Capítulo II – Vilã
- O que você está fazendo aqui? – Perguntou Will. Abaixei para pegar os cacos maiores, mas acabei cortando-me.
- Ora, vim visitar meus amores, Adrian principalmente! Estou sentindo um cheiro de sangue humano. – Todos olhavam para mim e viram-me sangrar. Lia correu até mim e segurou fortemente minha mão apertando para que saísse mais sangue. Ela ficou atrás de mim e curvou meu pescoço para que pudesse enfiar os seus caninos.
- Afaste-se dela agora! – Os dois irmãos disseram unicamente em uma voz.
- Hum, realmente vocês escolheram uma ótima humana, sinto o sangue quente dela, a veia e o coração pulsante e acelerado de medo.
- Ela não é uma refeição! – Disse Will bravamente.
- Então o que ela é? – Perguntou Lia.
- Nossa prima. – Disse Adrian. Olhei para ele espantada com sua resposta, embora eu estivesse com o pescoço exposto.
- Humana? Eu acho que não. Eu sei que os dois estão apaixonados por ela. – Adrian e William se olharam estranhamente.
- Ela não é humana! – Disse Will.
- Oh sério? – Perguntou Lia ironicamente. Ela me segurou e com muita velocidade subimos as escadas. Nós estávamos na parte de cima da casa.
- O que você vai fazer comigo? – Finalmente falei. As palavras saíram como de alguém extremamente apavorada por estar nas mãos de uma vampira descontrolada e compulsiva.
- Não vai doer nada. – Lia sussurrou em meu ouvido.
Separou meu pescoço e cravou seus dentes de vampiro. Eu gritava de dor. Seus dentes afiados e pontudos serravam minha pele parecendo atingir o máximo, o fundo. Conseguia sentir também o sangue escorrendo, deixando marcado o meu pescoço uma linha vermelha.
Um homem apareceu na porta cujo eu não vi a face certamente, estava começando a ficar tonta e sonolenta. O homem acertou um pneu em Will que foi parar na escada. Will ficou furioso, saiu correndo e pulou em cima do homem que o atacara como um leão atacando sua presa. Os dois pareciam brigar lá fora.
- Se ela é vampira como você diz, então não se importará se ela for jogada daqui de cima. – Lia me empurrou do segundo andar da casa. Enquanto caia eu gritava apavoradamente de medo, ainda estando de olhos abertos. Adrian valentemente pegou-me no colo quando eu estava a centímetros do chão.
Furioso, ele foi pra cima de Lia. Os dois brigavam e eu só via um borrão pela casa, eram muito velozes e meus olhos não conseguiam acompanhar. Eu não sabia o que fazer, apenas fui à cozinha, peguei uma faca e escondi segurando-a atrás de mim. William estava ocupado com o assistente de Lia e ela estava enforcando Adrian, isso eu conseguia ver e muito bem. Ela o pressionava na parede enforcando-o.
Com muito medo, peguei a faca e a enfiei nas costas de Lia. Ela soltou Adrian e retirou a faca jogando-a no chão. Cuspiu um pouco de sangue e virou-se para mim.
- Eu estou... De saco cheio de você, sua humana ridícula. – Ela deu-me um tapa fortemente jogando-me contra a parede. Ao mesmo tempo em que fui jogada contra a parede, também bati em uma pequena mesa de vidro transparente quebrando-a. Não consegui resistir, olhei meu braço esquerdo – que sangrava exageradamente – e desmaiei caindo em um denso, profundo e sorrateiro sono.