Tempos obscuros, amores relevantes...
POV Lauren:
- Você tem uma filha!? - Perguntamos em uníssono e ele assentiu envergonhado.
- Caramba... - Disse Normani, ficando totalmente sem palavras, assim como todas nós.
- Eu sou divorciado e fico com minha filha nos finais de semana, esse foi o motivo de eu ter ido embora cedo.
- Ally, querida, venha aqui um minutinho. - Chamou Dinah, soltando uma risada forçada em direção ao jovem.
- O que foi? - Perguntou Ally, se levantando e indo até a loira.
- Você tá maluca?? - Perguntou ela em um sussurro desesperado, fazendo com que eu e Camila rissemos enquanto Normani conversava com Ian.
- Ele tem uma filha, o que que tem? - A baixinha deu de ombros e Dinah estava se segurando para não matá-la naquele momento.
- Como assim "o que que tem?" Você quer ser madrasta com essa idade sua louca? - Perguntou ela incrédula.
- Dinah, deixe ela em paz. - Disse Camila, tentando dar um fim naquilo.
- Melhor você escutar a Mila. - Disse a menor, já voltando para o seu lugar ao lado de Ian.
Dinah levantou e puxou ela para um canto mais silencioso.
POV Dinah:
- Hey, me solte! - Tentou se soltar de minhas mãos.
- Não. Agora você vai ouvir. - Falei, soltando ela. - Você tem 17 anos. DEZESSETE ANOS, você quer ser mãe nessa idade?! Não estou dizendo que ser mãe ou madrasta é ruim, pelo contrário. Mas você tem a opção de escolha de não se envolver com isso, e você vai?! - Digo, andando de um lado para o outro. Passo a mão no cabelo e continuo. - Você tem noção, Allysson, de quantas mulheres por ai queriam ter tido essa sorte sua de poder escolher? Pois é! - Apontei o dedo em seu rosto e terminei. - Isso está nas suas mãos! Mas depois não venha na gente pedir ajuda, eu vou dizer que avisei.
E voltei para onde eles estavam.
POV Lauren:
- Tive uma conversa com a Allysson. - Dinah falou se sentando.
- Vixi! Chamou de Allysson, a coisa tá feia. - Camila falou.
Ian se levantou e foi até ela, provavelmente conversar.
- O que você falou com ela? - Perguntei para Dinah.
- Apenas dei alguns aviso pra ela. - Falou e deu de ombros.
- Tipo? - Peguntou Normani.
- Pra ela não engravidar nem nada.
"Engravidar?" Camila, Normani e eu perguntamos ao mesmo tempo.
- Sim. - Disse Dinah.
Ian veio em nossa direção com Ally e ambos se sentaram na mesa.
- Bom. - Começou ele. - Eu imagino que vocês talvez achem estranho eu estar namorando com a Ally. - Fez uma breve pausa e continuou. - Mas eu gostaria de deixar claro que eu jamais irei fazer algo com ela que ela não queira.
Dinah ia abrir a boca pra falar algo mas Ian a impediu.
- Com licença, Dinah, mas eu estou falando. - Falou num tom sério. Dinah quase o fuzilou com os olhos, mas disse para ele prosseguir. - Eu e e minha ex esposa só fomos pais porque havíamos planejado, e não por falta de cuidado!
Todas nós estávamos caladas e atentas ao que o professor dizia.
- Mas infelizmente nosso relacionamento não deu certo... - Soltou um suspiro e Ally segurou em sua mão. - Eu poderia ser um pai irresponsável e ter ficado na sua casa bebendo até virar as pernas. Mas eu amo muito minha filha! - Falou e deu um sorriso.
- Você ama mesmo a baixinha? - Camila perguntou.
- Amo! - Respondeu ele, e deu um abraço de lado nela.
- Você sabe que eu sou alta né? - Peguntou Dinah.
Ele assentiu com a cabeça.
- E sabe que minha mão é grande né?
"Uhum" respondeu ele.
- Se machucar os sentimentos dela já sabe. - Disse ela, num tom de ameaça
- Eu nunca magoaria a Ally. - Disse Ian e Dinah assentiu, mesmo ainda desconfiada.
