Stupid Wife (REMAKE)

By Horsinha

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Prólogo.
Capítulo 1 - Sonho Louco
Capítulo 2 - Encarando a realidade.
Capítulo 3 - Egoísmo
Capítulo 4 - Carinha.
Capítulo 5 - Diários
Capítulo 6 - Família.
Capítulo 7 - O Maldito Verão.
Capítulo 8 - Desejos.
Capítulo 9 - Dor Compartilhada.
Capítulo 10 - Aniversário.
Capítulo 11 - Recomeço.
Capítulo 12 - Reconhecer.
Capítulo 13 - Conexão.
Capítulo 14 - Primeiro beijo.
Capítulo 15 - Esperanças.
Capítulo 16 - Lugar Certo.
Capítulo 17 - Familiar.
Capítulo 18 - Um pedaço do seu coração.
Capítulo 19 - Resposta óbvia.
Capítulo 21 - Minha pessoa.
Capítulo 22 - Dias melhores.
Capítulo 23 - Tudo acontece por um motivo.
Capítulo 24 - Cuidar dela.
Capítulo 25 - Na alegria e na tristeza
Capítulo 26 - Feliz natal
Capítulo 27 - O primeiro passo.
Capítulo 28 - Ponto de paz.
Capítulo 29 - O pedido dela.
Capítulo 30 - Tudo.
Capítulo 31 - Momentos.
Capítulo 32 - Diversas sensações.
Capítulo 33 - Uma lembrança.
Capítulo 34 - Pronta.
Capítulo 35 - Eu sou seu presente.
Capítulo 36 - A escolha perfeita.
Capítulo 37 - Gravidez dupla?
Capítulo 38 - FINALMENTE COMPLETAS.
Capítulo 39 - O GRANDE DIA.
Capítulo 40 - Esposa estúpida.
LIVRO!

Capítulo 20 - Até quando resistir?

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By Horsinha


OLÁ CARINHAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Nossa, eu voltei bem cedo, hein? Vocês podem e DEVEM me dar amor e carinho.

Esse capítulo é mais voltado para um passo no relacionamento delas, que está cada vez mais se intensificando. Ele pode ser chato para alguns(é bem provável que muitos achem), mas de certa forma é importante para o andar da história e espero que entendam.

Esse é especial para a Evelin, porque ela simplesmente me deu um ultimato e eu finalizei esse por causa dela, então agradeçam a ela pela atualização rápida. Meu amor, esse é seu SheWantsCamila <3

Espero que gostem.

***

TERÇA-FEIRA – 1 DE DEZEMBRO (2016)

CAMILA.

Estou suada, sinto minha roupa grudar em meu corpo, mas isso não me incomoda muito. Meus músculos estão incrivelmente esticados pelo esforço feito durante horas, olho em meu relógio de pulso para conferir as horas e noto que está quase no fim do meu expediente. O inicio do mês começou agitado, parece que todos os meus alunos resolveram pegar pesado no último mês do ano por alguma razão, talvez a maioria deles queiram estar bem para as festas de fim de ano. Não estou reclamando, eu amo isso.

— Vamos uma última vez antes de irmos embora?

Questiono ao pessoal, que de forma animada me responde positivamente. Meu parceiro habitual de dança se aproxima de mim para repetirmos a mesma coreografia de agora pouco. Depois que concluímos a nossa atividade, como de costume uma roda se junta para conversarmos sobre a aula e outras coisas e em seguida nos despedirmos. Tinha acabado de sair do banheiro que tem em meu escritório quando me deparo com uma visita inesperada, parada em frente ao mural de fotos que tem aqui. Sim, minha vida é cercada de fotos em todos os cantos.

— Oi amor, espero não ter te assustado.

— Pensei que sairia tarde do trabalho hoje. – Digo, caminhando em sua direção para lhe dar um beijo de boas vindas. Lauren sorri antes de segurar em minha cintura e grudar nossos lábios, em um longo e delicioso selinho. — Aconteceu alguma coisa?

