1943's Battle

Oleh carenteesolitaria

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Entende-se por batalha o combate por algo sem dúvidas importante, em meados de setembro de 1943, eu dei iníci... Lebih Banyak

Pensonagens.
Prólogo.
Day one - Meeting.
Day two - Caring.
Day three - Thief.
Day four - Apologized.
Day five - Attack.
Day six - Party.
Day seven - Guilty.
Day nine - Hug.
Day ten - Disappointment.
Day eleven - Storm.
Day twelve - Courage.
Day twelve - Courage (Harry's POV).
Day thirteen - Confused.
Day fourteen - Corn.
Fifteenth day - Ocean.
Sixteen day - Battle.
Seventeen day - Choice.
Eighteenth Day - Dance.
Nineteenth day - Jealousy.
Day twenty - L'amour.
Twenty-first day - Safe.
Day twenty two - Fight.
Day twenty three - War (Part 1)
Day twenty four - War (Part 2)
Twenty-five day - The End.
A V I S O + Agradecimento ♡
1945

Day eight - Conversations.

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Oleh carenteesolitaria

Harry's POV

Segunda-feira, 20 de setembro de 1943 - 01:06 AM.

- Não parem! - Eu disse mordendo o meu sanduíche.

Eles continuavam lá.

Todos estavam no convés, eu estava fazendo eles treinarem alguns abdominais, eu não os podia fazer correr pelo navio por conta da hora, então os dei um exercício mais silencioso.

- Cala a merda da boca! - Eu levantei a cabeça quando ouvi alguém dizer.

- Cala a boca você, seu merdinha do caralho! - Eu ri fraco.

- Franklin, eu juro por Deus...- Me levantei e limpei as mãos na roupa mesmo.

- Que porra é essa aí atrás? - Eu comecei a caminhar até lá.

- Senhor, pode dizer para o maldito calar a merda da boca? - Eu respirei fundo.

- O que há de errado, Franklin? - Eu perguntei ao possível causador da confusão.

- Eu só estou tentando me manter consciente, preciso contar minhas abdominais em voz alta, senhor! - Ele se explicou.

- Você pode até cantar se quiser, eu não me importo! - Coloquei as mãos no bolso da calça devido a brisa gelada da noite no meio do oceano.

- Tenente Styles? - Eu automaticamente me virei.

- O que diabos está fazendo aqui? - Observei Blanche usando apenas um vestido e um casaco fino por cima. - Achei que estivesse na enfermaria. - Eu me aproximei dela.

- Eu estive mais cedo, fui liberada por bom comportamento! - Ela zombou e eu neguei com a cabeça.

- Você precisa voltar...- Foi a vez dela negar.

- Eu já não estou mais na enfermaria, fui mesmo liberada! - Ela desviou o olhar e focou nos homens atrás de mim. - Posso ter uma conversa em particular com vo...- Ela mesma se corrigiu. - Com o senhor? - Eu seguirei a minha vontade de rir.

- Não, você vai voltar para a sua cabine! - Ela respirou fundo.

- Eu prometo ser rápida! - Eu neguei outra vez. - Quer mesmo brincar do jogo de quem é mais teimoso? Podemos ficar aqui a noite inteira! - Ele me alertou.

Fechei os meus olhos a antes de respirar fundo e voltar a olhá-la.

- Certo...- Eu murmurei e ela sorriu. - Só espere um momento! - Eu pedi.

Ela concordou e começou a andar para um local mais afastado e parou precisamente no parapeito do navio.

Essa garota não está com os parafusos no lugar!

- Eu terei uma conversa importante agora, se eu tiver que interrompe-la para vir brigar com algum de vocês, ficarei muito bravo. Vocês sabem como eu sou quando estou bravo, não sabem?

- Sim senhor! - Eles responderam quase sem abrir a boca.

Eu poderia ter os mandado repetir, mas Blanche estava no maldito convés descalça e com um casaco fino, eu não poderia demorar para e encontrá-la, então a próxima coisa que eu fiz foi me virar e ir até ela.

- Diga logo! - Eu a apressei assim que parei ao seu lado.

- Conversa importante, huh? - Ela zombou sorrindo, mas eu me mantive sério.

- O que você quer comigo, Blanche? - Ela respirou fundo e olhou para o mar.

A brisa balançou os seus cabelos e ela tentou inutilmente os deixar trás da orelha.

- Já disse para você me chamar pelo meu segundo nome! - Eu respirei fundo.

- Se eu fizer isso você adianta logo o assunto? - Eu perguntei tentando negociar.

- Talvez...- Ela sorriu mais.

Quebrei o nosso contato visual por alguns segundos.

- Não é tão difícil...- Ela deu de ombros. - Quer ajuda? Começa com L e...- Eu a interrompi.

- Acha que eu sou estúpido? - Eu perguntei.

- Foi uma pergunta retórica? - Ela zombou.

- O que está fazendo? - Ela riu.

- Você só pergunta, não responde? - Eu revirei os olhos.

- Não vamos começar com isso de novo! - Eu quebrei o nosso próximo diálogo e ela suspirou.

