Ojos Negros [yoonkook]

Von fofoongi

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Uma humanidade podre e corrompida. No entanto, necessária afinal. Min Yoongi vive na pobreza, no meio da pior... Mehr

Aviso
Capitulo Um - Yoongi
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capitulo Quatro
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capitulo Treze
Capítulo Quatorze - Yoongi
Capítulo Quinze - Jungkook.
Capítulo Dezesseis - Jungkook, parte dois.
Capítulo Dezessete
Capítulo dezoito

Capítulo Cinco

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Von fofoongi

Estava esgotado, era cinco e quarenta da manhã e não podia tirar de minha cabeça o que aconteceu com o garoto. Seokjin havia saído com o menino pouco depois do que aconteceu, mas quando voltou estava furioso, pois pelo que parece, eu não era o único afetado pelo garoto.

— Não me venha com isso agora, maldito seja. — me gritou quando lhe disse que estava muito alterado. Mas era a verdade, parecia possuído por um demônio da ira. Inclusive Jimin havia nos deixado as sós no escritório do bordel. Estava certo de que seus gritos e maldições podiam ser escutados por cima da música que vinha do primeiro andar.

— Se acalme que eu não estou de bom humor. — lhe disse ao ver que não parava e que caminhava como um leão enjaulado de um lado para o outro.

— Não deixe que esse cara se aproxime de novo, Jungkook. — me exigiu, como se eu não quisesse o mesmo.

— Não fui eu quem o mandou para o andar de cima Seokjin. — lhe grunhi, estava perdendo a paciência.

— Oh, agora a culpa é minha! — gritou. — Se lembre do trato que fizemos, eu cuido da cozinha e de meus empregados, e você dos teus e seus sócios.

— Eu sei, eu as putas e você a cozinha, eu sei Seokjin. — disse, tentando acalmar meu amigo, porque ainda que me chamassem de demônio e diabo, ou qualquer outra definição de horror, estava certo de que não havia nada mais aterrorizador que ver Seokjin irritado.

O conhecia, sabia que sua amabilidade e seu sorriso não eram fáceis de corromper. Porém, quando isso acontecia era algo terrível. O vi respirar profundamente e quando por fim se sentou a minha frente, me disse:

— Não quer ver esse cara perto do Yoongi.

— Quem? — perguntei.

Ele levantou o olhar de suas mãos e me olhando seriamente, me respondeu:

— Yoongi, Min Yoongi, é assim que ele se chama, está me dizendo que não sabe o nome do garoto pelo qual quase mata um drogadinho ontem? 

Neste instante o fulminei com o olhar e sua expressão rapidamente se converteu para uma de diversão. Pelo que parece toda sua irá havia desaparecido.

— Ele te preocupa, não é? — me disse com um sorriso. — Minha pergunta é: por que?

Desviei meus olhos dele. Nem sequer eu sei o por que. Tinhas muitos porque's sem resposta. Por que quando soube que ele tinha desmaiado de fome pensei em deixá-lo encarregado por Seokjin? Por que quando o vi sendo golpeado na rua me senti tão furioso? Por que quando vi a mão de Seungri tocar o seu rosto me senti tão furioso? Seria porque se parecia com ela? 

Olhei seriamente para meu amigo e apenas respondi:

— Não me pergunte algo que nem sequer eu sei.



Havia me custado um inferno conciliar o sono. Ainda me sentia assustado. Tinha sido a voz mórbida daquele homem e o olhar obscuro do diabo senhor Jeon a minha frente. Era a primeira vez que pude ver seus olhos negros tão de perto, tão escuros e tão profundos como o seu a noite. Seria uma boa ideia voltar hoje? Não tinha certeza. Estava nervoso, eram quase três da tarde e sei que meus cálculos não estão errados, logo os senhores Ravi e Hoseok estariam aqui.

Olhei para minha esquerda, onde colocava as garrafas de água para beber, me limpar e cozinhar. Maldição, minha água está acabando. Me levantei do meu berço sem muito entusiasmo, pois ir costa acima para buscar água era o que eu mais odiava. Mas não tinha mais opção, pois pagar os serviços de água e eletricidade não era algo que eu tivesse conseguido fazer antes. Talvez agora sim poderia fazer com o salário que recebia trabalhando no bordel.

