𝐆𝐫𝐞𝐰𝐧𝐝𝐚𝐥𝐞
𝙽𝚘𝚛𝚝𝚑 𝚂𝚒𝚍𝚎
𝑳𝒂𝒍𝒊𝒔𝒂 𝑴𝒂𝒏𝒐𝒃𝒂𝒏 ✦
— Não realize movimentos bruscos, ou esse alfinete vai penetrar na sua pele ! — Rose disse me movendo em seus braços.
— Calma, eu estou tentando respirar. — Murmurei me desiquilibrando para os lados, eu já estava ficando sem ar.
Não estamos fazendo nada de errado, apenas ajustando as medidas do meu vestido, finalmente chegou a aguardada ou nem tanto sexta-feira, a noite do baile de máscaras, eu estava entusiasmada e ao mesmo tempo preocupada, eu nunca estive num baile antes.
Um baile no colegial pode ser marcado num evento no qual você pode dançar, ser coroada, arranjar um par e se divertir, eu sabia de acordo com os filmes que assistia na Tv, eu sempre quis estar em um mas nunca tive a oportunidade, tudo por conta dos meus pais que não me proporcionaram essa experiência.
Mas o problema é que eu odeio lugares cheios, não sei me socializar e muito menos dançar em casal, as vezes eu gosto de me isolar um pouco do mundo, mas essa não parece ser uma boa opção quando se é jovem.
— Porque faltou no colégio ontem ? — Indaguei sendo manipulada feito uma marionete por Rose, ela ajustava o tecido em meu quadril.
— Ontem eu fui levar meu cachorro para passear e acabei esquecendo a hora. — Rose murmurou com alfinetes na boca que mal deu para entender o que ela havia respondido.
— Você não me contou que tinha um cachorro. — Respondi franzindo o cenho após ela me alfinetar na pele.
— Eu estava andando na rua, achei e levei para casa. — Ela respondeu tirando o alfiente da boca.
Eu sabia que aquilo de fato não havia acontecido, Rose e alérgica a cachorros e gatos, ela estava escondendo algo mais profundo por trás, e não queria me contar.
— Você é alérgica. — Murmurei. — Rose, o que você está escondendo ? — Indaguei olhando de soslaio.
— Eu queria muito poder te contar, mas eu não posso. — Ela replicou.
— Melhores amigos não escondem segredos um dos outros, se você realmente fosse minha amiga você entenderia. — Disse cabisbaixa e ela logo parou o que execultava é passou a me olhar boquiaberta.
— Eu sou sua amiga, Lisa. — Retrucou. — Mas as vezes não podemos contar tudo por questão de privacidade, isso pode colocar em risco a vida de muitas pessoas, além da minha ! — Ela disse num tom alto deixando o clima tenso.
Rose voltou a personalizar o meu vestido e ambas ficamos em silêncio, até alguém bater na porta que já estava aberta, e logo nos viramos, era Tia Hyuna, ela havia percebido a discussão e nos interrompeu.
— Como estão indo as preparações para o baile ? — Ela indagou encostada a porta de braços cruzados.
— Estamos quase lá. — Rose respondeu ajustando a parte da cintura me fazendo tombar para frente.
Eu arregalei os olhos e fiz uma expressão como se estivesse pedindo socorro a Hyuna, a garota já havia me alfinetado umas cinco vezes, isso só na parte dos braços.
— Finalizado com sucesso. — Rose parou e me levou em frente ao enorme espelho na parede.
— Finalmente. — Respondi baixo e respirei aliviada.
— O que achou ? — Indagou a garota com a cabeça por trás do meu ombro.
Eu mal me reconheci naquele vestido, ele era preto e continha alguns detalhes de cristais nos braços, como se ouvesse saído das mãos de um estilista profissional.
— Que vestido deslumbrante, deve ter custado uma fortuna. — Hyuna disse boquiaberta.
— Não, fui eu mesma que personalizei. — Rose respondeu.
Estava perfeitamente incrível, parecia ter custado uma fortuna, mas apenas compramos um vestido simples e Rose o transformou com suas mãos de fada.
