MEU BOMBEIRO - ALEC & MANDY...

By Autora1976

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Este é o primeiro livro da série que fala da vida profissional e amorosa de uma equipe de bombeiros de Los An... More

PRÓLOGO
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Epílogo
Aviso
NOTA FINAL

Capítulo 2

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By Autora1976

Amanda entrou no ginásio completamente alheia a tudo e a todos. Só o que importava era a felicidade que ela estava sentindo por finalmente estar com o Alec. Achou linda a forma como ele disse que ela era especial e que esperaria o tempo que ela quisesse para os dois terem intimidade.

Estava se encaminhando para a fila da cantina, quando sua amiga Jenny a parou.

- Caramba Mandy, onde você estava?

- Ahhh Jenny... Você nem imagina! Alec disse que também está apaixonado por mim. Estávamos lá fora namorando.

- Namorando?

- Sim!!! Ele me pediu em namoro. Dá para acreditar?

Jenny deu pulos e bateu palmas de felicidade por sua amiga.

- Que maravilha! Mas o Jayce estava procurando vocês. Ele não os viu?

- Graças a Deus não.... Alec disse que vai conversar com ele depois. Só espero que o cabeça dura do meu irmão não queira nos atrapalhar. Eu não vou abrir mão do Alec.

Amanda estava contando como foi a conversa com o Alec, quando seu irmão se aproximou.

- Amanda! Onde diabos você estava? E o Alec? A última vez que o vi, estava dançando com você.

A vontade de Amanda era mandar seu irmão às favas e contar que estava com o Alec, mas também não queria estragar a amizade dos dois, então engoliu sua raiva, e respondeu o mais despretensiosamente possível.

- Estava muito calor aqui, e nós fomos lá fora conversar um pouco, por quê?

Como sabia que o Alec era amigo dela também, e estava tentando protegê-la das investidas de Thomas Barnaby, Jayce não estranhou os dois sozinhos lá fora.

- Por nada maninha. Só estava preocupado com você. Mas cadê o Alec?

- Ficou lá no estacionamento, perto do carro dele.

- Valeu! Tenho que resolver umas coisas com ele.

- Mas agora? Não é melhor deixar para amanhã?

- Mandy... Tudo bem que vocês são amigos também, mas eu já disse a você para não se meter nos meus assuntos com o Alec.

Jayce saiu antes que ela pudesse argumentar mais alguma coisa, deixando Amanda apreensiva.

- Jenny... e se o Alec resolver falar algo agora? Não quero que eles briguem, principalmente aqui.

- Calma amiga... Eu não acredito que Alec faça isso. Ele deve falar com ele outra hora.

- Tomara....

Amanda com medo de demorar muito, pois a fila estava grande, desistiu dos refrigerantes e resolveu voltar para o estacionamento cuidadosamente, pois estava com medo de ver seu irmão e o Alec discutindo. Mas a cena que ela presenciou, foi muito, mais muito pior do que ver dois amigos brigando.

Amanda parou no meio do caminho, quando viu o Alec saltando da caçamba do carro, enfiando a camisa para dentro da calça e fechando o zíper. Ele parecia afobado, e ao ver Wendy Foster descendo logo em seguida ajeitando a saia do vestido, sua visão embaçou pelas lágrimas, e a dor que ela sentiu no peito foi absurda.

Tapando a boca com as mãos para abafar o grito que queria dar, Amanda se virou e correu de volta para o baile.

Alec tinha prometido que não a magoaria, mas não sustentou isso nem por meia hora. Ele era um cafajeste sim, e Amanda tinha sido cega ao achar que ele era diferente dos outros meninos.

Sua amiga Jenny a viu correndo para os banheiros, e foi atrás dela.

- O que houve Mandy? Por que está chorando assim?

Amanda contou tudo o que viu quando chegou ao estacionamento, e Jenny estava possessa. Queria ir atrás do Jayce e contar o que seu amigo fez com a irmã dele.

- Não Jenny... Snif.... não quero que os dois... Snif... briguem por minha causa.

- Depois do que ele fez, você ainda quer protegê-lo?

- Ele pode ter sido um canalha comigo, Snif... mas é o melhor amigo do Jayce. É melhor ele nunca saber do que o Alec fez.