Suspirei, pois agora mais do que nunca queria continuar trabalhando, ainda que meu coração, pés e mãos, tremiam com a simples ideia de voltar a ver os olhos negros do senhor diabo Jeon. O faria para voltar a ter eletricidade e água na casa que meus avós haviam me deixado, ainda quando este senhor me aterrorizasse. O faria, não era um covarde ou um medroso, tinha sobrevivido a coisas piores e sobreviveria a este senhor aterrorizante e seus intensos olhos negros.

Com está convicção sai de minha casa, com a ideia de que logo deixaria de arrastar garrafas de água de um lado para outro. Então, justo quando me virei para fechar a porta, escutei a voz do senhor Hoseok. Sim, era ele, tinha certeza disso. Me dei a volta e ali estava ele, sorrindo para mim.

— Senhor, boa tarde. — disse enquanto me inclinava para sauda-lo.

— Aonde vamos? me perguntou, olhando para minhas mãos carregadas de garrafas de plástico vazias.

Olhei para rua costa acima, onde tinha que ir para buscar a água.

— O senhor Ravi não vem hoje? — perguntei tentando mudar o tema e escondendo minhas mãos atrás de mim. Porém podia ver seus olhos carregados de entendimento e inclusive pena. Não queria nada disso.

— Me dê uma, me diga a onde temos que ir. — me disse então, pegando uma das garrafas de minhas mãos.

Quis responder, porém seu sorriso e seus olhos carregados de agrado me fizeram me lembrar de algo. Ele havia dito que eram pobres, que sua mãe era viciada, que eles e seus irmão saiam para rua procurar sua própria comida e que isso incluía as provisões básicas, como água que não tinha em casa, como eu.

— É subindo a costa, a várias ruas daqui. — disse.

Caminhamos em silêncio, subindo a enorme e cansativa costa, ao chegar na de cima, o senhor Hoseok suspirou.

— Demônios, estou em péssima forma. — disse enquanto eu sorria em entendimento, pois sim, era uma subida horrível e detestável, a odiava com cada fibra do meu ser, talvez por isso odiava tanto ir buscar água cada vez que subia por ela. — Ao menos não tem que subir por elas com as garrafas cheias.

Concordei, pois sempre me dizia o mesmo quando o fazia.





Eram seis e vinte e minha ansiedade estava enorme, especialmente depois de ter falado com Seokjin duas horas antes. Pelo que parece, o garoto, quer dizer, Yoongi havia chegado. Temiamos que ele não viesse, porém parece ser mais forte do que acreditávamos. Inclusive Seokjin parecia preocupado, pois segundo ele, o menino parecia verdadeiramente assustado quando havia ido o deixar na noite anterior.

Ao menos já não estava tão inquieto como esta manhã. Como se não fosse o bastante, os olhares de Jimin pareciam adegas afiadas.

— Se olhares matassem. — murmurei.

Ele desviou seus olhos de mim, porém o evidente grunhido que havia saído de sua boca revelava sua irritação.

— Você agora briga com um de seus sócios por um garoto como esse, é o cúmulo. — sussurrou e aquilo havia sido a gota que transbordou o copo de minha paciência.

— Se tem algo para me dizer, fale, não fique murmurando, que isso te faz ser mais patético. — disse, claro, direto e olhando fixamente em seus olhos, os quais iguais aos meus, me olhavam fixamente.

— Sou patético? — grunhiu de novo e uma risadinha saiu de mim. — Oh, e eu te faço rir!

— Poderia deixar o garoto em paz? Além do mais, não volte a chamar ele de pirralho, seu nome é Yoongi. — o adverti, especialmente ao perceber o olhar irado ao me escutar dizer aquilo. — Supere, Jimin.

Seus punhos se apertaram, enquanto nos olhávamos em silêncio. Então, se pôs em pé e sem responder nada, abriu a porta.

— Deveria ter cuidado, senhor Jeon, o senhor sabe o que acontece com tudo que se torna para o senhor. — me disse afiado, doloroso e então, me deixando com um nó na garganta e com os punhos apertados frente a minha mesa.

— Não preciso de suas palavras estúpidas, Park idiota, eu sei o que acontece com as pessoas que eu amo. — grunhi e lançando tudo que estava na mesa no chão, me coloquei de para olhar de novo pela janela. Daquela janela onde eu via o jardim ainda branco e coberto de neve, o qual fazia me lembrar daquela pequena que eu tinha procurado sem parar por mais de cinco anos completos.