— Não, só consegui sair mais cedo e resolvi passar aqui para te buscar. Melhor que você ter que pegar algum carro no aplicativo para ir embora, certo?

— Diego ia me levar em casa na verdade.

Ouço Lauren bufar baixinho, quase solto uma risada por causa de seu claro ciúme, mas me contenho. Não quero parecer como se estivesse a provocando, porque realmente não estou.

— Eu sei, encontrei com ele no caminho e o avisei que eu mesma levaria minha esposa em casa.

— Você sabe que ele é casado e gay, não sabe?

— Continua sendo homem de qualquer forma.

— Você fica uma fofa com ciúme. – Brinco após pegar minhas coisas, chegando perto dela para segurar seu rosto e apertar suas bochechas com meus dedos. Lauren faz um bico dramático e não resisto, inclinando-me para beijá-la. — Vamos?

— Só se me der um beijo de verdade.

Ela usa sem tom pidão, nos últimos dias esse tem sido o jogo dela para conseguir diversas coisas de mim. Lauren já tem consciência que estou cada vez mais caída por ela e tem se aproveitado muito disso. Não que eu esteja reclamando disso porque ela nunca me obrigada a nada, eu faço porque quero fazer. É por isso que não resisto a dar o beijo mais gostoso de todos.

Lauren suspira em minha boca, levando as duas mãos aos cabelos da minha nuca para segurar com firmeza, arrepiando-me. Eu não resisto, deixando minha bolsa cair aos nossos pés para poder segurar a cintura dela com força. O beijo ganha proporções enormes de repente, essa é outra coisa que tem acontecido com uma freqüência absurda; não nos controlamos direito.

— Lauren... eu... calma.

— Desculpa. Desculpa. – Ela diz rapidamente e encosta nossas testas, abro meus olhos para encará-la e noto o sorriso em seus lábios. Muito sonsa essa mulher. — Não consigo mais resistir. Desculpa...

— Não precisa se desculpar por isso, eu também, hm, não resisto... mas você me entende, certo?

— Sim! Sim, claro que entendo meu amor. – Nos afastamos e ela se abaixa, pegando minha bolsa do chão. — Vamos?

Chama-me e estende o braço para que eu segure; coisa que faço prontamente e muito satisfeita. No caminho passamos por algumas pessoas que também estão indo embora, cumprimentamos outras. É muito bom ver o respeito e admiração que eles têm por nós duas como um casal, isso me deixa tranqüila. Eu odiaria ter que dispensar alguém por causa de preconceito.

— Que horas o Louis volta?

Questiono assim que entramos no carro, coloco meu cinto de segurança e espero ela terminar de colocar o dela. Meu filho foi para um passeio da escola, é o último antes das férias de inverno.

— No fim da tarde, amor.

Concordo com a cabeça e foco minha atenção a nossa frente, ficando abismada com a facilidade dela de sair de lugares que parecem possíveis de sair. Meus olhos curiosos analisam sua postura enquanto dirige, e eu posso dizer que é impecável. Lauren se mostra tão responsável em todos os âmbitos de sua vida, mas isso parece dobrar quando está no volante, pelo menos quando Louis e eu estamos com ela sim. Uma curiosidade cresce dentro de mim.

— Laur? Eu tenho carteira, certo?

— Hã? De motorista? Sim.

— Eu era uma boa motorista?

Questiono brincalhona, porque me lembro bem do pavor que sentia quando era mais nova e pensava sobre a possibilidade de dirigir alguma coisa me deixava realmente assustada.

— Excelente motorista. Você ficava bastante nervosa no inicio, bateu o carro do seu pai algumas vezes até pegar o jeito.

— Você está brincando?

— Eu queria estar, Alejandro ficava uma fera toda vez que isso acontecia. Logo na primeira vez que pegou o carro para tentar dar uma volta, foi logo assim que pegou sua carteira, você bateu na saída da garagem.

Ela segura o riso, eu estou chocada, porém nem um pouco surpresa. Lembro-me bem o quanto isso me apavorava.