- Mas como você vai fazer amiga? Conviver com ele todos os dias depois disso, não vai ser fácil.

- Eu sei... Snif... Mas vou dar um jeito. Snif... Minha prima Alice, que mora em Palm Springs, Snif... me chamou para passar o verão com ela. Acho que vou aceitar. Snif...

- Enlouqueceu? Passar o verão no deserto, longe da praia?

- Vai ser melhor Jenny... Eu vou ficar longe do Alec, e assim não atrapalhar a amizade deles... Snif...

- Eu não acho certo, mas você é quem sabe. Agora... Você vai levantar desse chão, lavar o rosto, retocar a maquiagem, e cair na pista comigo.

- Não amiga, eu só quero ir pra casa...

- Nem pensar! Você vai ficar, e dar o troco naquele babaca.

- Do que está falando Jenny?

- Thomas Barnaby querida... Ele é louco para ficar com você, e você vai esfregá-lo no focinho do Alec.

Amanda chegou a parar de chorar com a ideia absurda da Jenny.

- Quem enlouqueceu agora, foi você. Eu não suporto ele, e se o Jayce me ver perto dele, vai dar merda.

- Deixa isso comigo... Agora vamos lá.

- Mas Jenny...

- Anda Mandy. Eu não vou deixar o Alec sair impune do que fez com você. E logo com a vadia mor do colégio... Ahhh.... Essa eu não vou deixar passar.

Sem conseguir demover sua amiga do plano de vingança, Amanda acabou concordando, em parte por estar se sentindo humilhada. Afinal, foi só o Alec saber que ela era virgem que foi se aliviar com outra. Onde estava o respeito que ele dizia sentir por ela?

Enquanto Jenny concertava sua maquiagem, esses pensamentos foram ruminando em sua cabeça, e a cada minuto, a raiva sobrepunha a tristeza. Quando Jenny terminou de arrumá-la, já não tinha mais vontade de chorar, e sim de pagar na mesma moeda o que Alec fez com ela.

Voltaram para o salão, e rapidamente Amanda viu o Thomas numa rodinha com o time de basquete. Respirando fundo, ela tomou coragem e se aproximou.

- Oi Thomas... Que tal termos aquela dança agora?

- Ora... Ora... Seu irmão e o guarda costas dele te deram um passe livre?

Amanda definitivamente não gostava daquele garoto, mas precisava dele para se vingar do Alec.

- Olha... ninguém manda em mim, mas se você está com medo deles...

Ela deu de ombros e se virou para ir embora, mas ele a chamou. Sabia que ele morderia a isca. Thomas era um valentão e não ficaria com fama de medroso na frente de seus amigos.

- Espera! Eu não tenho medo daqueles dois. Você quer dançar? Então vamos.

Amanda sorriu forçado, e pegou a mão que ele estendeu para ela.

No meio da pista de dança, Thomas tentava a todo custo beijá-la ou passar a mão em lugares que não devia, a deixando incomodada. E Amanda tentava ao máximo retardar os avanços dele, até que viu Jenny, da entrada do ginásio, fazer um sinal de ok para ela e apontar para o Alec que vinha entrando com o Jayce.

Naquele momento, ela respirou fundo e incorporou o papel que precisava desempenhar. E pegando o Thomas de surpresa, tacou-lhe um beijo digno de cinema, o que fez com que ele a agarrasse mais forte, e achasse que tinha permissão para fazer o que quisesse.

Alec estava estranhando a demora de Amanda e resolveu ir atrás dela. Encontrou com o Jayce na entrada do ginásio.

- Ah aí está você! Então, gostou do presentinho que te mandei?

- Cara, você perdeu o juízo?

- Como assim? Do que está falando Alec?

- Eu te disse que não queria ficar com a Wendy. Por que mandou ela atrás de mim?

- Vai dizer que não gostou? Qual é Alec? A garota estava bem-disposta para...

- Cala a boca Jayce! Eu só não te acerto agora, porque tenho coisas mais importantes para fazer.

- Hei... Calma. Foi mal pela Wendy. Mas que coisa importante é essa? É a tal garota misteriosa? Ela está aqui?

