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Por bbarb0sa

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O fim do ensino médio sempre é repleto de emoções, ainda mais quando se está prestes a passar 1 mês com seus... Más

Capítulo 2: Reviravoltas

Capítulo 1: Dia 1

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Por bbarb0sa

CAPÍTULO 1: DIA 1

1

O dia estava indo estranhamente bem. O clima estava perfeito. Luke acordou extasiado, olhando para o teto do seu quarto perdido em suas lembranças. Era o mínimo de se esperar do primeiro momento fora do Ensino Médio.

A manhã pós-festa estava sendo diferente do que ele esperava. Depois de ter tomado rios de álcool, se afogado em ácidos e dançado por horas, um corpo doído era o que aguardara. Exceto pelo fato que ele estava inesperadamente bem.

Luke se sentou na sua cama, seus cabelos castanhos bagunçados, pegou seu celular e mandou mensagens de bom dia para o seu grupo de amigos mais próximos e abriu o Instagram na esperança relembrar os acontecimentos da festa, ao passo em que esfregava sua mão esquerda no seu rosto – sua memória não estava muito clara, o que já era de se esperar. A única coisa que não esperava era que o aplicativo não estava querendo carregar. Ele recarregou a página mais de 10x e nada.

Estranho, pensou, mas que horas são?

O garoto se atentou no canto superior do seu celular e percebeu que estava mais tarde do que esperava. 12:10. Luke correu para o banheiro ao lado do seu quarto e tomou um banho. – tentando lembrar de suas presepadas na noite passada.

A casa de Luke era uma residência normal, padrão do Canadá. 2 andares, quartos em cima, cozinha, sala de estar e escritório em baixo. Luke saiu apenas de toalha, entrou em seu quarto, se vestiu e seguiu para a cozinha. Sua mãe, Amelia Parker, estava sentada perto de seu pai, Oliver Parker. Ambos professores de uma universidade. Sua irmã mais nova, Emma, sentava na ponta. Os 3 já se encontravam comendo:

- Você acordou mais cedo do que eu esperava! – Amelia falou.

- Nem me fale! Até eu me impressionei. – Luke respondeu enquanto se sentava de frente para os seus pais.

- Você tá bem? Seu corpo não tá doendo não?

- Eu estou bem mãe.

- Sinceramente, não sei de onde você tirou essa resistência a bebida alcoólica. Talvez seja a idade, 16 anos. - Oliver retrucou. Todo deram uma risadinha.

- E aquela viagem que você marcou com seus amigos? – Emma perguntou.

- É depois de amanhã ainda. Você vai ter que me aturar por 2 dias ainda.

- Ridículo. Mas pra onde vocês vão mesmo em?

- Pra casa de praia do Bryan. Eu e meu grupo que você já sabe quem são.

- Não acredito que vou passar 1 mês sem você. Parece um sonho.

- Você viu uma matéria falando sobre o Instagram, Luke? Parece que o servidor caiu pra todo mundo, mundialmente. – Oliver interrompeu.

Luke parou para pensar por 1 segundo. É mesmo. Ele não havia conseguido entrar no aplicativo mais cedo.

- Não. Vi não. O que que ela falava?

- Parece que o servidor do Insta caiu hoje por volta das 7h. A empresa se pronunciou dizendo que está investigando o que aconteceu e essas coisas.

- Hmmm... que estranho. Acho que isso nunca aconteceu antes.

- Mas não deve ser nada demais. O whatsapp vive caindo. – Amelia respondeu.

Emma começou a falar sobre a formatura do seu irmão e sua família se fixou no assunto. 10 minutos depois, todos já estavam almoçados, e Luke subiu para o seu quarto. Seu dia passaria a ser um dia padrão de férias: jogar, jogar e jogar.

2

Os dias se passaram rápido. Luke acordou, e como de costume, pegou seu celular que estava na mesa da cabeceira, e checou a data e a hora, ainda deitado e coberto com seus lençóis. 01/12/ 2019, 7:00. O dia de sua viagem chegara. Luke se levantou animado e se espreguiçou enquanto olhava ao redor. Sua mala, pronta já um dia antes da festa de formatura, estava ao lado da porta. Ele se dirigiu ao banheiro, tomou seu banho, escovou seus dentes e se vestiu, e como padrão, pegou o seu celular de novo. Pra sua surpresa, 7:40.

Merda, já?, pensou.

