Augúrios da Noite

By DomiMilani

13 3 0

Grandes histórias às vezes começam com pequenos desencontros. Grandes aventuras às vezes começam com uma viag... More

Sementes
Frutos
Areia
Sangue
Luz

Florescer

3 1 0
By DomiMilani


N.A.: Sim, nesta fic os elfos insistem em chamar Azeroth de Kalimdor. Foi este o nome que os Titãs deram ao mundo, este era o nome pelo qual o chamavam quando surgiram e este é o nome pelo qual eles o chamarão sempre. Azeroth foi o nome dado pelos humanos e a existência deles é nova e efêmera perto da dos elfos.

---------


"Quem era o druida?" - Perguntou Freja Lunadaga, a mais velha do grupo, tentando aparentar pouco interesse.

"Quem disse que era um druida?!"

"Ah, sim, com certeza era só um corvo doido que resolveu agir como um gatinho de estimação!" - Kaylin Andafreixo a contestava com seu eterno tom de quem não faz a menor questão de ser levada à sério.

"É, e nós somos um bando de crianças inocentes!"

As sentinelas riam, os sabres da noite balançando-as em um passo sem pressa.

"Vai, conta pra gente!" - Dairelle Corrematas, a novata das batedoras, não podia disfarçar a curiosidade quase infantil.

"Nah..."

"Vai! Nós temos Kalimdor inteira pela frente, não vão sobrar muitos segredos entre nós..."

"E, olha só: você não precisa dizer, porque nós sabemos de tudo o que se passa no Monte Hyjal, é só pensar um pouco e eu já lhe digo..."

"Então está feito, Andafreixo! Se você acertar, eu lhe direi!"

"Perfeito! Alannaria, você que faz o mesmo turno de Mayan, com quem ela andou passando o tempo livre?"

"Não me ponham nessa bisbilhotice!"

"Pára de ser chata!" - Dairelle choramingava com sua vozinha esganiçada.

"Diga lá, Garraprata, Mayan não é tão discreta assim!"

Alannaria olhou interrogativa para Mayan. Ela era sua melhor amiga havia séculos e era uma dessas raras pessoas que sabiam guardar segredo. Mayan, porém, não estava realmente preocupada em esconder seu novo relacionamento. Afinal, ela tinha assumido um compromisso com Lahal e, sempre que possível, eles seriam vistos juntos. Se limitou a rir para a amiga, como que dizendo-lhe que não se importava se ela quisesse contar qualquer coisa.

Alannaria suspirou alto, lamentando a curiosidade imatura das colegas, mas falou:
"Comigo! Mayan passa o tempo livre comigo. E, bem... Não recusamos a companhia dos rapazes do Gadanho... E de... Tiel Feralâmina!" - O rosto de Alannaria se acendeu - "Mayan! Você e Tiel..."

"Não!" - Ela balançava a cabeça rindo da teoria precipitada da amiga.

"Mas... Você está sempre pendurada no balcão da couraria e o que me diz dessas novas botas, hein?" - Agora era ela que revelava a curiosidade.

"O que eu posso lhe dizer? Se ele se esforçou por conseguir couro de falcodrago, é porque é um esfolador experiente e quer desafios. Além disso, ele não deixou de ganhar: você sabe o quanto pagam pelas presas e pelo sangue!"

"De qualquer maneira, Tiel não toma a forma de um corvo! Mas estou anotando mentalmente o fato de ter conseguido botas de falcodrago. Aquele paquerador me deve umas também!" - Acrescentou Dairelle.

"Então... Druidas do Gadanho, hein, Negraugúrio..." - Provocou a líder do grupo.
Mayan abaixou a cabeça, tentando conter o sorriso.

"Ééééé!!! Qual deles, Alannaria?!"

"Vejamos... Verian? Não, outro dia você disse que o acha egocêntrico. Adanion... Você não tem nada contra ele... Lahal, talvez... Vocês conversam bastante. Gwidion? Hmmm... Não, acho que não. São só esses que costumam nos acompanhar..."

"Espera!" - Interrompeu Dailyn. - "Não é Adanion! Eu o vi com Ellwen hoje! Com certeza foi o seu parceiro em Aestann, não foi? Certeza que foi! Toda essa paixão repentina... Isso não é de paquerinha, não, irmãs! Isso é amor de Aestann: onde bate, fica!"

As elfas caíram na gargalhada, Mayan vermelha, sentindo as orelhas pegarem fogo, mas sem poder conter o riso.