Alec respirou fundo e continuou andando. Por mais que quisesse falar com seu amigo sobre seu namoro com Amanda, ali não era o lugar para isso. Jayce o seguiu ainda fazendo perguntas, mas quando entraram no baile e viram a cena na pista de dança, Alec sentiu como se todo o seu sangue tivesse sido drenado. Era como se tivesse levado um soco no estômago e não conseguia respirar.

Amanda..., Sua Mandy, estava aos beijos com Thomas, e ele tinha as mãos na bunda dela apertando como se fosse sua propriedade.

- CARALHO! O que ela pensa que está fazendo?

O grito do Jayce o tirou daquela agonia por instantes, e então ele se deu conta de que Amanda mentiu para ele. Que só estava zoando com sua cara como fazia desde que eram crianças.

Aquela constatação, fez algo se quebrar dentro dele. Todo o amor, e respeito que um dia sentiu por ela, se esvaíram em segundos. Ele prometeu a si mesmo que nunca mais passaria por uma dor daquelas.

- Alec... está vendo isso?

- Sim...

- Cara eu vou quebrar aquele filho da puta!

Alec não sabe por que não deixou o Jayce fazer o que disse, já que ele mesmo queria matar o Barnaby por estar com as mãos em Amanda, mas como ela parecia estar gostando muito daquilo, ele se conteve.

- ME SOLTA ALEC!

- NÃO!

- É A MINHA IRMÃ PORRA!

- Sim... E ela já é bem grandinha para saber o que faz. Olha lá. Ela está gostando Jayce. Deixa ela se divertir, assim como você já se divertiu hoje...

- Mas cara....

- Jayce olha para mim.

Seu amigo o encarou.

- Você não vai poder tomar conta dela a vida toda. Deixe-a com as escolhas dela. Ela tem esse direito de ficar com quem quiser. E se é o Barnaby que ela quer, que seja...

Alec tentou manter um tom controlado para que seu amigo não percebesse a raiva e o ciúme que ele estava sentindo. E mesmo apesar de tudo, ele não queria que Jayce fizesse um show e envergonhasse a Amanda. Parece que mesmo com a traição, o instinto protetor que tinha sobre ela ainda imperava.

- Mas ele não vale nada Alec. Vai magoá-la.

- Se isso acontecer, é melhor vocês estarem bem, para que você possa consolá-la e ajudá-la. Agora se você for até lá e entrar numa briga com ele, sua irmã vai te odiar. Pensa bem.

Jayce deu mais uma olhada no casal. Suas mãos estavam fechadas em punhos, e seu maxilar serrado, mas ele entendeu o que seu amigo falou, e resolveu aceitar.

- Tudo bem, mas eu não vou ficar aqui vendo isso. Para mim esse baile já deu o que tinha que dar.

Alec, que também não queria ficar assistindo aquilo, concordou.

- Para mim também. Vamos dar o fora daqui.

Quando eles passaram pela porta, Alec viu a Jenny olhando feio para ele. Não conseguiu entender o motivo, mas também nem queria saber. Nada mais importava naquele momento. Ele só queria ir para casa e chorar sozinho em seu quarto.

Assim que viu os dois saindo, Jenny correu em auxílio à sua amiga, pois o Thomas já estava passando dos limites.

- Com licença... Desculpe Thomas, mas eu preciso da ajuda da Amanda.

- Dá um tempo Jenny, não vê que estamos ocupados?

- Thomas, é sério.. Amiga vem comigo...

O Thomas não estava nada satisfeito de ter seu amasso interrompido pela amiga chata de Amanda.

- O que pode ser tão sério?

Jenny vendo que ia ser mais difícil livrar Amanda do trogloditas, fez cara de choro e disse a primeira coisa que veio à sua mente.

- É... a minha avó! Me ligaram agora dizendo que ela está mal... Preciso ir para casa, e vim de carona com a Mandy...

Amanda, que sabia que a avó de Jenny já era falecida a mais de cinco anos, não entendeu muito bem. Ela estava meia atordoada ainda pelo que aconteceu com o Alec, e pelo esforço que estava tendo que fazer para não vomitar cada vez que o Thomas a beijava.

- Sua avó? Mas...

- Por favor Mandy... Vamos antes que seja tarde...

Jenny enfatizou essa parte, e finalmente Amanda entendeu o que sua amiga estava fazendo.