- É o que eu espero. - Disse a loira todos logo começaram a conversar sobre outra coisa. Vi Alexa passar pela nossa mesa e acenar para mim como se nada tivesse acontecido.
- Aquela não é a garota que colocou bebida no seu copo ontem? - Perguntou Ian para Camila, que arregalou os olhos em sua direção.
- Bebida no meu copo? - Perguntou ela assustada e ele assentiu. - Mas eu não bebo. - Disse confusa.
- Eu vou matar aquela vadia. - Fale raivosa e fiz mansão de me levantar, mas Normani segurou meu braço.
- Chega de confusão por hoje. - Disse ela seriamente.
- Lauren, aconteceu alguma coisa que eu não estou sabendo? - Perguntou Camila, ela realmente não se lembrava.
- Nós podemos conversar depois? - Perguntei nervosa e ela assentiu.
- Tudo bem. - Foi tudo o que disse.
Voltamos para a sala assim que o sinal bateu, teríamos aula de artes, estávamos planejando fazer uma peça de teatro, a nova professora era muito criativa com os trabalhos.
Camila não parou de falar um minuto, ela estava realmente muito animada. E eu ainda estava nervosa por ter que contar a ela o que aconteceu na noite anterior.
A aula terminou sem muitas coisas "emocionantes". A professora deu a ideia de fazer uma peça, mas ainda estava em votação.
Fomos para casa, mas tinha ficado um clima estranho entre a gente. Foi bem estranho ir para casa sem falar com ela direito.
Quando chegamos em casa, Camila não deixou eu respirar direito. Simplesmente me puxou escada acima, para o nosso quarto.
Sim! Nosso, pois ela dorme comigo.
Quando chegamos no quarto, ela trancou a porta.
- Cami- - Tentei falar, mas fui cortada por ela.
- Camila nada! Fala pra mim AGORA o que você tem pra falar. - Disse emburrada.
Engoli a seco e me sentei na cama.
- Então... - Falei e comecei a coçar minha cabeça. Eu não sabia como dizer aquilo pra Camila.
- Fala! - Camila disse num tom autoritário.
- Se você ficar me apresando eu não vou conseguir fala. - Eu disse.
Camila estava com os braços cruzados e batendo seu pé direito no chão com bastante força.
- Lauren Jauregui, eu já estou ficando sem paciência! - gritou ela.
- V-você sabe que eu não funciono sobre pressão. - Falei em uma tentativa falha de me defender.
Camila fechou os olhos e respirou fundo três vezes. Ela me lançou um olhar mortal e levantei minhas mãos em rendição.
- Eu vou contar até três. - Disse ela.
- Mas...
- 1.
- Cam...
- 2.
- Você queria transar comigo. - Falei um pouco mais alto do que deveria e abaixei minha cabeça.
Camila estava parada com um olhar de quem não acreditara no que eu havia acabado de falar.
- Eu... oh meu Deus. - Sussurrou ela, sem saber exatamente o que dizer e se sentou ao meu lado na cama.
- Você estava estanha, não falava coisa com coisa e Dinah pediu para que fossemos pegar um dinheiro no quarto dela, então você começou a tirar sua roupa e queria transar comigo, mas eu não iria fazer isso sabendo que você estava bêbada. - Expliquei mais calma.
- Desculpa. - Disse Camila baixinho e eu neguei com a cabeça rapidamente.
- A culpa não foi sua, você nem ficou bêbada de propósito, a Alexa é a única culpada disso. - Camila parecia muito irritada ao escutar o nome de Alexa.
- Eu não acredito que fiz isso, meu Deus. - Suas bochechas estavam coradas, ela parecia finalmente perceber o que tinha acontecido.
- Está tudo bem, pelo menos não aconteceu nada de grave. - Eu dei de ombros despreocupada. - E Alexa entrou no quarto quando tudo estava acontecendo e pensou que estávamos transando. - Camila soltou uma gargalhada gostosa com aquela notícia.
- Bem feito, ela deve ter ficado muito brava. - Disse ela ainda rindo e eu concordei.