— Lembro que tinha pavor de dirigir, sempre dizia que nunca tiraria carteira de motorista.

— Isso é verdade, mas você é determinada e teimosa. Colocou na cabeça que iria se tornar a melhor motorista do mundo e realmente cumpriu. Eu tentava te dar algumas dicas, mas como você pode imaginar isso não dava muito certo.

— Eu fui muito difícil?

— Um pouco, mas sabia ser racional. Quando começamos a nos envolver, eu acabei conseguindo aos poucos te ajudar, mas nunca interferi em muita coisa, sempre soube como era importante para você conquistar as coisas sem muita ajuda. Sempre fiquei o mais de fora possível te ajudando, dando confiança e essas coisas.

Estamos chegando perto de nossa casa e surge uma idéia em minha cabeça. Ela disse que me ajudou quando eu comecei a pegar confiança no volante, eu acho que não teria problema algum pedir ajuda a ela de novo, certo?

— Será que... você sabe... poderia me ajudar de novo? Eu queria poder voltar a usar aquele carro lindo na garagem.

— Ele é mesmo seu xodó. É óbvio que posso ajudar meu amor, estava esperando você pedir. Nunca gostei de te pressionar para nada, e eu gosto de ser sua motorista.

Sorrio para ela, colocando minha mão sobre sua coxa. Um sorriso surge no rosto dela antes de Lauren pegar minha mão e levar até sua boca, depositando um beijo carinhoso no dorso da mesma. Esse ato sempre me deixa de uma forma muito agradável, é tão simples e carinhoso.

— Obrigada.

— Não precisa agradecer amor. Estou sempre ao seu dispor, para qualquer coisa.

Será que essa mulher não tem defeitos?

Durante o percurso até nossa casa ela permaneceu com nossas mãos unidas, e foi inevitável para eu não sorrir com isso, esses pequenos contatos são muito confortáveis para mim. Tudo com Lauren sempre vai se tornar uma grande coisa, e nunca vou entender esse poder que ela exerce sobre mim, mas não reclamo, eu gosto. Essa segurança que tudo nela me transmite é essencial para me deixar tranqüila com qualquer coisa que possa acontecer no futuro.

— Essa casa fica tão vazia sem Louis aqui.

Comento assim que entramos em casa, o silêncio é simplesmente deprimente e ensurdecedor. Meu filho é o que mais ilumina esse lar, sem a presença dele parece tudo tão vazio e estranho.

— É verdade, ele faz mesmo muito falta aqui.

Somente aceno com a cabeça, rumando em direção a escada para chegar ao segundo andar, chegando ao quarto para caminhar até o closet e guardar todas as minhas coisas em seus devidos lugares. Lauren é extremamente organizada, eu já notei isso nos dias que temos convivido juntas, principalmente depois que passamos a dividir o quarto outra vez. Sempre deixo as coisas organizadas para não acabar com a arrumação dela.

— O que vamos fazer?

Pergunto ao voltar outra vez para sala, estou prendendo meus cabelos em um coque no topo da cabeça, olho em direção a Lauren que está largada sobre o sofá mexendo em seu celular, mas a me ver ela larga o aparelho e abre um sorriso que me faz desconfiar do que virá a seguir.

— Eu tenho uma idéia.

— Que sorriso é esse?

— Não tem sorriso nenhum. Deita aqui comigo, vem.

— Estou me sentindo um rato prestes a cair em alguma armadilha. – Estremeço ao me sentar do lado dela, um pouco distante, mas não dura muito porque Lauren se aproxima rapidamente de mim. Ela me olha antes de fazer qualquer coisa. — O que-

Mal tive tempo de perguntar o que ela queria me falar, quando na verdade sua resposta foi segurar meus cabelos os soltando e puxando-me contra si mesma. Espalmo minhas mãos nos ombros dela por reflexo, mas logo estou segurando os mesmos. Lauren usa a mão livre para segurar minha cintura e me puxar mais para perto, grudando nossos corpos.

