, mas não demonstra isso em seu semblante. Ele se despede brevemente e anda em direção a recepção, onde encontra Gin colocando a jaqueta de Matsumoto nos ombros da jovem.

Gin — Já vai ter que sair de novo, Ulquiorra?

Ulquiorra — É — disse abrindo a porta e saindo.

Gin — Eu vou deixar a Rangiku em casa, gostaria de uma carona?

Ulquiorra fica pensativo por alguns segundos, se ele pegasse uma carona com Ichimaru não teria que pegar outro táxi para voltar ao mesmo lugar que estava a um tempo atrás.

Ulquiorra — Certo — aguarda que Gin e Matsumoto passem pela porta.

Gin — Foi o que eu estava comentando com o Aizen ontem pela manhã, a agência precisa de um veículo próprio. Tem detetives, como o Ulquiorra, que sempre pega casos que o fazem ficar andando por aí. No fim ele sempre acaba em táxis — dizia enquanto acompanhava os demais em direção ao seu carro, estacionado a alguns metros de distância da agência — Parece ser bem cansativo.

Ulquiorra concorda levemente com a cabeça, fazendo Matsumoto focar-se nele por uns instantes.

Matsumoto — Como está a Orihime?

Ulquiorra — Ela está bem, na medida do possível.

Matsumoto — Isso é bom — suspira — Eu fiquei preocupada, ela é bem frágil não é? — Rangiku abre a porta do carro.

Ulquiorra — Na verdade, ela é bem forte — abriu a porta do banco de trás do carro entrando no automóvel.

Gin fecha a porta do motorista e coloca o cinto.

Gin — Onde quer que eu pare Ulquiorra?

Ulquiorra — De frente a biblioteca central de Karakura.

Gin confirma com a cabeça e começa a dirigir. Após algum tempo no trânsito, o platinado estaciona de frente a biblioteca de Karakura e Ulquiorra sai do carro. O detetive olha para a praça a frente e percebe que Orihime ainda estava lá com os seus amigos, aparentemente se divertindo.

Gin — Até depois— acena para Ulquiorra, dando a partida no carro.

Ulquiorra vira-se em direção a biblioteca e entra, dando uma breve olhada em tudo. O local estava quase vazio, com apenas algumas pessoas pelos corredores e umas cinco sentadas nas mesas de estudo. Cifer anda em direção a bibliotecária, com o intuito de perguntar onde ficava a área reservada da família Kisuke, quando se deparou com um rosto conhecido.

O primo de Ichigo Kurosaki, Kaien Shiba, estava escorado no balcão de madeira conversando baixo com a bibliotecária, ela ria de algo que ele a dizia. Ulquiorra se aproxima e a moça para de rir, voltando à compostura e falando dirigindo-se a ele.

— Bom dia, como posso ajudá-lo?

Kaien vira-se para frente a fim de ver com que a mulher falava.

Ulquiorra — Gostaria de saber onde fica a área reservada da família Kisuke.

Kaien — Eu posso te mostrar, Sr. Ciffer — ele olha para a bibliotecária — Se você não se incomodar Kristen, é claro.

Kristen — É muita gentileza Kaien, obrigada — sorri para o homem.

Kaien — Vamos Sr.Cifer — para de se apoiar no balcão e começa a andar, Ulquiorra o acompanha — Sr.Cifer , meu primo ainda está com os amigos dele?

Ulquiorra — Sim, ele está.

Kaien dá um suspiro de alívio

Kaien — Que bom, achei que ele tinha me esquecido aqui — dá uma breve pausa— Eu não quero ser intrometido, mas por que não está com eles?

Ulquiorra — Tive que focar no meu caso.

Kaien — Oh sim, meu primo falou que Rukia Kuchiki foi roubada ontem. Você está investigando esse caso não é? Você é da polícia? — deu uma breve risada — Desculpe, eu sou bem curioso.

Ulquiorra olhou para Kaien um pouco irritado, aquele garoto falava demais.

Ulquiorra — Sou detetive particular.

Kaien — Oh, essa parece ser uma profissão bem legal. Eu ainda estou na dúvida em qual devo ingressar. Entrei na faculdade de engenharia, mas ainda não sei se escolho o curso de engenharia química ou civil, então estou estudando em dobro.

A dupla chega ao final do corredor e depararam-se com uma grande escada de madeira, levando-os ao andar privado dos Kisuke. Kaien dá o primeiro passo nos degraus.

Ulquiorra — Entendo.