— Desde quando aprendeu a criar roupas tão bem-proporcionadas assim ? — Indaguei olhando meu reflexo no espelho boquiaberta.
— Eu ando praticando, acho que é a minha vocação. — Ela respondeu.
— Você leva jeito mesmo. — Hyuna assentiu com a cabeça. — Enfim, eu vim avisar que terei de voltar para meu apartamento, tenho serviço no café amanhã cedo, como você vai ficar Lisa ? — Ela colocou a mão na testa e respirou aplastada.
Apesar de ter que ficar comigo ela também tinha emprego num café da cidade e teria que me deixar durante o dia, mas sempre voltava a tarde.
— Você pode ficar lá em casa depois. — Rose disse colocando o queixo em meu ombro.
— Tudo bem, eu ficarei na Rose está noite. — Respondi.
— Eu vou esperar vocês duas lá embaixo não demorem. — Hyuna disse colocando a bolsa no ombro.
— Pode deixar. — Rose respondeu fingindo dar atenção.
Após ela passar, eu tranquei a porta e respirei fundo, depois olhei Rose com a cabeça encostada sobre na madeira branca e ela arregalou os olhos.
[ ••• ]
Horas se passaram e Rose e eu fingiamos ser super estrelas do pop, faziamos a escova de cabelo de microfone e dançavamos a música pretty savage de um girlgroup desconhecido, mas era a nossa música favorita. Caímos sobre a cama vestidas em várias peças que não correspiam a ocasião, parecia que haviamos saido do um brechó e comprado tudo que haviamos visto pela frente.
Quando percebermos que faltava apenas uma hora, nos desesperados e começamos a procurar as roupas adequadas em em meio aquela baderna em que meu quarto havia se transformado, não foi uma tarefa fácil, mas foi tempo suficiente para que pudessemos fazer uma maquiagem básica.
— Acha que eu estou bonita o suficiente para arranjar um par encima da hora ? — Disse passando um batom vermelho nos lábios em frente ao espelho e encarei Rose com um olhar sedutor.
— Se eu não fosse hetéro te beijaria agora mesmo. — Rose respondeu mordendo os lábios.
— Eu achei essa idéia mirabolante. — Respondi piscando um olho, estavamos apenas brincando para passar o tempo.
— Você é hilária ! — Rose empurrou meu ombro.
Logo após finalizar, nos duas nos olhamos em frente ao espelho e colocamos nossas máscaras. O local do baile é no ginásio do colégio, já eram nove da noite.
Um carro buzinou ao lado de fora chamando nossa atenção, eu olhei através da varanda e percebir Hyuna ascenando pela janela de vidro, logo nos descemos as escadas correndo e fomos até ela.
— Quem atrasa duas horas após o prazo do evento ? — Hyuna disse indignada.
— Me desculpe, estavamos dançando e perdemos a noção do tempo. — Rose respondeu.
— Tudo bem cinderelas, vamos entrar ou a carruagem irá se transformar em abóbora. — Hyuna disse abrindo a porta traseira do carro.
[ ••• ]
Não demorou muito até Hyuna estacionar em frente ao ginásio ocupando a última vaga do estacionamento, estava lotado, entao ambas descemos com precipitação, já estávamos mais que atrasadas.
— Se cuidem amores, não voltem muito tarde, não aceitem drogas, não façam amor sem se prevenir. — Tia Hyuna continuou citando tudo e fez meu rosto corar.
— Tia, eu sei me cuidar. — Interrompi vedando a porta do carro.
— E o mais importante, divirtam-se ! — Hyuna completou.
Nos assentimos com a cabeça ainda constrangidas e observamos o carro sair enquanfo ascenavamos com um sorriso forçado até ela ir embora.
— Acho que agora entendi o porque você odeia sua família. — Rose ergueu as sobrancelhas.
Ela percebeu o tanto que minha família e reservada em relação a mim, eles me tratavam como uma criança de dez anos, e eu estava me sentindo contrangida por aquilo.
— Eles são muito é inconvenientes. — Disse revirando os olhos.
