Nas Mãos do Diabo [1] O Maest...

By atimewritting

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[CONCLUÍDA, Jikook] Livro 1 da Saga Nas Mãos do Diabo. Há algo errado ocorrendo no Inferno. As gárgulas não r... More

Aviso Infernal
Aviso de Sobrevivência Infernal
Prólogo: o Limbo.
|01| Saia da fila do Inferno
|02| Saiba Como Morreu
|03| Conheça o Diabo
|04| Seja Mal Pela Primeira Vez
|05| Tente negociar com a ira
|06| Receba a ajuda de quem não quer
|07| Estranhe o Diabo
|08| Dance com ele
|09| Fuja do Circo Infernal
[10] Não morra em silêncio
[11] Deixe que ele o toque
|12| Vá para o Hotel Mortal
|13| Divida o quarto com Jungkook
|14| Sobreviva ao Hotel Mortal
|15| Descubra o erro da redenção
|666| A última pista: O X E L F E R
|16| Não olhe para os reflexos
Interlúdio: O Jogo.
|01| Veja através de outros olhos
|02| Comece a mentir de verdade
[03] Pule de um precipício
|04| Corra
[05] Dê prazer para ele
|06| Veja seu pior pesadelo
|07| Conte sua história: Horácio
|08| Conheça o Diabo: Adiv
|09| Deseje o Diabo: Devon
|10| Não chore por ele: Eliel
|11| Roube a memória dele e fuja: Samandriel
|12| Veja ele trocá-lo lentamente
|13| Faça-o olhar somente para você
|14| Entre na Sala Proibida
|15| As revelações: Eles
|15| As revelações: O veneno
|15| As revelações: Nêmesis
|16| O Apocalipse: Tânatos
|16| O Apocalipse: Khaos
|16| O Apocalipse: O Espelho
Epílogo - Nem tudo foi o que pareceu ser
ESPECIAL DE NATAL - !leoN iapaP o etaM
NAS MÃOS DO DIABO: ¿2?
O LIVRO FÍSICO DE NAS MÃOS DO DIABO
ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO - Como poderia ter sido: Parte 1.
ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO - Uma longa escada: Parte 2.
ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO - Um Hotel inusitado: Parte 3.
NAS MÃOS DO DIABO [3]: APOCALIPSE
O Maestro está no Kindle e, temporariamente, DE GRAÇA!

ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO - Fim: Parte 4.

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By atimewritting

[NOTAS INFERNAIS]

oi 👉😭🤧🤪

Como vocês estão?

Como prometido, estou trazendo mais um capítulo no final do mês haha. Espero que ele faça a espera valer a pena! 

Enfim, eu adorei tudo sobre esse capítulo. Tem algo nele que me deixa muito tenso e com t3s40. Caso tenham os mesmos efeitos colaterais, me avisem pra gente fazer um clube do livro ok? Realmente espero que vocês gostem do capítulo!

Não se esqueçam de votar e comentar bastante. Ajudem esse pobre escritor omg 😭🙏

🔥🔥🔥

|03|

O PERIGO ANDA SEM CAMISA

J U N G K O O K

Pela primeira vez após chegar em Umbra, não soube o que dizer, então apenas o encarei. Minha visão estava embaçada, talvez pela emoção de estar o vendo depois de certo tempo misturada com a decepção de sua pergunta.

Quem é você?

Talvez ele tenha interpretado minha ausência de resposta como um gesto de medo, ou inclemência, pois sua expressão endureceu: seus olhos escureceram, os ombros tremeram e os músculos das costas arquejaram em uma postura quase animalesca, como um leão prestes a atacar. Sua boca torceu para o lado e sua mão agarrou o punhal da espada ameaçadoramente. Não a empunhou, todavia.

— Diga-me — rosnou ele. — Quem é você?

Olhei para Sator por um instante, vendo-o petrificado contra uma rocha, encarando Jimin como se ele fosse uma entidade – o que ele é. Os cavaleiros estavam escondidos atrás dele, visivelmente trêmulos. Quis pedir ajuda a eles, mas minha garganta estava apertada e nada saía de minha boca, nem mesmo um murmúrio de piedade.

O nervosismo e a ansiedade haviam me privado a voz, então fiz o que meu corpo ansiava há tempos: caí em meus joelhos e o encarei com intensidade, esperando que ele entendesse a premissa de meus gestos.

Não pareceu funcionar.