Luke e seus amigos concordaram de se encontrarem na casa de Nicolas – Seu melhor amigo, por sinal. – Antes de viajarem às 8:20.

- Mãe! A senhora tá pronta? – Luke gritou. – Eu quero chegar mais cedo, e são 10 minutos de carro daqui pra lá. Falta o que?

- Seu pai está terminando de guardar sua parte da feira, e também falta sua mala. – Ela respondeu.

- Estou descendo com minhas coisas. – Respondeu.

Luke chegou na garagem e colocou sua bagagem nos bancos de trás e ajudou seu pai a carregar as compras. Para ser justo, o grupo de amigos decidiu que cada um colaboraria com uma pequena parte da feira. Eles sempre foram apegados a ideia de irmandade. No meio do ano letivo, por exemplo, Luke, Nicolas e Lolla decidiram levar 1 litro de cana para a escola cada, e beberam escondido de todos. Tudo teria ocorrido bem se eles também não tivessem faltados todas as aulas do dia e ainda assim, de algum jeito, confirmado presença em todas. Os professores não são estúpidos. Lembranças assim deixam Luke bastante emotivo.

Em cinco minutos, ele já estava pronto para ir.

Emma estava na porta da garagem ao lado do seu pai. Luke abraçou os dois, se despedindo:

- Bem... Você está levando camisinha? – Oliver perguntou.

- Pai? – Ele respondeu espantado. Luke sabia que essa conversa chegaria uma hora ou outra, mas não é como se fosse algo com que ele estava acostumado.

- É... digo, é que também vão garotas, vocês vão estar sozinhos, com privacidade...

- Eu entendi pai. – Ele o abraçou de novo, deu dois tapas nas suas costas e entrou no carro.

- Você poderia ter feito melhor. – Emma murmurou o para seu pai.

- Vá pro seu quarto. Agora.

Dentro do carro, quase chegando na casa de Nicolas, Luke não podia deixar de reparar na expressão da sua mãe. Estava estranha. Ela exalava um ar de seriedade, mas ao mesmo tempo reconfortante. Ele olhou para ela e perguntou:

- A senhora está bem?

- O que? Ah, estou sim meu filho. Apenas pensando em você. Se deus quiser, próximo ano você estará numa faculdade boa.

- Se deus quiser, sim. A senhora está preocupada que vai passar 1 mês sem me ver?

- Claro né! E digo logo, tome cuidado e se cuide. Não entre muito fundo na água, se alimente direito, se hidrate e se lembre de me ligar sempre que possível.

- Eu sei mãe. Não precisa se preocupar.

- É aqui né? – Ela falou apontando para uma casa na esquina.

- É sim.

Amelia estacionou o carro em frente à entrada da residência Fernandez. Nicolas, um garoto alto, corpo atlético, mas não musculoso, cabelos pretos e olhos marrons claro, esperava do lado de fora. Sua família é da Espanha, mas seus pais se mudaram para os Estados Unidos antes dele nascer, então ele é natural americano.

- Luke? – Nicolas gritou, se aproximando do carro, enquanto observava Luke ir abrir o porta-malas – Cadê, deixa eu te ajudar. – Ele se dirigiu ao porta-malas do carro, que estava lotado de comida. – Senhora Parker, tudo bem?

- Tudo sim meu lindo! – Ela respondeu, sorrindo enquanto saía do veículo.

- Cadê o seu carro? É melhor a gente já ir colocando as coisas nele. – Luke exclamou, observando a quantidade de coisas.

Nicolas tinha 17 anos, e já possuía carteira de habilitação. Seus pais viajam muito à trabalho, então deram a permissão para que ele a tirasse mais cedo.

- Tá dentro da garagem. Deixa eu tirar, calma. – Nicolas entrou dentro de casa, seguiu para a garagem e tirou o carro, enquanto Luke e sua mãe aguardavam de pé. Ele abriu o porta-malas e saiu. Cinco minutos depois, a bagagem já estava descarregada.

Luke tirou sua mala e sua bolsa do banco de trás e deixou-a no chão, enquanto ia se despedir de sua mãe. Ele parou em frente ao vidro do motorista, se inclinou e a abraçou apertadamente, dando um beijo em sua bochecha. Por mais que fosse um garoto desapegado dos pais, pela primeira vez em sua vida, ele passaria mais de 1 semana longe deles.