- Tudo bem, eu desisto! - Ergui uma de minhas sobrancelhas.

- Desiste do que? - Ela apontou para mim.

- De tentar fazer você relaxar. - Eu ri nasalado.

- Só relaxa quem está tenso! - Ela concordou.

- Se eu tivesse que usar uma palavra para o definir agora certamente usaria essa última que acabou de dizer! - Ela respirou fundo. - Você precisa pegar mais leve com as coisas...- Eu apenas continuei a encarando.

- Pode ser mais específica? - Eu pedi e ela se virou, apoiou os braços no parapeito e fechou os olhos.

A brisa balançou os seus cabelos e eu pude jurar que senti o seu cheiro nas minhas narinas, foi rápido, mas muito forte quando me atingiu.

Eu me arrepiei.

De frio.

Eu acho.

- Blanche? - A chamei e ela me olhou.

Conforme a sua cabeça se virou para a minha direção, o vento encontrou a parte de trás dela e jogou os seus cabelos para frente formandos uma cortina no se rosto.

- Eu ouvi algo sobre você estar os torturando...- Ela olhou para os homens.

- Besteira! - Rebati quase imediatamente.

- Então o que eles estão fazendo no convés a uma da manhã? - Eu ri fraco e cruzei os meus braços.

- Posso perguntar o mesmo a você? - Ela voltou a me olhar.

- Porque está fazendo isso? - Eu dei de ombros antes de cruzar os braços.

- É o meu trabalho. - Ela negou.

- Não, eu sei que não é! - Eu respirei fundo.

- Você não veio mesmo até aqui para apontar defeitos no jeito como eu trato os meus companheiros, não é? - Ela continuou me encarando.

- Está fazendo isso por mim? - Eu a encarei de volta.

- Está brincando? - Ela negou.

- De maneira alguma! - Ela respondeu firme.

- Porque eu faria isso por você, Blanche? - Ela deu de ombros.

- Me diga você! - Ela rebateu.

- Eu diria se fosse! - Ela semicerrou os olhos.

- Diria mesmo? - Perguntou irônica.

- Eu não preciso lhe provar nada! - Olhei rapidamente para os meus homens.

Alguns estavam realmente tentando fazer os abdominais que eu mandei, outros já estavam deitados no chão.

- EU MANDEI PARAR? - Gritei vendo eles despertarem na hora. - Era só isso, Blanche? - Eu a olhei sem paciência.

- Nem todos eles são culpados! - Ela murmurou.

- Mas um deles é! - Ela concordou.

- Sei disso, mas é injustiça fazer com que todos eles paguem! - Eu respirei fundo.

- Você não sabe de nada! - Ela riu fraco.

- Até que demorou para você começar a agir como um idiota! - Ela passou as mãos no cabelo outra vez.

- Você acabou de me chamar de idiota?! - Ela deu de ombros.

- Sim, eu chamei porque é o que você é! - Ela me encarou.

- Eu não quero e nem preciso de mais problemas, então por favor, volte para sua maldita cabine! - Ela me olhou confusa.

- Problemas? Eu vim para tentar ajudá-lo! - Eu ri fraco.

- Eu não preciso da sua ajuda, Blanche! - Ela abaixou a cabeça. - Tudo que eu quero é que você volte para a sua maldita cabine e fique lá, será o melhor para todos nós! - Ela levantou a sua cabeça lentamente.

- Está querendo dizer que se eu tivesse ficado na minha cabine aquela noite não teria sido atacada por um deles? - Ela apontou para os homens. - Está querendo dizer que eu trouxe os problemas para você, é isso?! - Eu neguei imediatamente.

- Eu nunca disse isso e também nunca diria! - Ela me olhou surpresa.

- Não foi isso que pareceu! - Eu passei as mãos no meu rosto e respirei fundo.

- Você está entendendo tudo errado, Blanche! Eu fui o único dos meus homens que a defendeu sobre toda essa história! - Ela sorriu.

- Uau, eu devo montar um altar ao pé da minha cama e rezar para o Santo Styles? - Ela zombou e eu ri.

- Você é inacreditavelmente imatura! - Ela respirou fundo.

- Quer saber? Eu vim até aqui para pedir que não os torturassem, para pedir que pegasse um pouco mais leve com eles, mas você é irredutível e incrivelmente teimoso! - Cruzei os meus braços.

- Mais algum elogio? - Ela abaixou a cabeça.

- Não são elogios, é uma pena que seja tão soberbo ao ponto de não reconhecer um defeito ou fingir que não tem algum! - Ela disse brava.

- Blanche, você pode tentar o quanto quiser, mas hoje eu nós não vamos brigar! - Ela riu.

- Não é o que estamos fazendo agora? - Eu neguei.

- É o que você está fazendo agora! - Ela respirou fundo.

- Como vítima, eu estou me sentindo muito incomodada com tudo isso! - Eu olhei para o céu e respirei fundo.

- O que você sugere então, senhorita Delvaux? - Ela fez uma careta.

- Está pronunciando o meu nome errado! - Eu a olhei incrédulo.

- Será que é por que...- Eu fingi pensar. - Eu não sou francês?! - Ela deu de ombros.