Jimin inclinou-se em minha direção e, para minha surpresa, começou a me cheirar. Como um animal. Pareceu querer farejar algo suspeito, além da ausência de minha voz. Começou por meus cabelos, depois por meus ombros, então de minha bochecha até meu pescoço. Fiquei arrepiado e arfante, apenas esperando por mais. Por qualquer coisa que ele estivesse disposto a fazer com meu corpo. Ele agarrou minha blusa e a rasgou, arrancando os botões com um único golpe, então caiu de joelhos e inclinou-se sobre meu peito.

— Ah... — murmurei fraquinho, envolvido pelo calor de sua respiração forte em meus mamilos eriçados.

Ele encarou o machucado que o ferrão da lula havia deixado em meu abdômen, depois o cobriu com sua mão. Dela, uma luz arroxeada exalou calor sobre o ferimento, quente o suficiente para me fazer contrair os músculos, mas não me afastar. Quando ele tirou a mão, o ferimento estava completamente curado.

— Eu quero respostas — disse ele, levantando-se, encarando-me de cima. — E eu quero agora.

Com certo esforço, consegui relaxar o suficiente para poder falar algo.

— Você... você lembra quem você é? — Perguntei hesitantemente.

Seus punhos cerraram como se estivesse descontente com minha pergunta, mas ele respondeu:

— Isso não é da sua conta — disse. — Me diga quem você é.

— Eu... — comecei, mas então hesitei.

Eu hesitei.

— Me chamo... Lúcifer — respondi-o, ainda de joelhos. — Você... você não se lembra de mim?

Ele balançou a cabeça negativamente.

— Deveria? — Perguntou.

Respirei profundamente, tentando acalmar as palpitações agressivas de meu coração. De repente, senti-me sem ar e extremamente nauseado. Ele não lembra de mim, foi o que pensei, ele não lembra de nada do que passamos. Senti-me ainda mais nauseado ao perceber que parte de minha reação não era por tristeza ou desolação..., mas sim porque ele não lembrava de mim, assim como não lembrava de nada que eu o havia feito passar.

Jimin não lembrava de ter estado no Limbo? De ser controlado? De ser enganado, torturado, menosprezado, subjugado, privado de sua liberdade? Ele... ele não lembrava do Jogo?

Isso..., meus joelhos tremeram. Isso significa que poderei recomeçar com ele de uma maneira completamente diferente?

Olhei para cima, para seus olhos vermelhos incandescentes, e tremi com uma onda de alegria mesclada com... algo sujo e desumano: o egoísmo; a percepção de que o que eu estava pensando em fazer somente beneficiaria a mim e apenas o enganaria ainda mais. O quão diferente seria o que eu estava pensando em fazer, com o que eu já havia feito?

Mas eu poderei tentar conquistá-lo novamente... divaguei com receio, da maneira certa.

Senti vontade de socar alguma coisa, algo duro e que quebraria meu punho com o golpe, que me faria sentir dor por horas e horas e dias e dias. Estava segurando uma faca de dois gumes em uma via de mão dupla cercada por muros de amianto, onde qualquer que fosse minha decisão seria um desastre tanto para mim, quanto para qualquer pessoa por perto. E isso incluía Jimin.

Conte para ele, ordenei a mim mesmo, conte o que você fez e sofra as consequências. Ao mesmo tempo, estiquei a ordem para outro ponto: ou não conte nada, reconquiste-o e seja feliz.

Lembrei-me do colar em que Sator mantinha meu sangue preso por uma promessa de sangue. Até onde eu estava disposto a me sacrificar por Jimin? Até que ponto eu estava pronto para me sacrificar por ele?

Minha cabeça começou a doer e meu peito comprimiu tanto que senti a ponta de meus dedos dormentes. A dúvida, a mágoa, a angústia; tudo influenciava; e tudo me fazia temer as consequências que teria de arcar ao contá-lo a verdade: ele vai me matar, vai me afogar aqui, agora, então irá me esquecer para sempre. Estremeci, enojado por minha hesitação e por ter tanto medo, então levantei e o respondi:

— Sou um conhecido, vim aqui para levá-lo de volta para o Inferno.

Ele franziu o cenho, com a mão ainda envolva no punhal da espada.

— Inferno?

Recuei dois passos, incrédulo.

— Você não sabe o que é o Inferno? — Indaguei com um gosto azedo na boca.

Então... até onde ele havia perdido a memória?

— Você está brincando comigo? — Perguntou entre dentes. — Está me enrolando, impostor! Você não deveria estar aqui — ergueu sua espada, apontando-a rente ao meu rosto. Torci o lábio, sentindo a ponta gelada da lâmina tocando meu queixo. — Então, diga-me... quem é você de verdade e o que você quer aqui?

