O Misterio do Cristal de Gelo...

By LadyJoker01

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Ulquiorra Cifer é um detetive particular que trabalha na agência de detectives do renomado Aizen Sōsuke, que... More

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By LadyJoker01

Notas da autora: 

Representante neste caso é um cargo político japonês que equivale ao cargo de prefeito.

Após sair da mansão Shihouin, Ulquiorra decidiu sentar-se um pouco para poder colocar as suas ideias em ordem. Estava cansado de ouvir a mesma história várias vezes em bocas diferentes. Seguir a pista de que alguma família nobre estaria interessada no cristal estava sendo proveitosa, mas também estava se tornando um pouco repetitiva. De acordo com o seu planejamento, o próximo clã que deveria falar seria o Tsunayashiro e após isso — se não conseguisse novas pistas —, deveria voltar até a agência e falar com Aporro.

O detetive levantou-se e olhou para as ruas de ladrilhos cinza, era uma bela vizinhança. As ruas eram iluminadas por postes antigos e no centro da rua haviam pequenos jardins cheios de flores, as laterais da rua eram preenchidas por belíssimas mansões pertencentes às famílias ricas de Karakura, todas possuíam uma pequena placa informando a quem a pertencia à moradia.

Ulquiorra passou pela mansão Kyoraku, em seguida pela mansão Jūshirō, Komamura e do excêntrico Kurotsuchi, que possuía uma arquitetura digna de estar em um museu de arte moderna. A casa vizinha estava à venda a um tempo, ela não estava nas melhores condições, mas com algumas reformas poderia voltar a ser o que costumava ser antes.

"Orihime provavelmente gostaria de morar aí", pensou enquanto olhava para a construção. O detetive ainda não havia falado com sua parceira sobre isso, mas estava economizando dinheiro a algum tempo, para poder alugar um apartamento melhor para os dois.

O casal morava no bairro de Gakuem-Omou, num prédio de dois andares no número 202, era como se fosse uma caixa de fósforos e, ele sabia que, se fossem continuar morando juntos por mais tempo teriam que arrumar algum lugar maior — ou pelo menos, algum lugar onde ele não precisasse fazer o seu quadro de pistas na lateral do guarda-roupa e ela ter que empilhar os móveis quando sentisse vontade de fazer yoga na sala.

A próxima casa era rodeada por câmeras e equipamentos de segurança de última geração, esta era uma das mansões dos Tsunayashiros e, assim como aconteceu com a da família Shihouin, o detetive teve que conversar com um segurança que ficava na guarita, porém dessa vez a sorte não estava com ele. O senhor Tokinada havia acabado de sair para tratar de alguns negócios e não havia ninguém que pudesse recebê-lo no momento, sendo assim, sua próxima parada seria a agência, mas algo no outro lado da rua chamou a sua atenção.

A senhora Unohana Retsu despedindo-se de seu pai Genryuusai Yamamoto, o representante* de Karakura, ela acenava para o carro que partia lentamente até o final da rua. Ulquiorra nunca havia falado com Unohana pessoalmente, havia visto somente fotos da mulher em algumas capas de revista sobre artigos de roupas e, ás vezes, nas revistas de culinária que Orihime gostava de lê, porém o que a tornava realmente conhecida era a sua ligação com o seu chefe Aizen.

Há alguns anos atrás, no primeiro ano de Sõsuke em Karakura, o representante Yamamoto, que na época era candidato a representante, foi ao seu encontro desesperado. Sua filha havia sido sequestrada a dois dias e os policiais não tinham nenhuma pista de quem poderia ter sido e o homem já estava começando a apelar para outros caminhos.

Após muitas investigações e graças ao seu intelecto formidável, Aizen chegou ao nome de Kuruyashiki, um dos antigos colegas de classe de Unohana, um cujo qual estava perdidamente apaixonado por ela e não aceitava que a garota estivesse noiva de um homem chamado Zaraki. De acordo com Kuruyashiki aquele homem não tinha as qualidades necessárias para poder casar-se com a tal. Logo uma pequena operação de resgate iniciou-se e em questão de pouco tempo o sequestrador estava preso e a sua vítima em segurança. Depois desse caso, a fama da agência duplicou, tornando-se a primeira escolha de muitos.

O detetive decidiu atravessar a rua para falar com a filha do representante.

Ulquiorra — Com licença, senhora Retsu.

Unohana — Sim? — virou-se em direção a voz que a chamava.

