𝗲𝘃𝗲𝗻 𝘁𝗵𝗲 𝘀𝘁𝗮𝗿𝘀 𝗳...

By i5datev

15.8K 2K 2.2K

"Nada de fazer justiça com as próprias mãos, 'kay?" Regulus não respondeu e eu busquei a sua mão livre, a que... More

Prólogo
1. Amigos
3. Equilíbrio
4. Sanduíches
5. Espinhos
6. Você Não Existe
7. Previsão
8. Suficiente
9. O Pequeno Príncipe
10. Fingir
11. Desculpa
12. A Flor
13. Maninho
14. Vazio
15. Investigação
16. Dois Idiotas
17. Êxtase
18. Certo
19. Você confia em mim?
20. Meu garoto
21. Fique Comigo
22. Amortentia
23. Sim
24. Plano
25. Coração Puro
26. E eu também
27. Marcado
28. Permanência
29. Casamento
30. Ato de Amor
31. Ato de Amor {parte 2}
Epílogo

2. Você Promete?

818 117 128
By i5datev

(n/a): heyy, eu resolvi fazer o ponto de vista do barty também, acho que agora será assim, um capítulo no ponto de vista de um e do outro. espero que gostem. (:

×××


Quando acordei na manhã seguinte a primeira coisa que me ocorreu pensar foi que havia dormido na cama de Regulus e que, até aquele momento, tinha um dos braços do rapaz envoltos em minha cintura, segurando-me como se temesse que eu pudesse evaporar; como se eu fosse de fato, me desintegrar a qualquer momento caso ele me soltasse.

Levantei sem conter o sorriso que brotara em meus lábios, por mais que uma dor aguda e chatinha fosse sentida em minhas têmporas por ter chorado rios na noite passada. Eu sentia um pouco melhor por saber que, independente do que acontecesse, de quantas brigas tivesse com meu pai, Regulus sempre estaria ali, de braços abertos para me abrigar e me acalentar até que a dor sumisse por completa de meu peito.

Assim como eu também estaria ali por ele sempre. Não somente de braços, mas com o peito aberto para que ele enxergasse o meu coração; para que ele o roubasse, que fizesse o que bem quiser, pois pertencia unicamente a ele desde que eu me lembro e me entendo por gente.

Mas isso é assunto para outra hora.

Vesti minhas vestes rápido demais e só tive tempo de ajeitar o cabelo para o lado em frente a um espelho, pois precisava subir o mais rápido possível para encontrar os primeiranistas e os guiar até o Salão Principal para tomarem café da manhã e em seguida até as salas para ter sua primeira aula e depois ir até a minha própria aula, que seria Feitiços o que era ótimo para mim - Obrigadinho universo.

Antes de sair do dormitório, me aproximei da orla da cama de Regulus e me abaixei até minha boca estar bastante próxima de seu ouvido - o sorriso ainda brincando sobre meus lábios, quase que correndo de uma extremidade a outra - e toquei sua bochecha com a ponta de meus dedos para por fim, sussurrar:

"Acorda, baby. Estou saindo, preciso encontrar os alunos novos para ajudá-los a achar o caminho." Eu comecei com um tom de veludo, assistindo o moreno se mexer minimamente abaixo de mim.

Pressionei o lábio inferior com meus dentes sem demonstrar piedade enquanto fazia um movimento fraco e repetitivo sobre a pele macia da bochecha de Regulus, enquanto ele ainda se mexia devagar, despertando. Ele possuía traços tão simples mas que eram tão... únicos. Eram tão dele.

"Que horas são?" Ele perguntou com a voz grave e coçando os dois olhos, o que me dera tempo suficiente para perceber que ainda estava debruçado sobre ele e me erguer depressa, passando a mão pela nuca de uma forma quase que desastrada.

"Bom dia pra você também" Eu ironizei, abrindo um novo sorriso e tentando disfarçar o meu nervosismo perante a situação a qual me encontrava, recuando uns dois passos, só por garantia.