— Jimin — engoli em seco, cauteloso. — Você precisa me responder, por favor.

— O quê? — Gritou.

— Qual... — Chiei ao sentir a ponta afundar em minha pele. — Qual é a última coisa que você se lembra?

Por um instante, o vi vacilar. A ponta da espada raspou em minha pele quando ele a abaixou e a fincou na margem do lago. Ele fechou os olhos, tão concentrado, então tremeu e gemeu de dor. Uma dor tão forte, que pareceu emanar de seu corpo.

Esperei que ele me contasse alguma coisa, qualquer coisa, mas, assim que abriu os olhos, voltou a empunhar a espada, de costas arquejadas e veias do pescoço saltadas. A pergunta havia ativado algo automático nele, talvez um instinto primitivo de autoproteção. Algo estava impedindo que ele lembrasse, o que me fez pensar se ele, de fato, havia perdido a memória. E se... elas estivessem presas em algum lugar de sua mente? Presas por algo... ou alguém? A possibilidade rondou por minha mente, distraindo-me o suficiente para não perceber o golpe de sua espada contra meu ombro.

Reagi dando um salto para trás e encarei o corte em minha pele, bastante superficial, mas fundo o suficiente para arrancar sangue, e chiei.

— Eu não sou um inimigo, Jimin! — Tentei me explicar.

— Pare de me chamar de Jimin! — Gritou, avançando mais uma vez.

Dessa vez fui rápido o suficiente para desviar, ou o corte rasgaria meu peito ao meio.

— Pare! — Ordenei. — Esse não é você!

Ele rosnou, largando a espada na água. Por instantes, pensei que ele havia me escutado e decidido se acalmar, mas então ele dobrou as pernas e depois apoiou-se em suas mãos, não sobre os joelhos, com as costas arquejadas e os olhos escuros. Como... como um animal. Os músculos de seus ombros tremeram, então ele começou a se aproximar lenta e ameaçadoramente.

— Esse não é você... — murmurei, completamente incrédulo.

— Você não me conhece — rosnou. — Ninguém me conhece.

— Você está enganado — engoli em seco, recuando conforme ele se aproximava. Em breve eu estaria contra a parede. — Eu o conheço tão bem quanto você pensa que não conheço.

Ele avançou como uma pantera, mas eu desviei. Ao ver que havia errado, girou veloz em minha direção e deu um soco forte na água. O impacto levantou uma onda enorme, maior que todos que estavam ali. Ele ergueu a mão, controlando-a, e a jogou em minha direção. Incapaz de desviar, cruzei os braços na frente do rosto e aguentei o impacto com todas as minhas forças. A água jogou-me longe e, ao contrário do que pensei, não reduziu e cobriu-me por inteiro. O choque me fez abrir os olhos, submerso, à procura de algum foco de luz. O que encontrei foi um par de olhos vermelhos em chamas aproximando-se cada vez mais como um raio. O que senti em seguida foi o impacto de um soco em meu peito, que me jogou para cima, forte o suficiente para me tirar da água e me fazer bater contra uma rocha gigante localizada bem na margem do lago.

Sem ar, tossi e abri os olhos, tonto, bem a tempo de vê-lo rompendo a água com um pulo agressivo. Por segundos, apenas planou no céu como uma águia hipnotizadora, então começou a cair e cair e cair com rapidez, como um trovão. De olhos arregalados, pus-me de joelhos e pulei para a rocha seguinte bem a tempo de desviar do golpe que ele daria na pedra. Quando o deu, a partiu ao meio e o barulho zuniu em meus ouvidos.

— Jimin, pare a...

Fui impedido por um soco certeiro em meu abdômen, que me fez atravessar quatro rochas espessas antes de colidir com a quinta e apenas rachá-la. Gemi, caindo no chão, e agarrei minhas costelas no lado esquerdo de meu corpo. Elas haviam quebrado, eu podia sentir.

Encarei meu reflexo na margem do lago, vendo os hematomas e cortes em meu rosto, ombros e tórax, então cuspi sangue e olhei para frente, mais precisamente para o demônio que atravessava os buracos que meu corpo havia feito nas rochas como um raio. Zonzo, não consegui me afastar, nem mesmo me proteger, quando ele colidiu contra mim, agarrou um punhado de meu cabelo e bateu minha cabeça contra a rocha com força e violência.