- Não importa! Só queria que soubesse que eu não estou gostando disso, se acha que está me vingando...- Eu a interrompi.

- Eu já disse que não estou a vingando, o seu marido devia estar fazendo isso, mas eu não vejo ele por aqui! - Eu respondi zombando.

- Que merda de marido?! - Ela se estressou, então eu soube que toquei o seu ponto.

- Oh, ficou estressada? Eu não posso falar do seu maridinho?! - Ela franziu o cenho.

- Sobre o que você está falando? Acha que eu sou o depósito de alguém?! - Eu dei de ombros.

- Que fique bem claro que eu não falei com esse tom...- Ela me interrompeu.

- E nem precisou, eu entendi muito bem! - Ela rebateu. - Quem inventou isso? - Eu ri fraco.

- Eu mesmo ouvi, não escuto fofocas de ninguém! - Ela se surpreendeu.

- Ah sim? Então quem é o "meu marido"? - Ela debochou.

- Tente não cair para trás quando eu disser o seu nome! - Eu a preparei e ela cruzou os braços esperando. - Alex Cedric. - Eu disse o nome do enfermeiro e ela entreabriu a boca.

Eu sabia que tinha a pego, mas não estava feliz com isso, eu queria que ela negasse ou coisa do tipo, mas ao invés disso ela apenas começou a rir.

- O Cedric? - Ela perguntou.

- Sim, o Cedric! - Eu reafirmei.

- O que ouviu entre nós que o fez pensar que estávamos em um relacionamento? - Ela perguntou quando parou de rir.

- Ele estava pedindo desculpas por ter brigado com você! - Ela ergueu as sobrancelhas.

- E...- Ela quis que eu continuasse.

- Não tente ganhar tempo para arrumar uma desculpa, eu sei de toda a verdade e já poderia ter os denunciado, mas não quis arrumar problemas para você! - Ela riu.

- É, eu terei mesmo que montar um altar! - Ela zombou e riu mesmo ser ter graça alguma. - Eu e Cedric somos amigos desde que eu nasci, nossas mães eram melhores amigas desde a época da escola! - Eu revirei os olhos.

- Quem você quer convencer com essa historinha planejada? Admita logo que estão juntos! - Eu pedi.

- Eu não vou admitir algo que não me cabe, tenente Styles! - Ela pronunciou o meu nome carregado com ironia.

- Não comece com a sua falta de respeito! - Eu a adverti.

- Ah, pelo amor de Deus! - Exclamou. - Por que você é assim?! - Eu dei de ombros.

- Deus me fez assim! - Ela riu fraco.

- Ele com certeza não estava tendo um bom dia, então depositou toda a raiva, teimosia e burrice em você! - Foi a minha vez de rir.

- É, talvez ele estivesse se sentindo uma merda depois de ter criado você! - Eu rebati.

- Quer saber? Que se dane você ou tudo que você faz e deixa de fazer com eles, mas quando eles passarem mal, não os leve para a maldita enfermaria, temos doentes de verdade para cuidar lá! - Ela me deu as costas e sequer me deu a oportunidade de responder mais alguma coisa.

Eu fiquei observando ela se afastar.

Eu não vou mesmo a acompanhar até sua maldita cabine!

Ela que veio até aqui me atormentar!

Fiz menção de voltar para perto dos meus homens, mas não conseguia parar de pensar em como já estava tarde, todos já deveriam estar em seu décimo terceiro sono agora.

Inferno de garota!

- Descansar! - Eu disse alto. - Eu já volto! - Os avisei antes de aumentar a velocidade dos meus passos para tentar alcançar a Blanche.

Passei pelo saguão e ouvi um barulho de ferro, mas não consegui ver nada.

- Blanche? - Eu a chamei.

Dei mais alguns passos rápidos quando ouvi um grunhido.

Merda!

- Blanche? - Eu chamei mais alto.

Coloquei a minha mão no cós da minha calça e retirei a minha arma do local.

Os pequenos barulhos ainda eram audíveis, eu estiquei o meu braço e mirei a arma para o nada, mas estava preparado caso tivesse que atirar.

Ouvi um movimento atrás de mim e me virei rapidamente apenas para ver a francesa com um pedaço de ferro nas mãos.

- Que porra é essa?! - Eu abaixei a minha arma na hora e ela largou o pedaço de ferro que caiu ao lado dos seus pés. - Você é louca?! Eu poderia ter atirado em você se estivesse com o dedo no...- Automaticamente me calei quando ela cobriu o rosto com as mãos.

Eu engoli a seco quando a ouvi fungar.

Ela estava chorando.

- Eu não queria ter apontado uma arma para você...- Eu murmurei dando um passo para frente e ela se virou.

- Eu não quero que você me veja chorar! - Ela murmurou de costas para mim.

- É meio tarde demais para isso! - Eu tentei brincar e amenizar a situação.

Mas ela não parou.

Voltei a guardar a arma no meu corpo e respirei fundo pensando no que eu deveria fazer.

- Blanche? - Eu dei outro passo em sua direção.

