Fera

By TaissaMendes8

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Dominic Mackenzie. Arrogante. Quente. Charmoso. Uma Fera. Com uma aparência peculiar somada a um temperamen... More

01
Segredos
Fascínio
Desejos Parte 1
Desejos Parte 2
O dia da caça
Pacto Com A Fera
NEGOCIANDO com o DIABO
Um Perfeito Cavalheiro?
Concorrência
Intrigas
Não Há Como Fugir Do Passado
O tempo Não Espera.
Algo velho, Algo novo, Algo emprestado e Algo azul.
Grande Dia
Aviso
Sagrado.
Primicias
17
Aviso
A Presa E O Caçador
Hello
Destino selado
Continuando...
Um Belo Passeio
Estrangeira.
O que sonha nossa vã filosofia.
Destruidor De Planos
"A marca"
O doce pacto pela liberdade.

Catatônica

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By TaissaMendes8

Liz

— Liz? Liz, você está bem?

Dominic joga uma toalha em minha cabeça, eu me enrolo nela e o fito receosa.

Desde que meus hormônios acalmaram sinto uma ardência estranha entre as pernas e só agora notei um pouco de sangue entre as coxas, o que já era esperado, mas não dá nem uma colher de sobremesa.

— Acho que não... Na verdade estou sim, mas dolorida, não acho que aguento tudo que você planejou, não por hora.

Levo a mão até o pescoço e sinto o colar que Dominic me deu. Incrivelmente ele está intacto e não foi removido junto com as roupas.

Faço menção de retirá-lo, mas a fera me impede.

— O que você está fazendo senhorita Liz?

— Não acha estranho que eu esteja somente de colar? É uma peça tão bonita, não quero estraga-la.

— Eu já lhe disse que é para sua proteção, você não deve retirar.

Olhei novamente para a peça e sorri em descrença.

— Proteger de que? Mal olhado?

Dominic segura o pingente da joia entre os dedos e o fita, em seguida me olha no fundo dos olhos e curva os lábios diabolicamente, se aproximando dos meus.

— Do seu esposo cruel e sanguinário, meu bem. - sua mão segura meu queixo e me leva a encarar seus olhos. - Não esqueça, ninguém pode te salvar agora.

Eu não acho que quero ser salva.

— Tão misterioso, até parece que é realmente perigoso - Olho para a toalha enrolada em sua cintura e mordo os lábios. Se controle, Liz.

— Decifra-me ou devoro-te, senhorita.

— Uma ameaça?

— Um aviso.

— Até parece. Não vai me falar a verdade?

— Se você não quer acreditar, minha querida , nem mesmo estando na sua cara você verá. -Domicic segura minha mão e me leva em direção a porta. - Vamos, não quero que fique mais doente.

***************

Como prometido e contra minha vontade, Dominic me vestiu ridiculamente, com um conjunto de moletom cinza, como se já não houvesse cinza o suficiente naquele quarto, e me preparou um chá hortelã que está enfiando na minha cara neste exato momento.

— Tome tudo para ficar quentinha.

— Dominic, eu já tomei duas xícaras de chá, pelo amor de Deus, você quer me matar?

— Quero que fique boa bem rápido. - Ele se senta na cama.

— Estou ótima, não precisa me intoxicar.

— As vezes eu me esqueço o quanto sua raça é frágil.

— Que? Minha raça? Está tentando me ofender?

— Não, estou tentando proteger minha pequena deusa de eventuais resfriados e ataques de criaturas que ela desconhece.

Eu me casei com um louco?

— Criaturas? A que se refere?

— Eu por exemplo, você não conhece seu marido tão bem.

— Admito que você é uma criatura peculiar, mas tenho certeza que é tão humano quanto eu, meu "marido".

Dominic sobe o edredom que cobre minhas pernas até o joelho e agarra um de meus pés.

— Tão frios, onde foi parar seu sangue? - minha meia cor de rosa é retirada com cuidado e sinto suas mãos quentes sobre minha pele. Tenho vontade de gemer de satisfação.

— Não acha que está me mimando demais?

— Aproveite enquanto pode, agora só relaxe.

Ele levanta e vai até o banheiro, quando volta trás na mão um frasco transparente com um líquido amarelo no seu interior.

Meu marido deposita um pouco do conteúdo nas mãos e as esfrega para espalhar o líquido, imediatamente sinto um cheiro que me parece quente, apimentado e amargo, com notas esfumaçadas e almiscaradas.

— O que é isso?