— Diga-me quem você é! — Rosnou, agarrando meu queixo para fazer-me encará-lo olho a olho.

— Eu... — tossi, com sangue escorrendo por minha boca. Havia alguns pontos vermelhos em minha visão, mas os mais intensos eram seus olhos. — Eu já disse a você! Cof, cof.

Ele rosnou e bateu minha cabeça mais uma vez contra a rocha, largando-me como um saco de pancadas. Colidi contra o chão, de costas, afundando o rosto na margem antes de me apoiar nos cotovelos e emergir tossindo desesperadamente. Por um segundo, pensei que iria me afogar.

— Por que sinto que não posso confiar em você? — Perguntou, sentando-se em meu torso.

Soltei uma exclamação quando suas unhas rasparam em meu peito, pensei que ele havia tido algum lapso de memória e estava lembrando de algo que o fizesse parar, porém percebi estar errado assim que senti suas mãos envolvendo meu pescoço com pressão para me enforcar.

Deixei de me apoiar nos cotovelos, apenas arqueei as costas para cima para manter meu rosto fora d'água, e agarrei seus pulsos numa tentativa de afastá-lo.

— Ji... min... — Resfoleguei.

Ele era forte e eu estava fraco demais para impedi-lo.

Ele vai me matar!

— Eu quero matá-lo — disse ele, sério, intocável, imponente.

Sua confissão me fez encolher abaixo dele, pois lembrou-me de meu pior medo: o esquecimento.

— Não... Não faça isso... — Supliquei fracamente, deixando de segurar seus pulsos para tocar toda a extensão de seus braços musculosos.

— O que está fazendo? — Perguntou assim que segurei os dois lados de seu rosto o mais delicadamente possível. — Me largue!

— Você — tossi, a falta de ar já estava comprometendo minha visão. — Você prometeu.

— O quê? — Gritou, pressionando os polegares fundo em meu pomo-de-adão.

Comecei a me debater para tentar respirar.

— Que não iria me matar, Jimin — respondi-o baixinho.

Subitamente, suas mãos já não estavam mais em meu pescoço, nem seu corpo estava mais obre o meu; ele havia recuado com um pulo até bater as costas contra uma rocha.

— Minha cabeça! — Guinchou, pressionando as têmporas.

Silvei por ar, tossindo desesperado.

— O que você fez comigo? — Perguntou com dor, ofegante.

— Eu...

Sator apareceu de trás da rocha e acertou a cabeça de Jimin com uma pedra enorme, observei com horror quando o corpo de meu garoto caiu desacordado na água, depois fitei Sator ceticamente.

— Por que você fez isso? — Gritei, avançando para pegar Jimin e deitar sua cabeça em meu colo.

O golpe havia fito um buraco em sua nuca, de onde muito sangue escorria. Rasguei um pedaço de minha camisa, dobrei-o e pressionei-o contra o corte na esperança que fosse o suficiente para fazer o sangue estancar. Quando percebi que estava dando certo, suspirei aliviado.

— Ele iria matá-lo — disse Sator, seriamente. — E eu preciso de você vivo.

— Eu estava conseguindo lidar com ele! — Exclamei enfurecido com ele. — E o que você quer dizer com isso de precisar de mim vivo?

Ele puxou o cordão onde guardava meu sangue, com um sorriso.

— Você me deve uma promessa de sangue, não lembra? Como irá pagar uma dívida estando morto?

Rosnei, mas não o respondi, ao invés disso fitei o rosto nostalgicamente sereno de Jimin. Eu sabia que ele iria acordar em breve, então beijei sua testa e o abracei bem forte, sentindo um arrepio quando pele desnuda de seu torso encontrou com a minha. Um arrepio de saudade.

Quando me afastei, dediquei um pouco de atenção aos detalhes de seu rosto. Ele havia ganhado uma expressão mais dura, onde, mesmo dormindo, transparecia um ar impetuoso e severo, com os olhos fechados em linha semirreta e os lábios gordos e suculentos totalmente fechados. Seus cabelos estavam curtinhos, mas as mexas irregulares indicavam que havia sido cortado muito amadoramente, quase como se ele tivesse usado a espada para fazê-lo. O vermelho de seus fios era escuro, mas intenso. Olhei para seu pescoço, esperando ver as veias negras, mas elas haviam desaparecido. Talvez só ficassem visíveis em momentos de extrema fúria ou inquietação. Seu corpo estava maior, apesar dele continuar do mesmo tamanho de antes: o peito estava mais cheio, o abdômen estava trincado, finalizando com as linhas salientes de seu quadril se estreitando por dentro de sua calça preta, de onde alguns pelinhos vermelhos e ralos escapavam. Ele estava descalço.

