— Vai ver ela só foi vendida para outra pessoa.
— Seria muita coincidência. - Barry encara o amigo.
— E seria impossível.
— Por quê? - Ele encara a doutora confuso.
— A mansão do Eobart é minha.
— Como assim ela é sua?
— Eobart não tinha parentes, como Cisco e eu éramos os únicos vinculados com a empresa recebemos boa parte das ações, e quanto aos seus bens materiais, ele deixou algumas coisas para a gente.
— Então você é dona da mansão do Thawne? - Cisco pergunta indignado. — A coisa mais cara dele que eu consegui foi uma TV.
— Eu meio que entrei na justiça pela mansão, ela iria ser leiloada, pensei que um dia poderíamos precisar dela para alguma coisa.
— Então ela está invadindo? - Barry pergunta se referindo a velocista.
— Acho que sim.
— E por acaso você não anda recebendo as contas da mansão?
— Minhas contas são pagas no automático, não aconteceu nenhuma diferença notável.
— Por que ela ficaria na antiga casa do Thawne?
(...)
Aquela era uma manhã realmente linda, o céu estava azul, e por mais estranho que pareça a velocista havia o visto poucas vezes assim.
— O que pensa em fazer agora que estamos no passado? Não precisamos nos esconder.
— Eu quero comer todas as coisas que não fazem mais em Central City no futuro. - A ruiva responde sorrindo. — Mas e você?
— Eu quero voar.
— Voar? - O loiro pergunta chegando no cômodo onde as duas amigas conversavam.
— O céu está tão lindo.
— Eu te levo pra voar. - Os olhos da velocista brilham.
— Sei que seria uma experiência incrível, mas poderiam nos ver. - A ruiva fala apreensiva. — É como sair de uma prisão para entrar em outra, mas essa é muito melhor.
— Cheguei gente. - O garoto despojado fala entrando no cômodo com um bebê no colo e várias sacolas. — Sabia que eu pude pegar a fila preferencial? Graças a essa miniaturinha de mim.
— O que trouxe? - A ruiva pega o bebê do colo dele.
— Oi pra você também Bella.
— O que trouxe? - Ela repete novamente a pergunta.
— Coisas normais e... - Ele tira algo da sacola. — Sorvete.
— Thomas é por isso que eu te amo. - Ela sorri dando um beijo no mesmo. — Até te abraçaria se não estivesse com um bebê no colo.
— Abre logo o sorvete. - O Loiro fala pegando a sacola da mão dele. — Já querem fazer outro bebê?
— Cala boca Nate.
— Não. - O loiro já estava abrindo o sorvete mas se distrai ao ver um raio amarelo passando em sua frente.
— Li, se você está aqui. - Encara a velocista. — Que merda foi essa? - Eles se preparam para atacar mas param ao ver a pessoa que estava lá.
— Tio Barry? - O loiro que segurava uma panela em posição de ataque diz confuso.
— Como ele achou a gente? - Diz a ruiva que agora estava abraçada ao bebê em seu colo.
— Você deveria prestar mais atenção, sempre podem colocar um rastreador em você. - Ele diz olhando para Lindsay.
— Garota você só faz merda. - Thalita coloca a mão na testa encarando a velocista.
— O que está acontecendo? - O loiro indaga confuso.
— Me diga vocês. - Todos se encaram em silêncio até que um portal é aberto atrás de Barry, dele saindo Cisco e Frost.
Os três amigos analisam os jovens em sua frente, um garoto loiro de olhos verdes digno de um galã de filme clichê adolescente. Uma garota morena com roupas escuras, ela mascava um chiclete e parecia a personificação de alguém rebelde. O que era completamente oposto a velocista, ela usava óculos, um suéter e nos filmes clichês ela se encaixaria em nerd. Diferente dos anteriores que pareciam ser adolescentes, também tinham dois jovens, uma ruiva com roupas decotadas e chamativas que segurava um bebê em seu colo e um garoto de cabelos castanho claro e uma roupa mais despojada, pessoas mais detalhistas até notariam que sua roupa está suja de molho.
