Noites de cobras e sonhos | 2...

By Cla_Coral

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LIVRO EM DEGUSTAÇÃO. DISPONÍVEL COMPLETO NA AMAZON. LIVRO 2 DA TRILOGIA KAPWA "O espelho está se quebrando. E... More

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Presente de Natal adiantado! Livro novo!
Revelação da capa oficial!
PARTE I - COBRAS
Prólogo
1 - Iniciação
2 - Luzes neon
3 - Indícios de fumaça
4 - Vínculo febril
6 - Ressonância inevitável
7 - Estrela de fogo
Notas da Autora & Agradecimentos
LIVRO 3 - Capa, título e sinopse
AVISO DE RETIRADA: 23/02/2021
NOITES DE COBRAS E SONHOS NA AMAZON!

5 - Nas profundezas

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By Cla_Coral

— Aram. — Lira bateu na porta fechada do banheiro pela oitava vez. — Dá para sair desse banho logo?

— Calma. — Ouviu a voz dele, abafada pelos jatos do chuveiro. — Gosto de tomar um banho demorado.

— Já faz quarenta minutos.

— E daí?

— E daí que já faz quarenta minutos. — Ela bufou; na Colheita dos Escravos, eles tinham sorte quando conseguiam ficar mais do que cinco minutos nos balneários precários e coletivos. — Quero tomar banho também. O treino Kapwa foi exaustivo. Mais exaustivo que o da SIO. Desliga logo esse chuveiro, ou eu vou ser obrigada a te tirar daí de dentro.

— Se você abrir a porta e entrar agora — conseguia escutar o riso mole dele embaixo da água —, vai ter a chance de me ver em toda a glória desenhada pelos deuses.

Lira soltou o ar e encostou a testa na porta; ela não era uma pessoa impaciente, mas Aram estava testando seus limites. Não sabia quanto tempo iria aguentar aquela história de quarto compartilhado.

E aquela era apenas a primeira noite.

Por sua mãe e Mia, reforçou com afinco a razão primária que a fazia se erguer da cama quando todas as forças sumiam. Por sua mãe e Mia.

A exaustão mordia cada centímetro do seu corpo, mas agora que estava a cada dia mais perto do seu objetivo, não desistiria de modo algum.

Ela se desequilibrou quando Aram abriu a porta do banheiro subitamente; caiu para frente, em direção a ele. As mãos dele a ampararam, segurando-a pelos ombros. O vapor que enchia o cômodo subia em uma dança lenta, envolvendo-os feito uma cortina quente.

— Calma, não precisa se jogar nos meus braços, Lira. Eu só pertenço a você agora.

Lira travou a respiração; o cheiro dos sais de banho e a quentura da pele dele eram atordoantes. Ergueu o rosto, esperando se deparar com o costumeiro olhar zombeteiro que sempre enchia as íris de Aram, mas se pegou emudecida ao contemplar ali uma névoa silenciosa, profunda.

— Desculpa — ela murmurou, se afastando, o coração batendo de um jeito estranho na garganta.

Aram se moveu lentamente, os fios de água dos cabelos molhados respingando nela. Ele estava apenas com uma toalha em volta da cintura, o peito despido; uma visão para a qual ela não estava preparada.

— Você parece exausta — Aram observou, a voz mais baixa do que o normal. — Seu joelho está doendo de novo?

— Um pouco. — Ela se forçou a desviar o olhar da marca que havia na lateral do abdômen dele; o contorno que a fazia pensar em uma chama, no desenho de uma labareda. — O dia foi cansativo. Aquilo que fizemos no campo de treinamento... Nossa energia compartilhada...

— Foi indescritível, não foi? Nunca senti nada igual.

Lira anuiu, não encontrando encaixe melhor do que "indescritível".

— Descanse e aproveite o banho. — Aram apontou para o banheiro. — O chuveiro aqui é bem melhor do que o do prédio da SIO.

— Se você não falasse, eu nunca suspeitaria. — Ela fez questão de deixar a ironia clara na voz.

Aram riu baixo; a marca das covinhas que surgiram na bochecha a fez morder o lábio inferior.

Seus comunicadores soaram juntos em cima do suporte do carregador. Eles se entreolharam em silêncio. Aram avançou até os aparelhos, apanhando o seu. Vincos surgiram na testa.

— É o Eloy. Ele precisa ir a um lugar da Capital agora à noite, nesse exato momento, e quer os dois guarda-costas o escoltando. Está nos esperando lá embaixo, dentro da nave de transporte. Estranho. Disse para não irmos nem com o uniforme da SIO, nem com o uniforme Kapwa.

— Mas eu ainda queria tomar um banho! — Lira pigarreou, esfregando o rosto.

— Vá. Dá tempo. Vou pegando nossos baltres.

— Ele falou para descermos agora mesmo.