- Agora vamos comer algo, estou morrendo de fome. - Falei quase em súplica e Camila concordou. Eu me levantei, mas no mesmo momento senti uma dor muito forte e me sentei de novo.
- Lo, tudo bem? - Perguntou a latina preocupada e eu assenti.
- Estou bem, foi só uma dor estranha de repente. - Respondi calma.
POV Camila:
Eu estava preocupada com Lauren. Ela estava sentindo essas dores desde o dia da festa.
Levantei da cama e beijei a Lauren.
Passamos um tempo nos beijando, mas levantamos para ir comer.
Chegamos na cozinha e eu obriguei Lauren a fazer meu lanche. Ela faz os melhores mistos quentes que eu já vi.
Ela fez, então nos sentamos e conversamos sobre algumas coisas.
- Camila, lembrei de uma fic. Muito boa, você tem que ler. - Ela disse animada e dando uma mordida em seu misto.
- Hm! Sério? Me fala qual é, amo essas fics que você lê. - Respondi animada, quase terminando meu misto.
- É Sunrise. - Falou, bem feliz e com os olhos brilhando. - É muito boa! Mas as autoras demoram muito pra atualizar ela. - Disse tristemente.
- São três autoras. A Ana Júlia, Aline e Mayra. - Continuou. - A fic é meio que um mistério ainda, mas eu recomendo demais! - Terminou, dando uma mordida enorme em seu misto.
- Hmmm. - Fiz uma cara pensativa. - Meio misteriosa? - Perguntei e Lauren assentiu.
Outra coisa que Lauren e eu temos em comum é o amor pelo mistério.
Desde que éramos pequenas Lauren e eu amávamos brincar de detetives. Ela se chamava "Lauren Holmes" e eu me chamava "Sherlock Camila"
- Ok. Eu irei adicionar na minha biblioteca e mais tarde irei ler. - Falei e dei uma mordida no meu sanduíche.
- Prometo que cê vai gostar. - Disse Lauren.
- Isso não é de uma música? - Perguntei estranhando a palavra.
- Sim. - Lauren respondeu. - É daquele cantor brasileiro, o Gustavo Mioto. - Disse ela, e mordeu seu sanduíche.
(N/a: meu amorzinho 💗)
- Ahhhh, sei quem é. - Falei. - Eu gosto das músicas dele.
- Eu também. - Ela disse.
Outra coisa que tínhamos em comum eram os gostos músicas. Lauren e eu gostamos de vários estilos músicas, como: Sertanejo, POP, eletrônica, rap, lenta, rock, e entre tantas e outras músicas.
- Está preparada pra peça? - Lauren perguntou, enquanto tomava seu suco.
- Admito que estou um pouco nervosa. - Confessei. Eu sempre amei a arte, mas sempre tive muita vergonha do público.
- Eu também, mas estou animada, acho que vai ser legal! - Disse ela sorridente, Lauren amava essas aulas diferentes.
- Eu também acho. - Dei de ombros e acabei meu sanduíche ao mesmo tempo que ela.
- Camz? - Lauren me chamou e eu fiz um som nasal, indicando que ela continuasse. - Nós podíamos ir a praia hoje? Eu quero desenhar algo, mas preciso de inspiração.
- Claro, eu amo ir a praia e amo ver você desenhar. - Sorri e me aproximei para beijá-la.
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Não demoramos muito para chegar ao local, havia bastante gente, já que esse era o maior ponto turístico de Miami e estávamos no verão. Procuramos por um lugar mais calmo e logo encontramos um, em baixo de uma árvore, perto do mar.
- Acho que essa sensação do vento batendo em meu rosto sempre vai ser a minha favorita, me faz me sentir livre. - Disse Lauren baixinho, assim que apoiei mei rosto em seu ombro.
- É maravilhosa! - Assenti rapidamente. - Quando nós nos casarmos precisamos morar em uma casa de frente para o mar.
- Eu não conseguiria imaginar um lugar melhor para vivermos. - Lauren riu levemente e eu a acompanhei.