Eu e Rose fomos em direção ao tapete vermelho na entrada, era uma enorme passarela decorada por balões brancos e luzes douradas, aquela era a minha primeira experiência, e eu fiquei com um leve calafrio no estômago.
Após entrarmos nos deparamos a pista de dança com uma bola de discoteca pendente no teto, as luzes refletia no chão da pista de dança que estava sendo ocupada por várias pessoas, e o DJ estava soltando o som fazendo todo mundo sacudir o esqueleto.
Rose se adentrou a multidão e puxou meus braços, nos ficamos ali se remexendo enquanto curtiamos o som, era uma música agitada no fundo, "Lovesick Girls", estavamos dançando livremente sem se importar com quem nos observava.
— Estou exausta, vamos tomar algo ? — Indagou Rose.
— Com certeza. — Respondi, e ela me puxou até o balcão de bebidas.
Ao pararmos de correr naqueles saltos desconfortáveis, encontramos com dois garotos sentados, eles tomavam bebidas alcoólicas numa taça. Nos sentamos ao lado deles e nos servimos transferindo ponche para o copo com o auxílio de uma concha e brindamos.
— Eu acho que vir sem garotos foi uma má idéia. — Rose disse olhando os casais na pista de dança.
Rose olhou para o lado e os garotos nos observaram com um sorriso de lado, ambos estavam usando terno preto e máscaras peculiares, uma de raposa e a outra de palhaço ? Devem ter errado no tema e pensaram em fantasia, eles pareciam conversar algo enquanto tentavam disfarçar suas atrações.
Mas logo eles se despediram e o loiro veio até nois e tirou sua máscara. — Vo-você esta tão bonita hoje, aposto que deve estar acompanhada. — Ele pegou a mão de Rose e selou deixando a garota corada.
— Obrigado, eu estou sozinha. — Rose respondeu com as bochechas vermelhas.
— Gostaria de ser meu par nesta dança ? — Indagou o garoto a Rose.
— Sim, porque não? — Ela não perdeu a oportunidade e puxou o garoto para a pista de dança, Rose parecia confiante.
Eu fiquei largada no balcão feito uma aberração, aquele ponto eu estava se sentindo desconfortável, então resolvir sair de lá em direção a arquibancada, eu sentei junto as outras pessoas nem um pouco contentes.
— Que noite mais sensacional... — Disse cabisbaixa e respirei aplastada.
— Nem me fale. — Uma voz rouca respondeu ao meu lado.
Eu olhei para o lado e vir um garoto observando as pessoas dançarem sem nenhum entusiasmo, eu reconheci sua voz, era Kim Taehyung, ele estava lindo naquele terno cinza, sua máscara preta era visivel em meio aqueles cabelos castanhos cacaheados e seu perfume era forte.
— Você fica tão adulto nesse tipo de roupa que eu mal pude reconhecê-lo. — Eu disse admirando o garoto.
Ele apenas sorriu fraco mas logo seu sorriso foi desvanecendo até sumir deixando sua face sem cor, ele estava me ignorando pelo fato de eu não ter aceitado seu convite.
— Cadê o Jungkook ? — Taehyung me questionou ainda com o olhar sobre a pista de dança.
— E porque eu saberia ? — Indaguei.
— Porque ele é seu par. — O garoto respondeu. — Você me disse que viria com ele, você mentiu para não vir comigo ?
— Eu nem iria vir mas Rose insistiu. — Repliquei ainda cabisbaixa. — Me desculpe não ter aceitado, é que...eu não estava nos meus melhores dias.
Taehyung ficou em silêncio, e engoliu a seco, eu olhei a decoração do meu vestido para distrair, eu não queria que ele ficasse triste por eu ter mentido, e também não queria ficar parada sem aproveitar a festa.
Ao fundo estava tocando a música Sweet Night, todos estavam dançando em casal com seus pares, e nós apenas os observamos em silêncio, presos aquela droga de arquibancada.
Eu segurava o tecido do vestido inquieta, o meu coração parecia pulsar mais forte a cada batida, tudo porque Taehyung estava com o seu olhar fixo sobre mim, eu não sabia se ele iria me chamar pra dançar ou estava flertando comigo, eu nunca dancei com um garoto antes.