- Ah claro Jenny! .... Thomas eu sinto muito, mas preciso ir.

- Mas eu pensei que a gente...

- Outro dia... Eu ligo para você ok? Desculpe....

E pegando na mão de Jenny, as duas saíram correndo do salão. Entraram no carro de Amanda, e partiram o mais depressa possível do campus do colégio.

Depois de rodarem alguns quilômetros, Amanda parou no acostamento e saiu apressada, ficando na frente do carro vomitando. Jenny, com muita pena de sua amiga, foi ajudá-la.

- Respira Mandy...

- Eu... não sei como aguentei Jenny. Cada vez que ele me beijava e me tocava, eu queria sair correndo.

- Já acabou... Agora respira fundo que vai passar...

Amanda conseguiu se recuperar um pouco e fez a pergunta que estava martelando em sua cabeça.

- O Alec.... Ele me viu com o Thomas?

- Viu amiga... E o Jayce também.

- E?

- Bem, Jayce queria ir para cima de vocês, mas pelo que vi, Alec não deixou e o convenceu a ir embora.

- Mas o que ele disse? Como conseguiu segurar o cabeça quente do meu irmão?

- Eu não pude ouvir tudo amiga. Só escutei ele dizer ao Jayce para deixar você fazer o que quisesse.

Amanda fechou os olhos apertados e começou a chorar. Saber que o Alec não se abalou com o que viu, foi a gota d'água.

- Hei... não fique assim Mandy...

- Ele nem ligou Jenny... Tudo o que me disse no estacionamento era mentira!

- Mandy, ele ficou com raiva também, mas pareceu que ele queria evitar uma briga, só isso.

- Não acredito! Ele deve ter desistido de mim no momento que contei que era virgem. Porque ele ficaria comigo, se pode ter qualquer garota dessa escola, que estaria disposta a pular na cama dele num estalar de dedos?

- Amiga, não pense assim... Tudo bem, o Alec foi um escroto, mas não acredito que tenha sido por isso. Nós conhecemos bem a Wendy, não é? Sabemos como ela cai matando. E ele é homem. Vamos lá pra casa. Você toma um banho e descansa. Amanhã você pensa melhor nisso tudo, e sobre essa loucura de ir para Palm Springs.

- Não, já está decidido. Vou para casa dos meus tios, e quando voltar já vai estar na época de ir para a faculdade, então não vou ter que vê-lo tão cedo.

Alec foi direto para casa ignorando os apelos de Jayce para continuarem a noite em outro lugar. Ele não tinha mais ânimo para nada. Só queria se jogar na sua cama e digerir tudo o que aconteceu no colégio.

Ela disse que estava apaixonada, e parecia tão feliz quando ele a pediu em namoro, que era difícil de acreditar que logo depois, Amanda estivesse nos braços de outro.

Alec tentou conter o choro, mas não conseguiu, e seus soluços deviam estar bem altos, já que seu pai ouviu e entrou em seu quarto.

- Alexander? É você?

Alec tentou esconder o rosto para que seu pai não o visse daquela forma.

- O que houve filho? Por que voltou tão cedo?

- Nada... snif.. não aconteceu nada pai...

- Alexander, olhe para mim...

Alec então sentou-se na cama e enxugou as lágrimas com a manga da camisa, antes de acender a luminária que ficava em seu criado mudo. E seu pai o olhou atentamente antes de exclamar com certo alívio.

- Graças a Deus! Pensei que você estava ferido...

- Estou bem pai, não se preocupe.

- Fiquei com medo que tivesse entrado numa briga, mas pelo que vejo está inteiro. Pelo menos por fora. Mas não me diga que está bem, pois está visível que isso não é verdade. Vai me contar o que fez meu filho durão chorar?

- Não foi nada pai.

- Ok... Mas se quiser conversar, sabe que eu estou aqui né filho?

Alec assentiu, e Sr. Paxton se encaminhou para a porta, mas parou antes de sair.

- Seja o que for que está te afligindo, sei que vai resolver Alexander.