Tinha substituído o meu avô aos dezoito anos e entre minhas prioridades estava encontra-la. Porém, isso tinha sido impossível; era como se a terra tivesse engolido ela. Estaria morta? Não queria nem sequer pensar nisso. Não o bastante, quanto mais anos passavam, mais constante ficava esse pensamento.

As vezes, inclusive odiava ao meu avô, porque sabia que ele tinha sido o responsável por seu desaparecimento. Mas também sabia que o que havia feito, foi pelo bem do clã e porque sobre seus ombros tinha uma responsabilidade, uma que eventualmente seria minha.

"Não se distraia com assuntos ou coisas que não são primordiais" ele havia me dito uma vez "O amor te faz forte, mas quando ama demais a algo ou a alguém, aquilo que você ama acaba virando o objetivo de muitos" também havia me advertido e também havia me mostrado um doloroso pesar, levando o que de alguma maneira eu mais queria, a Yooni. Porém eu ainda penso, por que fez isso?

Quando o perguntei uma vez, me disse:

— Só teria sido um obstáculo para sua sucessão e seu dever, sabe que tem que se casar algum dia e ter filhos para que eles tomem seu lugar quando seja o momento e com essa pessoa não poderia fazê-lo.

Por quê? Pensava que ela não era digna? Sabia que a idade não importava, pois meu avô havia se casado com uma mulher quinze anos mais nova que ele. Então, por que Yooni não era a certa? Não entendia, estava me escondendo algo, algo que ainda me fazia falta, talvez algo que me ajudaria a volta a encontra-la.




O senhor Seokjin havia me abraçado quando me viu chegar. Parecia aliviado e até feliz.

— Que bom que está aqui, Yoongi. — havia me dito enquanto me abraçava e sorria para mim, ao mesmo tempo que acariciava meus cabelos e meu rosto. Me olhava fixamente, com um sorriso em seus lábios, me observando minuciosamente. — Você está melhor? — havia me dito e eu assenti. 

— Me desculpe pelo que aconteceu ontem, na verdade eu me assustei. — confessei envergonhado.

Ele me olhava atento, minucioso, agora mais curioso que antes.

— Eu entendo. — me disse.

— É que esse senhor disse que queria me comprar e…

Me calei, pois ele me olhava com uma expressão que eu não sabia como descrever. Além do mais, estava sorrindo? Senti meu rosto ficar vermelho como um tomate e rapidamente olhei para o chão, onde seus sapatos negros e brilhantes reluziam ao lado das minhas botas grandes e já sujas.

— Está bem, sabe? Jungkook não é tão mau, ele não teria permitido que nada mal acontecesse contigo. — me disse.

Assenti, ainda não muito certo disso, pois de longe podia ver o quão irritado que estava por eu ter interrompido seu negócio com aquele homem estranho, que além do mais, me dava quase tantos calafrios quanto o olhar obscuro do senhor diabo.

Suspirei ao me lembrar do olhar do senhor diabo. Demônios, o que faria a mim se soubesse que eu o apelidei dessa maneira? Neguei com minha cabeça e continuei a esfregar os pratos, que certamente, não parava de chegar.

Esse dia, por sorte, o senhor diabo não apareceu, nem tão pouco no dia seguinte. Inclusive me senti relaxado, apesar de que o trabalho nunca parava.



Havia passado uma semana desde a última vez que eu havia ido ao bordel. Me confia para não aparecer por ali, especialmente depois do que ocorreu entre Seungri e eu. O menino, segundo Seokjin, havia voltado no dia seguinte claramente nervoso e também se desculpando.

— Acho que você o assustou mais do que a ideia de ser vendido. — havia me dito Seokjin neste mesmo dia quando conversei com ele pelo telefone.

E falando do diabo…

— Hey. — me saudou enquanto aparecia pela porta de meu escritório. Entrou por ela e a fechou suavemente, enquanto que notava seus grandes olhos se dirigir para o jardim que ficava as minhas costas.

Sorriu.

— Como você está, Seokjin? — disse, o olhando se aproximar de mim até se sente a minha frente do outro lado da mesa.

— Estou bem, obrigado. — me respondeu, ao mesmo tempo que esticava sua mão para pegar a caixa que estava sobre minha mesa, a qual tinha meus cigarros de charuto.