Kaien — Desculpe, mas eu também tenho que perguntar isso. Como o senhor vai entrar na área privada? Ouvi dizer que somente os membros da família Kisuke têm permissão para entrar.

Ulquiorra — Eu tenho a permissão.

Kaien — Faz sentido... — disse pensativo, chegando ao final da escada — Bem, aqui estamos.

Ao terminar de subir a escada, Ulquiorra deparou-se com uma porta feita de madeira, pintada de um marrom rústico e com alguns detalhes talhados. Aquela era a porta que dava acesso a área privada, sendo assim o detetive retira a chave que havia ganhado e a coloca na maçaneta. O lugar tinha um forte cheiro de livros antigos e havia até um pouco de poeira em algumas partes, não havia tantos corredores quanto no andar de baixo, mas com certeza parecia ser mais organizado.

Kaien — Esse lugar é incrível.

Ulquiorra o ignora e anda em direção a placa que indicava que no corredor à esquerda havia documentos sobre os clãs fundadores. Kaien o seguia, olhando para os lados admirado até que sente o seu bolso vibrando, era uma ligação do Ichigo. Após pedir licença ao detetive, o moreno retira-se da área privada, se apoiando no corrimão da escada.

Kaien — Vocês vão ter que sair agora? — aguardou Ichigo terminar de falar — Não tem problema, eu vou ficar aqui mais um pouco, o caminho de casa não mudou eu posso ir só — desligou o celular e olhou novamente para a área privada. O desejo de ficar lá mais um pouco era tentador, aquele lugar deveria estar cheio de coisas interessantes para se saber, porém Kristen provavelmente estava esperando o seu retorno. O moreno respirou fundo e dirigiu-se para a entrada da biblioteca novamente.

Ulquiorra analisava as estantes com atenção, em média cada clã tinha no mínimo quatro estantes reservadas para si e todas haviam pequenas plaquinhas indicando a quem pertenciam. As primeiras estantes estavam reservadas para o clã Tsunayashiro, logo em seguida haviam as pertencentes do clã Kuchiki, mas algo a mais chamou a atenção do moreno, havia uma quebra no padrão.

As quatro estantes vizinhas dos Kuchikis estavam vazias, mas as cinco seguidas delas estavam com os documentos pertencentes ao clã Shihouin. Ulquiorra decidiu analisar de perto e notou que no local onde deveria está a pequena placa indicando o nome do clã, não estava lá, ele passa os dedos nela."A madeira está machucada... Como se a placa tivesse sido tirada a força", ele pensa consigo mesmo. O detetive também nota que aquelas eram as estantes com o pior estado de conservação.

Ulquiorra — Intrigante...

Ele volta a sua atenção para as estantes dos Kuchikis novamente e procura pelas plantas da casa, às encontrando nas últimas. Após alguns minutos de busca o detetive percebe que a planta da casa mais atual não estava lá, provavelmente ainda estava nas mãos dos ladrões, talvez eles tenham roubado da biblioteca.

Ulquiorra — Ou talvez Kisuke Urahara tenha dado permissão para eles entrarem também... — suspira — Terei que fazer mais algumas perguntas a aquele homem.

[***]

Orihime sentia-se leve, o fato de esconder dos seus amigos que estava namorando Ulquiorra e as coisas que aconteciam em seu trabalho estavam a deixando com uma sensação de peso na consciência, mas agora que havia contado tudo, finalmente estava se sentindo bem e podia se concentrar em outra coisa agora. Rukia havia comentado que havia sido convidada para o baile do prefeito e ruiva disse que também iria, porém precisava de um vestido novo — já que os possuía não pareciam muito indicados para ir a uma festa daquele porte — .Aproveitando-se dessa deixa Rukia a chamou para acompanhá-la na compra do seu próprio vestido, já que o seu irmão havia mandado-lhe comprar um novo e também um terno para Kurosaki. "Se você irá levá-lo, pelo menos coloque-o em roupas que não nos envergonhe.", ele disse.

Ishida — Vocês sabem escolher ternos?

Rukia ficou pensativa por uns instantes e depois respondeu.

Rukia — A gente dá um jeito.

Ichigo — Essa não era a resposta que eu estava esperando.

Uryuu — Não se preocupe, Kurosaki eu vou com vocês comprar o terno. Eu também vou a esse baile e o meu pai já havia separado um terno novo para mim.

Renji — Eu realmente me sinto um perdedor perto de vocês.