- Se cuide viu. Te amo mais que tudo, filho.

- Eu também te amo.

Amelia fechou o vidro e saiu com o carro. Luke pegou suas coisas no chão e entrou para dentro da casa de Nicolas, que por sinal, estava só. Seus pais haviam viajado no dia anterior. Os dois amigos se sentaram na sala de estar e aguardaram pelo resto do pessoal.

- Mas eai, o que achou da festa? – Nicolas perguntou, enquanto colocava alguma música para tocar na TV.

- Antes disso, eu acho que a sua internet não tá prestando. O Insta não quer carregar, nem o WhatsApp. – Luke respondeu, mostrando o seu celular.

- Você não viu? Os dois aplicativos, e o Facebook, estão fora do ar.

- O que? A internet caiu ontem lá em casa, então não consegui ver as notícias. Mas calma, o Insta não tinha caído a 2 dias?

- Sim

- E eles ainda não resolveram?

- Hm... Que estranho.

A campainha tocou antes que pudessem continuar a conversa. Nicolas se dirigiu para a porta. Do lado de fora, Stella Colin, uma garota de pele marrom, dreads marrons e olhos verdes e Lolla Cooper, um pouco menor que sua amiga e a pele mais clara, com cabelos castanhos claros e cacheado, e olhos cinza.

- Olha só quem chegou? Cadê a terceira? – Nicolas exclamou.

- Ela não veio com a gente. – Stella respondeu, com um olhar debochado. Por morar longe, a garota veio de carona com a sua amiga Lolla. – Mas mais importantes, a gente tem que tirar as coisas logo. O pai de Lolla tá apressado.

Os amigos trabalharam juntos, e em um instante a feira e as malas já estavam alocadas no carro de Nicolas. Assim que o carro do pai de Lolla se retirou, outro já estava estacionando. O veículo era chamativo. Todos se entreolharam e concluíram que era Bryan Watson. Por mais que ele odiasse ser chamado assim, seus amigos o chamam de riquinho. Seus pais são dois cirurgiões renomados do estado e ganham rios de dinheiro. Era um apelido condizente.

Os pais de Lolla são donos de um restaurante conhecido na cidade, famoso pelos seus pratos originais. A família de Stella é dona de uma empresa de aluguéis e imóveis na região.

Bryan, um garoto de altura normal, com cabelo castanho escuro e bagunçado saiu do carro acompanhado de duas pessoas, um homem e uma mulher. Se tratava de Benjamim, seu irmão mais velho quase idêntico a ele, e a namorada dele, Lyana.

- Falta quem tanto chegar? – Bryan perguntou, andando em direção aos quatro.

- Alicia e Gabriel – Luke respondeu.

- Eles vão demorar muito? – Benjamim perguntou. – Quando mais cedo a gente sair, melhor.

- Nem ideia. Mas eu sei que a bagagem deles vai ter que ir no carro de vocês. O daqui já está lotado – Stella respondeu. Nicolas balançou a cabeça concordando.

- Já decidiram quem vai em qual carro? – Lyana perguntou.

- Eu, Luke, Nicolas e Stella no carro de Nic, e o resto com vocês. Vai por ordem de chegada mesmo, não importa. – Lolla exclamou e todos concordaram.

- Que horas são? – Luke perguntou.

- 8:16 – Lyana respondeu. – É, tomara que eles tenham decidido chegar em cima da hora.

Alycia Martinez, uma garota de 17 anos, cabelos pretos e lisos, com olhos azuis claros, mais gorda do que magra e Gabriel Martinez, um garoto de 17 anos preto, com olhos castanhos e musculoso, com cabelo preto curto e crespo, chegaram cerca de 5 minutos depois do que fora estabelecido, ambos irmãos de sangue. Sem perda de tempo, o grupo seguiu viagem para a casa na praia.

3

Já era de noite, por volta das 7h. O grupo tinha chegado as 12:00, cerca de 3 horas de viagem, e todos estavam enfadados depois de uma tarde merecida de faxina. De acordo com Bryan, a última vez que família estivera lá, fora a 7 meses, e por isso a casa estava extremamente empoeirada. Lolla, desde pequena apaixonada pela culinária, estava na cozinha preparando a janta com a ajuda quase desnecessária de Gabriel e Stella. O resto do pessoal estava na sala, sentados no sofá assistindo TV.

