AVISO
O CAPITULO CONTÉM CENAS DE AGRESSÃO E INSINUAÇÃO DE ESTUPRO, SE FOR SENSÍVEL PULE.
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Olivia F.
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O carro estaciona em frente a nossa casa, uma incrível construção de luxo que eu odiava com todas as minhas forças. Ser dono de uma empresa de tecnologia dava ao meu pai uma conta sem fundos no banco, e o poder para esconder todas as coisas nojentas que fazia.
Para me esconder
Desço do carro com pressa agarrando minha mochila no banco de trás e me ponho a correr em direção a porta já ouvindo os passos dele no cascalho da entrada. Consigo abrir a porta tremendo e volto a correr para o andar de cima agora, mas antes de chegar ao terceiro degrau da escada a mão gigante agarra meu pé me puxando e fazendo com que eu caia de cara na madeira batendo o lado já machucado, sinto o gosto de sangue na boca e soluço engolindo o choro enquanto balanço as pernas tentando me soltar dele.
Consigo virar de barriga pra cima quando acerto um chute na perna dele, e vejo os olhos escuros dele brilharem em uma espécie perversa de diversão.
- você quer lutar Rose? Então vamos lutar! - puxa meu tornozelo o torcendo e grito pela dor do nervo se repuxando. Tento me puxar pelas grades da escada ainda tentando lutar com minhas pernas, mas ele era mais forte, ele sempre seria mais forte. Meu pai me puxa mais uma vez com força e minhas mãos escorregam me fazendo ofegar quando é a vez da minha nuca acertar o degrau debaixo de mim enquanto ele me arrasta para o meio da sala ignorando qualquer coisa.
O que ele queria comigo?
Minha pergunta foi respondida antes que saísse da minha boca quando ele se abaixou na minha frente e começou a puxar minha calça para baixo ignorando os botões e o fato dela ser apertada.
- NÃO- grito o mais alto que meus pulmões permitem ao entender o que ele queria dizer no carro. "Hora de ser mulher", ele iria me estuprar, depois de tantas ameaças, ele enfim ia conseguir o que tanto queria.
- quieta! - ele cobre minha boca com a mão e o mordo com força criando coragem para me defender, mas um soco me acerta no estômago em troca me deixando ofegante. Ele termina de tirar minha calça e passa a língua no lábio. - você é tão gostosa Rose...
Fecho os olhos soluçando e percebo que não adianta mais lutar, é o fim. Ninguém irá me salvar!
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Henry C
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Saio da delegacia um pouco mais tarde aquela noite, e rio com a insistência de Peter para que eu saia com ele e duas de suas amigas não tão frequentes assim.
- tem certeza que não quer vir? - Peter pergunta uma última vez abrindo a porta do seu Mercedes prata e nego com a cabeça abrindo a da minha caminhonete.
- não estou no clima para festas hoje Stan, quero um banho e meu cachorro.- rio entrando no veículo e fecho a porta colocando o celular no painel antes de por meu cinto e ligar a ignição ouvindo o motor ronronar como sempre.
Espero ele sair, dou uma buzina me despedindo e dirijo em velocidade baixa pelo estacionamento da DP logo entrando na via principal acelerando. Ligo o rádio da polícia concentrado na estrada e passo a mão no meu rosto cansado.
- temos uma denúncia de agressão na Melrose Avenue, número 14, possível abuso infantil. Foram ouvidos gritos da casa...- escuto do rádio e franzo a testa, era um bairro rico. Pego o celular que ficava ligado com a central rápido acelerando e virando em uma rua próxima ao endereço ligando a sirene.
-Detetive Cavill a caminho do endereço, central.- aviso pegando minha arma no porta luvas guardando no coldre pendurado no meu braço e entro na rua que fora dita desligando a sirene. Se ouvissem podiam parar a agressão, eu não falhava mais em serviço.
Estaciono em frente a casa ao lado do número 14, e escuto um grito vindo de lá. Faço uma careta, vendo um homem sair da casa e vir até mim.
- policial?- ele pergunta e aceno antes de me afastar andando pelo cascalho vendo uma cortina tremer em uma das janelas da casa. Subo os degraus da escada da frente e bato na porta com força.
A porta se abre e um homem negro e forte sai por ela me olhando com os braços cruzados, poucos centímetros mais baixo do que eu, mas tão forte quanto. Tento enxergar por sobre seu ombro, mas desisto ao ver o sangue em seus dedos.
filho de uma puta.
- em que posso ajudar oficial? - ele pergunta olhando para o meu distintivo preso no passador do cinto da minha calça.
- recebemos uma denúncia de gritos vindo da sua casa senhor - falo fingindo tranquilidade. - achamos que podia estar acontecendo um assalto.
- creio que foi um engano, estava vendo um filme e o som devia estar alto demais. - ele sorri parecendo sincero, mas eu conhecia agressores demais para cair naquela.
- vou avisar a central então. Desculpe o incomodo, Senhor? - estendo a mão para o cumprimentar com um sorriso falso no rosto.
-Oliver, Noah Oliver...- aperta minha mão e logo a solta.
- tenha uma boa noite, Sr Oliver. - me afasto e ele entra. Suspiro descendo as escadas e pego meu celular novamente. - central, mande reforços para Melrose Avenue, estou entrando no endereço e mandem a porra de uma ambulância.
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Espero que gostem.
Comentários são bem vindos.
E aí? Henry vai quebrar a cara do Noah ou vai salvar Olívia primeiro?