Orihime — Não fale assim Abarai-kun, eu e o Kurosaki-kun só vamos porquê tivemos sorte dos verdadeiros donos dos nossos convites não quererem ir a festa.

Chad — Nós poderíamos fazer uma noite de video games caso você queira Renji.

Renji — Isso seria bem legal. Vamos chamar o Keigo, o Mizuiro, o Kira e o Hisagi também.

Ichigo deixa escapar um breve suspiro.

Ichigo — Eu queria poder ir — olha para Rukia rapidamente — Mas esse é um evento único não é?

Rukia — A filha do prefeito sempre faz festas assim para a elite.

Ichigo — Eu estava me referindo ao fato do seu irmão deixar que eu vá a uma festa com vocês.

Rukia começa a rir e logo em seguida todos os outros também.

Ichigo — Se vamos fazer essas compras é melhor irmos logo enquanto está cedo.

Orihime — O Kurosaki-kun está certo.

O grupo se levantou e caminhou em direção ao shopping onde Uryuu havia comprado o seu novo terno. Após chegarem no local, decidiram separar-se para que as compras não demorassem muito. Os garotos optaram por irem juntos, deixando Orihime e Rukia sozinhas na missão de encontrar um vestido perfeito, e barato de preferência.

Os meninos entram na loja de ternos e assim que Ishida é avistado pelos vendedores, eles se vêem cercados de mimos e de atenção.

Uryuu — Não precisam se preocupar. Se nós precisarmos, iremos chamá-los.

Os atendentes confirmam com a cabeça e se retiram.

Ichigo — Você é bem famoso aqui, Ishida.

Uryuu — Essa é uma das lojas favoritas do meu pai, sendo assim nós sempre temos um tratamento especial.

Renji — Isso parece ser bem legal.

Uryuu— Se torna irritante com o passar do tempo — disse andando pelos corredores da loja — Agora vamos vê um terno para o Kurosaki.

Ichigo avista um terno completo em um manequim e comenta.

Ichigo — Esse aqui é bonito.

Chad — Sim, ele é

Ishida olha para o terno citado.

Uryuu — Realmente é bonito, mas não combina com o Kurosaki. Se um de vocês tivesse que usá-lo, com certeza ficaria melhor no Abarai — comentou enquanto pegava alguns paletós e calças e os colocava em cima de Ichigo — Você irá experimentar esses aqui.

Renji riu baixo e cochichou no ouvido de Ichigo.

Renji — Boa sorte cara.

Ishida continuava a pegar mais algumas roupas e em pouco tempo eles se dirigiram até o provador, onde Ichigo começou a colocar algumas peças. Renji e Chad decidiram sentar-se um pouco, aquilo parecia que iria demorar, pois todas as vezes que Kurosaki saia usando um novo terno, Uryuu o mandava voltar. Renji decide pegar o seu celular.

Renji — Chad, você acha que eu deveria mandar uma mensagem para ela?

Chad — Renji, eu não sei qual "ela" você está falando.

Renji — Ontem à noite eu fui salvo por uma garota. Eu e ela não nos entendemos muito bem, mas consegui o numero dela.

Chad — Acho que ela deve ter gostado de você.

Renji — Discordo, mas eu gostaria de agradecê-la melhor, só não sei como ainda.

Chad — Você deveria mandar pelo menos um "Oi".

Renji — Você está certo — entra no app de mensagens e digita um "Oi", em questão de segundos a garota o responde — Nossa, que falou rápido.

Renji — Estava esperando que eu falasse?

Jackie — Eu estava com o celular na mão, não havia motivo para ignorar.

Renji olha para Chad.

Renji — Ela é um pouco grossa — Chad olha para o celular de Renji.

Chad — Ela é sincera.

Enquanto isso dentro do provador, Ichigo terminava de experimentar as suas últimas amostras de roupas. O ruivo e Ishida haviam concordado que ele deveria usar uma camisa vermelha, já que essa cor ficava muito bem nele. Kurosaki estava a colocar um paletó preto.

Ichigo — Valeu por me ajudar Ishida, se fosse pela Rukia eu usaria qualquer coisa — riu um pouco descontraído.

Uryuu — Você não precisa me agradecer, Kurosaki — ajustou a lapela do traje e depois o admira de longe — Essa lapela Peaked não ficou boa, você vai ter que tirar esse.

Ichigo — De novo?!

Uryuu — É Kurosaki, de novo.

Ichigo começa a tirar o paletó um pouco irritado enquanto Uryuu pega um novo.