— Filme? – Pergunta afastando um pouco nossas bocas, mas sem desgrudá-las totalmente. — Jogar? Uma série qualquer? – Entre as perguntas ela suga meu lábio inferior, beijando-me de leve em seguida. Isso me desconcentra e está me deixando extremamente quente. — O que você quiser...

— Você é uma tentação e sabe disso.

Resmungo, afastando-me um pouco para poder raciocinar longe dela. Lauren solta uma risadinha, umedece os lábios dela com os olhos fixos nos meus. O que será que essa mulher quer fazer comigo? O olhar dela tem um brilho que me dá medo imaginar as coisas que estão se passando na cabeça dela.

— Se eu pudesse te beijaria o tempo todo, essa boca é deliciosa demais. Você me deu permissão de fazer isso outra vez, não quero perder chance alguma. – E antes que eu possa ter alguma reação, ela me ataca outra vez. Tudo bem foi exagerado dizer que ela me atacou quando eu nem ao menos tentei fugir, mas a forma que me aperta e beija minha boca é... surreal. — Pensa que eu sou a tentação, mas a verdade é que você é a minha tentação. Eu não consigo resistir.

O meu erro foi ter olhado nos olhos dela, senti como se estivesse enxergando tudo que estou tentando fugir. Leva milésimos de segundos para eu seja a avançar nela dessa vez, deitando-a sobre o sofá e ficando por cima. Lauren geme em minha boca, alisando minhas costas e apertando quando mordo sua boca e sugo os dois lábios. Meu corpo parece entrar em combustão, minhas lembranças são de uma época onde eu era virgem, nunca tinha beijado e sequer pensava em fazer essas coisas, mas agora parece que sempre tive o dom da safadeza.

As mãos dela estão por dentro da minha blusa, seus toques parecem queimar minha pele, fazendo-me arder por dentro como um vulcão prestes a entrar em erupção. Lauren agarra minha cintura com ambas as mãos fazendo com que eu me mova sobre ela, esse movimento me faz pressioná-la de uma forma tão gostosa em uma parte tão especifica. Quando enfim caio em mim e noto o que estamos fazendo, eu abro os olhos e coloco as mãos no sofá ao lado de sua cabeça para me erguer. Ela está com o rosto corado, lábios inchados e vermelhos sem qualquer resquício de batom, extremamente sensual.

— Filmes, eu quero assistir filmes. Por favor, só... coloca algum filme qualquer.

Ela não impede que eu me levante e sente um pouco distante dela, Lauren suspira e coloca as mãos no rosto, sentando-se segundos depois para buscar os controles da televisão e fazer o que pedi. Estou ofegando e tentando acalmar as batidas do meu coração, não sei quanto tempo irei resistir a essa mulher, mas sinto como se estivesse chegando ao limite da minha sanidade.

— Posso te abraçar?

Ela pergunta, depois de um longo tempo em que estamos em silêncio. O filme já começou e estou me sentindo mais calma agora. Olho em sua direção e o sorriso em seu rosto jamais me faria dizer não.

— Claro.

Concordo e ela abre os braços, separando as pernas para eu me acomodar entre elas. Lauren me envolve em um abraço confortável, e assim ficamos até o filme acabar. Dessa vez bem comportadas, para o bem da minha sanidade.

5 de dezembro – sábado.

É sábado de manhã, estou prestes a dar mais um passo mega importante na minha vida. Nervosa é pouco para definir como me sinto nesse momento.

— Tem certeza que o Louis vai ficar bem sozinho?

Pergunto assim que Lauren entra no carro, dessa vez no banco do carona. Sim, ela levou a sério sobre me ensinar outra vez a dirigir.

— O carinha é comportado e está distraído jogando, nada vai tirar a atenção dele até voltarmos. Fique tranqüila.

— Não sei...