— Você está irradiante esta noite, senhorita Lalisa. — O garoto disse mantendo o contato visual.
Eu o olhei nervosa e sorrir com as bochechas rosadas.
— Você também está perfeifo, quer dizer...você é perfeito, espera...não era isso que eu iria dizer ! — Eu me perdi em meio as palavras deixando o clima estranho. — Muito obrigado.
— Quer ser meu par nesta dança ? — Ele indagou estendendo sua enorme mão em minha frente.
Eu olhei para cima e ele estava com um sorriso fechado marcando os traços envolta de suas bochechas, eu fiquei em transe até ele questionar novamente, e eu voltar a realidade.
— Lisa ? — Indagou o garoto passando a mão em frente ao meu rosto.
— Si-sim, eu adoraria — Respondi segurando sua mão desproporcional e me ergui ajeitando o vestido amassado.
[ ••• ]
𝑱𝒆𝒐𝒏 𝑱𝒖𝒏𝒈𝒌𝒐𝒐𝒌 ✦
Enquanto eu caminhava sozinho pelas ruas escuras e frias, eu sentia a aflição de estar totalmente sozinho, meus amigos já haviam saido por conta da minha demora para me arrumar, eu estava usando um terno vinho e minha máscara de coelho, achei que fosse uma boa oportunidade, eu dei as caras na rua sem medo do perigo, até porque ninguém iria saber quem estava por trás da máscara.
Eu me adentrei num beco para um atalho, o silêncio predominava na região, era apenas ouvido o som dos meus sapatos sociais preto no concreto, eu estava parecendo um homem de negócios, não sei se era uma boa idéia andar assim por aqui, até porque todos eles não são bem vindos nesse lado da cidade.
— Não precisa de máscara para se esconder, eu sei que é você Jeon. — Ouço uma voz familiar em minha costas.
Quando virei haviam quatro homens encostados à parede de tijolos, era J-hope, Kai, Suho e Jackson, os gangsters do lado Sul, eram especificamente um grupo de marginais desoculpados.
— O que você quer agora ? — Indaguei em frente a eles.
— Queremos sua cabeça. — Ele adiantou o assunto me cercando com os quatro homens.
— A minha cabeça ? — Sorrir fraco. — Foi porque eu destruir a sua ? — Indaguei com chacota.
— Não idiota, isso fará seus amiguinhos compreenderem que nunca se deve mexer com a minha gangue. — J-hope replicou se aproximando com os punhos fechados e retirou minha máscara.
Ele me empurrou a parede, e com isso segurou a gola do meu terno, no momento que ele depositou um soco sobre minha boca, eu fiquei cabisbaixo observando o sangue escorrer, mas depois ergui a cabeça o medindo com o olhar.
— É o seu melhor ? — Eu sorrir com os lábios ensanguentados.
— Podemos te mostrar muito mais de onde isso veio. — Suho respondeu vindo até mim.
Suho me arremessou ao chão e com um soco ingles na mão, ele começou a desferir seus punhos em minha face, mas por precaução eu peguei meu canivete do bolso e adentrei em sua barriga, assim que ele caiu, eu me ergui, em mim havia um lado psicopata, o qual eu não controlava, e não via problema algum em causar danos corporais em alguém, eles mereciam.
Eu fiquei observando Suho sangrar ao chão em silêncio, mas logo alguém atingiu minha cabeça com um taco de beisebol pelas costas, minhas pernas fraquejaram e eu cair ali mesmo, com a visão desfocada eu percebi o rosto de Jackson encima de mim, eu ainda ouvia eles rosnarem de ódio enquanto me espancavam, mas não sentia absolutamente nada por conta da minha condição psicológica.
A cada minuto que passava eu era acertado mais uma vez, meu corpo inteiro estava em condições cada vez piores por conta dos machucados que se formavam, eles continuaram cada vez mais forte e eu já não tinha forças para me levantar.