Alec, que só tinha seu pai no mundo, já que sua mãe havia falecido quando ele ainda era criança, começou a chorar novamente e chamou o pai de volta. Sr. Paxton sorriu para si mesmo em agradecimento. Não queria deixar seu filho daquele jeito, mas não podia obrigá-lo a falar. E voltando até a cama, se sentou e ouviu atentamente o filho relatar o que aconteceu no baile. E quando Alec terminou de falar, ele suspirou antes de se pronunciar.

- Finalmente você se declarou para aquela menina.

Alec ficou surpreso com a declaração de seu pai.

- O Sr. sabia?

- Filho, só um cego não via o jeito que você olhava para ela. Eu pensei que você iria tomar uma atitude no aniversário de 16 anos dela, mas você ficou lá, apenas olhando, enquanto aquele merdinha do filho dos Mitchel a cortejava. Francamente Alexander...

- Pai!....

- Ok, isso é passado. O que importa é que você o fez hoje.

- E olha no que deu. Ela acabou comigo.

- Você falou com ela depois disso?

- Claro que não! Eu não quero nunca mais ver a cara dela na minha frente.

- Bem, isso vai ser um problema, já que ela mora aqui ao lado, e a janela dela dá direto para a sua.

- Eu vou mantê-la fechada, e não vou mais na casa dela.

- Eu acho que vocês deviam conversar. Você precisa entender o que levou ela a fazer uma coisa dessas. Confesso que estou muito surpreso com esse comportamento da Amanda. Ela não me parece o tipo de menina volúvel assim.

- Ela também me enganou pai. Por trás daquele jeitinho de boa moça... Mas eu não quero conversar com ela.

- Eu acho que você está cometendo um erro.

- Não mesmo! Ela é como a maioria das garotas do colégio. Todas umas vadias.

- Alexander!!!

Sr. Paxton o repreendeu pelo linguajar e sacudiu a cabeça.

- E o Jayce? Ele sabe?

- Não! Nem vai saber nunca.

- Então como é que você vai explicar essa mudança de comportamento? Você vive naquela casa.

- Vou dar um jeito pai. Mas uma coisa eu juro para o Sr.... Nunca mais eu vou ser idiota assim... Mulher nenhuma vai brincar comigo de novo.

- Sinto lhe dizer filho... que pensar assim só vai fazer mal a você mesmo. E pela minha experiência, essa história de vocês, está longe de acabar....

- Ahhh isso é ruim hein... Nunca mais eu chego perto daquela garota....

Sr. Paxton apenas sorriu zombeteiro para Alec e o deixou.

Amanda arrumou suas malas logo depois de ligar para sua tia e avisar a família para onde iria. Seus pais não entenderam por que ela decidiu isso tão de repente, mas seu irmão suspeitava que tinha algo a ver com o baile.

- O que você não está contando Mandy? Não pense que eu caí nessa historinha de mudar de ares antes da faculdade, que você contou para papai e mamãe.

- Não viaja Jayce.

- Fala a verdade mana. Foi pelo que houve ontem no baile?

Amanda congelou com a hipótese de Alec ter falado algo com seu irmão. Respirou fundo e olhou para Jayce tentando parecer o mais calma possível.

- Do que você está falando Jayce?

- Não vem com essa Mandy. Eu vi vocês dois!

- E o que você viu exatamente?

- Não se faça de boba. Todo mundo viu você se atracando com o Barnaby.

Amanda soltou a respiração que nem percebeu estar segurando. Graças a Deus não tinha nada a ver com o Alec.

- Pode falar Mandy.... Aquele idiota fez alguma coisa com você?

- Não Jayce, fique tranquilo. Nada aconteceu além do que você viu.

- Então por que você está partindo assim? Nós tínhamos planos para o verão...

Querendo tirá-lo de seu pé sem dar muitas explicações, Amanda resolveu dar um dos motivos do porquê ela estava indo para Palm Springs.

- Certo... Eu estou me sentindo envergonhada pelo que fiz ontem, e sei que vão ficar falando sobre isso o verão todo.

- Se é por isso, deixa comigo, que eu quebro a cara de todos eles. E o Alec vai me ajudar com isso.

- NÃO! Por favor Jayce, pelo menos uma vez seja o irmão que me ama acima de tudo, e não comente nada com ninguém sobre isso, nem mesmo com o Alec.

- Mas porque Mandy? Ele é nosso amigo. Tenho certeza de que ele não vai gostar de ouvir alguém falando de você por aí. E ele vai querer saber por que você viajou.

