Teen Mermaids

By _EuVitoria_

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Pertencente a dois mundos, Lydia, Rebeka e Luce precisam encontrar suas verdadeiras identidades. Seus c... More

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Capítulo especial - Morgana
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capítulo especial - Morgana

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By _EuVitoria_

O momento havia sido marcante para ambas as duas, mas como Morgana já esperava, ao fim da dança, da troca de sentimentos e afetos, Kate se fechará em si mesma. A ruiva já havia imaginado que por de trás daquela garota rebelde e dos escudos que ela havia criado em torno de si mesma, havia uma necessidade, cicatriz, dor. Só não pensará que havia tido tanto sofrimento... Naquela noite, Morgana descobrira que ela carregava dores e fardos que haviam lhe sobrecarregado por anos. Ela carregava medos, traumas, e um passado obscuro. Tudo isso imposto por seu próprio pai, Morgana não conseguia pensar em algo mais doloroso do que ser destruída por sua própria família.

Após terem sido socorridas pela alegria que Morgana carregava em sua essência, elas se recuperaram e voltaram a caminhada, tudo retornando a ser escuro, sombrio e macabro. No decorrer do tempo, a sereia ruiva tentara iniciar uma conversa em torno dos últimos acontecimentos, mas não era respondida em nenhuma da suas cautelosas perguntas, Kate recuava de todas as maneiras possível, como um animal ferido.

- Temos que encontrar um abrigo e esperar amanhecer. - De repente, Kate falará, mais fria do que a noite gelada.

- Não acho que será fácil. - Respondeu a ruiva, ao olhar em volta e se deparar apenas com árvores mortas.

- Você não é mesmo uma sobrevivente. - Kate sorriu, mas não havia vontade alguma de faze-lo. Embora seu sorriso fosse muito bonito, a muito tempo não era sincero. Ela começou a andar para dentro da floresta a muito destruída, mas a outra continuou intacta no lugar, sem entender qual era o objetivo de ir para dentro do lugar horripilante. - Vem! - Kate dissera, impaciente com a lerdeza de sua acompanhante. Nadou um pouco voltando para trás, pegou a mão da outra e a puxou consigo.

- Aonde estamos indo? - a ruiva perguntou, tentando se recuperar da sensação que se sustentou de seu corpo quando seus dedos perfeitamente se entrelaçaram.

- Procurar um lugar espaçoso. - respondeu, suspirando o mais fundo que pode. Sem nunca soltar a mão de sua oposta.

- Isso está sem fazer o menor sentindo. Não é como se simplesmente pudéssemos montar um acampamento aqui.

- Eu sempre ando preparada, ruivinha. - Kate dissera simplesmente, tirando algo do meio de seus seios e fazendo a outra compreender porque ela estava tão pacifica e não desesperada em relação ao tal abrigo que precisavam encontrar para passar a noite.

- Isso é uma estrela dourada? - Perguntou Morgana, boquiaberta, ouvindo o fascínio em sua própria voz.

- É sim. - Kate sorriu de forma triste, novamente camuflando sua dor. Afinal de contas, a estrela dourada só se manifestava para sereias com muita necessidade, alguém cujo sofrimento era muito forte. Uma vez que tivesse encontrado aquele presente enviado da lua, a sereia que a tinha, podia usá-la em cinco casos no qual realmente precisasse.

- Ela é linda. - Morgana sorriu com pesar, tendo que se conter para não abraçar aquela que na sua frente estava, a outra parecia tão, mas tão quebrada, que havia ganho como recompensa de toda dor que lhe fora imposta, um presente que podia por cinco vezes, facilitar sua vida.

- É, ela é. - a outra murmurou, mas nem por um segundo pareceu que se referia a concha. Foi quando Morgana ergueu seus olhos do objeto mágico e percebeu que ela lhe encarava com certo brilho no olhar, e novamente, se conectaram. Como se tivessem ensaiado, de forma desesperada, ambas se puxaram uma para outra, em um momento compartilhado, beijando-se de forma avida. Parecia que esperaram por aquele beijo por muitos, muitos anos, quando na verdade sentiam aquele sentimento a menos de poucas horas. Um pouco depois do ato que fora feito por impulso de ambas as partes, elas se afastaram, tornando a encarar uma a outra, e naquela troca de olhar, juntamente com aquele beijo, muita coisa havia sido dita em silêncio.

Claro que depois do beijo intenso e apaixonado, Kate recuou para dentro de sua caverna de novo, afinal de contas, ela era ousada e rebelde, detestava qualquer demonstração de amor ou sentimentos. Por tanto, como se nada tivesse acontecido, abriu a concha e viu nascer magicamente diante de seus olhos, a mais linda e aconchegante barraca já vista.

Indiferente para aquela magia, Kate adentrou na barraca, inquieta depois do beijo, Morgana entrou logo atrás. Ficando maravilhada ao perceber que por fora era uma pequena barraca, mas por dentro uma enorme e luxuosa casa. A magia era realmente de tirar o fôlego.