— Como ele pôde não lembrar de mim? — Indaguei descrente, acariciando seu cabelo gentilmente, apesar da dor em meu corpo e espírito.

Sator aproximou-se lentamente e estendeu a mão para tocar no pescoço de Jimin, eu rosnei e afastei seu toque com um golpe bruto. Para minha surpresa, ele riu um pouco e disse:

— Ele tem uma marca bastante familiar no pescoço, demônio — revelou. — Algo raro que poucas pessoas conseguem fazer, pelo que li em alguns livros.

— Que marca é essa? — Indaguei, olhando para onde ele havia apontado.

Havia, de fato, a marca de um triângulo com um X no centro, bem acima de sua jugular.

— É um bloqueio demoníaco — explicou. — Muito difícil de desfazer.

— Você consegue desfazê-la? — Perguntei esperançoso, mas, ao mesmo tempo hesitante.

Se ele conseguir, isso significa que Jimin irá lembrar quem sou e o que fiz a ele mais breve do que imaginei.

Para minha raiva e alívio, ele negou.

— Porra! — Xinguei. — Como eu farei para fazê-lo lembrar? Dessa maneira, agressivo e reativo como está, duvido que coopere comigo para que possamos sair daqui.

E nós precisamos ser rápidos, ou então morreremos de vez e ficaremos presos aqui para sempre!

Tal pensamento me fez começar a tremer e silvar por ar, então eu afundei o rosto no pescoço de Jimin e, sentindo a delicadeza e macies de sua pele, consegui me acalmar. Meu corpo inteiro amoleceu, pois, tê-lo em meus braços era como estar sempre em êxtase.

— Existe alguma maneira de fazê-lo lembrar? — Perguntei baixinho, ainda com o rosto em seu pescoço.

— Existe alguém — disse Sator, de longe. — Alguém muito, muito, muito ruim.

Levantei o rosto para encará-lo, apertando, por instinto, o corpo de Jimin contra o meu.

Sator estava sorrindo.

— Ela vive na Sétima Vereda — começou, então prosseguiu: — É ela quem rege Umbra.

— Como... — gaguejei. — Como uma rainha?

Namjoon não havia me falado nada sobre aquilo.

— Não há registros sobre ela, não no Inferno.

— Ela não é exatamente muito conhecida — disse ele. — Na verdade, fiquei sabendo através de terceiros que ela saiu do Castelo pela primeira vez em séculos há poucos dias, depois entrou e não saiu mais. Digamos, no mínimo, que ela é extremamente reservada.

— Mas... — fitei seu rosto por um bom tempo, depois encarei Jimin com certa hesitação. Minha cabeça estava doendo demais! — A Sétima Vereda é longe demais! Demoraremos dias para chegar até lá.

— Não se pegarmos carona com o Caronte — disse Morte, aproximando-se correndo, sendo acompanhada pelos outros cavaleiros. — Caso ele decida nos abrigar em seu barco, podemos viajar pelo Mar dos Mortos sem atravessar as Veredas.

Sator começou a rir um pouco forçadamente, pegando Morte pela orelha.

— Teremos que atravessar as Veredas, sim, a diferença é que os guardiões não atacam o barco do Caronte, logo, estaremos protegidos de qualquer possível ataque... não é mesmo, filho?

Morte engasgou.

— S... Sim! — Concordou.

Cerrei os olhos para a trupe de Sator, vendo todos meio alarmados. Estavam assim pelo que Morte havia dito... ou pelo que Sator havia reafirmado? Arqueei uma sobrancelha e cerrei o punho, um pouco mais ciente de que ainda não poderia confiar em nenhum deles, assim como mais autoconsciente de minhas decisões.

— Quanto tempo? — Perguntei à Morte.

— Não sei, dez dias? — Ergueu as mãos na altura dos ombros diante o palpite.

— Peste, quantos dias até eu — encarei Jimin. — Até nós virarmos um... — engoli em seco. — Um espectro?

Peste encenou aquela mesma expressão de susto e que fez todas as vezes em que eu a perguntei algo sério – como se fosse desmaiar – e isso fez minha paciência esgotar. Quando vi, já tinha Jimin em meu ombro enquanto avançava nela e a pegava pelo pescoço.

— RESPONDE, PORRA! — Gritei, colérico.