Passamos bons minutos em silêncio, Lauren parecia finalmente estar conseguindo desenhar algo e estava concentrada, eu não queria atrapalhá-la. Então peguei meu livro e fiquei lendo enquanto escutava o barulho relaxante das ondas.
- Olha, Camz! - Disse Lauren depois de algum tempo.
E fui olhar.
Nossa... Muito lindo! Perfeito.
Acho que percebendo minha cara de espanto, Lauren me chamou e perguntou o que estava acontecendo.
- Uau... - Disse, deixando o livro de lado. - Que lindo! Perfeito. - Continuei. Quando olhei pra ela, percebi que ela estava relaxada e feliz.
- Ufa! Pensei que você não tinha gostado. Até me assustei aqui. - Falou, feliz olhando para a sua obra prima.
Estava perfeito. Os detalhes, o Sol e a Lua se beijando. Perfeito.
Então eu fiz ela largar aquela folha e sentei em seu colo.
Já estava anoitecendo, então daqui a pouco teríamos que sair.
Lauren me tirou de seu colo, e eu não entendi nada.
POV Lauren:
Peguei minha câmera fotográfica. Estava guardada a bastante tempo em uma estante de casa. Não disse para Camila que iria trazer ela.
Tirei ela de meu colo e tirei uma foto sua, rapidamente.
Ficou linda.
O sol se pondo ao fundo e seu perfil perfeito aparecendo na foto. O mar como plano de fundo junto ao sol, e eu tenho a foto perfeita dela.
Em seu rosto eu pude ver uma feição confusa, mas depois ela entendeu.
Subiu em meu colo de novo, e escondeu o rosto em meu pescoço.
- Eu já disse que te amo hoje? - Ela perguntou num sussurro.
- Não. - Respondi e dei uma risadinha.
- Eu te amo! - Ela disse.
- Eu também te amo! - Respondi e beijei o topo de sua cabeça.
Camila me abraçou mais apertado, como se não quisesse me soltar nunca mais.
Também lhe apertei um pouco mais em meus braços e deitei minha cabeça por cima da dela.
- Lauren.
- Diga.
- Quando você vai me mostrar suas poesias? - Ela perguntou, afastando sua cabeça de meu pescoço e me encarando nos olhos.
- Algum dia. - Falei. Camila sempre lia minhas poesias, mas eu não estava muito confortável em lhe mostrar as atuais que eu havia escrito.
- Você diz isso há muito tempo. - Falou ela. - Camila saiu de meu colo e foi até minha e começou a mexer lá.
- Te dei permissão? - Perguntei num tom de brincadeira.
Camila tirou de lá meu caderno preto, era nele que eu escrevia todas minhas poesias.
Ela se sentou novamente em meu colo e abriu o caderno. Tentei tirar o caderno dela, mas ela me deu um tapa na mão e disse que iria lelo com ou sem a minha permissão.
Ela começou a passar uma folhas e parou em uma das minhas favoritas.
- Nesta folha de papel, eu gostaria de escrever tudo o que a sua falta me faz. Mas, infelizmente, minhas mãos não conseguem escrever. E no lugar de palavras eu deixo apenas lágrimas por cima da folha. - Leu em voz alta e me olhou.
Abaixei minha cabeça, eu estava um pouco envergonhada.
- Uau. - Disse ela. - Por que raios você não me mostrou isso antes?
- Eu fique meio assim de te mostrar e você não gostar. - Falei com sinceridade.
- Não gostar? Lauren, eu amei! - Ela disse. - Você tem um talento e tanto.
- Essa é uma das minhas favoritas. - Sinalizei a poesia e ela sorriu.
- Acho que virou a minha também. - Eu sorri e ela continuou folhando o caderno, lendo mais algumas poesias.
No fim, não foi tão ruim assim, Camila era a pessoa que eu mais confiava no mundo, eu sabia que podia contar a ela qualquer coisa.
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Depois de um tempo resolvemos ir para casa, afinal já estava noite e nós precisávamos dormir, já que tinha aula na manhã seguinte.
- Oi, meninas. - Cumprimentou minha mãe quando chegamos e eu me aproximei para beijar sua bochecha.