- Por favor, vá embora! - Ela pediu com a voz embargada.

- Eu não vou, vim para acompanhá-la até sua cabine! - Ela se virou lentamente e secou o rosto.

- Por que não pediu? - Eu franzi o cenho.

- Desde quando eu preciso pedir sua permissão para fazer algo? - Ela negou com a cabeça.

- Eu prefiro ir sozinha, boa noite! - Com a cabeça baixa e a voz embargada ela passou por mim e ainda fez questão de esbarrar no meu braço.

- Eu vou com você, queira ou não! - Me pus ao seu lado e ela parou de andar quando eu a alcancei.

- Eu já disse não! - Ela reafirmou.

- Ainda não percebeu como as coisas funcionam comigo, Blanche? Quanto mais você me fala não, mais vontade eu tenho de a contrariar! - A expliquei e ela me encarou.

- Está na guerra porque sua mãe não o aguentou e o expulsou de casa, não é? - Eu tentei manter a postura, mas acabei sorrindo sem mostrar os dentes.

Ela também não sustentou o personagem por muito mais tempo e riu fraco.

- Você me assustou, eu percebi que alguém estava me seguindo dessa vez! - Eu respirei fundo.

Uma espécie de dor tornou conta do meu peito e eu senti o meu coração ficar meio pesado, não sei muito bem o que era, mas soube que me fez mal.

- Eu não tinha a intenção de assustá-la, sinto muito! - Ela respirou fundo, mas acabou dando e ombros e voltou a andar.

Eu continuei lá parado sem saber o que fazer, sem saber o que ela queria que eu fizesse.

- Você não vem? - Ela perguntou parando para olhar para trás, precisamente para mim.

- Sim. - Murmurei a alcançando e começamos a caminhar para as cabines.

Caminhamos em silêncio por apenas alguns segundos, ela logo abriu a matraca outra vez.

- Posso fazer uma pergunta? - Eu respirei fundo.

- Não consegue ficar calada por muito tempo, não é? - Ela me olhou brevemente, mas depois abaixou a cabeça. - Pergunte, Delvaux! - Eu me rendi.

- Não, não quero mais saber! - Ela murmurou.

Eu ia rebater e perguntar o porque daquilo, mas acabei pensando melhor e decidi deixar tudo como estava, certamente iríamos brigar outra vez, ela era um imã de discussões sem fim.

Percorremos o caminho até a sua cabine em silêncio, ela não chorou, não falou mais nada e também não me olhou mais, eu estava até achando estranho.

- É aqui. - Ela murmurou quando chegamos na cabine de número 116.

- Certo. - Eu murmurei de volta.

Ela fez menção de abrir a porta, mas me olhou pelo canto dos olhos e parou outra vez.

- Pode ir agora! - Eu neguei.

- Vou ficar até você entrar. - Ela respirou fundo.

- Achei que tivesse homens para torturar lá fora! - Eu revirei os olhos.

- Você chama de tortura o que eu chamo de trabalho, se eu não os forçar a falar eles não falarão e você vai sempre sentir o que sentiu agora pouco. - Ela engoliu a seco.

- Eu só me assustei. - Ela murmurou.

- Eu sei, mas não quero que se sinta assim toda vez que precisar andar sozinha na embarcação, você ou qualquer outra mulher. - Ela me encarou.

- Você não faria algo assim, ou faria? - Ela sussurrou.

- É claro que não, eu não sou esse tipo de homem! - Ela me olhou hesitante.

- Você tem namorada? - Eu ri nasalado.

- Um homem precisa ter namorada para não querer abusar uma mulher? - Ela deu de ombros.

- Isso foi um não? - Eu respirei fundo.

- Era isso que queira perguntar mais cedo? - Eu perguntei curioso.

- Não, mas também serve! - Eu ri fraco.

- Você estudou para ser assim? - Ela franziu o cenho.

- Perdão? - Eu ri fraco outra vez.

- Creio que deva ter algum tipo de estudo ou especialização para ser tão chata e invasiva como você é, não? - Ela riu fraco.

- Você é bem estranho, estudou para isso também? - Eu tive que rir.

- Eu sou um homem muito bem instruído! - Zombei.

- Deus errou em outra coisa quando criou você! - Eu ergui as sobrancelhas em surpresa. - Você tem covinhas. - Eu fiquei sério. - Covinhas são muito fofas para terem que viver em você! - Revirei os olhos.

- Entre, você já passou do limite! - Ela me olhou surpresa.

- Só por que eu falei das suas covinhas? - Eu respirei fundo antes de negar.

- Entre, Blanche! - Eu dei um passo para frente e me inclinei um pouco para virar e abrir a maçaneta da porta de sua cabine, o que nos fez ficar muito próximos. - Vamos lá! - Eu murmurei evitando olhá-la.

- Eu não sei se devo ou não agradecer por ter me acompanhando até aqui, você aprontou uma arma para mim. - Eu respirei fundo.

- E você ia me bater com um pedaço de ferro! - Eu rebati e ela gargalhou baixo.