Ulquiorra — Sou o detetive Ulquiorra... — O detetive começou a apresentar-se, porém Unohana o interrompeu.

Unohana — Cifer, eu o conheço, o senhor Sõsuke comentou sobre sua pessoa em uma de nossas conversas — disse em tom leve, virando-se em direção ao portão e pisando no degrau da pequena escada, que dava acesso a porta da frente. — Gostaria de entrar?

Ulquiorra — Claro — concordou brevemente com a cabeça.

Eles andam em direção a uma grande porta de madeira negra, que se abriu quando a mulher se aproximou dela, dando vista a um enorme salão iluminado por um lustre. Rapidamente uma jovem de cabelos acinzentados e curtos, trajando uma roupa de empregada se aproximou dos dois, fazendo uma pequena reverência antes de começar a falar.

— Bom dia, senhora — A emprega comprimentou a senhora Retsu com um sorriso gentil no rosto.

Unohana — Bom dia Isane, poderia organizar a mesa de chá e chamar a Yachiru para mim?

Isane — Sim, senhora, estou indo agora mesmo. — A jovem deu outra reverência e andou em direção a uma escada no canto do salão.

Ulquiorra observou o local enquanto seguia a dona da casa. Havia fotos emolduradas nas paredes do prefeito Yamamoto, logo após a foto de uma mulher de longos cabelos negros e de feições parecidas com a de Unohana, deveria ser a sua mãe. Eles andaram até uma área reservada e encontraram uma pequena mesa coberta por uma toalha branca, coberta de doces e bolos.

Ambos sentaram-se, um de frente para o outro, e em questão de pouco tempo, um mordomo aproximou-se pondo duas xícaras de chá preto à mesa.

Unohana — Obrigada, — sorriu para o mordomo.

Genshiro — Se precisar de mais alguma coisa, senhora, é só chamar. — Ele fez uma reverência e retirou-se do campo de visão.

Ulquiorra — Obrigado por está me recebendo aqui, senhora Retsu.

Unohana — Não precisa me agradecer por isso, senhor Cifer — disse sorrindo para o homem à sua frente, em seguida tomando um gole do seu chá. — Como estão indo as coisas na agência? Imagino que precise de ajuda com algum caso, eu estou certa?

Ulquiorra — Sim... De uma certa forma.

Unohana — Me conte o que aconteceu.

Ulquiorra — Não é do meu feitio espalhar as informações sobre os casos, mas acredito que todos saberão do ocorrido ao anoitecer — falou enquanto dava um pequeno gole no seu chá, lembrando-se dos repórteres que havia visto mais cedo. — Os Kuchikis foram roubados nesta madrugada.

Unohana — O que foi roubado? — perguntou levemente surpresa.

Ulquiorra — O Cristal de Gelo. — respondeu secamente.

Unohana — Não consigo imaginar o porquê alguém roubaria isso...— disse pensativa, colocando os dedos sobre o queixo. — Não é uma joia ou algo que pudesse ser vendido para qualquer um.

Ulquiorra — Esse foi o meu primeiro pensamento, devido a isso, tenho suspeitas que o ladrão saiba sobre o valor histórico da peça.

Unohana — Este é um ótimo palpite, senhor Cifer. — Ela retirou a mão do queixo e pegou um pequeno biscoito.

Ulquiorra deu um breve suspiro, teria que fazer algo que não gostava muito, mas infelizmente seria necessário.

Ele possuía duas linhas de probabilidades seguindo essa pista: a primeira que teria alguém das famílias nobres envolvido e a segunda seria que algum museu estaria envolvido no crime. Embora estivesse tendo sucesso em conseguir falar com as famílias, falar com os donos dos museus não seria tão fácil — principalmente porque eles não iriam arriscaria que, de alguma forma, Ulquiorra contata-se a polícia e denuncia-se todo o esquema de mercado negro que acontece nesses locais —, ele precisaria da ajuda de alguém que conseguisse falar sobre o assunto sem levantar suspeitas e Unohana era a opção perfeita.

Ulquiorra — A senhora detém uma enorme confiança do Aizen e ele na senhora, então creio que devo confiar — fez uma breve pausa. — Desconfio que um dos museus de Karakura estejam envolvidos nisso, mas não posso ir lá sem levantar suspeitas, já que fui um ex membro da polícia.

Unohana — Então o senhor gostaria que eu lhe ajudasse a falar com eles, suponho.