- Oi, Clara. - Camila cumprimentou sorridente e minha mãe sorriu para ela.
- Estávamos esperando vocês para jantar, as meninas já não aguentavam mais. - Ela riu levemente e fomos para a mesa.
- Finalmente. - Disse Chris, garanto quea tarde foi boa hem. - Ele riu, como se estivesse insinuando algo.
- Não comece, Chris! Chamo a Dinah pra socar seu naeiz de novo. - Retruquei e Camila riu.
- Deus me livre, fico longe daquela doida. - Disse ele assustado, nos fazendo rir mais.
Sofia e Taylor estavam contando algo que havia acontecido no passeio da escola para o parque aquático e todos prestamos atenção, fazendo algumas perguntas de vez em quando.
Terminamos de jantar e eu lavei a louça enquanto Camila secava, logo fomos para o andar de cima, estávamos muito cansadas.
Fiquei olhando aquela foto até Camila sair do banheiro secando o cabelo. Ela se sentou na cama e parou de secar o mesmo. Pegou um pente e me entregou.
- Penteia ele pra mim? - Perguntou, já fazendo pernas de ínidio.
- Ok. - Deixei o livro de lado, coloquei um pouco de creme de pentear em minhas mãos e logo depois em seu cabelo.
Comecei a pentear de baixo para cima, pra mim era melhor assim. E ela gostava assim também. Fiquei um tempo até terminar.
- Pra que lado você quer que eu separe? - Perguntei com o pente em cima de sua cabeça.
- Pode ser o mesmo. Não gosto de outro jeito. - Disse ela bocejando e se ajeitando na cama.
Concordei e separei do mesmo jeito de sempre.
Logo depois eu deitei na cama e ela deitou também, em meu peito. Puxei a coberta e abracei ela.
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01 De Julho De 2016
POV Camila:
Não acredito que finalmente estamos de férias!
E como uma ótima forma de comemorar isso, Dinah - por algum milagre - nos convidou para que nós fossemos fazer um acampamento no sítio dos seus pais.
Já são quase 7 da manhã, Lauren e eu estamos apenas verificando nossas bolsas para ver se não esquecemos de nada.
Eu estou levando um repelente, algumas calças moletom, uma roupas que eu roubei de Lauren, meu creme dental e minha escova de dentes, meu carregador, meu fone, o carregador do meu fone, alguns salgadinhos, meu chinelo, 3 pares de meia e uma garrafa com água.
- Você não acha que está levando muita coisa só pra um final de semana não? - Lauren perguntou, enquanto verificava algo em sua mochila.
- Estou levando apenas o necessário. - Falei.
- Você é exagerada, Camz, não precisamos disso tudo. - Disse Lauren rindo enquanto sinalizava minha mochila.
- Claro que é. - Respondei incrédula e cruzei os braços. - Sei que você vai acabar usando as minhas coisas também, você sempre esquece algo e pega de mim.
- Eu não faço isso sempre. - Disse ela emburrada, fazendo biquinho e eu sorri, me aproximando para beijá-la.
- Você faz sim, amor. - Ri levemente e me afastei dela. - Vamos, daqui a pouco as meninas chegam.
- Eu ainda vou provar que não faço, não vou pegar nada seu nesse acampamento. - Disse ela convicta e eu assenti enquanto ria, sabia que era mentira.
- Se você está dizendo. - Dei de ombros e peguei sua mão para puxá-la para fora do quarto.
- Meninas, pegaram tudo? - Perguntou Clara quando chegamos a andar de baixo.
- Tudo pronto. - Disse Lauren sorridente e eu concordei.
- Ótimo, se comportem e se divirtam. - Beijou nossas testas carinhosamente e logo saimos de casa.
Andamos um pouco para chegar até o ônibus que nos levaria até o sítio dos pais de Dinah.
Eles literalmente cagavam dinheiro e limpavam a bunda com dinheiro também.
Ficamos conversando até o ônibus chegar. Subimos e sentamos juntas.
Um tempo depois ouvimos gritos e coisas batendo fortemente no chão. Estranhei, quem estava fazendo esse barulho todo?