Ichigo — Você fica falando esses nomes estranhos dessas lapelas, que só você sabe. Esse de agora estava bom.

Ishida o entrega um novo paletó preto e Ichigo começa a vesti-lo.

Uryuu — Sabe quem mais entende? Byakuya Kuchiki e ele vai ficar te analisando. Então é bom que você mostre a ele que também pode ser um homem elegante.

Ichigo dá um suspiro, mesmo não querendo admitir, Ishida estava certo.

Ichigo — Então esse está bom? — levantou os braços fazendo um ângulo de 90° graus.

Uryuu — Roda — disse em um tom autoritário, afastando-se um pouco, observando Ichigo de forma analítica.

O ruivo dá uma voltinha lenta e sem vontade e depois olha para o amigo com um olhar cansado, porém Uryuu o ignora e aproxima-se dele, abotoando os dois botões do terno e pegando o seu kit de costura que sempre levava consigo, retirando sua fita métrica, medindo a cintura do ruivo e logo em seguida a área dos ombros.

Ichigo — Ishida?

Uryuu continuava o seu trabalho sem falar nenhuma palavra e colocou a fita no ombro esquerdo, começando a dar os últimos retoques na lapela e camisa de Kurosaki.

Ichigo — Ishida fala alguma coisa.

Os olhos por trás dos óculos encaram os olhos castanhos do ruivo por uns instantes, o que deixou Kurosaki um pouco desconfortável. O olhar de Ishida pareceu mudar de focado e severo para um olhar doce e de admiração. Ichigo vira-se para o lado brevemente tentando fugir dos olhos de Ishida até que percebe que ele se afastou um pouco.

Uryuu — Esse está perfeito.

Ichigo dá um suspiro aliviado, ele nunca havia visto seu amigo o olhando daquele jeito.

Ichigo — Ótimo então podemos ir.

Uryuu — Na verdade ainda falta a gravata — vira-se de costas para Kurosaki indo pegar a peça de roupa.

Ichigo — Eu já tenho uma, eu deixei com o Chad — saiu do provador e andou na direção onde Chad estava sentado.

Sado observa o amigo se aproximar.

Chad — Algum problema Ichigo? Você parece nervoso.

Ichigo — Não se preocupe, eu tô bem. Você ainda está com a gravata que eu te dei?

Chad — Está aqui — ele entrega a gravata.

Renji — Tenho que admitir, o Ishida realmente sabe escolher um bom terno.

Ichigo confirmou com a cabeça e começou a tentar colocar a gravata que havia escolhido: Uma gravata simples cinza com uma estampa com contornos de morangos brancos.

Ishida — Sério Kurosaki? Uma gravata de morangos? Está tentando fazer uma piada com o seu nome ou algo do tipo?

Ichigo — Não, essa foi a Rukia que me deu.

Ishida suspirou, andando em direção a uma atendente da loja.

Uryuu — Nós vamos querer aquele terno preto com dois botões e duas fendas, com a lapela Natched e 1 bolso besom, de fibras naturais de linho e algodão. A calça tem um quarto de quebra e uma camisa social vermelha.

A atendente confirma e dirige-se até o caixa enquanto Ichigo retirava o terno e vestia as suas roupas normais, logo depois ele se juntou aos seus amigos que estavam sentados.

Ichigo — Isso foi cansativo

Renji — Você só teve que trocar de roupa — falou com um leve desprezo.

Ichigo — Mesmo assim, foi estranho fazer isso com o Ishida lá. Ele ficava me analisando... — coloca os braços atrás do pescoço — Foi bem estranho...

Renji — Deve ter sido

Ichigo — Ainda não fiquei à vontade com o fato da Rukia e do Uryuu quererem pagar pela minha roupa.

Chad — Nós faríamos o mesmo se pudéssemos.

Renji olhou para Chad com uma cara de discordância.

Renji — Deixa eles, se estão dispostos a isso é porque podem arcar com os gastos.

Ishida chega carregando duas sacolas da loja e entrega uma a Kurosaki.

Uryuu — Vamos encontrar as meninas. Orihime disse que elas estão na quinta loja do terceiro piso.

Os garotos se levantam e vão em direção a escada rolante do prédio. Enquanto isso, Orihime e Rukia já estavam na fila do caixa para finalizar a compra dos vestidos.

Rukia — Orihime

Orihime — Sim, Kuchiki-san?

Rukia — Como você soube que estava gostando do sr. Cifer?