Ulquiorra — Exatamente.

Unohana — Agora entendo porque o senhor Sõsuke gosta tanto de você, senhor Cifer — A morena deu um sorriso largo.

Ulquiorra abriu a boca para falar, mas desistiu quando escuta passos de duas pessoas correndo e, não demorou muito tempo para saber de quem eles pertenciam. Uma garotinha usando um laço verde nos seus cabelos cor de rosa e vestido preto rodado apareceu correndo dentro da sala, atrás dela havia a empregada de cabelos acinzentados tentando alcançá-la.

Isane — Yachiru não corra, você pode se acidentar — falava um pouco sem fôlego.

A garotinha olhou para trás rindo e depois voltou a correr na direção da sua mãe.

Yachiru — Mamãe, a senhora viu como eu corri rápido? — dizia empolgada e pulando.

Unohana — Sim querida, eu vi — sorriu para a filha. — Mas isso te deixou toda suada — Ela pegou um guardanapo em cima da mesa e limpou a testa da garota.

Isane — Desculpe-me senhora, hoje ela está bem agitada

Unohana — Está tudo bem, Isane. — olhou para a empregada com um sorriso largo.

Isane sentiu um frio na barriga e seus pelos arrepiarem, ela não gostava quando a sua senhora lhe dava esse sorriso.

Isane — Irei limpar o quarto da senhora, se me dê licença — curvou-se para sua madame, saindo antes de receber a resposta de Unohana. Em sua pressa, acabou esbarrando em um homem alto, ela olhou para ele constrangida. — Desculpe-me, senhor Kenpachi — retirou-se apressada.

Zaraki entrou na sala e olhou para Unohana.

Zaraki — O que deu nela? — perguntou entrando na sala, olhando para sua esposa e apontando para Isane, usando o dedão.

Unohana — Não faço a menor ideia — deu uma breve risada e depois olhou para Ulquiorra. — senhor Cifer, este é o meu marido, Zaraki — virou-se para o homem de pé na sala. — Este aqui é o detetive Ulquiorra Cifer.

Eles deram um aperto de mão firme sem dirigir nenhuma palavra um ao outro.

Yachiru — Kenny! — A garota pulou nos braços de Zaraki, que a agarrou e a colocou em suas costas.

Unohana — Eles estavam prontos, querido?

Zaraki — Ah estavam, eu deixei eles com o lá atrás.

Unohana — , por favor me entregue os convites.

O mordomo dirigiu-se até a sua senhora carregando uma caixa enfeitada e a entregou nas mãos da mulher. Unohana abriu a caixa, retirando em torno de seis convites em envelopes azuis e os entregou para Ulquiorra.

Unohana — Meu pai estava planejando uma festa para anunciar as suas propostas de reeleição daqui a dois dias, esses são os convites dos seus companheiros de trabalho.

Ulquiorra — Obrigado.

Unohana — Irá voltar para a agência agora? — perguntou com um sorriso pousado.

Ulquiorra — Sim. — confirmou levemente com a cabeça.

Unohana — Ela fica um pouco distante para se ir andando — A morena olhou para Zaraki. — Querido, poderia mandar um dos seus homens deixar o detetive Cifer na agência? — Ela falou com uma voz doce e com o seu sorriso largo.

Zaraki suspirou, ele não estava muito afim de fazer esse favor para aquele cara, mas sabia que quando sua mulher falava daquele jeito e sorria daquela forma, não adiantava negar nada para ela, a junção daqueles dois elementos o incomodava — e algumas raras vezes o amedrontava.

Zaraki — Certo — retirou o celular do bolso da calça. — Vou te mandar o meu homem favorito — disse enquanto discava o número no celular. — Alô Ikkaku.

Ulquiorra arregalou brevemente os olhos, aquela era uma irônica e inesperada coincidência e o seu interior já se lamentava por ter que aguentar mais uma viagem com o motorista Ikkaku.

[...]

Após alguns minutos, Ulquiorra desceu em frente a agência e entrou na recepção. Gin estava sentado no lugar da recepcionista como sempre, provavelmente ele deveria está gostando de fazer este favor a Aizen — já que não precisava fazer o seu ofício e sim ficar sentado esperando alguém aparecer. O moreno passou direto sem falar nenhuma palavra e abriu a porta de vidro, que dava em direção ao corredor central, andando até a porta da cozinha da agência.