E quando eu olhei eu não acreditei. Era Dinah. Ela estava com várias malas, algumas com foto da Beyoncé, sua ídola.
Ela estava com óculos de sol, protetor solar na cara e um boné.
Dinah acenou e veio até nós. Se sentou na cadeira atrás de nós.
Esse ônibus era da família dela. Eles arrecadavam dinheiro com esses passeios também.
Por isso eles eram tão ricos. Pensei.
POV Lauren:
- Eai, minha fãs. - Disse Dinah, enquanto arrumava uma de suas 6 MALAS na parte de cima do ônibus.
- Você vai se mudar por acaso? - Camila perguntou, enquanto se segurava pra não rir de Dinah empurrando as malas no compartimento do ônibus.
- Fique calada e venha me ajudar que é melhor! - Disse Dinah. A grandona quase caiu pra trás quando o ônibus começou a andar em direção a casa de Ally. - TU TÁ LEVANDO É GENTE, NÃO É JUMENTO NÃO. - Gritou ela.
- PERDÃO. - Gritou de volta o motorista.
Camila e eu estávamos se segurando para não rir da palhaçada de Dinah.
Depois de muito tentar, ela finalmente consegui guardar todas as malas, e se sentou atrás de mim e Camila.
- Ufa! - Disse a loira.
- E a Lauren ainda estava reclamando de uma bolsa minha. - Camila disse e me olhou com olhar de reprovação.
- Retiro o que eu havia dito. - Falei. - Aliás, pra que esse tanto de mala? Não vamos ficar só uma semana?
- Eu estou levando o necessário. - Dinah respondeu.
- O necessário, vocês duas precisam rever seus conceitos de necessário. - Eu disse divertida e vi Camila revirar os olhos.
- Olhe, chegou uma anã. - Disse a loira, apontando para Ally que entrava no ônibus.
- Coitada, Dinah! - Camila a repreendeu, mas acabou rindo junto. Logo Normani entrou também.
- Hey, meninas. - Cumprimentei sorridente e elas responderam um "oi" juntas.
- Ian não veio? - Perguntei curiosa e Ally negou, se sentando ao nosso lado, enquanto Normani se sentava com Dinah.
- Nos separamos. - Disse ela simples e nós nos entreolhamos.
- Mas o que aconteceu? - Perguntou Dinah surpresa, ela havia parado um pouco de implicar com Ian.
- É uma longa história, depois eu conto. - Respondeu despreocupada e logo ônibus partiu.
- Você deveria estar feliz. - Disse Normani encarando Dinah e a loira deu de ombros.
- Até que ele não era chato. - Negou com a cabeça. - Mas se ele te magoou eu quebro a cara dele. - Disse raivosa.
- Não, ele não fez nada, Dinah. - Disse a menor rapidamente.
- Hm. Espero. - Disse se sentando em seu lugar.
Normani sentou em seu lado, então Ally teria que sentar com uma pessoa desconhecida.
Fui ver com quem Ally sentou. Era com uma mulher.
Voltei para o meu lugar e sentei. Fechei os olhos e puxei uma respiração.
Espera... Estávamos esquecendo de alguma coisa...
A TAYLOR E A SOFIA!
Engasguei com a saliva e olhei para a Camila.
- Sofia e Taylor! - Quase gritei.
Ela arregalou os olhos e quase caiu da cadeira.
- o quê? - Peguntou a latina.
- QUE GRITARIA É ESSA AQUI NO MEU ÔNIBUS? - Dinah gritou do outro lado do ônibus.
- Taylor e Sofia. - Repeti. - Elas não estão aqui. - Coloquei a mão na minha testa e Camila fez o mesmo.
- Não acredito que esquecemos delas. - Ela disse num tom de voz preocupada.
- Vocês tão de sacanagem que vocês esqueceram as clones de vocês?! - Dinah gritou.
- Tu tá vendo elas aqui? - Ally disse, e deu uma olhada ao redor.
- MOTORISTA, VOLTA PRA CASA DESSA BRANQUELA. - Dinah gritou e apontou pra mim.
