Vendo os estado dos homens Potter, Severus foi até a cozinha, pegou dois copos d'agua com açúcar e deu pra eles, principalmente para James que estava grávido.
Depois que os dois homens beberam a água, Severus pediu silencio, antes mesmo que eles começassem com as perguntas.
- James se lembra do aniversário de 4 anos dos meninos? – Severus perguntou ao James.
- lembro – James respondeu com uma pontada de dor.
Henry olhou curioso sem entender.
- Henry, não sei se você se lembra, mas no seu aniversário de quatro anos, seus pais esqueceram do seu irmão, você estava correndo pela casa com os meninos Weasley, se divertindo, mas seu irmão, Harry estava em seu quartinho todo arrumado esperando que sua mãe ou seu pai subissem para levar ele para a festa, porem ninguém apareceu, ninguém se deu conta de que ele estava faltando, apenas uma pessoa percebeu – Severus contou.
- quem? – Henry perguntou sentindo seu coração apertar ao saber que seu irmãozinho fora esquecido no dia do próprio aniversário.
- Severus – foi James quem respondeu – foi o Severus quem se lembrou do seu irmão – James respondeu olhando para Henry.
- eu era muito mais presente na casa de vocês naquela época, era eu que costumava ficar com o Harry quando seus pais saíram para passear com você – Severus contou – naquela noite, eu fiquei com Harry no quartinho dele, nós fizemos uma festinha pequena para ele, ele ficou tão feliz com aquela pequena festa, por alguém ter se lembrado dele – Severus contou com um pequeno sorriso triste no rosto, se lembrando daquela noite. – quando fui em borá, eu estava com tanta raiva dos seus pais, me perguntava como podiam se esquecer do próprio filho, Harry sempre teve um coração tão bom, ele nunca cobrava nada, ele só não queria que esquecessem dele, mas era isso o que acontecia o tempo todo – Severus falou, James já chorava pela dor que causara ao filho mais novo - pelo que eu soube, no dia seguinte Lilian querendo se desculpar com o Harry fez o café da manha "preferido" do Harry – Severus contou – panquecas recheada de morango com açúcar de confeiteiro e calda de morango.
- é o meu café da manhã preferido – Henry falou.
- exatamente, é o SEU café da manha preferido, Harry odeia panquecas – Severus contou – o café preferido dele, sempre foi cereal com frutas e calda de caramelo e um copo de leite frio – Severus revelou, naquele dia, Harry ficou muito triste, percebeu que ninguém realmente o conhecia ali naquela casa, por isso ele tomou a decisão e ir embora da casa onde ele, acreditava, não ser amado – Severus contou.
- espera - James pediu não se aquentando – está dizendo que meu filho não foi sequestrado?
- não James, Harry nunca foi sequestrado, ele fugiu de casa – Severus revelou a verdade sobre o sumiço do Harry.
James estava completamente chocado, sempre achou que seu bebê fora brutalmente arrancado da família, mas de alguma forma saber que ele escolhera ir embora doía mais do que saber que ele fora sequestrado.
- quis o destino, que Harry encontrasse um filhote de cobra no caminho – Severus contou impedindo James falar – depois - ele falou sério olhando para James – esse filhote tinha se perdido de sua mãe, e estava com fome, Harry prometeu ajudar a cobrinha, e em troca o filhote virou seu familiar, esse filhote, era o último filhote vivo de Nagini, o familiar do Lord das Trevas. – Severus contou.
- O QUE??? – Henry perguntou surpreso.
- calma filho, vamos ouvir – James pediu. Severus agradeceu ao James com a cabeça.
- quando Harry chegou na mansão do Lord, foi levado até o mesmo, ao contrario do que dizem o Lord tem sim sentimentos, e ele sabia que não podia matar Harry, pois ele também mataria o último filhote de sua familiar, por isso ele escolheu não matar o Harry, mas quando ele ouviu sobre como Harry era tratado na própria casa, o Lord se condoeu pelo Harry e resolveu adotá-lo como filho, Harry ficou muito feliz sabendo que finalmente teria uma casa onde ele seria amado e nunca mais esquecido.
- foi assim que eu o adotei – Voldemort falou saindo do quarto do Severus, deixando James e Henry completamente surpreso e paralisados com sua presença, segundo Dumbledore ele nem deveria ter um corpo físico.
Voldemort se sentou na poltrona ao lado do Severus.
- Durante Harry sempre teve uma vida boa, eu cuidava dele, como se fosse meu próprio filho, um dia Severus veio me entregar um relatório, e Harry entrou no meu escritório com um desenho que ele tinha feito pra mim, quando Severus o viu caiu no choro, ele abraçou Harry e disse o quanto estava desesperado atrás dele, Harry ficou triste ao ver como Severus ficará preocupado com ele, e pediu desculpas, disse que não queria ficar mais em uma casa onde não era amado, Severus entendeu ao Harry e começou a perguntar como ele era tratado lá em casa, se ele era feliz. – Tom ia contando enquanto James e Henry iam voltando ao normal conforme viam que o bruxo na frente deles não era uma ameaça. – Harry contou tudo com animação e ainda arrastou Severus para ver seu "grande quarto" – como ele chamava.
- não demorou muito e o pestinha armou para nós, nos trancando em um quarto por horas – Severus contou sorrindo – disse que só abria a porta se eu e o Tom prometêssemos nos casar, e ainda teve a cara de pau de dizer que estava na cara que nos amávamos.
- ele venceu pelo cansaço, acabamos admitindo que nos amávamos, e nos casamos algumas semanas depois – Tom falou beijando a mão de Severus, que sorriu para Tom.