Ao entrar no cômodo notou que não havia ninguém lá. "Deve estar na sua toca", pensou e andou até uma porta no canto da parede dos fundos da cozinha a abrindo.

O lugar estava totalmente escuro, porém havia uma fraca luz roxa em algum lugar da sala. Ulquiorra desceu as escadas com cuidado e começou a ouvir os murmúrios do homem que se escondia na escuridão.

Aporro — Droga, terei que fazer tudo novamente! — Ele jogou algumas coisas no chão.

O detetive aproximou-se do homem que estava em pé apoiado a uma bancada, havia alguns papéis no chão e uma caneca de café virada, deixando o ambiente com um forte cheiro. Uma parte da sala estava sendo iluminada por uma pequena luminária, que emitia uma luz negra, e um som forte vinha da outra extremidade do lugar, onde provavelmente era da centrífuga.

O homem abaixou-se para pegar os papéis que havia derrubado quando reparou nos sapatos de Ulquiorra, assustando-se e dando um pequeno pulo.

Aporro — Maldito costume, Cifer! — Ele levantou, colocando a mão no peito. — Da próxima vez se anuncie.

Ulquiorra — Está ocupado? — perguntou sem importar-se com o drama.

Aporro — Depende... — Ligou a luz da sala e desligou a luminária. — Depende da emergência e da pessoa, eu tenho muitas coisas para analisar.

Ulquiorra retirou o pacote de plástico do bolso, contendo a peça mecânica com a cola estranha que havia coletado na casa dos Kuchikis.

Ulquiorra — Preciso que você analise essa cola, que foi encontrada em uma das cenas do crime do meu caso.

Aporro pegou o pacote e ajustou os seus óculos brancos na face, analisando o objeto e, em seguida, olhou para Ulquiorra.

Aporro — É só isso? — perguntou arqueando a sobrancelha.

Ulquiorra — Sim, por enquanto.

Aporro — Certo, então vou deixar por último — Puxou uma cadeira de rodinhas, sentando-se nela.

Ulquiorra — Não pode deixar por último, é um caso importante — disse calmamente.

O homem de cabelos rosados apoiou um dos seus braços na mesa, dando suporte para a sua cabeça.

Aporro — Não sei... — comentou pensativo. — Eu quero algo que me convença — Um sorriso maldoso brotou na face do homem.

Ulquiorra — Não ser demitido — respondeu serenamente, porém não deixando de fazer uma ameaça.

Aporro — Você deu um bom argumento, mas ainda não é o suficiente — continuava sorrindo maldosamente enquanto cruzava as pernas.

Ulquiorra — Pare de enrolação e diga logo o que você quer para colocar a minha análise na frente. — disse impaciente.

Aporro — O telefone do Ichimaru.

O detetive já esperava por isso, desde que Aporro entrará na empresa ele demonstrará um forte interesse em Gin — que para o seu descontento não correspondia aos seus sentimentos —, mas isso nunca abalou Aporro, pelo contrário, pois ele sempre vinha com alguma estratégia para alcançar o coração do seu amado.

Ulquiorra — Você já não havia conseguido isso semana passada?

Aporro — Aparentemente ele trocou de número — suspirou.

Ulquiorra — Certo — Ele pegou um dos convites de Unohana e o entregou para Granz, que o abriu imediatamente.

Aporro — Um baile hm, interessante, todos da agência estão convidados? — perguntou olhando por cima do papel.

Ulquiorra — Sim — respondeu, pondo uma das mãos no bolso do sobretudo.

Aporro — "Roupas de gala" — Ele suspirou apaixonado. — Estou ansioso para ver o Ichimaru com esse tipo de roupa.

Ulquiorra revirou os olhos e virou em direção a escada da saída e deixou o laboratório sem dizer uma palavra. Passando pela pela cozinha e pela pequena mesa de reuniões, o detetive entrou no escritório do seu colega de trabalho Stark Coyote.

O homem de cabelos castanhos estava sentado na sua cadeira de forma torta, colocando os pés em cima da mesa e jogando dardos em um alvo que havia colocado no seu escritório recentemente. De todos os escritórios da empresa o de Stark era o menos decorado, pois de acordo com o mesmo, ele não possuía força de vontade o suficiente para procurar enfeites para a sala.

Ulquiorra — Stark.

Stark — Oi? — Ele jogou outro dardo no alvo, o acertando em cheio.