- Eu deveria ter ido em frente! - Ela confessou ainda rindo e eu olhei para o lado para não acabar rindo também. - Meu Deus, você não sabe rir ou o quê? - Eu voltei a olhá-la.

Ela ainda estava sorrindo largamente, eram dentes bonitos.

- Não precisa ser durão o tempo inteiro!

- Não precisa fingir que não está quebrada! - Ela deu de ombros.

- Eu sou forte. - Eu poderia negar e discutir com ela sobre isso, mas tive que concordar, ela estava mesmo sendo forte agora.

Mesmo depois de tudo que passou ainda se dispôs a sair sozinha para ir falar comigo e defender os homens inocentes que estavam sendo torturados por mim lá fora. Eu sempre soube que ela não era frágil, mas ela havia subido mais no meu conceito sobre isso.

- Sim, agora entra! - Eu olhei para a porta e depois voltei a olhá-la.

- Sim, é melhor que meu marido não o veja na minha porta, assim eu não o trarei problemas, certo? - Ela zombou.

- Blanche, estou mesmo perdendo a paciência com você! - Ela riu.

- Isso é novo, eu achei que nem tivesse! - Eu ri debochado.

- Exatamamte, imagine como eu estou agora! - Ela respirou fundo.

- Faremos um trato? - Eu neguei.

- Não farei trato algum com você! - Ela respirou fundo.

- Meu Deus do céu, Styles! - Eu a olhei surpreso por ela ter me chamado pelo meu apelido. - Será que você ainda não percebeu o quanto isso é importante para mim? Eu quem está realmente colocando a mão no fogo estando aqui falando com você enquanto minhas companheiras estão dormindo ao lado! - Ela gritou em um sussurro. - Se você disser que nunca fizemos isso mesmo que alguém tenha o visto aqui, acreditarão em você, então não venha com essa que eu o trarei problemas! - Passei a mão no meu cabelo e até o puxei um pouco para descontar a minha raiva.

- Então o que diabos você quer?! - Eu devolvi o seu sussurro gritado.

- Eu já disse, merda! - Ela devolveu no mesmo tom. - Entre com aqueles homens e tome um banho também porque você está fedendo a beça! - Eu respirei fundo antes de responder.

- Não! - Eu disse olhando em seus olhos.

- Está fazendo isso para o seu nome não ficar manchado também? - Eu franzi o cenho.

- Sobre o que...- Ela me interrompeu.

- Está querendo achar o culpado para que você não seja tachado como abusador também, não é? Não é por mim ou por outras mulheres, é por você? - Eu respirei fundo.

- Entra logo na sua maldita cabine! - Eu mandei.

- Me responda! - Eu cerrei os meus punhos. - O quê? Vai me bater também? - Eu vi quando os seus olhos brilharam por conta das lágrimas.

- Por favor, entre! - Eu pedi pela última vez.

O meu coração estava ridiculamente acelerado e apertado.

Eu não estava ligando para a merda do meu nome, quantas vezes já não ouvi histórias parecidas como a dela nessa maldita guerra!?

Para falar a verdade, nem eu sei o que está acontecendo.

Os seus olhos verdes estavam focados nos meus, mas eu não consegui me manter os encarando por muito tempo. O seu rosto parecia um maldito campo magnético que puxava o meu foco para a sua boca, então eu tive que olhá-la.

Senti o meu corpo se arrepiando outra vez, mas já estávamos dentro do navio e eu não estava sentindo frio lá. Voltei a mirar os seus olhos para falar.

- Entre, Blanche! - Sussurrei ainda bem próximo dela.

- Você me dá nojo! - Ela cuspiu as palavras na minha cara. - Todos os homens são iguais, nós nunca estaremos seguras! - Ela voltou a chorar desesperadamente.

- Blanche...- Eu tentei dizer, mas ela não deixou e finalmente entrou na cabine.

Assim que ela fechou a porta eu deixei a minha cabeça encostar no local.

Essa garota vai acabar me deixando maluco!

Blanche's POV

- Olá! - Eu disse para Lucy quando entrei na enfermaria.

- O que faz aqui? - Ela perguntou assim que me viu.

- Vim procurá-la, passei em sua cabine mas Rosalie disse que não estava. - Ela respirou fundo. - Está trabalhando o dobro para me cobrir, não é? - Olhando para os dois lados, ela segurou o meu braço de leve e me guiou para fora.

- Eu ia propor um trato. - Eu ri fraco.

- Ia mesmo? - Eu zombei. - Você não precisa fazer mais isso, eu vou voltar hoje a noite. - Ela negou.

- Você vai descansar durante o resto da semana! - Foi a minha vez de negar. - Blanche, Lady Sodè já autorizou!

- Autorizou mesmo ou vocês também mentiram para mim quanto a isso? - Ela cruzou os braços. - Está decidido, eu volto a trabalhar hoje a noite! - Ela abriu a boca para falar, mas se calou e eu não entendi o motivo.

- Não enquanto eu estiver aqui! - Eu fechei os meus olhos.

Encontrei o motivo.

- Eu não quero falar com você! - Fui bem curta e grossa, assim como ele.

- Você vai descansar durante o resto da semana, Blanche! - Ele estava com as mãos no bolso e sua roupa estava bem suja.

