[Liam]
Acordo com o corpo da Victoria colado ao meu. As suas pernas estão entrelaçadas com as minhas, os seus cabelos loiros descansam sobre a almofada e o lençol tapa apenas uma parte do seu corpo. É uma tentação tê-la nua colada ao meu corpo, porém consigo controlar o meu desejo de a consumir mais uma vez e deixo-a dormir sossegadamente. Passo a minha mão pelo seu rosto angelical e deposito um beijo na sua bochecha esquerda. A sua pele é suave e tem um aroma que só ela tem. Ela cheira a perfume ainda de ontem, ao seu aroma natural juntamente com sexo. É maravilhoso.
Não quero deixar a Victoria sozinha na cama, mas sei que se ficar, vou acabar por acordá-la e fazer amor com ela e por muito que seja uma ideia tentadora, acho que tivemos demasiado durante a noite. Acredito que ela esteja dorida e nunca me dirá por ser orgulhosa. Tudo com a minha esposa é intenso e não precisarmos de barreiras entre nós, torna tudo ainda mais frenético.
Levanto-me da cama e ligo para a receção a pedir que o pequeno-almoço seja servido no quarto. Quero que a minha esposa tenha tudo aquilo a que tem direito. Esposa... Que sensação boa, saber que ela já não me vai fugir.
Ligo a água do chuveiro e tomo um banho não muito longo, pois o meu telemóvel começa a tocar. Praguejo comigo mesmo por me ter esquecido de lhe tirar o som. Quero que hoje seja somente eu e a Victoria, mas o telemóvel teima em tocar e eu decido atender. Felizmente a Victoria não acorda.
Desconheço o número mas atendo. Vou até à varanda. Pode ser trabalho, mas acho pouco provável porque a minha assistente tem ordens para não me incomodar, somente em casos urgentes.
- Sim? - pergunto, para o outro lado.
- Fala Liam Hunter? - é um homem. Não gosto do tom dele e imediatamente fico em alerta.
- O próprio. Quem fala? - pergunto.
- Tu sabes muito bem quem eu sou e qual é o motivo desta chamada. - o homem responde de forma arrogante. - Tu tens o que é meu e se achas que é por eu estar preso que deixo de a querer, estás muito enganado. - Barry. O meu coração para por uns instantes. Não pelo medo mas pelo choque. Como é que este cabrão se atreve a ameaçar-me?
- O que é que tu queres, Barry? - por muito que ele me irrite, tento manter a calma.
- A Victoria nunca será tua. Eu vou reconquistá-la, ela vai voltar para mim e deixar-te. Quando eu sair daqui, porque já não falta muito, ela vai casar comigo e ela vai carregar os meus filhos no seu ventre. - fico maldisposto de pensar nele a fazer seja o que for à minha esposa. Mas ele continua. Parece não ter limites. - Tenho saudades do corpo dela, de lhe tocar, de a ouvir gemer, do calor do interior das suas coxas, do sabor dos deuses que ela tem, e da forma como ela se encaixa perfeitamente no meu pau. - estou capaz de vomitar porque tudo aquilo que me está a passar pela mente não é nada agradável. Tenho vontade de o desfazer.
Ao fim de uma pausa, ele dá continuidade ao seu discurso doentio e absolutamente nojento. - Duvido que lhe dês tanto prazer como eu lhe dava, que ela se encaixe tão bem em ti como em mim, sabes porquê? Porque tu és velho para ela. - ele sabe qual é o ponto fraco da nossa relação. Não necessariamente um ponto fraco para nós, mas para os outros.
- Ouve, Barry, a Victoria não te quer. Tu tiveste a tua oportunidade. E faço-te um aviso, nem sequer tentes encostar um delo nela. - ele nem sabe com quem se meteu, porque ele vai pagar por aquilo que fez. - Não achas que já fizeste mal suficiente à Victoria? Se a amas tanto como tu dizes, deixa-a em paz e ser feliz. - digo e desligo a chamada.
Decido voltar para dentro para ir buscar um cigarro e o isqueiro. Decido vestir também umas calças informais e um polo. Preciso de falar com Aaron. Ele fica preocupado quando lhe peço para vir ao meu encontro.
Certifico-me de que Victoria continua a dormir e fecho a porta do quarto, uma vez que estamos numa suite grande. Aaron está de pé na sala, perto da mesa do pequeno-almoço, enquanto eu estou a fumar o meu cigarro na janela que dá para a varanda.
- O que é que se passa? - Aaron questiona. Ele conhece-me tão bem que não precisamos de cerimónias para ele saber que há algo de errado.
- Precisamos de reforçar a segurança. - como se não me bastasse a Miranda no meu pé, agora tenho também o Barry. - Quero que arranjes um segurança para a Victoria o mais rápido possível.
- Vou encarregar-me disso agora a seguir. Aconteceu alguma coisa que eu deva saber? - ele está com um ar sério.