Orihime entregou a roupa para a caixa e virou-se para a amiga.

Orihime — Foi um conjunto de coisas, mas eu costumava ficar nervosa e corada quando estava com ele, sem falar que eu me sentia confortável perto dele. Sentia que podia falar sobre qualquer coisa que ele provavelmente iria gostar e não me julgaria, porque ele adora me ouvir e vê o quanto empolgada eu fico quando falo de algo que gosto — se vira para a moça do caixa que estava a pedir o pagamento — E mais várias outras coisas que se eu falasse poderia demorar muito para terminar.

Rukia — Entendo — dá um sorriso doce para a amiga.

Orihime — Por que perguntou isso? — diz dando espaço para que a amiga pudesse entregar as roupas na caixa.

Rukia — Acho melhor te falar quando sairmos daqui.

Orihime — Tá bom — sorriu.

Após comprarem as roupas, as garotas saem da loja e se sentam em um banco que havia de frente ao estabelecimento. Orihime vira-se para Rukia e a olha como se pedisse para que começasse a falar.

Rukia — Isso aconteceu ontem quando o Renji me deixou em casa. Ele se declarou para mim, eu sabia que ele gostava de mim, mas agia da mesma forma de sempre.

Orihime — E você gosta do Abarai-kun?

Rukia — Eu fiquei pensativa sobre isso, mas eu realmente só o vejo como um amigo.

Orihime— Oh...

Rukia — Mas depois de te ver falando tão empolgada sobre o Sr. Cifer, eu comecei a pensar em uma pessoa, mas eu ainda não tenho certeza sobre isso — dá uma breve pausa — As vezes acho que estou gostando do Ichigo, mas isso ainda está bem nublado na minha mente.

Orihime — Kuchiki-san, como você se sente quando ele está por perto?

Ela parou para pensar por uns instantes, enquanto focava em outro ponto que não fosse os olhos da amiga e começou a viajar em seus próprios pensamentos. "O que eu sinto quando estou com ele?", Rukia ainda não havia feito essa questão para si mesma e mesmo que encontra-se a resposta, seria capaz de falar algo para Orihime, ou para ele? A morena queria ter a certeza e a coragem de Renji naquele momento.

Renji — Aí estão vocês!

Rukia — Eu...— É interrompida pela voz familiar de Renji que vinha de suas costas, ela vira-se e Orihime levanta o olhar para vê-los.

Orihime — Que bom que acabamos na mesma hora — sorri.

Ichigo — Poderíamos ter acabado mais cedo se o Ishida não fosse tão perfeccionista.

Uryuu— Pare de reclamar Kurosaki eu lhe fiz um enorme favor. Deveria ficar mais agradecido.

Ichigo cruzou os braços.

Ichigo — Eu já agradeci. O que você quer mais, que eu te compre um sorvete?

Ishida revira os olhos e dá uma breve bufada.

Rukia — Vocês dois não conseguem ficar um segundo sem brigar?— cruza os braços.

Renji — Eu não culpo o Ishida por isso, o Ichigo é difícil de lidar.

Ichigo — Renji, por que está sempre contra mim? — disse um pouco indignado.

Renji — Eu só estou dizendo a verdade, acho que a única pessoa aqui que você não brigou foi com a Orihime.

Ichigo — Que mentira! Eu nunca briguei com o Chad também!

Chad — É verdade.

Rukia dá uma risada contida e logo Orihime estava a acompanhando.

Rukia — Ichigo você não se ajuda — dá uma breve pausa — Mas a ideia do sorvete foi boa.

Orihime — Eu vi uma loja de sorvetes no último piso, nós podemos ir lá.

Os jovens começam a andar em direção ao elevador.

Renji — Rukia, meus amigos gostariam de saber se você pode encontrá-los hoje.

Rukia — Claro, porque não? Quando eles vão vim?

Renji — Se eu ligar provavelmente eles estarão aqui em alguns minutos.

Ichigo — Que amigos? — perguntou curioso.

Renji — Aqueles meus amigos repórteres, eles queriam entrevistar a Rukia um pouco.

Eles entram dentro do elevador.

Uryuu — Tenha cuidado com o que vai dizer Rukia, repórteres têm o costume de serem sensacionalistas.

Renji — Não o Shurei e o Kira, eles são profissionais.

Rukia — Eu espero que sim.

As portas do elevador se abrem e eles saem, andando pelo primeiro piso em busca da sorveteria que Orihime havia citado.

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