- Deveria tentar se lavar...- Eu murmurei.

- Obrigado pelo aviso! - Ele zombou. - Se ela aparecer por aqui me avise! - Ele falou para Lucy e eu a olhei rapidamente.

- Ela não vai, você não é nosso oficial! - Ele riu fraco.

- Você não vai trabalhar hoje, Blanche. Nem hoje, nem amanhã e nem depois de amanhã, isso vai se seguir até eu encontrar o homem culpado. - Eu respirei fundo.

- Veio deixar algum inocente desmaiado? - Eu perguntei irônica.

- Tenho mais o que fazer, passar bem! - Ele se despediu e saiu da minha visão.

- Não ligue para o que ele diz, eu venho hoje durante a noite e assumo o seu turno. - Ela respirou fundo e voltou para a enfermaria.

Eu fui em direção a minha cabine outra vez, era entediante pois não havia muita coisa para fazer lá a não ser reler os livros que eu tinha.

Quando passei pelo convés pude ver alguns homens ingleses brigando, Styles caminhou furioso até eles para os afastar.

- EU NÃO VOU FICAR AQUI PAGANDO POR ALGO QUE EU NÃO FIZ! - O homem gritou tentando se afastar de seu tenente.

- SE NÃO ABAIXAR O SEU TOM DE VOZ COMIGO VAI FICAR AINDA MAIS QUE OS OUTROS! - Styles gritou de volta e o homem pareceu ter baixado a guarda.

Alguns homens olharam para mim e Styles se virou, nossos olhares se encontraram por alguns segundos e logo fiz questão de quebrar o nosso contato visual e sair logo dali.

Eu fui para a minha cabine e me olhei no espelho.

Estava com muita saudade das crianças, porém não queria que eles me vissem assim e ficassem preocupados comigo. Bernard certamente entenderia que algo havia acontecido e Madeleine também não era mais boba, o único que eu poderia enganar era Maurice.

Tirei o lenço que estava usando desde a noite da festa, as marcas de seus dedos ainda marcavam o meu pescoço, mas estava ficando mais claro e eu estava fazendo estimulando bastante a região para que os hematomas saíssem mais rápido.

As minhas mãos ainda estavam cobertas por bandagens, eu precisei levar pontos na não direita por conta de um estilhaço de vidro maior, mas fora isso eu estava bem.

Eu queria por ir até lá e ficar com eles, talvez jogar alguns jogos de tabuleiro, mas acabei deixando essa ideia de lado.

Decidi dar uma limpada na cabine para tentar fazer com que o tempo passasse mais rápido, talvez assim eu pudesse me distrair e parar de pensar besteiras.

Harry's POV

- Vá ficar com os homens! - Eu disse assim que entrei no dormitório vazio, apenas Morrison estava lá.

- Eu não vou torturar ninguém! - Ele sequer tirou o foco do seu livro para me olhar nos olhos.

- Não foi um pedido, Morrison, é uma ordem! - Ele fechou o título que estava lendo e respirou fundo antes de olhar.

- Você está fedendo! - Eu sorri irônico

- Poderia ter ido tomar banho se você não tivesse se negado a me ajudar! - Ele riu fraco.

- Eu não vou o ajudar a ser um completo idiota! - Ele passou por mim e ainda fez questão de esbarrar no meu ombro.

- Não me ajudando é que você está sendo! - Eu disse alto. - Como eu disse antes, não foi um pedido. Vá para o convés e não deixe que eles parem os exercícios! - Ele parou onde estava e se virou para me olhar.

- Posso fazer uma pergunta? - Eu respirei fundo antes de confirmar. - Está tendo algum tipo de relação com a Laurie? - Eu franzi o cenho em confusão.

- Perdão? - Ele apenas deu de ombros.

- Vi que vocês se desentenderam nos nossos primeiros dias, mas ela o ajudou com a sua perna e você me pediu para sair da cabine e os deixar sozinhos. Mais tarde no mesmo dia ela foi o pedir ajuda para levar a sopa, meio que brigamos por causa dela e você negou que realmente era por ela, mas agora está agindo assim por conta da mesma ter sido atacada por um homem inglês! - Eu ri nasalado.

- Tudo não passou de uma coincidência! - Ele cruzou os braços.

- Styles, estamos sozinhos aqui e somos amigos! - Eu o olhei surpreso.

- Somos? - Ele respirou fundo.

- Sim, somos. Desde os malditos oito anos de idade! - Eu dei de ombros.

- Você não parece estar satisfeito com as escolhas que eu ando fazendo e eu também não concordo com suas últimas atitudes!

- E isso é uma justificava para dar fim a uma amizade de anos?! - Eu dei de ombros outra vez. - Me conte a verdade, está saindo com a garota? - Eu neguei.

- Eu já disse que não, ela vem pegando no meu pé desde o dia em que podemos nessa embarcação, não temos nada a não ser brigas inúteis! - Ele entreabriu a boca.

- E por que se dá ao trabalho de discutir com ela? Se fosse qualquer outra pessoa você já teria dado um jeito! - Eu ri.