- Jayce... Já te pedi. Ninguém. Se alguém perguntar, diga que fui ajudar a Tia Molly na loja dela para levantar uma grana. Faça isso por mim... Me promete que vai deixar isso quieto?

- Tá certo maninha... Mas não vou prometer que não acertarei alguns murros se ouvir qualquer besteira sobre você.

- Eu te amo seu idiota!

- Também te amo Mandy. E se você acha melhor mesmo se afastar para a fofoca morrer, tudo bem, eu te apoio. Mas trate de voltar logo. Quero passar um tempo com você antes de ir para Stanford, ok?

- Claro!

Um mês e meio havia se passado do baile, e Amanda estava mais conformada com o fiasco de sua história com o Alec. E apesar de estar se divertindo, estava pensando em voltar antes, pois estava morrendo de saudades de sua família e amigos. Até mesmo do Alec, apesar de achar que nunca mais os dois seriam amigos.

Ela estava falando com os tios sobre sua partida, quando recebeu um telefonema de sua mãe.

"Alô mamãe... Que saudade."

"Amanda..."

Assim que ouviu a voz da mãe, ela sabia que algo estava errado.

"O que houve mãe?"

"Filha... Infelizmente não tenho boas notícias..."

"Pelo amor de Deus mãe! O papai está bem? Ou é alguma coisa com Beca? Oh meu Deus foi o Jayce, não é?"

"Não Mandy, se acalme. Estão todos bem aqui em casa. É o Paxton querida..."

"O tio Pax? O que aconteceu com ele?"

"Ele sofreu um acidente de carro filha.... e não resistiu."

Amanda colocou a mão na boca para abafar o grito. Ela adorava o Sr. Paxton. Ele era como um segundo pai, e imaginar como o Alec estaria devastado, estava acabando com ela. Seu choro era evidente em sua voz

"Mamãe... Como está o Alec?"

"Ah filha... Ele está destruído. Seu irmão está com ele desde que a notícia chegou. Eles estão lá no quarto."

"Eu vou voltar hoje mesmo pra casa mãe."

"Faça isso Mandy. Alec vai precisar de todos nós nesse momento."

Amanda fez o que disse, e cerca de duas horas e meia depois do telefonema, seu tio Ronald, que fez questão de levá-la, estacionava o carro na garagem de sua casa.

Amanda saltou antes que o carro parasse direito, e entrou correndo em casa. Precisava ver o Alec, e mostrar para ele que independentemente de qualquer coisa, ele podia contar com ela. Mas a recepção que ela teve, não foi bem a que esperava.

Assim que chegou na porta do quarto de seu irmão, Amanda parou e tomou algumas respirações antes de bater.

- Entre!

Ela abriu e foi entrando devagar. Jayce estava sentado na cama, com os olhos vermelhos e fungando um pouco, e Alec, estava em pé, com um braço apoiado no batente da janela. Seu olhar parecia perdido.

- Mandy? Que bom que voltou.

Jayce se levantou rápido e abraçou a irmã apertado, cochichando no ouvido dela.

- Ele não está nada bem mana... Veja se consegue fazer ele comer algo. Eu já tentei de tudo.

Amanda assentiu e se encaminhou em direção ao seu amado Alec. Sentiu como o corpo dele endureceu quando ela tocou seu ombro e o chamou.

- Alec... Eu sinto muito....

Ele não queria nem ouvir a voz dela. A lembrança da traição de Amanda, junto com a dor da perda de seu pai, era demais para ele. Mas se lembrou que o Jayce também estava no quarto, então engoliu sua raiva e respondeu o mais normal possível.

- Obrigado Amanda.

Amanda... e não Mandy, como ele sempre a chamou. Aquilo doeu fundo no peito dela, mas ela atribuiu isso a tristeza que ele estava, e fez o que qualquer pessoa faria naquele momento. Ela o abraçou pela cintura e encostou o rosto nas costas dele.

Alec respirou fundo e não se moveu durante um tempo, até que não aguentou mais. Tirou as mãos dela com cuidado e saiu do quarto dizendo que ia até a casa dele.

Jayce o seguiu, deixando uma Amanda chorosa pelo desprezo.

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