Aram agitou a mão no ar em um gesto de desdém.

— Esses mimados da Capital acham que todo mundo tem que correr no tempo deles. Vai lá, toma seu banho com calma. Eu enrolo o Eloy. — E deu uma piscada para ela. — É o mínimo que posso fazer por você.


************************


Eles desceram quinze minutos depois da chegada da mensagem nos comunicadores. Como de costume, a noite estava fria, úmida, fechada, atravessada pelas infinitas luzes neon. Haviam optado por um conjunto discreto de roupas pretas e um par de coturnos.

O motorista particular de Eloy Matsumura os aguardava do lado de fora da nave de transporte.

— Estão atrasados — o homem ralhou.

— Se o Eloy queria pontualidade, deveria ter nos avisado com um pouco mais de antecedência. Não somos os robozinhos dele.

Lira cutucou Aram, tentando dizer que não era o momento para provocações. Não conseguia imaginar para onde Eloy pretendia ir, mas calculou que seus planos de se deitar mais cedo haviam se dissolvido.

A porta da nave se abriu, e ambos entraram. Eloy estava sentado sobre o estofado branco, os olhos fixados em alguma leitura digital. Lira correu os olhos pelo ambiente. Tudo ali dentro era minimalista, tecnológico e monocromático.

— Finalmente — Eloy suspirou, erguendo os olhos para eles.

Aram se jogou no banco à frente dele assim que a nave entrou em movimento.

— Qual é a urgência?

— Na verdade, quem solicitou a presença de vocês dois foi o general Vicente. Ele entrou em contato comigo, e decidimos usar o fato de vocês serem meus guarda-costas para saírem da Global Octupus sem chamar a atenção da SIO ou da Elite Kapwa.

Lira arqueou as sobrancelhas.

— Por quê?

— Discutiremos os detalhes apenas na presença do general Vicente. É algo confidencial, que não pode se espalhar, agente Lira. A agente Sara vai cuidar de toda a parte burocrática. — Eloy deixou o dispositivo de leitura ao seu lado. — E sua irmã, agente Aram?

— Ela está bem. Agradeceu pela sua ajuda no resgate e no pagamento da hospedaria. E vamos parar com essa história de "agente Lira", "agente Aram" e "senhor Matsumura". Lira e eu testemunhamos o momento em que a cobra entrou em você. Acho que somos íntimos agora.

— Hã... Certo. Eu acho.

Lira revirou os olhos, e percebeu que, pela segunda vez naquele dia, sentiu vontade de segurar o riso que era quase raro de esboçar na boca.

A velocidade da nave aumentou, e os prédios da Capital se transformaram em um borrão de luz e concreto.

— E você, Eloy? — Lira perguntou após os minutos silenciosos da viagem, tomando cuidado com as palavras. — Como você está?

Eloy inspirou fundo, ajeitando o colarinho da camisa.

— Aquela coisa foi destruída, agente Lira... Lira.

— Eu sei. Eu a destruí com a adaga de cristal, de uma forma que todos nós ainda estamos tentando entender como aconteceu. Mas quero saber se você está bem.

— Agradeço pela preocupação, mas não sinto nada anormal desde o... Evento. — Apesar da voz neutra, não passou despercebido à atenção de Lira a preocupação que ele tentava disfarçar. — E tenho me focado nos detalhes do casamento. Cristina e eu assumiremos a aliança em alguns dias.

O que será que o general quer de nós? Parece ser algo que preocupou o Eloy, a ponto de fazê-lo sair do Complexo Octupus.

Apesar dos questionamentos que enchiam sua mente, nada mais foi dito durante o trajeto.

Uma ligeira vibração fez Aram olhar pelo vidro blindado.

— Estamos atravessando a barreira magnética da Capital?

— O general Vicente está nos esperando em uma cidade-satélite, no setor do leste.

O percurso em alta velocidade durou mais vinte minutos. Lira notou a mudança no cenário assim que pisou fora da nave. Diferente da glória luminosa da Capital, as cidades-satélites eram soterradas na névoa espessa, que abafava o som e a visibilidade. O cheiro do esgoto se infiltrava em suas narinas, revirando o estômago. Pequenos drones de vigilância sobrevoavam o local, causando um zumbido agudo no ar.

Seguindo as instruções, Lira e Aram ativaram os baltres, e o trio desceu o quarteirão, parando diante de um beco decrépito que ficava no meio do caminho. Lira forçou os olhos. Onde a névoa se abria, podia ver os bloqueios que isolavam a área, o som escorregadio, molhado e negro de chuva, e podia sentir o resquício de uma presença que havia deixado um beijo gelado ali antes de desaparecer.

Estremeceu; a bruma fria umedecendo seus cabelos.

Ela escutou passos, e reconheceu a silhueta do general Vicente se aproximando deles, o rosto contornado pelas fracas luzes dos telões.