Ulquiorra — Tenho um convite para você — disse retirando o convite azul do bolso do sobretudo e andando na direção da mesa do colega.

Stark — Convite de que? — voltou a sua atenção ao homem que estava em sua frente.

Ulquiorra — Um baile do prefeito Yamamoto, para anunciar a sua reeleição — entregou o convite a Stark, que retirou os pés de cima da mesa para recebê-lo.

Stark abriu o convite e o leu rapidamente, entregando o envelope novamente para Cifer.

Ulquiorra — Por que não quer o convite? — franziu a sobrancelha levemente, estranhando a atitude do homem.

Stark — Não gosto desse tipo de evento, principalmente quando vou ter que procurar roupa adequada em tão pouco tempo — O moreno voltou a colocar os pés em cima da mesa e pegou outro dardo. — Fique para você.

Ulquiorra fechou os olhos rapidamente e concordou com a cabeça, virando-se para sair da sala, quando foi interrompido por Gin entrando no escritório também.

Gin — Stark a sua irmã está na recepção.

Stark levantou-se da cadeira, andando até a porta do escritório e indo até a recepção.

Stark — Você chegou cedo Lilynette — Pegou o seu chapéu no porta volumes. — Não vamos abrir o bar.

Lilynette — Não reclame Stark, se eu não tivesse vindo aqui você iria se esquecer de me levar lá.

Ele suspirou, ela estava certa sobre isso.

Stark — Certo, eu vou bater o meu ponto e nós vamos.

Lilynette sorriu enquanto via o irmão mais velho colocando a sua digital no marcador de ponto. Em questão de segundos os dois saíram da agência. Enquanto isso, Ulquiorra pegava o convite destinado a Gin.

Gin — Oh um convite de festa — disse agarrando o convite dando o seu sorriso largo. — Faz um tempo que não vou a festas desse tipo — Gin abriu o convite e o leu. — Que pena, não poderei levar a minha companhia especial.

Ulquiorra — Sim, infelizmente as senhas são individuais — disse saindo do escritório de Stark, mas é seguido por Ichimaru.

Gin — Não acha curioso que o prefeito esteja se reelegendo, mas só esteja chamando a elite e as pessoas próximas da sua família? Imagino que isso deve-se ser uma festa pública — Colocou a mão no queixo, reflexivo.

Ulquiorra — Sim, é uma atitude bastante curiosa — comentou enquanto subia as escadas caracol.

Gin — Estou ansioso para saber o que ele está aprontando.

Ulquiorra — Ichimaru, você mudou o seu telefone recentemente? — questionou após subir no último degrau da escada, direcionando-se para o corredor de acesso ao escritório do Tousen.

Gin — Sim, por quê?

Ulquiorra — Gostaria do seu número, talvez as suas habilidades me ajudem no meu novo caso — disse olhando pela porta de vidro do escritório e não encontrando Tousen lá.

Gin — Está pedindo a minha ajuda em um caso?! — perguntou espantado, mas ao mesmo tempo não deixando de ser irônico.

Ulquiorra — Eu não estou pedindo, apenas estou dizendo que há uma possibilidade de isso acontecer — Virou-se à direita e andou em direção a mesa redonda de frente a grande janela de vidro, onde Tousen e seu filho estavam sentados nela. Wonderweiss brincava com um urso de pelúcia e Tousen lia um livro em braile. — Tousen — chamou-o.

Tousen virou-se em direção da voz enquanto o detetive procurava o único convite azul claro, aquele que tinha sido feito especialmente para Kaname.

Ulquiorra — Tenho em mãos um convite do prefeito Yamamoto, para a sua festa de reeleição — entregou o convite a Tousen. — Está em braile, para que você consiga ler os detalhes.

Tousen — Obrigado,Ulquiorra — disse após abrir o envelope.

Gin — Aposto que foi a Unohana que mandou fazer isso, ela é muito atenciosa — comentou saindo de perto de Ulquiorra e entrando no seu próprio escritório.

Ulquiorra virou-se e bateu na porta do escritório do seu chefe Aizen, O moreno aguava calmamente o seu pé de café próximo à janela e, ao ouvir o som das batidas, deu permissão para o detetive entrar.

Ulquiorra — Com licença — disse ao entrar. — A senhora Retsu me pediu para que lhe entregar isso — Retirou um dos convites restantes do bolso do sobretudo e o entregou ao seu chefe.

Aizen segura o convite e o abre, lendo com mais calma do que os outros.