— Óleo de mirra, para te fazer dormir melhor.

— O cheiro é maravilhoso.

Vejo seu sorriso presunçoso

— Eu sei, disse que cuidaria de suas necessidades.

Sinto novamente o contato de suas mãos agora com óleo, em meus pés, fazendo pequenos círculos e pressionando alguns pontos. Suas mãos sobem e descem, deslizando tranquilamente e esquentado minha pele como um profissional.

— Você é bom nisso.

— Eu te disse que sou bom em muitas coisas...

— Vou adorar descobrir todas elas. - Digo manhosa.

— Nem todas.

— Você se esforça para manter sua fama de fera, não? A todo momento tentando me assustar.

Ele troca de pé e começa a repetir os mesmos processos.

— Você sabia que o pé de mirra, ao contrário do que se espera, é uma árvore não muito atraente? Ela é repleta de espinhos e vem de regiões semidesérticas do oriente médio.

— Nunca vi, mas pelo aroma juraria que é uma arvore esplendorosa.

— Pois bem, não é bonita, mas compensa pela seiva que é rara. Em algumas culturas a mirra é vista como fonte de consolo nos momentos de sofrimento, mas o curioso é que seu nome significa "lágrimas amargas".

— Onde esse papo vai levar?

— Dizem que ela tem um efeito revigorante em casos de sensação de fraqueza, apatia e até desanimo. No entanto, acredita-se que também tenha efeito calmante sobre ânimos irritados.

— Você parece saber muito sobre isso, por que?

— Conhecimento é poder, Liz.

— Sim, mas quero saber por que exatamente você se interessa por essa planta medicinal.

— É util.

— É vaga sua resposta.

Homem turrão.

— E você, como tem passado esses dias como senhora Mackenzie?

Coloco a xícara no criado mudo e ignoro a pergunta, apenas continuo de olhos fechados enquanto recebo a massagem.

— Vai ignorar a pergunta agora, senhora Liz Ohana Mackenzie?

Sorrio ao ouvir meu nome pronunciado por ele. Me causa um imenso alívio saber que não faço mais parte daquela família.

Abro os olhos e o encaro.

— Não quero falar sobre isso no momento.

— Bom, - Ele abandona meus pés e segura uma de minhas mãos - você não precisa me poupar de suas queixas.

Ele inicia a massagem em minhas mãos, mas logo para toca meu rosto me fazendo inclinar a cabeça para o toque.

Seus olhos felinos prendem os meus mais uma vez e vão fundo em mim.

— Desnuda tu alma, déjame llegar... - Sinto como se minhas vontades se tornassem um nada e Dominic ocupa cada fibra do meu ser. - Quiero entrar en tu cuerpo, y romper las cadenas.

É extremamente satisfatória a sensação de transe em que me encontro e minha boca começa a falar as palavras sem medir esforços.

— Estou muito feliz por não ser mais parte de minha família, mas me sinto péssima por ficar tanto tempo sozinha.

Ainda mantendo a mão em meu rosto, ele leva a outra atrás de minha nuca e me puxa para ficar a centímetros do rosto dele. Dominic parece muito assustador nesse momento.

— E quanto a este amuleto que te dei, como se sente?

O cheiro da mirra está presente perto do meu nariz e as mãos que me seguram parecem cada vez mais quentes. Mas mesmo com essa aura sedutora em minha volta, me sinto presa, como por forças invisíveis que acorrentam minha alma a Dominic.

— Eu não sei dizer, parece que estou sempre com um peso, mas as vezes parece que estou no lugar onde deveria estar, me sinto livre e ao mesmo tempo presa, sinto que posso fazer qualquer coisa, mas devo permanecer onde estou. Parece que vendi minha alma ao diabo.

Eu nem mesmo sei do que estou falando.

Minha cabeça dói e meu corpo quer desistir de se manter acordado, mas resisto firme.

— Me dê mais, pequena deusa, quero entrar na sua alma.

Coloco minha mão na dele e a outra em seu rosto, como ele está fazendo comigo.

— Dominic, você está me assustando, por favor...

— Tão forte, tão bonita... - Sua boca toma a minha em um beijo lento, que eu só consigo corresponder. - fique tranquila, eu não poderia machucar você nem se quisesse, minha esposa.

Novamente minhas forças vão sumindo e minha visão embaçando e a ultima coisa que vejo e sinto são as mãos de Dominic acariciando meus cabelos.

— Durma bem, pequena deusa.

***



Postei esse pequeno, mas o próximo é grandinho.

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