- A garota não liga para o fato de eu ser uma autoridade, ela simplesmente não dá a mínima! - Ele ergueu as sobrancelhas.

- Isso não me convence, eu me lembro como tratou a garota loira da enfermaria apenas porque ela agiu de um jeito que não aprova, você teria a ameaçado a jogá-la no mar se ela arrumasse briga com você! - Ele rebateu. - Por que com a Laurie é diferente? - Eu suspirei.

- Eu estou cansado e ainda tenho coisas para resolver até o anoitecer, você vai me ajudar ou não?! - Eu desconversei.

Não sabia como responder a sua pergunta e não gostava disso, odiava me sentir encurralado.

- Você se lembra da Holly Grayers? - Eu juntei as sobrancelhas outra vez.

- O que tem ela? - Ele riu.

- Você lembra quando puxou o cabelo dela no intervalo uma vez? - Eu dei de ombros outra vez.

- E o que isso tem a ver com a nossa conversa? - Ele riu mais.

- Você não sabia como a chamar para confessar que gostava dela e decidiu que um puxão de cabelo era a melhor opção para fazer ela prestar atenção em você, Harry. Você não sabe como gostar de alguém! - Eu não estava entendendo nada.

- Está ficando maluco, Morrison? Do que diabos você está falando? - Ele começou a gargalhar.

- Você gosta da francesinha! - Eu revirei os olhos.

- Essa é a maior bobagem que eu já ouvi você falar, e olha que você já disse muita merda para mim! - Eu comentei.

- Agora tudo faz sentido! Como eu não havia pensado nisso antes? - Ele se sentou em uma cama e começou a rir. - Essa implicância entre vocês dois não é normal, você nunca deixaria alguém o desrespeitar! - Eu ri fraco.

- Você está ficando mesmo maluco! Da última vez que eu chequei você estava presente quando eu e ela brigamos pelo menos umas duas vezes. - Ele se levantou.

- Mas e naquele dia que eu levei o tiro e você a chamou dizendo que ela o devia um favor? - E eu estava encurralado outra vez. - Que tipo de favor, Styles? - Ele perguntou com um sorriso sugestivo nos lábios.

- Quer saber? Pense o que quiser e sobre quem você quiser, eu tenho mais coisas a fazer! - Passei por ele e apenas pude ouvir a sua risada.

- Tudo bem, eu vou ajudar! - Eu parei onde estava. - Vamos. - Ele passou por mim e eu respirei fundo.

Nós saímos do dormitório e caminhamos em direção ao convés, os homens estavam deitados no chão complemente exaustos.

Eu não poderia negar que também estava cansado, eu não dormia desde de domingo e hoje já era segunda-feira a tarde.

- Eu preciso falar com alguém, acorde eles e os mande fazer algo! - Dei a ordem e ele concordou. - Quando eu voltar olharemos os feridos.

Fui até a enfermaria procurar pelo tal Cedric, eu não queria ter que falar com ele, mas conhecia o mínimo de Blanche para saber que ela não estava blefando sobre quebrar as regras e voltar mais cedo para o trabalho.

- Com licença! - Eu disse ao me aproximar de uma garota. - Onde posso encontrar Alex Cedric? - Ela sorriu.

- Ele está trabalhando no setor onde houve a explosão, o senhor pode passar por ser oficial. - Ela explicou sorrindo e eu não entendi o motivo. - O senhor precisa de ajuda para encontrar o lugar? - Eu neguei rapidamente.

- Estou certo que o encontrarei sozinho, obrigado. - Deixei a garota e me encaminhei para a parte da popa do navio.

Uma bomba pequena havia caído ali no último bombardeio e perdemos quatro homens, um deles era inglês.

Eu não havia entendido nada sobre o último ataque que sofremos, ficamos cerca de cinco horas interceptados em uma conexão inimiga e podia jurar que um exército inteiro estava vindo até nós, mas apenas tivemos duas aeronaves e conseguimos abater uma.

- Capitão! - Eu prestei continência quando o vi.

- Tenente! - Ele retribuiu o gesto. - Alguma informação nova sobre o culpado? - Eu respirei fundo.

- Eu gostaria de dizer que sim, mas infelizmente ainda não consegui nada. - Ele estalou a língua nos dentes.

- É uma pena, o bom é que os dias estão passando e logo essa história será esquecida. - Eu juntei as sobrancelhas.

- Perdão?

- Bom, você sabe! - Ele voltou a focar nos homens trabalhando em sua frente. - Esse tipo de coisa é horrível, mas essas homens são lutadores, não podemos nos livrar deles por qualquer erro que seja, é um conselho que eu o dou! - Ele deu um tapinha nas minhas costas e eu ri nasalado.

- Eu não quero um abusador no meio dos meus homens. - Ele me olhou.

- Você sabe que esse tipo de coisa acontece durante a guerra, é horrível, mas necessário para eles. - Eu entreabri a minha boca.

- Não é necessário, é doentio! - Ele riu.