Era sempre igual, ele não fumava e ambos sabíamos, porém, cada vez que vinha para minha casa e pegava um desses cigarros significava que sua presença trazia uma notícia importante.

— Do que se trata? — lhe perguntei.

Ele não me olhava, seus olhos estavam sobre o fumo do cigarro que tinha entre seus lábios. Aspirou e deixou sair o fumo de novo, então, me olhou.

— Dei para Yoongi um adiantamento do salário. — me disse.

Eu pisquei e me acomodei melhor em minha cadeira, limpando minha garganta.

— De acordo. — disse o olhando atentamente, enquanto ele me olhava agora com mais atenção.

— De acordo? Só vai me dizer isso? — completou.

Eu bufei e franzindo o cenho, o escutei continuar:

— Achei que diria que eu estou louco, que ele só tem uns dias no bordel, e eu sei, achei que você faria uma cena, Jungkook, você é o homem mais materialista e controlador monetário que conheço.

Grunhi e desviando meus olhos dele, o escutei dizer de novo:

— E então me diz "de acordo".

Arranhei minha cabeça.

— Bom, se cale e me diga o porquê o fez um adiantamento. — lhe exigi, mas que tudo para que se calasse.

Então, me olhou seriamente e em seus olhos vi preocupação.

— O garoto vive na miséria. — me disse.

Ri e estou certo de que minha risada o irritou.

— Mas o que você esperava, Seokjin? É óbvio que o garoto vive na miséria, nenhum garoto da sua idade estaria trabalhando pelas noites em um bordel lavando pratos. — lhe expliquei. — Os garotos da sua idade normalmente dormem a noite para irem para o colégio no dia seguinte.

O vi engolir, era evidente que o garoto o preocupava. Talvez até demais, talvez tanto quanto a mim.

— Não tem eletricidade e nem água em sua casa. — me disse sem me olhar.

Me calei. Demônios, sabia que algo assim era possível, mas confirmar isso me havia feito mal. Suspirei.

— O que propõem? — perguntei.

— Não tenho certeza, na verdade, lhe dei o dinheiro porque Hoseok me contou isso que estou te dizendo, me disse que ele acompanhou para ir buscar água fora de sua casa, me disse que vive na pobreza, mas que ao menos é um lugar tranquilo e um pouco seguro. — negou com sua cabeça e com seu cenho franzido, bufou. — Mas eu estou intranquilo, dá para ver que ele é um bom menino e que já passou por muito, não vai confiar em mim e nem em ninguém tão facilmente, é reservado, tem uma semana trabalhando e o único que me disse até agora foi seu nome e sua idade.

— Ele tem quantos anos? — lhe perguntei em seguida, fazendo com que meu amigo me olhasse de cara feia.

— Tem quinze. — me respondeu.

Quinze, demônios, Jimin tinha razão, era mais velho do que eu pensava.

— Meu ponto Jungkook, é que o garoto não vai me permitir ajuda-lo, estou certo de que talvez mais na frente, mas não agora. — de novo, Seokjin negou com sua cabeça. — Duvido muito que ele faça, desconfia de tudo e de todos no bordel.

Eu habia notado, o garoto parecia sempre atento, alerta, apesar de que seus olhos estavam sempre no chão.

— E então. — voltou a dizer.

— Disse a Hoseok que me avisasse se algo mudar, se visse energia em sua casa ou água, coisas assim. — disse meu amigo.

Eu assenti e de novo voltei ao meu computador.

— Onde ele mora? Você sabe? — perguntei.

Seokjin negou com sua cabeça.

— Sei como chegar a sua vizinhança, mas não cheguei a vez sua casa, na noite que eu fui deixá-lo de carro, o deixei na entrada de uma rua estreita, ele me disse que sua casa era seguindo essa rua até o fundo. — disse.

— Hoseok a conhece? — perguntei, quase certo de que sim e eu estava certo, Jung inclusive já havia estado no interior desta casa.



Hoje era segunda-feira e o bordel fechava toda segunda. Era agradável ter um dia livre depois de uma semana inteira de trabalho, mas era ainda mais gratificante para mim saber que no dia seguinte teria que ir ao trabalho.