A casa possuía um tamanho agradável e se localizava em uma praia particular, rodeada por uma floresta densa, a cerca de 70 metros da beira do mar. O único jeito de chegar lá era através de uma estrada por meio da mata, que levava cerca de 1h para atravessar. Era diferente de todas as que Luke havia visto em sua vida, moderna. Logo na entrada estava um pequeno hall, com 3 sofás ao redor de uma mesa centralizada. Do lado esquerdo, uma escadaria enorme que levava ao andar de cima, dando de cara com uma sala de estar com Smart TV e quartos divididos paralelamente entre dois corredores também paralelos, que ia na direção contrária a escada – Os cômodos que estavam de frente para a orla possuíam uma varanda. A direita, estava a cozinha, e na frente, um escritório e um banheiro quase colados. Por trás das escadas, uma espécie de porão onde estava o gerador da casa e do lado de fora da casa, no lado esquerdo, estava uma churrasqueira de tijolo – Encostada na construção- com uma mesa retangular de madeira enorme e um guarda sol reto e curvado pendurada na parede da construção.

Luke, sentado no meio do sofá da sala de estar, olhou para Bryan e mostrou seu celular:

- Qual a senha da internet?

- Calma aí, é... 01234560.

- É sério essa senha? – Luke respondeu enquanto se conectava a rede wi-fi.

- Algum problema?

- Bem, sim... eu consegui entrar, mas não tá funcionando.

- Merda! Acho que meus pais esqueceram de pagar a internet. – Bryan respondeu soltando um suspiro de frustração.

- Vejam pelo lado bom, pelo menos assim a gente se desconecta das redes sociais. – Alicia falou. Por causa da sua paixão pela natureza, ela era de fato a pessoa mais desapegada da tecnologia que o grupo conhecia.

- A gente menos você. Você nunca nem se conectou a uma rede social. – Nicolas exclamou.

- Nunca mesmo. – Alicia sorriu secamente.

- Vocês poderiam fazer silêncio? Eu to assistindo o jornal. – Benjamim reclamou com o grupo.

- Ei! O comer está pronto, desçam. – Lolla gritou, chamando por todos.

- Que pena. Acho não tem jornal pra você hoje – Lyanna falou. Benjamim xingou e fez uma careta.

Todos desceram e se sentaram na mesa de mármore da cozinha. Tinha espaço de sobra. Lolla havia preparado 2 cubicas de lasanha, um de seus pratos favoritos.

4

A primeira semana passou rápido. A falta de internet fez com que os amigos achassem outras formas de se distraírem, como dinâmicas em grupo, por exemplo, fora as responsabilidades. Cada um ficava responsável de lavar a sua roupa na lavanderia por trás da casa e de também arrumar seu respectivo quarto, fora a faxina geral a cada semana. Por sinal, esse dia era hoje. Luke e seus amigos acordaram, tomaram café e se reuniram no hall da entrada, e comandados por Benjamim, – Um fanático por faxina. – Começaram a limpar todos os cantos da casa. Lolla, Gabriel e Stella foram dispensados, porque já estavam encarregados de cozinharem. A brisa da praia acabava por soprar areia para dentro, então uma faxina realmente era necessária, principalmente por causa da alergia de Gabriel e Stella.

- Gente, por favor, vamos usar o mínimo de água possível. – Alicia falou.

- Tudo bem, princesa natureba. – Nicolas falou. Seu jeito brincalhão sempre irritou Alicia de uma maneira diferente. Desde pequenos, os dois possuem uma relação de inimizade.

- Cuidado pra não escorregar e morrer – Ela respondeu, curta e grossa.

- Agora parando pra pensar, de onde vem a água limpa da casa? – Luke perguntou.

- De um poço que se originou de um rio aqui por perto. – Bryan e Benjamim responderam.

- Onde estão Lolla, Stella e Gabriel? – Lyanna perguntou.

- Foram pra praia. – Luke perguntou.

- Tomara que eles não esqueçam de vir fazer o almoço. Que horas são, por falar nisso?

- 9:40. – Alicia e Nicolas responderem.

Os dois se entreolharam e voltaram ao trabalho, ao passo em que todos presente fizeram o mesmo. Em meio a conversas casuais e gargalhadas, o tempo passara e já eram 11:30. Os três que haviam ido à praia acabaram de voltar. Lolla, Gabriel e Stella subiram para os seus quartos para tomarem banho, enquanto seus amigos estavam sentados na sala de estar. Como a equipe responsável pelas refeições falhou com suas responsabilidades, era preciso tomar uma decisão de última hora, já que o grupo estava faminto. Não há nada que se equipare a sentir fome, mas não saber o que comer.