Ouvi alguns resmungos de várias pessoas que eu nem ao menos tinha notado que estavam no ônibus, e o motorista deu a meia volta e voltou em direção a minha casa.
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Chegamos na casa e eu procurei pelas meninas, que logo apareceram querendo nos matar. Meus pais já não estavam em casa, então elas haviam ficado sozinhas.
- A mamãe e o papai vão matar você quando souberem disso. - Disse Taylor raivosa.
- Eles não vão saber se você não contar. - Revirei os olhos e fiz sinal para que eles saíssem. - Vamos, já estamos atrasadas.
- Como vocês puderam nos esquecer? - Perguntou Sofia impaciente e eu me segurei para não rir delas.
- Foi mal, a gente estava com pressa, mas lembramos no ônibus, seria pior se não lembrassemos. - Disse divertida e Taylor acertou um tapa em meu braço.
- Só não vou contar para a mamãe e o papai porque eles te colocariam de castigo e eu teria que voltar junto para casa. - Disse ela, revirando os olhos em seguida.
- Okay, vamos antes que Dinah venha atrás da gente e nos atrase mais.
Voltamos para ônibus logo, as pessoas resmungaram novamente porque queriam ir logo, então o motorista mandou que sentássemos em nossos lugares para que pudesse partir.
- Beleza, não esqueceram de mais ninguém? - Perguntou Dinah debochada e Camila revirou os olhos.
- Vamos logo! - Exclamou Normani e em seguida o motorista partiu com ônibus.
Ainda era muito cedo, no meio da viagem muitas pessoas estavam dormindo, inclusive Camila, que havia se aconchegado em meu corpo e dormido com a cabeça descansando em meu ombro. Acabei por dormir um pouco também.
Acordamos com risadas baixas e sussurros baixos da mesma maneira. Senti uma luz consideravelmente forte em minha direção.
Quando abri os olhos, Dinah, Ally, Normani, Sofia e Taylor estavam rindo e com o celular em mãos.
Mas então Normani briga com Dinah por ter ligado o flash.
- Hm... O que está acontecendo? - Pergunto. Mas momentos depois entendo o que ocorria. - Suas... Suas.. Argh! - Me levanto num solavanco assustando e acordando Camila.
Saí correndo atrás delas. Peguei primeiro Ally, e fiz cosquinha nela. Então Dinah subiu em cima de mim e fizeram montinho em cima de mim.
Quando estava ficando sem ar, elas saíram.
- Onde estamos? - Camila perguntou sonolenta, ainda. Mesmo depois disso tudo, ela ainda continuava sonolenta.
- Paramos aqui para comer, ir ao banheiro e essas coisas. - Dinah disse dando de ombros, mexendo no celular. - Ainda faltam umas 5 horas. É muito longe, mesmo. - Concluiu.
Concordei com a cabeça e disse que ia descer.
Paramos em um restaurante beira de estrada. O nome dele é "Café sem troco". Muito bonito.
Era tipo os filmes americanos antigos. Um estilo clássico.
Fui no banheiro lavar meu rosto. Sabia que elas tinham feito algo. Voltei para o restaurante e pedi algo. Tinha um grupo de amigas me olhando.
Não entendi, esperei o meu pedido chegar.
Uma delas, ficou me olhando e dando sorrisos. Ainda não estava entendendo.
A moça que me atendeu me deu o que eu pedi. Dois salgados e dois refris. Um dos salgados para Camila e o refrigerante sabor guaraná, também.
Agradeci a moça e paguei no caixa. Quando estava saindo, a menina que me olhava veio até mim.
- Oi. - Falou a garota.
- Oi. - Respondi de volta.
Essa garota é um pouco mais baixa que eu, tem cabelos lindos que vão até a altura de seu ombro e é branca como eu - não tanto - .
- Você é daqui? - Peguntou ela, enquanto me analisava de cima a baixo.
Eu me encolhi um pouco e fiz que não com a cabeça.
- Logo notei. - Ela se aproximou mais e ficou me encarando. - Prazer. - Estendeu a mão. - Me chamo Vitória. - Disse a garota.