O senhor Seokjin Havia me dado um suculento adiamento do salário, o qual estava inclusive absolutamente destinado para a de incorporação de meus serviços elétricos e para a água. Porém minha felicidade havia ido por água abaixo quando a agência havia me dito: 

"Se você não é de maior, não podemos te ajudar."

Suspirei apático, porque a quem podia pedir? Não tinha confiança o suficiente no senhor Seokjin e dizer ao senhor Hoseok me dava vergonha. Suspirei. Então, alguém tocou a porta da minha casa. Me coloquei de pé e rapidamente abri.

— Senhor. — disse ao ver meu chefe de pé em frente à porta, com um sorriso amável e atrás dele, o senhor Hoseok.

— Me desculpe se te acordamos, viemos para te convidar para comer e passear por aí. — disse o senhor Seokjin.

Olhei para seu rosto e minha incredulidade ficava maior conforme mais tempo o olhava, mas quanto mais tempo passava, também percebia que ele — um homem que claramente era rico — estava em frente a porta de minha humilde, e talvez, fedida casa.

Olhei o interior de minha casa com pena e olhei a mim mesmo com absoluta vergonha. Estava com as roupas mais sujas que tinha, pois as usava para dormir e quase nunca as lavava, especialmente quando o clima frio chegava.

O olhei, porém ele parecia igualmente amável como sempre, enquanto olhava em meus olhos com um sorriso em seus lábios.

— Vamos, o que está esperando. — me disse.

— Ponha algo quente Yoongi, porque hoje está fazendo mais frio que de costume. — completou o senhor Hoseok, aparecendo por trás de meu chefe, que logo disse:

— Oh, perdão se te acordamos. — olhou o interior de minha pequena casa, a qual era composta por um pequeno como e um banheiro adjunto. Assim, completou. — Podemos entrar?

Assenti com minha cabeça e indo para o lado, abri ainda mais a porta. Ambos entraram. O senhor Seokjin se sentou na única cadeira ao lado da mesa, enquanto que o senhor Hoseok, se acomodou sobre a minha cama velha.

Ambos sorriam, amáveis, gentis. Suspirei aliviado.

— Vou trocar de roupa e já volto. — disse enquanto pegava algumas peças para logo ir ao banheiro.

— Vai, não se preocupe. — me disse o senhor Seokjin. 

Me fechei no banheiro e com um pouco de água que tinha em uma tigela, lavei e esfreguei meu rosto com um sabonete que tinha comprado em uma loja dias atrás. Olhei meus dentes, os escovei e me penteei um pouco. Tirei minhas roupas e coloquei a que trouxe comigo ao banheiro. Uma vez que já estava novamente vestido, sai. Eles conversavam e riam, ao que parece, de algo que havia dito um tal de Seunghyun.

Não entendia eles, realmente não entendia, primeiro um dizia seu nome mas logo o chama por seu apelido, Top? O que era, um corpete? Deus, porque os gangsters tinham uns apelidos tão ridículos? Já tinha escutado vários incrivelmente estúpidos. Agora não me lembrava de nenhum, mas…

— Já está pronto? — me disse o senhor Seokjin, eu assenti e assim saímos de minha casa.

Chegamos até rua larga e ali estava o carro do senhor Seokjin com outros dois homens, os quais chamavam atenção demais e devo acrescentar que não era de uma boa maneira. Digo, tinham rosto de valentões criminosos, tanto que as velhinhas passavam rapidamente e sem olha-los.

— Hey, garoto, por só anciãos vivem aqui? — me disse esse cara que eu já vi antes, Jackson Wang, esse era seu nome completo. — Não pararam de passar desde que paramos aqui para te esperar.

O observei em silêncio, enquanto ele apagava seu cigarro com a sola de seu sapato.

— Bom, vamos. — me disse o senhor Seokjin empurrando levemente minhas costas para que entrasse no carro com eles.

Wang conduzia, enquanto o outro cara ia ao seu lado olhando pela janela tranquilamente, tranquilo demais. Bem dizia meu avô que os que aparentavam tranquilidade eram os piores e eu soube quando o senhor Seokjin falou com ele, que ele era o anteriormente mencionado T.O.P ou como eu havia o começado a chamar, segurador de peitos. 

Seria porque ele continuava segurando seus peitos? Pensei.

~☆~

Notas Tradutora: obrigado por ler, não esqueçam de comentar e favoritar e leiam também Forever, até quarta.

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