"Vá lá, Alannaria, acaba com esse mistério: com quem ela festejou ontem?"
Alannaria pensou por um momento, o cenho franzido.

"Eu não sei... Ora essa, porque eu saberia?! Por acaso alguém viu alguma coisa depois que as danças começaram?!"

"É, mas você não a viu quando acordou?"

"Não!"

"Ah, também aproveitou a companhia, hein?! Hmmm, o chamado da natureza foi forte este ano!"

"Não posso dizer que não..."

"Olha isso! Gente, se a Garraprata, que é tão discreta, está confessando, então a coisa foi boa! A Alta Sacerdotisa apostou certo!" - Kailyn tinha um gosto especial em especular a vida amorosa alheia.

A conversa se estendeu por horas antes que Mayan acabasse por revelar a identidade de seu amado. Não foi nenhuma grande surpresa: ambos se conheciam há muitos anos e, depois do último retorno de Lahal do Sonho Esmeralda, eles tinham se tornado bons amigos. O elfo era bastante tímido, mas Mayan percebia suas hesitantes investidas. Várias vezes ela lhe dera indiretas sobre suas intenções, o que sempre o deixava um tanto embaraçado. No início, ela gostava desse jogo, achava divertido vê-lo desconcertado, de sentir aquele rapaz doce tentando aproximar-se aos poucos. A sentinela sabia que acabaria por tê-lo, mas se divertia prolongando a espera. Nas últimas noites, porém, ela começara a achar que estava se tornando vítima de seu próprio jogo, estava ficando viciada nas palavras doces de Lahal. Esperava ansiosa por elas e tinha leves sobressaltos sempre que o avistava. Tiel Feralâmina começava a parecer-lhe seboso com suas cantadas baratas - elas antes lhe pareciam divertidas, mas, agora, era inevitável compará-lo negativamente ao druida.

"O que houve, May-lin?" - Ela teria sentido pena dele se não estivesse determinada a desgostar-se completamente do esfolador. Ele tinha mesmo de continuar chamando-a assim? Com esse "lin" no final, como se ela fosse uma garotinha?!

"Não foi nada, Tiel. Eu simplesmente não acho adequada a maneira como você me trata. Eu não sou nenhuma garotinha que precise de cuidados e presentes..."

"Me... desculpe..." - Ele tinha os olhos arregalados e não sabia o que dizer. A elfa saíra pisando duro da pequena loja de couros, sem que ele tivesse chance de entender qualquer coisa.

Essa fora a última vez que tinham se falado antes da Noite de Aestann e da partida das batedoras. Mayan tinha apenas uma pequena ponta de arrependimento pelo modo como tratara o rapaz. Ela justificava para si mesma que, afinal de contas, ele nunca largaria de seu pé se ela não deixasse claro que não haveria mais nada entre ambos. Eles haviam tido um relacionamento bastante descompromissado durante algum tempo, que acabara definhando no último ano. Tiel, se não esperava juras de amor de Mayan, não estava acostumado a ser ignorado e recusado. A tal bota de falcodrago fora uma tentativa de recobrar seus privilégios, mas fora em vão.

As noites passavam devagar, num clima ameno. Elas cobriram toda a região da Cordilheira das Torres de Pedra sem problemas maiores que o terreno acidentado. Freja Lunadaga, como capitã das batedoras, não achava realmente que encontraria algo perto de casa: muitos elfos se aventuravam por lá e nunca haviam chegado notícias ruins. A Alta Sacerodtisa, porém, ordenara que tudo fosse verificado e que elas trouxessem relatórios detalhados. O perigo que antevia estava entocado, escondido nas entranhas da terra e não se mostraria abertamente.

No anoitecer da segunda semana de viagem, Mayan acordou um tanto indisposta e, embora tenha hesitado em admitir, o trote de seu sabre da noite a estava deixando muito enjoada e ela teve de parar para por seu desjejum para fora.

"Está tudo bem, Mayan?"

"Sim, Dai-lin, obrigada." - Ela respondeu, certa de que comera carne demais no dia anterior.

"Vou colher um pouco de botão-da-paz para você mascar, vai fazer bem para o seu estômago..."

"Não precisa. Sério. Eu vou ficar bem, foi só uma indisposiçãozinha. Agora que pus para fora, vai passar."

E, de fato, passou. Elas seguiram a noite toda e a seguinte sem problemas. Na outra, porém, Mayan voltou a se sentir mal. Vertigens, o corpo pesado e o estômago fraco. Dessa vez, aceitou um chá.