- Eu já sei. É lindo. Você está encantada. - de costas para ela, imitando a voz delicada e feminina da sereia ruiva, mas abrindo um pequeno sorriso ao lembrar da forma angelical com a qual a mesma se encantava com as mínimas coisas.

Morgana revirou seus olhos e continuou olhando para tudo maravilhada, até que percebeu que Kate se afastava, entrando em algum cômodo. E aquilo lhe chateou mais do que o previsto, pois ela não parecia querer falar sobre o beijo, agia com tanta indiferença que machucou a ruiva. E aquela mesma, mesmo sem querer acabou por demonstrar seus sentimentos, afinal de contas nunca conseguira fingir ou mentir. Desde bem nova lhe diziam que sua intensidade podia ser sua ruína, é difícil ser a garota que sente muito em mundo aonde todos sentem pouco.

- Então é isso? Vamos simplesmente fingir que nada aconteceu? - Perguntou de onde estava, fazendo Kate parar, ainda de costas.

- Só esqueça isso. - Kate suspirou, parecendo cansada.

- Como quiser. - Magoada, ela sentiu como se uma faca fosse perfurada em seu coração tão puro. Como para ela parecia tão fácil simplesmente esquecer? Morgana nunca esqueceria. Numa tentativa frustrada de esquecer, também foi procurar por um aposento mágico no qual pudesse descansar.

Na manhã seguinte, despertou no instante em que ouviu um grito agudo surgindo do quarto ao lado. Morgana se sentou o mais depressa que pode, reagindo no modo automático. Jogou a coberta que lhe aquecia para o lado e correu com valentia para o outro cômodo. Seus passos lhe guiaram rapidamente até a cama de Kate, aonde deitada sobre ela, a sereia gritava compulsivamente, ainda de olhos fechados.

Em um impulso, Morg tocou-lhe os ombros para desperta-la do pesadelo, mas a mesma revidou gritando ainda mais alto e se assustando com sua presença, jogou-a longe. Flutuo pela água até bater seu corpo contra um dos móveis da cabana chique.

- Noite ruim? - acariciando sua cabeça contendo um galo enorme, Morgana sorriu levemente, caída.

- Vida ruim. - Afirmou com convicção. E assim iniciaram uma manhã, aquela que esbanjava bom humor e aquela que desconhecia essa palavra.

Morgana sentia dor na região aonde havia batido, seu cérebro parecia que ia congelar pois tentando aliviar a dor e diminuir o galo, Kate colocava sobre o local da batida, um pequeno cubo de gelo. E ela podia literalmente ouvir seu coração batendo mais forte, enquanto a garota fria cuidava dela, de uma forma tão atenciosa que chegava a ser questionável. Tudo bem, havia sido ela a causadora do ferimento e da dor, mas ainda assim, ela nunca parecia o tipo de sereia que se importava com suas ações, e daquela vez, estranhamente, parecia se importar demais.

- Vai devagar. - Com dor Morg pediu, se desvencilhando do toque dela enquanto segurava a mão da outra para impedi-la de continuar.

- Deixe de ser fresca. - Kate bufou e pediu com impaciência.

- Porque não é você. - a outra também resmungou, porém mais baixinho, e de forma birrenta.

- Eu sinto muito. - Depois de um tempo, ela se limitou a dizer. Olhando fixamente para Morgana. Que constatou em seus olhos que era a mais pura verdade. A ruiva sentia suas bochechas corarem e borboletas baterem asas em seu estômago enquanto elas se encaravam de forma mutua. - Eu queria ferir ele, não você. - ela se ergueu, se afastou, deu as costas e murmurou com angústia, sua cabeça estava baixa de forma derrotada.

- O seu pai? - da forma mais cautelosa que pode, Morg fez a pergunta da qual já possuía a resposta.

- Sim. - concordou, voltando a olhar para ela, não havia vida em suas íris, somente dor e frieza. - Klaus era um monstro. - Enquanto dizia ela parecia distante, se afogando em um passado torturante. - Ele me violentou, me bateu, me fez assistir enquanto espancava a minha mãe e o meu irmão. E depois, ele a matou...

- Kate, eu sinto muito. - Morgana se ergueu e foi até a sereia, ela própria estava com lágrimas nos olhos, comovida pela história trágica de vida da outra e compreendendo porque ela era como era.

Kate tentou se afastar, pela primeira vez envergonhada, talvez por ter soado vulnerável, ter ficado tão exposta. Mas não pode concluir seu desejo, pois a ruiva segurou seu pulso e lhe puxou de volta, abraçando-a com carinho, apesar das relutâncias. Até que por fim, seu abraço fora destruindo qualquer dificuldade de demonstrar sentimentos, como a cura para uma doença. Kate chorou, enquanto sua aposto lhe acalentava com compaixão.

- Deve estar me achando uma sentimental frágil. - murmurou a outra, chorosa.

- Todos somos sentimentais e frágeis, até mesmo os mais fortes de nós.