"Sério, está muito tarde?" Regulus se sentou na cama e meus olhos pararam (outra vez) em seu peito nu, mas dessa vez sem lágrimas embaçando minha visão o que me permitiu vagar minuciosamente com os olhos por cada centímetro de pele lisa, por cada curva e cada pinta que marcava aquela parte como as estrelas que pintam o céu escuro todas as noites.

Pigarreei altamente, cruzando os dois braços na frente do corpo em sinal de defesa, enquanto tentava encarar qualquer lugar ou ponto do quarto que não fosse ele.

"Não. Eu só não quero que se atrase, teremos Feitiços no primeiro horário e eu estou animado!" Eu respondi depressa, girando nos calcanhares rapidamente e indo em direção ao meu malão desarrumado e pegando a mochila gasta.

Com o barulho produzido pelas molas do colchão sendo pressionadas eu soube sem sequer me virar para olhar que Regulus havia se deitado novamente, não deixando de sorrir inconscientemente comigo mesmo mentalizando a imagem.

"Estou indo..."

Avisei já da porta, lançando uma última olhada para a cama do rapaz que permanecera em silêncio, por sorte sem conseguir ter a visão de seu peitoral de onde estava (Graças a Merlin).

"Te encontro no café?" Regulus gritou antes que eu me mexesse para sair dali.

"Huh, provavelmente não" Um biquinho se formou na ponta de seus lábios, eu consegui ver. "Mas guarda um lugar para mim na sala de Feitiços, do seu lado, de preferência."

Eu lhe mandei uma piscadela cegamente, por não saber com certeza se ele conseguira ver. Então um sorriso preguiçoso apareceu em seu rosto amassado de sono e só aí que eu passei pela porta do quarto, pronto para encarar qualquer coisa com a ideia de que Reg sorriria para mim daquele jeito quando nos encontrássemos de novo.

Quando encontrei Regulus meia hora mais tarde ainda na porta da sala de Feitiços o garoto não sorrira para mim, mas sorrira de mim. Meus cabelos estavam completamente desgrenhados e um filete de suor escorria pela lateral da minha testa devido a exaustão que fora auxiliar aquelas crianças mal educadas que não paravam quietas um segundo.

E para piorar uma delas se perdera durante o caminho, o que resultou em eu saindo correndo após notar que faltava uma criança e indo a procura dela, encontrando-a muitos lances abaixo, no salão principal.

E após passar todo esse perrengue eu ainda tinha que aguentar a risada do meu melhor amigo toda vez que colocava os olhos em mim, que tentava arrumar os fios com a ponta dos dedos, usando uma garrafa que usaríamos mais tarde na aula de Poções como uma espécie de espelho.

"Não tem mais graça, Regulus. Pode ir parando com isso." Eu reclamei fingindo estar bravo enquanto nos sentávamos na segunda fileira (por insistência de Regulus, pois segundo ele sentar na frente era pedir para ser questionado) e ele não tinha parado ainda de rir. Aquele mané.

"Ah, mas tem sim..." Ele retrucou bobo e bagunçou meu cabelo, me fazendo bufar em frustração por ele ter estragado todo o meu trabalho para arrumar aquela droga de cabelo.

"Tudo bem, ria de mim. Mas não venha me pedir ajuda quando o Professor Flitwick passar as atividades." Eu dramatizei enquanto retirava o livro de Feitiços da mochila e virava para a frente com o queixo erguido, decidido a ignorar a existência do garoto ao meu lado por um tempo.

Ou ao menos fingir ignorar.

A aula teve início e pra lá do meio dela eu senti um toque leve em meu braço e soube instantaneamente quem era o autor dele sem ao menos me virar para olhá-lo, fingindo estar concentrado demais na leitura da página que o professor havia passado e que falava sobre os Feitiços Não-Verbais, que claro, eu já havia lido durante as férias.