"Negraugúrio, não deixe de dizer tudo o que sentir. Corrematas conhece as ervas e, quanto antes você lhe contar o que tem, antes ela vai lhe ajudar."

"Não é nada, Freja. Eu sei que não. Realmente devo estar estranhando a comida. Fazia tempo que não viajava por um período longo e acabei me acostumando demais à comida da cidade. Meu estômago vai ter que se conformar!"

"De qualquer maneira, avise-a sempre que precisar."

Ela sorriu, concordando, agradecendo pela atenção e achando alguma graça no exagero da capitã. Elas estavam perto da Nascente da Eternidade, não era possível que doença alguma as afetasse.

Várias noite se passaram sem que Mayan precisasse dos conhecimentos de herborismo de Dairelle. Algumas semanas depois, porém, o mal-estar voltou mais forte e a batedora estava tendo problemas em disfarçá-la, felizmente, ela podia escutar um curso d'água não muito longe dali.

"Irmãs, eu não sei vocês, mas eu não aguento mais meu próprio cheiro. Freja, será que poderíamos montar acampamento? O rio está perto."

Freja ainda andou alguns metros antes de responder:

"Sim. Acho que já tempo de termos uma noite de sono decente. E, principalmente, um banho decente. Vocês fedem mais que kodos velhos!"

"Até que enfim! Já nem sei se vou conseguir tirar minhas botas, já devem estar começando a fazer parte das minhas pernas!" - Reclamou Kailyn, sob um olhar de censura de Freja.

Elas montaram as barracas rapidamente, Mayan fazendo o melhor que podia.
"É cansaço, um banho vai resolver." - Pensava consigo mesma. No fundo, porém, começava a achar estranha essa sequência de indisposições. Estaria sob efeito de alguma magia ruim? Era a única hipótese que lhe fazia algum sentido.

O contato com a água fria do rio levara embora sua vertigem. Estar submersa lhe fazia relaxar e ela nadou por algum tempo, escutando Kailyn e Dairelle fazendo estrepolias, jogando água uma na outra, puxando-se os pés e dando gritinhos agudos, enquanto Freja, recostada em uma grande pedra, aconselhava-lhes, sem nenhuma vontade, a não fazerem tanto barulho.

"Irmã?" - Alannaria aproximara-se de Mayan sem que esta percebesse.

"Hmm?"

"Está tudo bem?"

"Sim." - Ela sorriu com uma pontinha se surpresa. - "Estou bem, sim, obrigada. Por que pergunta?"

"Você parece cansada. Percebi que você não estava se sentindo bem enquanto montávamos o acampamento. Por que não pediu ajuda a Dai-lin?"

"Eu não sei... Eu não consigo entender o que está acontecendo comigo... Você acha que alguém pode ter feito... Sabe... Algum feitiço ruim para mim?"

"Pela Deusa, Mayan! Não! Eu não consigo imaginar ninguém que pudesse querer lhe fazer mal. Aliás, eu não acredito que ninguém em Hyjal pudesse ter más intenções a esse ponto."

"É, eu também não consigo imaginar... Mas, que outra explicação eu tenho?"

Alannaria pensou por alguns instantes antes de reponder:

"De qualquer forma, logo chegaremos em Desolação. Sei que o Círculo Cenariano mantém um templo lá... Se for algum sortilégio, os druidas poderão ajudá-la."

"Você tem razão..." - Aquilo era alguma esperança. Aquelas indisposições estavam começando a irritar-lhe. Ela adorava essas viagens longas, os acampamentos, a companhia do grupo de batedoras e aquilo a impedia de aproveitar aqueles momentos. Apesar de ter toda a eternidade para fazer isso quantas vezes quisesse, Mayan sabia que os caminhos do Destino eram cheios de curvas e reviravoltas. Ela queria ter certeza de que cada momento de sua vida valesse a pena.

O ar da madrugada esfriara rapidamente, e as elfas, uma a uma, deixavam a água, cansadas, porém aliviadas da longa marcha. Dairelle, já sentada sobre um velho tronco caído, enrolada na toalha, observava as amigas. A figura nua de Mayan, que apertava cuidadosamente os cabelos para tirar o excesso de água, lhe prendeu a atenção.

"Você está tão... Bonita..."

Todas lhe voltaram olhares surpresos.

"Ui! Eu não sabia que você tinha esse tipo de preferência! Mas... Obrigada!"