Estou incerta sobre deixarmos uma criança sozinha, minhas mãos estão suando, eu aperto o volante com força, meu coração está acelerado e a respiração também. Engulo uma bola de saliva, soltando devagar o ar pela boca para tentar me acalmar.

— Você está muito nervosa, quer tentar mais tarde?

— Estou com medo.

Admito sob um fio de voz, evitando encará-la, mas sinto o olhar dela sobre mim. Lauren se aproxima de mim e coloca uma de suas mãos sobre a minha direita.

— Não é um bicho de sete cabeças, amor. Seu carro é automático, é muito mais fácil de lidar.

— Ainda bem que é automático, acho que eu ficaria perdida tendo que trocar as marchas pelo câmbio.

— Eu estou aqui do seu lado, você precisa confiar em si mesma da mesma forma que eu confio ok?

Concordo com a cabeça e começo a prestar atenção nas dicas que ela vai me dando. Ouvindo não parece difícil, mas ainda estou nervosa, embora Lauren tenha muita paciência para me explicar e me deixar tranqüila. Confiro se tudo está certo para sair da garagem de casa.

— Se eu fizer algo errado você me avisa.

— Pode deixar. Vai devagar, confere se não tem movimento atrás do carro. – Eu olho pelo retrovisor enquanto vou dando ré, tudo parece livre e vou seguindo devagar. Estou quase fora de casa quando me distraio e faço o carro morrer de alguma forma por ter ficado nervosa. — Calma princesa. Liga ele de novo e continua.

Chego à rua e olho para um lado e depois para o outro, sendo sincera estou indo muito bem, ela não disse uma vez sequer até agora que fiz errado.

— Vamos para a esquerda ou direita?

— Tanto faz meu amor, vamos dar uma volta na outra rua e voltarmos para o carinha não ficar tanto tempo sozinho.

Concordo com a cabeça e viro o volante para a esquerda, Lauren me alerta sobre o alerta e eu o ligo, começando a virar com cuidado. Felizmente está tudo calmo em nossa rua e posso fazer tudo no meu tempo. Seguimos, devagar e sempre, estou indo bem e ela me elogia várias vezes e isso me deixa orgulhosa e confiante.

— Se você fosse me dar uma nota, qual seria?

Pergunto e olho para ela, foi um erro, pois ao ver a expressão dela percebo que fiz algo errado.

— Nunca tire a atenção da estrada. Nunca.

— Desculpe.

— Tudo bem meu amor, eu sei que você não se lembra das coisas, apenas se certifique de jamais tirar os olhos da estrada. Lembre-se que você dirige para você, para quem estiver no seu carro contigo e para os outros que estão pela rua. Atenção é uma das coisas mais importantes.

— Não vou me distrair mais, pode deixar.

— Você está indo tão bem, diferente das primeiras vezes que seu pai emprestava o carro dele para eu te ensinar a dirigir. Estou orgulhosa, apesar de saber que você seria perfeita, minha nota para você é dez, não teria como ser diferente.

Eu gosto tanto da forma que ela sobe a minha auto-estima, isso é gratificante. E dá para saber que é muito verdadeiro, a fala, os olhos, tudo nela reflete sinceridade.

— Na próxima aula já vou estar melhor.

Estamos chegando em casa, estou feliz por ter conseguido me dar bem logo de primeira, mesmo que tenha feito algumas coisas erradas. Nada que não possa ser corrigido nas próximas vezes, logo estarei dirigindo sozinha sem depender de ninguém. Isso vai ser maravilhoso, ter essa independência.

— Se não quiser arriscar guardar o carro na garagem, pode encostar ali em frente que depois eu guardo.

— Eu acho melhor mesmo não arriscar, fui tão bem que tenho medo de bater ao tentar estacionar.

Lauren solta uma gargalhada e vai me guiando para não estacionar o carro tão distante da calçada. Consigo fazer isso com certa maestria, e a deixo orgulhosa.

— Você aprende as coisas rápido e eu gosto disso. Na próxima acredito que você já consiga estacioná-lo na garagem sem medo.