Senti um breve arrepio quando a mão de Regulus entrou em contato com alguns fios do cabelo que caíam sobre minha nuca e me virei para encará-lo com os olhos levemente saltando das órbitas em um olhar de censura, enquanto varria o local em volta para ver se alguém prestava atenção em nós dóis e por sorte todos estavam absortos na leitura e o Professor estava distraído com uns detalhes engraçados de sua própria roupa.

"O que foi?" Eu movimentei a boca para formar as palavras mas sem exercer som algum, para não correr o risco de chamar atenção, porque a sala se encontrava incrivelmente silenciosa naquele momento.

Minhas bochechas ardiam fracamente e eu tentei ignorar o fato da pele de meus braços estarem completamente arrepiadas por baixo das vestes.

"Eu não to conseguindo entender uma palavra sequer." Ele apertou os olhos para dar ênfase, enquanto repetia o meu gesto silencioso.

"Continua lendo, depois eu explico pra você." Eu meneei com a cabeça rapidamente, como se pedisse para que ele não se preocupasse, simplesmente não resistindo aquela carinha linda.

"Você promete?" Para ferrar ainda mais com a minha situação, ele fez biquinho.

Meu coração derreteu igual manteiga no sol naquele momento e eu rolei os olhos para mim mesmo antes de sibilar:

"Prometo."

As aulas passaram voando no primeiro momento e após o almoço, onde eu fui obrigado a comer ao menos um pouco de purê de batatas com frango assado por Regulus (que ficara sabendo do meu contratempo com o aluno perdido e como consequência acabei perdendo o café da manhã) nós tivemos Transfiguração, que era uma matéria que ambos éramos bons e não tivemos problemas. E agora estávamos os dois caminhando lado a lado em direção a sala de Poções, que era o nosso último horário daquele exaustivo primeiro dia.

"McGonagall quase não acreditou que eu consegui mesmo me auto-trasmutar em uma cadeira com o feitiço Mutare Chair..." Regulus ia comentando, chegando a dar pulinhos de animação enquanto tocava em meu braço o que era a causa de mais diversos arrepios que se espalhavam por meu corpo naquele dia.

"Eu estou tão orgulhoso..." Eu declarei olhando em seus olhos, sem conseguir conter o sorriso que insistia em ficar em meus lábios sempre que o olhava.

Naquele momento, eu senti um empurrão ser dado em meu braço, consequentemente fazendo com que meus materiais e varinha voassem de minhas mãos e se espalhassem pelo corredor, me abaixei instantemente para recolher e olhei por cima dos ombros onde quatro garotos altos - bem, eles eram mais altos que eu - conversavam com Regulus que tentava me ver sobre os ombros deles.

Suspirei em derrota quando James Potter olhou em minha direção com um sorriso sacana no rosto - ele quem me empurrou! - e logo voltou a atenção para Regulus, olhando-o daquele jeito que eu bem conhecia e que me fazia sentir raiva, muita raiva.

Desviei o olhar deles rapidamente. Ele estava olhando daquele jeito para o meu Regu-... melhor amigo. E aquilo me irritava.

Apertei a varinha recuperada entre meus dedos, deixando os nós destes brancos como nunca e recolhi meus materias sentindo alguma coisa queimar dentro de mim.

"Pode indo B, e guarda um lugar pra mim. Vou conversar com o meu irmão." O moreno me mandou um olhar com um pedido de desculpas e indicou o irmão com a cabeça, como se disesse que não teria escolha se não falar com ele.

Eu não me mexi, ao menos não instantaneamente. Lancei a Regulus um olhar que pedia sua confirmação de que tudo ficaria bem e somente quando recebi que eu comecei a me deslocar e seguir meu caminho para a sala de aula.

Durante o resto do trajeto não deixei de pensar em Potter e a forma como ele olhava para Reg. Me perguntei se fiz a coisa certa em deixá-lo para trás com ele lá.

Demorou algum tempo para Regulus retornar e eu já estava sentindo um aperto em meu coração quando ele entrou desajeitadamente na sala, murmurando desculpas para o Professor Slughorn que apenas sorriu e assentiu com a cabeça para o rapaz.