— Okay vamos falar o que está acontecendo aqui. - A morena levanta e seus amigos a olham assustada. — Vocês estão invadindo essa propriedade. - Ela cruza os braços.
— Vamos sentar? - A ruiva diz e todos a encaram. — Que foi? Eu quero sentar no sofá, bebês são pesados, sabia?
Ela vai em direção ao sofá, todos por ali pensaram em contestar, mas ninguém tinha um motivo para isso, e então todos se sentam lá, Barry, Frost e Cisco estavam de frente para eles.
O silêncio contrangedor pairava sobre eles, até que Thalita começa a falar o que havia sido instruída em situações parecidas.
— Bem, nós somos viajantes do tempo, não viemos aqui arrumar confusão, não queremos fazer diferença com a nossa presença nesse ano, estamos fora do nosso tempo por necessidade e me desculpem qualquer coisa que ela. - Aponta para Lindsay. — Tenha feito, ela não vai fazer novamente.
— E como não percebemos uma brecha aberta no tempo? - Cisco diz realmente curioso.
— Tecnologia do futuro.
— Por que não estão fugindo da gente agora?
— Vocês são os mocinhos, não são? - Thalita levanta uma sobrancelha. — Flash, Nevasca e Vibro, os salvadores da cidade.
— Como sabem minha verdadeira identidade? Quando eu cheguei um de vocês me chamou de Barry
— Vocês nunca contaram que tinham virado repórteres. - Lindsay fala revirando os olhos até perceber o que acabou de falar.
— Vocês nos conhecem?
— Sim, nós conhecemos, Caitlin Snow, Cisco Ramon e Barry Allen. - Os três os olham espantados após a revelação do loiro, o mesmo resolveu falar aquilo porquê já sabia que eles estavam contra a parede quanto a isso.
— E como vocês conseguiram entrar aqui? - Frost diz se referindo a casa e agora já se transformando em Caitlin.
— Temos os seus documentos.
— Como? Eu estou com eles, sempre estive.
— Somos do futuro, lembra? - O loiro revira os olhos. — E além do mais, você que nos emprestou tia.
Ela o encara, Caitlin já estava com pensamentos a milhão, várias dúvidas rondavam sua cabeça, entre elas "ele realmente me chamou de tia?", ela estava confusa, ainda mais pelo fato de não ter irmãos.
— Vocês sabem muito da gente, mas quem são vocês?
— Podemos? - A velocista fala e todos olham para o mais velho.
— Por que eu tenho que tomar essa decisão?
— Você veio com a gente pra ser o responsável. - Thalita diz com cara de deboche.
— Sim, pelo Lincoln, não por coisas assim.
— Não importa, eu vou falar. - A morena diz ajeitando sua postura. - Estamos aqui por causa de nossos pais, no nosso tempo estamos em uma guerra constante entre meta humanos e quem acredita que eles não devem morrer e os que acreditam que todos os meta humanos devem ser mortos, essa luta existe a muitos anos, mas no momento em que saímos especificamente é a batalha final, nossos pais creem que o melhor para nós é ficar por aqui, pelo menos por um tempo.
— Por isso que tem poderes? Todos vocês são meta humanos? - A doutora encara a velocista.
— Não, não todos.
— Por que conversar comigo poderia mudar a linha do tempo, e como nos conhecem?
—Bem meio que somos parentes. - Ela sente um pisão em seu pé. - Porra Thalita Ramo...
— Ramon? - Cisco levanta do sofá e começa a andar de um lado para o outro. — Você é minha parente? - Ele encara a morena assustado.
Thalita arregala os olhos, ela já pensava em formas de matar a velocista.
— Não podemos dar mais informações, mas acho que entenderam porquê não podem conversar com a gente, não insistam nisso.
E como se fosse combinado, todos os viajantes se levantam e vão em direção a grande e larga escada da sala os deixando no andar de baixo com suas feições confusas.