Eu nunca acreditei na sorte até aquele dia, como sempre na escuridão há uma luz ao fim do túnel, eu tentei enxergar sobre o reflexo que iluminava meu rosto de onde vinha um som de motor, era um carro que estava entrando em alta velocidade no estreito beco, fazendo assim os homens se jogarem para ambos os lados sobre as lixeiras.
O carro foi parando a velocidade até estacionar quase rente a parede, diante disso uma garota saiu do veículo roubando olhares cativados com sua beleza, ela usava um vestido vermelho na altura dos joelhos e uma máscara enfeitada por glitter, tudo combinando com a cor em seus lábios carnudos, era visível em suas mãos uma balestra MK-50A2, ela era deslumbrante, eu deveria estar com esperança ou assustado ? Eu não sabia quem era, nem o que queria.
— Está divertido aí ? — Ela clamou desfilando com seus saltos alto em passos vagarosos até nós.
Os homens permaneceram na mesma posição, apesar de mistériosa, eles não estavam intimidados o suficiente com a figura em sua frente, acharam que era apenas uma garota inofensiva.
— E porque não estaría ? — Clamou Kai olhando para trás com malícia.
— Eu não sei, mas chegou a minha vez de se divertir. — A garota sorriu de canto e mirou o objeto sobre nós.
Um único impulso fez a arma disparar uma flecha no ombro de Kai, aquilo foi o suficiente para eles se afastarem com acovardamento, sendo assim eles me jogaram ao chão e correram levando seu parceiro pelos ombros.
— Dêem o fora antes que eu queira mais diversão. — Ela clamou ainda mirando a balestra na direção de suas cabeças.
Ainda sobre o chão eu me debatia de condolência, a minha perna estava perfurada e sangrando, eles haviam me perfurado com meu próprio canivete – que foi arrancado de mim antes mesmo que eu pudesse me defender – .
Eu olhei para a garota e quanto mais ela se aproximava, eu me rastejava para trás com aflição, não sabia se ela realmente queria o meu bem, ou arrematar o serviço dos meninos por conta própria.
— Está com medo ? Pobre coelhinho ! — Ela fez uma voz manhosa e sorriu com sacarsmo.
— Quem é você ? — Indaguei com receio me afastando.
— Me chame de Kim Jennie. — Replicou a garota com as mãos sobre a cintura. — Não precisa dessa aflição toda, eu não sou tão assustadora assim, sou ? — Ela indagou me estendendo a mão coberta por uma luva de renda preta.
Eu a olhei ainda desconfiado, mas aquela garota parecia inofensiva, ela tinha cabelos castanhos escuros e seus olhos eram redondos assim como suas bochechas que davam o ar de inocência em sua face.
— Nenhum pouco. — Repliquei. — Eu sou Jeon Jungkook, é uma honra conhecê-la.
— Você também está indo ao baile, ou só usa essa máscara de coelho para amendontrar pessoas nas horas vagas ? — Retrucou a garota.
Eu logo arregalei os olhos com suas palavras e mantive o foco. — Não, eu só estava indo para o baile de máscaras mesmo. — Retruquei forçando um sorriso em meus lábios.
Jennie deu a costas e jogou a balestra no porta malas do carro, depois fechou e me observou encostada ao veículo.
— Não somos tão diferentes nesse quesito, você pode vir comigo, se quiser. — Jennie disse abrindo uma porta da frente de seu carro preto.
— Eu ficaria penhorado de acompanha-la, afinal você salvou minha vida. — Respondi já entrando.
— Ótimo. — Jennie disse fechando a porta e deu a volta pela frente de seu veículo. — Coloca o cinto de segurança. — Ele disse após se sentar no banco ao meu lado, o mesmo do volante.
— Quem precisa de cinto ? — Indaguei franzindo o cenho.
Jennie deu de ré em alta velocidade até sair do beco e realizou um drifit na esquina, logo eu percebir que ela não estava brincando em garantir minha segurança, diante daquela situação, desesperado eu coloquei o cinto.
Ao se posicionar diante do volante, Jennie colocou um pé na embreagem e outro no freio, com a marcha ajustada ela deu a partida pisando fundo, e minhas costas colidiram a poltrona com a adrenalina inesperada.