"Não!" - Ela protestou, prolongando a sílaba. - "Não é isso! É que, sei lá, você está diferente... Seu corpo está mais bonito, sua pele... Sei lá, parece que está refletindo o brilho de Eluna... Não sei. Só achei que você está bonita. Mas se você achou estranho, desculpa, não falo mais!"

"Não seja boba, Corrematas. Não é estranho achar as pessoas belas, nosso corpo é parte da criação de Eluna e, como tudo, é belo. Nós costumamos associar a admiração física à sexualidade porque é comum um originar o outro. Nós costumamos disfarçar essa admiração com medo de sermos mal-interpretadas, mas, no fundo, é uma bobagem..."

"Nossa, Freja, isso foi profundo, hein?!"

"Está vendo, no fundo, bem lá no fundo dessa trolesa sanguinária existe uma elfa!"

Freja limitou-se a olhar feio para Kaylin, que lhe devolveu um sorriso maroto.

"Sabe de uma coisa? Dairelle tem razão, Mayan. Tem mesmo alguma coisa diferente em você... Seu corpo está tão... Seus seios estão perfeitos!"

Alannaria a observava com um olhar clínico e as outras começaram a fazer o mesmo, tentando descobrir o que elas viam de diferente.

"Gente... Dá pra parar de me olhar assim?"

"Por Eluna! Oh, minha Deusa! Oh, minha DEUSA!" - Kailyn falava, uma mão no peito e uma cobrindo a boca. - "Mayan! Você está grávida!"

As outras elfas a olharam estupefatas.

"É claro!" - Ela continuou. - "Olha a sua pele! Você está mesmo refletindo a luz de Eluna! Você foi abençoada! Céus! Você está toda... Arredondando! É isso que está diferente!"

Houve um silêncio tenso. Mayan parecia prestes a explodir e nenhuma delas sabia o que pensar. Agora tudo fazia sentido.

"Uau!" - Freija suspirou, tentando assimilar a nova realidade. - "Amanhã nós partimos de volta para Hyjal."

"Não!" - Mayan protestou, com um fio de desespero na voz. - "Não! Nós já chegamos até aqui! Estamos andando há um mês! Imagine o quanto não atrasaremos a missão!"

"Mayan, não importa! Eluna te deu um filho, você tem que protegê-lo!"

"Eu vou protegê-lo! Vocês vão me ajudar a protegê-lo! Nossa missão não é perigosa, quando encontrarmos o que estamos procurando - se realmente houver algo para ser encontrado - nós devemos simplesmente voltar..."

"Mayan, você vai acabar tendo esse bebê no meio do nada!"

"Que diferença faz? Se tivermos água e alimento, ele ficará bem."

"Mas..."

"Irmãs, nós somos sentinelas! E batedoras! Não existe qualquer chance de sermos vencidas pela selva se os deuses não quiserem!"

As outras gaguejavam, tentando ir contra a decisão da amiga, mas sem encontrar qualquer argumento relevante.

Freja respirou fundo. Ela era a líder do grupo e, como tal, cabia a si a decisão de retornar ou não.

"Que seja. Se você prefere assim, Negraugúrio, vamos respeitar sua decisão. Quando estiver chegando a hora, montaremos acampamento e esperaremos até que você e o pequeno estejam prontos para partir. Andafreixo já viu um monte de crianças nascerem, ela vai poder nos ajudar."

Kailyn fez um gesto afirmativo e decidido com a cabeça. Sua mãe era uma das Irmãs de Eluna, justamente a responsável por auxiliar as elfas a darem a luz. Obviamente que a escolha da filha pelas Sentinelas fora um grande choque - para não mencionar uma certa decepção, que só soi amenizada pelo bom temperamento da Alta Sacerdotisa Tyrande Murmuréolo, que lembrou a todos que isso não lhes cabia decidir. Ela fora criada e educada no templo, crescera auxiliando as iniciadas em inúmeras tarefas e, apesar de sua personalidade forte e agitada, todas acreditavam que ela tomaria a ordem quando chegasse o tempo. Quando atingiu a maioridade, porém, Kailyn recebeu a marca das lâminas. Aquilo não abalou a crença das Irmãs no destino de Kailyn, afinal, várias sacerdotisas tinham marcas guerreiras - a própria Tyrande carregava a do urso. Mas, conforme os anos se iam, a jovem se distanciava cada vez mais do templo e prorrogava sua iniciação. Dizia que não estava pronta, argumentava que nada conhecia do mundo e, numa noite, confessou que não estava certa de que realmente o queria.