- Você ainda é muito jovem, filho! - Eu o olhei surpreso. - Certamente deve ser o seu primeiro caso como esse, eu não o culpo por estar bravo, tenho duas filhas e uma esposa linda, já tive várias oportunidades e não fiz por elas. - Eu engoli a seco.

O filho da puta estava mesmo me confessando que teve a oportunidade de estuprar mulheres e não o fez porque era casado e tinha filhos?

- Eu não tenho filhos e tampouco sou casado e nunca na minha vida sequer pensei em tocar alguma mulher dessa maneira. - Respondi seco.

Eu não vejo a hora de me livrar desse doente.

- Mas garanto que tenha uma mãe ou irmãs! - Eu respirei fundo.

- E por apenas isso eu deveria ter empatia? Olhe capitão, eu serei bem sincero. - Eu molhei os lábios antes de falar. - Se todos os homens tivessem esse tipo de pensamento empático antes de abusar uma mulher, não existiriam estupradores no mundo, pois todos nascemos de uma mulher. Não estuprar não tem nada a ver com pensar em esposas, filhas, mães ou irmãs, é só uma coisa errada doentia que não deve ser feita por ninguém e em nenhuma hipótese, nem na guerra, nem na rua ou em qualquer cubículo que seja, ponto final. - Ele ficou me encarando.

Vi quando o tal Cedric parou de martelar um pedaço de ferro e se levantou, essa era a minha chance.

- Eu tenho que ir, até mais! - Sequer olhei na cara dele e também não prestei continência, ele que se dane.

Caminhei até o francês e vi quando ele jogou um martelo no chão.

- Hey, Cedric não é? - Eu o chamei.

- Tenente Styles! - Ele saudou limpando as mãos nas roupas e prestou continência. - Como posso ajudá-lo?

- Eu preciso conversar com você. - Apontei com a cabeça para o outro lado do barco que estava mais vazio.

Ele concordou e nós caminhamos em silêncio até lá.

Eu respirei fundo olhando para os lados para ter certeza que estávamos mesmo sozinhos antes de começar a falar.

- É tão importante assim ou Deus também pode ouvir? - Ele zombou.

Que ele não seja uma Blanche versão masculina!

- Eu não quero me meter no seu relacionamento, mas preciso pedir para que mantenha um olho na Blan...- Eu me corrigi. - Na senhorita Delvaux. - Ele franziu o cenho.

- Está falando da Laurie? - Eu confirmei.

- Sim, eu ouvi ela falando para a amiga que voltaria para o trabalho hoje. - Ele respirou fundo. - Eu ainda não estou nem perto de achar o culpado e também não acho que seja certo ela voltar por agora, está muito recente. - Ele concordou.

- Eu falarei com ela assim que sair daqui, ela é bem teimosa, certamente faria isso escondido! - Eu tive que concordar.

- Foi o que eu imaginei. - Eu ia dizer que já conhecia o seu lado teimoso, mas não queria causar problemas, então apenas fiquei quieto. - Certo, então obrigado. - Eu fiz menção de sair quando ele me parou.

- Você...- Ele se corrigiu. - O senhor me disse que não queria se meter no meu relacionamento? - Ele perguntou segurando o riso.

- Sim, eu já sei de tudo, mas não falarei para ninguém sobre vocês dois. - Ele riu um pouco, mas voltou a se recompor.

- Eu suponho que esteja falando sobre Laurie e eu, estou certo? - Eu respirei fundo.

- Sim, sobre vocês. - Ele riu.

- Acha que eu e Laurie temos um relacionamento? - Eu revirei os olhos.

- Eu já sei sobre vocês há algum tempo e não falei nada para ninguém, não tenho porque ficar fazendo fofocas sobre...- Ele me interrompeu.

- Eu sou gay. - Eu me calei.

- Perdão? - Ele riu.

- Sim, e mesmo se eu não fosse, um relacionamento entre nós estaria completamente fora de cogitação. Somos mesmo muito próximos, mas porque fomos criados praticamente como irmãos. - Ele explicou.

A minha boca ainda estava aberta devido a surpresa, eu estava certo que eles estavam juntos e dificilmente eu errava sobre algo.

Essa sensação é no mínimo um pouco estranha, mas eu não estava bravo por estar errado, pelo menos não dessa vez.

Estava aliviado.

- Ah...- Eu estava sem palavras. - Que bom! - Ele sorriu.

- Que sou gay? - Ele perguntou me mostrando um sorriso sugestivo.

- Que são próximos. - O seu sorriso morreu.

- Ah, claro! - Ele deu de ombros e riu fraco.

- Eu vou indo, tente ficar de olho nela! - Ele concordou.

- Eu vou, obrigado por me avisar! - Ele prestou continência e eu me virei rapidamente para sair daquele lugar.

Será que Blanche estava mesmo falando a verdade ou essa era apenas uma desculpa esfarrapada para mascarar o relacionamento deles?

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Oi gente, tudo bem?

O que acharam da conversa desses dois? Eu confesso que me diverti escrevendo. Esperam que tenham gostado!

Ah, o que acharam da capa nova? Eu mesma que fiz, até que não ficou tão ruim, né?

Não esqueçam de votar e comentar, ok? Até o próximo!

B.

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