— Agente Aram. Agente Lira. Senhor Matsumura.

Lira cruzou os braços.

— O que aconteceu, general Vicente?

O general sinalizou para que eles o seguissem para o fundo do beco. A névoa se elevava do chão como vapor, fundindo-se à luminosidade neon de um letreiro parcialmente queimado. Lira ofegou ao ver o cadáver que ainda não havia sido colocado no invólucro; o frio que sentia era um frio mais intenso do que o normal.

— Mas que merda!... — Aram ralhou, os dentes batendo de frio. — Apareceu outro? A Lira não destruiu aquela serpente?

Sem olhos.

O corpo diante deles estava sem os globos oculares.

— Encontrei-o hoje, quando vim buscar uma encomenda com um velho conhecido — Vicente explicou, o maxilar endurecido. — Isolei a área, dei um jeito de fazer as testemunhas se esquecerem do que haviam visto. Não é uma tecnologia garantida, mas podemos abafar o caso.

— Meu pai fez uma grande propaganda, alegando que a SIO tinha eliminado o assassino dos olhos durante o ataque à Global Octupus. Isso não pode se espalhar. — Eloy fazia o possível para não soar irritadiço. — Se as pessoas souberem que os ataques recomeçaram, e que eles são causados por ser sombrios do mundo antigo, teremos uma nova onda de caos. E, a cada dia, o grupo rebelde que quer derrubar minha família ganha força.

Aram agitou os braços, puxando o capuz da jaqueta para cima.

— E o que você quer que a gente faça? Apague qualquer um que tenha visto o corpo?

— Precisamos encontrar o Inanis, antes que seu poder aumente. — Vicente se virou para Lira. — E você me disse, agente Lira, que conseguia detectar os sinais da proximidade do Inanis e do seu próximo ataque. Se estivéssemos nos tempos antigos, acredito que você seria uma sacerdotisa.

— Consigo ver algumas marcas. A sombra que ele deixa na vítima, antes de atacá-la. A mudança de temperatura, que anuncia sua presença. O símbolo do Ouroboros, que geralmente aparece como um lampejo fugaz.

— Se ele ainda estiver pela área, você consegue senti-lo?

— Talvez. Mas não sei como isso funciona. Tudo ainda é muito novo e desconhecido para mim.

Aram levantou as mãos, os olhos flamejando.

— Espera aí. Vocês querem que a Lira ande por essa cidade que está caindo aos pedaços, para procurar a serpente de fumaça?! Uma coisa que pode possuir as pessoas e comer seus olhos?!

— Estaremos oferecendo proteção, agente Aram — o general Vicente acrescentou.

Eloy deu um passo à frente.

— E vocês agora são da Elite Kapwa. A sensibilidade e a energia que compartilham provavelmente aumentam suas capacidades de rastreio. Talvez até atraiam o Inanis.

— Ótimo. — Aram bufou. — Somos iscas da Capital. Por que não me surpreendo com isso?

Eloy baixou os olhos antes de fitá-lo sob a névoa azulada.

— Você não sabe o que é ter essa criatura dentro da sua cabeça, do seu corpo, Aram. Não quero passar por isso outra vez. Não quero que Cristina ou alguém da minha família seja possuído. Lira conseguiu impedir que o pior acontecesse. Mas quem garante que um novo exorcismo funcionará? Nem ela sabe explicar como fez aquilo com a adaga.

Aram virou o rosto e resmungou algo que Lira não entendeu. Ela fitou o cadáver sem olhos; pensou na mãe, na irmã, em Sara, em Celine. Se algo acontecesse a elas, seria como ter os ossos estraçalhados.

— Tudo bem. Posso tentar localizá-lo, ver se ele está por perto. Mas não garanto resultados.

— Muito obrigado, agente Lira.

Sentindo o olhar de Aram em sua nuca, ela parou diante do corpo. Puxou o ar e se agachou. O que deveria fazer? Apesar do frio anormal, a impressão era de que a serpente de fumaça já havia deslizado para longe dali. Além disso, não era ela que via a sombra; era a sombra que se mostrava quando queria. Como podia apurar os sentidos?

Lira ergueu os olhos, fitando o céu obscurecido. Apesar da névoa e de toda a artificialidade que os recobria, ainda conseguia enxergar a luz de Salissy, a estrela mais brilhante, cintilando para ela.

Não custa tentar. Se funcionou no Salão do Espelho, talvez funcione agora.

Tocou a marca Kapwa na clavícula e murmurou o mais baixo que conseguiu, para que mais ninguém além dela escutasse suas palavras.

Clamo aos deuses que me emprestem suas graças, e que me transformem em um instrumento contra as sombras.

A marca ardeu na pele. Com o canto dos olhos, notou Aram esfregando a própria marca; ele também estava sentindo a queimação?