- Me chamo Lauren. - Apertei em sua mão, enquanto com a outra segurava meu lanche e o de Camila.
- Então... Lauren. - Falou essa tal de Vitória. - Você já está de saída?
- Bom... Sim. - Respondi, enquanto rezava em meus pensamentos para Camila não aparecer ali.
- Ahhh, que pena! - Disse ela, e fez um beicinho um tanto quanto adorável.
- Pena? Por que? - Perguntei, apenas por curiosidade.
- Pra ela ficar dando em cima de você, Lauren. - Uma voz suou atrás de mim. Quando me virei para ter certeza de quem era, era Camila que estava ali.
Ela estava com os braços cruzados abaixo de seu peito, ela também estava com a cara fechada e um olhar fuzilante para cima dessa tal de Vitória.
- Amor. - Falei num tom de medo.
- Amor? - Peguntou a Vitória.
- Sim, amor, algum problema? - Perguntou Camila raivosa, se aproximando de nós duas.
- Claro que não, só fiquei surpresa. - Disse a garota, dando de ombros em seguida.
- Ótimo, então, vamos Lauren? - Perguntou ela, desviando o olhar para mim e eu assenti um pouco receosa.
- Tchau. - Vitória acenou em minha direção e sorriu levemente, fazendo Camila bufar e revirar os olhos.
- Tchau. - Respondi apenas por educação e logo me afastei com a latina impaciente. - Camz?
- Camz nada! - Exclamou ela, parando do lado de fora do estabelecimento e cruzando os braços novamente. - Quem era aqula garota?
- Eu não sei, apenas me chamou e eu conversei com ela. - Dei de ombros despreocuoada e Camila semisserrou os olhos em minha direção.
- Você é tão lerda, Lauren. - Suspirou irritada e eu franzi o cenho. - Ela estava dando em cima de você, qualquer um podia ver. - Disse como se fosse óbvio.
- E você está com ciúmes por isso? - Provoquei e ela negou com a cabeça rapidamente.
- Não estou com ciúmes, apenas não gostei de como ela estava o tempo todo sorrindo para você. - Eu ri com sua explicação e ela bufou.
- Vamos, esqueça isso. - Disse, tentando amenizar um pouco as coisas e lhe estendi o salgado e o refrigerante. - Eu comprei para você também.
- Hm, não pense que estou menos irritada por isso. - Disse ela me fuzilando com o olhar.
- É o seu favorito, frango com catupiry. - Camila mordeu o salgado e suspirou.
- Okay, talvez eu te perdoe, mas apenas porque esse salgado está uma delícia.
- Talvez? Acho que vou ir lá na Vitória de novo... - Disse já saindo de perto dela.
Ela me segurou pelo pulso. Sorri pra ela e a beijei.
Segurei em sua cintura e em seus cabelos. Ela se agarrou em minhas mechas com as mãos. Aquela sensação de borboletas no estômago apareceu. O coração acelerado, os sorrisos apaixonados no meio do beijo... Também.
Em um certo momento, pedi passagem com a língua, que ela rapidamente cedeu.
A cada momento que passava, eu percebia l quanto eu queria viver com ela. Acordar, dormir... Passar os dias.
Então faltou ar. Infelizmente tive que me separar dela, terminando o beijo com selinhos e com ela mordendo meu lábio inferior.
Só então percebi que tinha um monte de homem olhando para a bunda dela. E, para o beijo que demos.
Fiquei puta. Fechei a cara. Quem eles pensam que eram?
Dentre eles, tinha um cara de 1,80 - mais ou menos -, parecia ser um motociclista. O cabelo puxado pra trás com gel e uma calça jeans. Ele era o que mais olhava.
Ele olhava de cima a baixo a minha namorada. Mordia o lábio, passava a mão na parte íntima...
Argh.
Em algum momento ele veio até nós. Como impulso, coloquei Camila atrás de mim.
- Olá. Meu nome é Shawn. Prazer. - Disse galante para ela.
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Eu tô passada e chocada! Kkkk
Por hoje é só pessoal.