— Nem foi difícil mesmo. Estou com a adrenalina correndo pelo meu corpo todo.

O silêncio caiu sobre nós e acabamos ficando trocando olhares. Meu olhar desce para sua boca por puro instinto e quando volto a encarar seus olhos que estão fixos também em minha boca. Meu corpo reage a esse olhar, eu sempre digo que ela tem uma coisa sobre mim e isso é verdade.

— Eu vou beijar sua boca.

Ela diz de repente, e minha resposta é automática:

— Vai?

— Vou.

— E está esperando o que?

Sem tirar o olhar do meu, ela tira o cinto de segurança e se inclina na minha direção, mal me dando tempo de ter qualquer reação que não fosse beijar sua boca, sem nem conseguir tirar o meu próprio cinto de segurança. Lauren agarra meus cabelos com uma mão, e a outra está em minha lombar, apertando os dedos contra minha pele.

Será que nunca mais vamos conseguir trocar beijos comportados?

— Eu preciso aprender a me controlar, mas é impossível.

Ela diz ao se afastar um pouco, ainda estou de olhos fechados e o tom rouco da voz dela me faz estremecer levemente. Quando abro meus olhos, minha primeira reação é me sentir completamente nua sob o olhar dela, e a segunda é susto ao ver quem está de pé ao lado de fora do carro.

— Puta que pariu, Karla.

— Por que está falando da sua irmã agora?

— Essa idiota está do lado de fora nos filmando com o celular.

Eu falo e aponto na direção em que minha irmã está rindo e com o celular apontado para nós duas. Lauren olha para ela e acaba rindo também, acenando para a câmera. Reviro meus olhos e retiro meu cinto para sair do carro.

— Será que você não tem o que fazer?

— Eu não, mas vocês duas parecem ter muita coisa boa para fazer. Camila, o que será que nossos pais diriam quando souberem que vocês deixaram o Louis sozinho em casa para ficarem se agarrando dentro do carro?

Karla está me encarando com as mãos na cintura e um falso olhar sério, eu acreditaria nela se não a conhecesse desde muito antes de nascermos. Não a respondo, pelo contrário, ignoro e passo direto por ela.

— Cunhada eu juro que tentei segurar ela para não atrapalhar vocês, mas sua irmã é impossível de ser contida.

Rodrigo, que estava um pouco mais distante, se desculpa assim que chego perto dele. Sorrio para meu cunhado, notando que ele está com sacolas nas mãos.

— Ela não tem escrúpulos, a verdade é essa, mas tudo bem, vieram visitar?

— Sim, e trouxemos coisas para o almoço. Estávamos com saudade.

Ele diz e aponta em direção à porta, meus sobrinhos estão de pé esperando por nós e Louis está olhando pela janela. Deixamos tudo trancado por precaução, por mais que não fossemos demorar, já tínhamos sido irresponsáveis demais o deixando sozinho, não iríamos correr o risco de também deixá-lo destrancado.

— Vamos entrar, eu também estava morrendo de saudade.

Aproximo-me rapidamente dos meus sobrinhos, abraçando e beijando Harry e em seguida Serena, que não desgruda de mim por nada durante o caminho até dentro de casa. O dia já estava sendo perfeito, e a tendência é melhorar, apesar de minha irmã ficar pegando no meu pé, eu sinto falta da presença dela e estou feliz que eles vieram nos visitar.

Mas uma coisa eu não posso evitar pensar sobre tudo o que aconteceu antes, Lauren e eu estamos cada vez mais intimas, e isso me assusta.

Até que ponto vou conseguir resistir?


****

Como estamos?

Olha o carro da linguiça passando aí......

Como sempre digo, sintam-se a vontade para dar as opiniões de vocês, ok? Esse espaço é do leitor, fale o que quiser, mas mantenham em mente que eu vou escrever o que for melhor para os personagens, então sem exigências desmedidas e sem faltar o respeito porque todo mundo aqui se trata com carinho. Beleza?

Bom, era isso, nos vemos em breve <3

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