Lira olhou em volta.

De repente, foi como se algo lambesse sua nuca; uma provocação perniciosa, provocativa.

Ela se levantou, seguindo para fora do beco. Aram, Eloy e o general Vicente a seguiram. Seus coturnos batiam no chão conforme descia a rua esburacada e molhada. A região era tomada por gangues e comércio ilegal. Poderia ter sentido medo, se o seu sangue não rugisse mais forte.

Permaneceu olhando fixamente para frente.

Não podia enxergar, contudo, era como se algo a chamasse.

Ela continuou andando, desviando das prostitutas que se ofereciam ao longo do caminho, até parar diante de uma ponte desativada. O vento que vinha do rio negro abaixo da estrutura ricocheteava em seus cabelos. Notou que a passagem de veículos e pessoas estava bloqueada.

Com passos mais cuidados, pulou o bloqueio.

— Lira — a advertência cresceu na voz de Aram.

Mas ela o ignorou. Aproximou-se das grades, curvando-se e olhando para baixo. Algo apitava em seus ouvidos, feito um sussurro metálico. Havia uma escada enferrujada na lateral, que descia para um sistema de esgoto.

Tem alguma coisa aqui.

— Acho que vi algo. — "Ver" não era o verbo mais apropriado, mas não queria perder tempo. — Vou descer até lá.

— Não vai sozinha de jeito nenhum.

Antes que Lira pudesse sequer protestar, Aram atravessou o bloqueio, se colocando ao seu lado e examinando o caminho.

— Isto aqui está bem velho e decadente.

— Acha que conseguimos descer?

— Podemos tentar, Lira, mas eu vou na frente.

E, com aquilo, Aram passou por cima das grades, começando a descer. Lira esperou até que ele estivesse na entrada do túnel e desceu também.

O cheiro ali era pior, e ela lutou para não vomitar.

Aram entrou primeiro, e ela o seguiu. Havia pouca luz ali, e a sensação era de que mergulhava nas profundezas de braços obscuros, falhos, que desabariam em uma torrente impiedosa sobre suas cabeças.

— O que você viu?

— Não sei.

— Você "sentiu"?

Ela anuiu; apesar dos modos debochados e relaxados de Aram, não tinha dificuldade em se explicar para ele. Era como se seu silêncio e alguns gestos fossem suficientes para ele compreender o que ela não era capaz de colocar em palavras.

— Para matarmos o tempo enquanto procurarmos por sabe-se lá o quê, me diga: o que acha do casamento do Eloy e da Cristina?

Lira piscou, forçando a vista.

— Vamos conversar sobre isso agora?

— Sei lá. — Aram deu de ombros. — O lugar aqui é tenso e fede.

— Bom, o que eu acho? Cristina é uma boa pessoa, mas não o ama. Imagina ser beijada e tocada por alguém que você não ama, só porque é o seu dever?

— Você se submeteria a algo assim, por dever?

— Quando cheguei à Capital, fiz uma promessa para mim mesma. — Ela avançou, a escuridão se tornando cada vez mais vasta. O metal do chão rangia aos seus pés. — Prometi que não deixaria que mais ninguém encostasse a mão em mim contra a minha vontade.

Escutou a respiração dele adensando.

— Como assim?

Merda; sabia que havia se descuidado com as palavras, se deixado dominar pela raiva que sentia das chicotadas e dos castigos físicos que abocanhavam a Colheita dos Escravos.

— Esqueça o que eu disse.

Aram a segurou pelo braço, fazendo-a olhar para ele.

— Não tem como esquecer algo assim. — O verde dos olhos dele faiscava. — O que aconteceu com você? Qual é a sua história, Lira?

— É a história de alguém que lutou muito para chegar aonde chegou. — Ela puxou o braço, encarando-o com o queixo erguido. — E não vou parar até conseguir o que quero, Aram.

— E o que você quer, a ponto de deixar o general te convencer a entrar em um buraco como esse?

Ela abriu a boca; e então, teve impressão de ouvir um resvalar baixo, deslizante, que arrepiou seus pelos.

Lira ergueu o braço, estreitando os olhos.

— Silêncio.

— Mas nós ainda...

— Fica quieto, Aram.

A contragosto, ele bufou e se calou. Lira se agachou, encostado o rosto no chão. Aram se abaixou ao lado dela, o cenho franzido.

— O que foi?

— Parece que tem algo aqui embaixo. Mas... É como se estivesse se movimentando muito rápido.

— Eu não...

Um ruído abafado ecoou pelo túnel.

Ainda no chão, Lira virou o rosto para Aram, no mesmo instante em que o semblante sombreado dele buscou seus olhos.

A marca Kapwa ardeu na sua clavícula.

E, no segundo seguinte, a estrutura de ferro e metal despencou sobre eles.

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