- no todo, Harry sempre foi muito feliz, ele ganhou irmãos mais novos, ele é extremamente inteligente, na verdade ele já poderia obter mestrado em várias matérias, depois de alguns anos, ele começou a dizer que queria ajudar o Tom na guerra, acho que vocês já ouviram falar dele – Severus falou.
- o Arcanjo da Morte – James falou colocando a mão na boca – o comensal mais perigoso do seu exercito, lidera uma elite de comensais que se autodenominam Arautos da Morte. – James respondeu.
- na verdade Harry não é um comensal, e nem um dos membros do esquadrão dele, são comensais, eles respondem apenas ao Harry – Tom falou corrigindo a informação – raramente eu dou alguma ordem a eles, normalmente é o Harry quem organiza tudo, e se você prestar atenção, vai ver que nem o Arcanjo, nem os Arautos, aparecem em ataques, eles apenas lutam contra os aurores, e os membros da ordem da fênix, não feitio do Harry atacar inocentes, e não, ele com concorda com os meus métodos, mas ele entende que guerra é guerra – Tom explicou.
- por que está me contando isso agora? – James perguntou, já tinha um tempo que eles chorava.
- porque agora eu sei que você e Henry sempre me amaram – Harry falou saindo do quarto com Sofia no colo.
Harry podia ouvir tudo do quarto de sua mãe, ele estava brincando com Sofia, mas distrair ela e ela não acabar chorando, quando ouviu a pergunta do James, Harry sentiu que era hora de encarar a verdade, ele não podia se esconder no quarto o tempo todo, mas também, não queria deixar sua irmãzinha sozinha no quarto, sem falar que ela lhe dava força, mesmo sendo tão pequena, por isso ele resolveu sair do quarto com Sofia nos braços.
Assim que olharam para o corredor, James e Henry arfaram juntos, Hadrian tinha acabado de sair do quarto do Severus, e falou como se ele fosse o Harry.
Tom fez um movimento com a varinha, transfigurando as poltronas que ele e Severus estavam sentados em um sofá, onde Harry se sentou no meio deles.
- Hadrian? – Henry perguntou.
- oi Henry – Harry falou completamente acanhado.
- quando eu soube do torneio tribruxo, eu soube que Dumbledore daria um jeito de colocar Henry no torneio – Tom falou. Chamando atenção dos dois Potter.
- o que? Dumbledore foi o responsável pelo Henry estar no torneio? – James perguntou revoltado.
- Hamm... pa..pai – Harry gaguejou ao se dirigir ao James.
Quando ouviu Harry lha chamar de pai, James podia sentir que seu coração ia sair pela boca – sim filho – James respondeu olhando maravilhado para Harry.
- meu pai, Tom, sabia que o diretor vinha perdendo prestigio por causa do Henry, não que a culpa seja sua Henry – Harry se apressou a falar – mas como Dumbledore defendia que você era a única chance do mundo bruxo contra o meu pai Tom, a comunidade bruxa começou a perder sua confiança no velho, afinal você não é o bruxo mais inteligente da escola, nem nado do tipo.
- eu sabia que ele inventou o torneio apenas para "provar" que Henry era capaz de me derrotar, por isso dei a missão ao Harry dele, vir aqui para a escola, como Hadrian Peverel, e infiltrei um comensal na escola, para que ele inscrevesse o Harry no torneio, a idéia era fazer o Harry te superar em todas as provas, mostrando assim, que mesmo que você se saísse bem durante o torneio, tinha outro que se saiu melhor, e assim Dumbledore não iria recuperar a confiança e o prestigio que tinha perdido – Tom explicou.
- mais isso, não é possível – Henry respondeu.
- Henry, lembra da primeira tarefa? – Harry perguntou – você sabia que ela seria com dragões, você me contou, você também me contou quais eram as raças dos dragões, como você sabia disse se a prova deveria ser uma total surpresa? – Harry perguntou.
- foi o... foi o Dumbledore – Henry admitiu - ele me chamou no escritório dele e me contou sobre a primeira prova, ele também me faz estudar os pontos fortes e fracos de cada dragão, para que eu me saísse bem.
- viu, ele é o culpado, está te manipulando para que você faça o que ele quer, e assim ele recupere sua influencia sobre o mundo bruxo – Harry respondeu.
- como o inimigo dele nessa guerra, eu não podia deixar ele recuperar a influencia que ele tinha perdido, por isso pedi para o Harry fazer essa missão. – Tom explicou.
- mas por fora da missão eu comecei a querer me vingar das pessoas que me abandonaram em pro do meu irmão famoso – Harry admitiu. – eu sentia raiva de vocês.
James olhou para Harry, ele queria dizer que era errado se vingar das pessoas, porem ele se calou, pois se fosse com ele, ele provavelmente também iria querer se vingar.
- eu... eu acho que te entendo filho – James falou – posso te abraçar? – perguntou.
Harry deu Sofia para Severus e foi até James.
James se levantou e puxou Harry para seu peito o apertando em um abraço de urso, James começou a chorar – meu filho, meu filho, meu filho – falava beijando a cabeça do Harry, que escondeu seu rosto no peito do James chorando, em pouco tempo Henry tinha se juntado ao abraço e chorava agarrado ao Harry.
James olhou para Severus e Tom ainda sentados no sofá, aqueles homens amavam seu filho caçula, eles cuidaram e amara Harry quando ele foi incapaz disso, sem pensar muito, ele esticou um braço chamando Severus e Tom para o abraço de família, e logo os dois se juntaram a abraço.
O tempo do ódio e da raiva entre aquelas duas famílias passou, era tempo de aceitar e perdoar, e James estava pronto para isso, e Severus e Tom também estavam, por seu filho em comum, por Harry.
Continua...