Ele se sentou ao meu lado e suspirou aliviado - assim como eu fiz, mas isso não importa pra ninguém.

"O que ele queria?" Foi a primeira coisa que eu perguntei de forma sussurrada enquanto o professor continuava explicando sobre A Poção do Cessar (que pelo que entendi, servia para acabar rapidamente com alguma coisa, eu estava preocupado demais para prestar atenção).

"Se desculpar por ter fugido sem mim, me chamar para fugir com ele outra vez. Disse que tem lugar pra mim na casa do James-"

Ele ia dizendo mas eu o interrompi quando diase o nome daquele... daquele lá. Meu coração estava a ponto de saltar pela boca.

"E o-o que você disse?" Eu perguntei temendo a resposta, sentindo-me tão, tão pequeno naquele momento...

"Que não vou fugir."

Eu soltei o ar pesadamente em alívio, sorrindo pequeno na direção dele que apenas retribuiu.

"Então, o que ele está explicando?" Regulus indicou o Professor Slughorn a frente que não parava de falar nem por um segundo.

"Alguma coisa sobre uma poção do censor, algo assim..." Eu dei de ombros e ele sorriu, tocando a ponta do meu nariz com seu indicador, gargalhando baixinho.

"É a Poção do Cessar, não?"

"É, pode ser isso aí mesmo." Eu concordei acenando a cabeça e também gargalhando. Eu era horrível em Poções.

Por um instante ficamos em silêncio, prestando atenção no homem a nossa frente que dava explicações e fazia exigências do primeiro trabalho do ano - mas que ótimo! *alerta ironia* - enquanto eu sentia um carinho ser depositado na lateral do meu braço esquerdo, fingindo não sentir, mas aproximando devagarzinho para facilitar o acesso para o moreno, mordendo os lábios com força para não sorrir.

Mais tarde, enquanto íamos em direção as masmorras para guardar os materiais e aproveitar nosso tempo livre, senti as mãos de Regulus apertarem meus ombros para me chamar a atenção e me virei para ele, encontrando-o sorrindo. Sorindo. Para mim. Sorrindo para mim.

"Estive pensando..." Ele começou e eu parei de andar para ouvi-lo adequadamente, prestando atenção nele. Somente nele. "Eu tenho dificuldade em Feitiços e você é um gêniozinho nessa matéria e você tem um problema sério com Poções e eu... ahm, eu dou pro gasto. Por que não tentamos praticar juntos? Você e eu."

Eu demorei mais tempo que o necessário para processar aquelas palavras, talvez pelo fato do mundo ter despencado sobre a minha cabeça quando ele disse "você e eu".

Argh, o que esse garoto fez comigo?

Sorri involuntariamente, piscando os olhos mais devagar que o normal, prestando atenção na expressão iluminada que o rosto dele adotara. Tem como dizer não para isso? Me diz??

"Então, o que você acha?" Ele quis saber quando o silêncio da minha parte começou a ficar estranho e talvez a incomodá-lo e eu logo pigarreei.

"Que estou ansioso para começarmos."

Declarei com entusiasmo e senti meu coração errar uma batida quando ele se aproximou de mim - sim, mais ainda, se isso for mesmo possível - e depositou um beijo entre minhas sobrancelhas.

"Combinado então." Regulus susurrou antes de se afastar e ir me puxando, ainda atordoado, pela mão.

Universo eu te odeio.

Continue Reading

You'll Also Like

1.3M 79.1K 78
De um lado temos Gabriella, filha do renomado técnico do São Paulo, Dorival Júnior. A especialidade da garota com toda certeza é chamar atenção por o...
10.7K 1.5K 19
Concluída. Quando o menino que representa todas as piores e mais clichês características da Grifinória se interessa logo pelo menino que representa t...
1M 107K 56
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
802 60 8
Desde que viu um colega de sala com um visual pra lá de diferente, Liam Dunbar começou a questionar seus próprios gostos. No mesmo dia, o loiro receb...