As iniciadas tentaram, em vão, convencer-lhe de que estava apenas passando por uma fase ruim, que era óbvio que seu destino estava no Templo, que ela sempre fora feliz lá. Mas o fato era que Kailyn já não se sentia satisfeita entre aqueles pilares já havia algum tempo: há muitos anos ela olhava com admiração e uma ponta de inveja as mulheres que noite e dia saíam para garantir a segurança dos caminhos que cortavam as terras élficas. Algumas com grandes glaives brilhantes, outras com belos arcos às costas, todas paramentadas com belas armaduras, montadas em seus poderosos sabres da noite... Ela sonhava com as sentinelas lutando intrepidamente contra todo tipo de inimigo, enfrentando-os bravamente, espreitando-os na floresta, caçando-os, a adrenalina correndo nas veias, a atenção focada única e exclusivamente na presa, elas eram as próprias flechas, as lâminas eram uma extensão de seus próprios corpos. Então ela acordava para ver que sentia falta de uma arma em punho como se sente falta de um membro. Não era a magia que pulsava em seu peito, era o brado guerreiro.

Shandris Plumaluna estranhou o pedido de alistamento de Kailyn. Também ela, de início, julgou que a jovem estivesse apenas passando por uma fase rebelde. De fato, ela só aceitou-a como recruta quando a Alta Sacerdotisa lhe deu sua benção, contando-lhe que sua avó fora uma das primeiras sacerdotisas a tomar a frente de batalha quando a Legião Ardente invadiu Kalimdor. Ela lhe narrara, na presença de Shandris, de sua mãe e de várias outras Irmãs, a bravura com que Shaliana Andafreixo abatera dezenas de demônios e Kailyn podia vê-la, o sangue amaldiçoado da Legião manchando-lhe a túnica e a face, o grande cajado brilhando incessantemente, conjurando a face escura de Eluna, a fúria da Deusa se materializando em ofuscantes raios de luz prateada. Ela jamais se sentiria diminuída perante as outras recrutas, que carregavam várias gerações de guerreiras.

Houve um segundo de silêncio e dúvida entre as companheiras, mas Kailyn quebrou-o, jogando-se sobre Mayan em um abraço infantil.

"Parabéns, Mayan! Estou tão feliz de ver uma criança sendo gerada novamente!"

"Obrigada, Kai-lin." - A nova mãe sorriu emocionada, acariciando o rosto da amiga.

As outras imediatamente se aproximara para abraçá-la e parabenizá-la. O nascimento de novos elfos era um acontecimento cada vez mais raro e era, sem dpuvida alguma, motivo de grandes comemorações.

"Eu nunca estive tão perto de uma mulher grávida! Me sinto como se estivesse ao lado da Sacerdotisa Tyrande... Sabe, uma pessoa que realmente foi tocada pela Deusa... Puxa, Mayan, isso é incrível!" - Dairelle acariciava o ventre da amiga sem cerimônia.

"Minha irmã..." - Alannaria mal conseguia formar uma frase. - "Lahal... Ele vai ficar tão feliz! E é uma criança de Aestann! Ela está destinada a grandes coisas, Mayan! Ela vai lhe dar muito orgulho!"

Freja não conseguia deixar de sorrir e lhe deu um abraço apertado e tapinhas nas costas.

"É, e com certeza vai ser uma de nós! Já começou a vida na trilha!"

Continue Reading

You'll Also Like

1.9M 85.4K 192
"Oppa", she called. "Yes, princess", seven voices replied back. It's a book about pure sibling bond. I don't own anything except the storyline.
399K 24.2K 83
Y/N L/N is an enigma. Winner of the Ascension Project, a secret project designed by the JFU to forge the best forwards in the world. Someone who is...
434K 10.9K 60
𝐋𝐚𝐝𝐲 𝐅𝐥𝐨𝐫𝐞𝐧𝐜𝐞 𝐇𝐮𝐧𝐭𝐢𝐧𝐠𝐝𝐨𝐧, 𝐝𝐚𝐮𝐠𝐡𝐭𝐞𝐫 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐰𝐞𝐥𝐥-𝐤𝐧𝐨𝐰𝐧 𝐚𝐧𝐝, 𝐦𝐨𝐫𝐞 𝐢𝐦𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚𝐧𝐭𝐥𝐲, 𝐰𝐞𝐥𝐥-𝐫...
887K 20.2K 48
In wich a one night stand turns out to be a lot more than that.