- O Barry ameaçou-me e eu quero que a Victoria esteja protegida. Já era algo tenho vindo a pensar, mas depois disto, não posso hesitar. - digo-lhe, após terminar o meu cigarro. Detesto este meu vício e Victoria também, mas é uma boa forma de me relaxar.
- Como é que o Barry te ameaçou? - o meu guarda costas inquire.
- Ligou-me da prisão. Não me perguntes como é que ele chegou até mim, mas quero que descubras isso. - esclareço.
- Podes ter a certeza que o farei. - ele tosse. - E para a Victoria preferes um ou uma segurança? - ele zomba de mim.
Ele está a brincar comigo?
- Quero alguém competente. Tu sabes, Aaron. - respondo rápido. - Quero que reestrutures a equipa de segurança da editora também. - peço.
Aaron trabalha para mim há anos e não há pessoa em quem possa confiar mais do que ele. Aaron é poucos anos mais velho do que eu. É de estatura alta e largo de ombros. Tem um corpo atlético e faz as mulheres suspirarem por ele. Mas não tanto quanto eu. Não é que eu seja muito convencido, mas sei que sou atraente, senão Victoria não se teria apaixonado por mim.
Ouço a porta do quarto a abrir-se e surge Victoria de cabelo molhado, vestida com uma túnica ou um vestido, não consigo perceber bem o que é, em formato de camisa de ganga. A camisa tem alguns botões abertos de forma a que se veja o decote, mas sem mostrar demasiado. Tem as suas lindas pernas à mostra e está sexy para caraças.
- Bom dia, babe. - ela cumprimenta, depositando um beijo no canto da minha boca.
- Bom dia, querida. - eu puxo-a para mim, enlançando o meu braço à volta da sua cintura. Inspiro os seus cabelos, onde deposito um beijo. Depois desço a minha mão e dou uma apalpadela no seu rabo. Ela dá um saltinho para a frente e eu rio
- Do que vocês estavam a falar? - Victoria questiona, olhando para nós dois.
- Trabalho, babe. - eu sussurro ao seu ouvido.
- Bom, se não precisas mais de mim, eu vou fazer o que me pediste. - Aaron diz.
- Não, é só isso, obrigada. - agradeço e então ele sai, fechando a porta atrás de si.
Viro-me para a minha loira, segurando-a pela anca. Ela é tão bonita.
- Dormiste bem? - pergunto carinhosamente. Victoria assente.
- E tu? Acordaste cedo... - ela comenta,bocejando.
- Tinha algumas coisas para resolver. - ela penteia com os dedos os meus cabelos despenteados.
Ao final de um bocadinho, vêm entregar o pequeno-almoço. Victoria come umas fatias de pão com doce de morango e bebe um copo de sumo de laranja e finaliza com uma chávena de café. Eu limitei-me a uma chavéna de café com um pouco de pão que ela insistiu que eu comesse, porque eu não estava com fome. Ainda estava agoniado com a conversa com Barry. Decidi não contar â minha esposa sobre ele porque não quero que ela se preocuope, ainda por cima na nossa pequena lua de mel.
- Em que estás a pensar? - pergunto-lhe, desviando uma madeixa de cabelo do rosto dela. O sol que entra pelas janelas, bate na suas costas, fazendo os seus fios de cabelo brilharem.
- O meu irmão ligou-me chateado. - ela responde, encolhendo os ombros.
Franzo o sobrolho intrigado.
- Então porquê? - pergunto.
Ela roda a aliança no dedo e depois responde:
- A Paige foi contar aos meus pais que tínhamos casado e o meu irmão ficou passado por não lhes teres contado nada. - já imaginava que fosse isso.
- Não te preocupes com isso. - deslizo por baixo da mesa, a minha mão pela sua perna nua. Ela suspira com o meu toque. Não me resiste.
- Como não? - ela vira o seu rosto para mim. - Mais ou menos que fugimos e casámos em segredo. - levanto-me e vou até Victoria.
- Já te disse para não te preocupares, pois pretendo ter um casamento tal como tu sonhas. - pego na sua mão e deposito um beijo. Ela levanta-se e fica à minha frente. Ela está ainda mais baixa do que costuma estar porque não tem saltos. Fica amorosa assim.
- Aí sim? Quando é que vais começar a contar-me os teus planos? - ela pergunta passando as mãos pelo meu rosto, descendo pelo meu pescoço. Fecho os olhos e inspiro de forma profunda. Eu tinha decidido que não faria nada com ela, mas mudei de ideias. Ela está sexy como tudo nesta espécie de vestido.
- Agora. - respondo ao seu ouvido.
Tomo os lábios dela nos meus e num instante, coloco a minha mulher em cima da mesa. Ela fica com um ar safado quando eu descubro que ela não tem cuecas. O meu objetivo é apenas um: dar-lhe prazer.