Aizen — Interessante... — dizia enquanto lia calmamente, após o término da leitura colocou o envelope em cima da mesa. O moreno olhou para a segunda janela do seu escritório, uma que dava visão para dentro do escritório de Ichimaru — O que será que ele está procurando? — perguntou com um sorriso no canto da boca.

Ulquiorra moveu-se para ver o que Aizen estava vendo. Gin procurava alguma coisa nas gavetas de sua mesa, até que finalmente pegou um pequeno pedaço de papel e começou a escrever algo nele, após isso, foi até a janela que dividia com Aizen e a abriu.

Gin — Ulquiorra, aqui está o número — Ele entregou o pequeno papel ao homem de olhos verdes.

Ulquiorra — Obrigado — falou guardando o papel no bolso e pegou o convite restante. — Aizen, a senhora Retsu também me entregou um convite para o jovem Yuuki, mas ele não está na sala dele.

Aizen — Deixe-o junto ao meu Ulquiorra, eu cuidarei que ele receba a tempo.

Gin — O pôr do sol dessa janela tem uma atmosfera tão diferente, não acham? — comentou, interrompendo o diálogo dos dois homens e falando enquanto olhava para a janela de Aizen, apoiado com o braço esquerdo na divisa de sua janela.

Aizen — De fato.

Ulquiorra — Se me dão licença, eu preciso ir — Virou-se saindo da sala. Conseguir o telefone de Ichimaru foi bem mais fácil do que ele imaginou.

O detetive desceu as escadas rapidamente e entrou na cozinha, indo em direção à porta do laboratório de Aporro. A luz roxa estava ligada novamente e, dessa vez, Ulquiorra desceu as escadas pisando forte nos degraus na tentativa de produzir som, ao olhar para o cientista notou que o mesmo estava concentrado no seu microscópio.

Ulquiorra — Eu trouxe o que pediu.

Rapidamente Szayel levantou a cabeça e fitou os olhos de Ulquiorra.

Aporro — Onde está? — perguntou procurando com os olhos.

Ulquiorra retirou o papel do bolso e entregou ao homem à sua frente, virou-se e deixou o local mais uma vez, deixando Granz e seus grunhidos de alegria para trás.

Estava tarde, o sol já havia ido embora e Orihime poderia começar a se apresentar a qualquer momento — já que o Gran Caída não tinha um horário fixo de funcionamento, pois geralmente abriam quando havia um número considerável de pessoas na fila para a entrada. O homem desejava estar lá no momento em que as cortinas se abrissem.

A verdade era: Ulquiorra gostava de ver Orihime se apresentando, pois ela sempre sorria, e não era um sorriso social que se precisa ter em apresentações desse tipo. Era um sorriso genuíno, daqueles que se dá quando se está fazendo algo que realmente gosta, esse mesmo sorriso que trouxe calor ao ser frio que Ulquiorra costumava ser antes de conhece-lá.

O detetive entrou finalmente no seu escritório e jogou os dois convites restantes em cima da mesa, guardou a chave que havia recebido de Urahara na primeira gaveta da sua mesa e ,após isso, pegou o seu bloco, anotando todas as pistas mais importantes em um quadro branco que estava ao lado da sua janela.

Terminado de escrever todas as pistas ele retirou-se da sala, passando pela recepção e batendo o seu ponto, já que não pretendia voltar mais à agência por hoje. Abriu a porta de vidro e foi até a rua, sinalizando com a mão e, em alguns segundos, conseguiu embarcar em um táxi — que, para a sua sorte, parecia não pertencer a rede do seu novo conhecido Zaraki.

Após alguns longos minutos, Ulquiorra finalmente chegou à rua do estabelecimento. Como esperado, a fila de pessoas na porta não era nada pequena, chegando a entrar nas calçadas vizinhas. O detetive precisou aguardar atrás de um homem de cabelos vermelhos e com tatuagens em todos os lugares que pudesse se observar, ele parecida está acompanhado por um cara de cabelos negros e outro loiro com uma franja tão grande que conseguia cobrir mais da metade de seu rosto.

Na velocidade de um piscar de olhos Ulquiorra lembrou-se: aqueles eram os repórteres que havia visto mais cedo tentando fazer alguma entrevista com os senhores Kuchikis. Aquela já deveria ser a segunda ou terceira coincidência do dia, estava começando a se perguntar se ainda poderiam aparecer mais algumas ao decorrer da noite. 

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