Ficaram por um tempo abraçadas daquela forma, até que Kate se acalmou e conseguiu se afastar, depois de muito esforço, pois por ela, permaneceria naquele abraço pro resto de sua vida. Por esse ter sido seu pensamento, que ela se odiou. Morgana realmente conseguia mudar qualquer mal com o amor que carregava em sua essência.

- Bem, eu não sou todo mundo. - conseguiu replantar seu escudo, caminhando para longe da ruiva enquanto secava suas próprias lágrimas. Mas Morgana já havia descoberto que toda aquela frieza era somente fachada. - Agora chega desse sentimentalismo barato. Temos mais alguns desafios pela frente.

Ela saiu para fora da estrela dourada que magicamente havia se tornado uma barraca pequena por fora, mas grande por dentro. A outra sereia saiu atrás dela, com um sorriso contido nos lábios, de alguma forma ela sabia que Kate era muito mais sentimental do que gostava de aparentar ser e que ela era muito mais boa do que um dia admitiria. Afinal de contas, ali estava ela, arriscando sua vida por uma causa que não era sua e que não lhe renderia nenhum benefícios.

Quando elas duas abandonaram a barraca, a própria voltará para sua forma real de estrela e lá Kate perdia mais um prêmio de necessidade. Sua companheira esperou que ela recolhesse seu objeto mágico enquanto tentava se acostumar com a luz da manhã, finalmente, não havia somente escuridão, embora estivesse em um lugar tão escuro que nem mesmo o sol fosse capaz de iluminar.

Enquanto elas voltavam novamente para a caminhada perigosa, Morgana fizera brincadeiras bobas durante o caminho, falando as coisa mais aleatórias e sem sentido. Enquanto ao seu lado, Kate continuava andando com a mesma expressão séria de sempre, vez ou outra abria a boca somente para debochar da lerdeza da outra sereia. Que parecia se divertir com as coisas menos engraçadas do universo, ela tinha um humor bem peculiar.

No meio de mais uma das besteiras que Morg dizia, ela foi interrompida quando salvando sua vida, Kate lhe arremessou longe, como quem salva uma pessoa de um atropelamento de carro, mas naquela versão, elas estavam na água e o carro era um tubarão mutante, daqueles que não para até matar sua presa. As meninas sereias já haviam enfrentado aquelas aberrações e elas haviam sido as únicas a sobreviverem de todas sereias que com eles cruzaram.

- Você está bem? - Kate perguntou após salvar a vida da outra graças ao seu excelente reflexo. Ela apenas esperou que sua companheira confirmasse para começar a criar pedras de gelo e joga-las contra o mais novo inimigo. Enquanto isso, aquele enorme monstro marinho, dava investidas cada vez mais precisas em várias tentativas de devorar a sereia por inteira. Ele abria sua boca com enormes presas e tentava abocanha-la, mas acabava por comer o gelo que ela usava para lhe atacar. Apesar de saber como se defender muito bem, a situação ficava cada vez mais vantajosa para o tubarão mutante. Ele era o maior pesadelo de qualquer cardume, dado ao fato de que apenas uma mordida sua, podia levar um sereia a morte, a menos que ela entrasse em contato com a lua cheia, o que podia ser demasiadamente pior do que morrer.

Sabendo que precisava fazer algo a respeito, Morgana olhou em volta, procurando por algo que pudesse deter o tubarão de por fim vencer Kate. Mas infelizmente, nada encontrou. Foi quando um presente enviado dos deuses, iluminou sua mente e ela viu a mesma ser invadida por imagens além do que realmente via. Um céu. Um sol. A superfície.

- Eles são tubarões da escuridão. Só vivem no escuridão, temos que leva-lo para luz. - gritou para a outra, sem saber como deduzirá aquela mensagem tão facilmente, mas agradecida por quem quer que tivesse sido a lhe dar aquela visão.

Distraída por sua voz, Kate olhou para cima do ombro e acabou por levar um golpe do tubarão, que bateu sua cauda no corpo da sereia, jogando ela longe e podendo sem a presença dela, notar a ruiva que estava logo atrás.

- Puta merda. - murmurou ao perceber que novamente era o alvo. Nutrindo o mesmo medo que por toda sua vida havia lhe acompanhado. Em pouco tempo estava nadando apressada, com o predador em seu encalço. Olhou por sobre seus ombros para ter certeza da localidade do vilão e naquele momento sentiu presas afiadas perfurarem sua cauda, rasgando a pele e lhe fazendo urrar de dor. Todavia, apesar do sangue e do ferimento, Morgana se mantivera firme e continuou a nadar até finalmente alcançar a superfície, aonde o tubarão queimou exposto ao sol, até virar cinza. Mesmo que tivesse vencido mais aquele desafio, sabia que também havia perdido. Afinal, havia sido mordida por algo que para sua espécie, era fatal. Depois dos obstáculos que encontrou naquela busca, compreendeu porque ninguém saia daquela missão com a Concha prisão. Alguns por muito pouco e raro saíam com vida.

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