- Acho melhor a gente fazer um churrasco. – Benjamim falou.

- É né, JÁ QUE NOSSOS COZINHEIRO SÃO IRRESPONSÁVEIS! – Nicolas gritou da sala de estar.

- Vai se foder! – Stella rebateu, ainda no baheiro.

- Humph... mal-educada.

- Mas o que vocês acham do churrasco? – Benjamim reforçou.

- Eu topo. – Luke falou, se levantando e colocando o controle da TV em cima da mesa. – Mas é melhor a gente já ir preparando o fogo e etc. Vou só ligar pra mãe, me esperem lá em baixo. – Todos concordaram e ele seguira em direção ao seu quarto.

Os quartos eram simples e padronizados, menos o de Benjamim e Lyanna, quarto principal. Uma cama de casal no meio, 1 mesas de cabeceira, 1 estante onde estava uma televisão simples, uma bancada no canto direito com cadeira, um guarda-roupa encostado na parede de frente para a porta, depois da cama, e um banheiro no canto esquerdo. O quarto principal era mais sofisticado e um pouco maior.

Luke pegou seu celular em cima da estante e se sentou. Como já havia dito, ele iria ligar para a sua mãe, já de costume a cada 2 dias, mais ou menos. O garoto ligara mais de 5 vezes, todas frustradas. Cada vez que ele ligava, aparecia uma mensagem:

''Rede sobrecarregada.''

Ele não fazia a mínima ideia do que aquilo queria dizer. Talvez tivesse alguma relação com ele estar isolado no meio do nada. Luke saiu do seu quarto e se deparou com Stella no começo das escadas. Os dois se juntaram e seguiram para fora da casa. O restante do pessoal já estava lá, todos sentados, exceto Gabriel, Nicolas e Lolla, discutindo sobre o fogo e a carne. Luke se sentou o lado de Benjamim e perguntou para todos:

- Vocês também estão tento alguma dificuldade pra fazer uma ligação?

- Não... quer dizer, a última vez que eu liguei pra alguém foi a uns 3 dias. – Nicolas respondeu.

- O que foi que aconteceu? – Alicia perguntou.

- Nada demais, é só que eu não estou conseguindo ligar pra mãe.

- Deve ser a localização ou algo assim. – Benjamim falou.

- Quer uma? – Bryan estendeu sua mãe, oferecendo uma cerveja para Luke.

- Claro. – Ele pegou a bebida, abriu e deu um gole demorado. – O comer está perto?

- Acabei de botar a carne pra assar. – Lolla respondeu esfregando suas mãos uma contra a outra e pegando uma garrafa de refrigerante do cooler que Bryan possuía. – Esses dois não param quietos por um segundo. – Ela apontou para Nicolas e Gabriel. – Nem parece que já se formaram.

- Foi pura sorte Nicolas ter passado de ano – Alicia falou. Nicolas respondeu com o dedo do meio.

- Tava pensando de a gente assistir um filme hoje de noite, depois da janta. – Stella falou, sentada do lado de Luke. – Quem topa? – Todos balançaram a cabeça, se entreolharam e concordaram.

- Tomara que seja de terror. – Gabriel falou.

- Prefiro você calado. – Alicia respondeu. A relação amorosa de irmãos que eles dois possuem é algo que não costumam expressar muito. – Mas eu concordo. Um filme de terror nunca é fora de hora.

O celular de Luke tocou.

- Opa, volto já gente. – Ele saiu do recinto e entrou dentro da casa, se sentando no sofá do hall de entrada e atendendo a ligação. Era sua mãe.

- Mãe? A senhora tá bem?

- O... fi... em... gra... us... vo... ate...

- Mãe? Tá tudo bem?

- Fi... filho?

- O-Oi mãe!

- A... dade... es... m... caos... – A ligação caiu. Luke encarou o seu celular um pouco assustado. Aquilo fora estranho, certeza. Ele guardou o telefone, deu um suspiro e voltou para a presença dos seus amigos. Talvez a floresta estivesse atrapalhando o sinal de rede, o que era estranho, já que até alguns dias atrás, ele conseguira falar com sua mãe tranquilamente. 

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