Assumi minha forma demoníaca em segundos, vendo seus olhos ficarem esbugalhados conforme eu crescia assustadoramente rápido. Peste estava assustada, mas, dessa vez, de verdade.

— Talvez em doze — respondeu-me. — Treze, no máximo!

Larguei-a imediatamente e retornei para minha forma humana, então levantei e pus Jimin em meus braços.

— Bom — murmurei, então fitei o rosto desacordado de Jimin e sussurrei para que somente ele escutasse: — Nós vamos conseguir sair daqui, prometo.

No mesmo momento, Jimin se encolheu contra mim e deitou sua cabeça contra meu peito com um suspiro. A cena me lembrou de todas as vezes em que transávamos e depois ele subia em mim como um esquilinho mortal e me abraçava por horas enquanto dormia. Isso me fez sorrir um pouco.

Quando olhei para frente, Sator e os cavaleiros me encaravam com as sobrancelhas arqueadas.

— Que foi, porra? — Rosnei.

— Nada não — disse Morte.

— Olha! A água é molhada... — disse Guerra.

— Que fome — disse Fome.

— Vamos logo — disse Peste.

Todos ao mesmo tempo.

Sator me ofereceu um sorriso e apontou para o grande portão aberto da Segunda Vereda.

— Vamos?

Concordei.

— Vá na frente — disse a ele, assim eu poderia ficar completamente alerta de todos os seus movimentos e expressão corporal.

Porque eu não confiava nem um pouco nele. Em nenhum deles.

Quando eles partiram em direção ao grande portão, aprumei a postura e reforcei o apoio de meus braços sobre Jimin para acompanhá-los.

Ter Jimin em minhas mãos era uma sensação até engraçada: como seu corpo era um pouco menor que o meu, o encaixe entre eles era quase perfeito. Além disso, ele parecia não ter se livrado do hábito de se encolher todinho contra mim e deitar o rosto em meu peito enquanto ressonava. Às vezes, ele murmurava alguma coisa tão baixo que era quase impossível de se ouvir, às vezes somente fazia um biquinho e se apertava mais em mim. Eu adorava ver todas as suas reações como se fosse um pequeno show privado, principalmente porque era eu a pessoa a quem ele se ancorava e deixava ser embalado.

No dia em que o vi completamente desinibido ao sair do quarto dos espelhos, eu soube que ele já não era o mesmo. Não apenas Jimin, mas Hades como um todo (com pequenos lapsos de Khaos em sua essência). No começo, temi por minha vida, por tudo o que eu havia conquistado, mas foi o simples toque da ponta de seus dedos em meu peito, junto de sua voz sugestiva pedindo para que eu não ousasse me segurar que me fez perder toda a compostura.

Ele não sabia, mas eu estava me segurando o máximo que podia para não o assustar. A verdade era que quis dobrá-lo em cima de uma cama no segundo em que o vi novamente, para mostrá-lo o tamanho de minha saudade e devoção. Se ele soubesse o que passou por minha mente quando disse "não tenha pena, Jungkook...", certamente teria saído correndo de mim em direção às montanhas. Certamente. Nunca senti estar tão no limite do autocontrole como naquele dia, pois, o que realmente queria fazer era foder aquela bunda gostosa por horas e horas até quebrar a cama.

Nas outras vezes em que fizemos, sempre havia algo me segurando. Algo que balançava entre a hesitação e o medo. Jimin estava sem seus músculos e tinha aquela expressão de que iria quebrar a qualquer momento; Hades, por sua vez, aparentava mais força e determinação, além de uma postura mais assertiva, imperiosa e, para a ruína de minha luxúria, um prazer pelo ato do sexo quase descomunal; Khaos, por final, era uma fúria da natureza. Um deus, em todos os seus significados e expressões. A mistura perfeita do selvagem com a inocência, ao mesmo tempo que o desequilíbrio entre compostura e sedução.

Não sabia que voltaria a ter aqueles pensamentos tão cedo, ainda mais nas circunstâncias em que nossa relação se encontrava, mas... talvez, somente talvez, o fato de tê-lo em meus braços agora, enquanto atravessava uma barreira de corais venenosos logo atrás de Sator e os cavaleiros, tenha despertado a chama que, por muito, acreditei estar morta em meu âmago.

O desejo.

Não apenas o simples desejo, mas ele em toda a sua glória, tão puro quanto impuro: algo que envolvia carne, suor e... algo mais.

Amor?

Jimin voltou a se mover em meus braços, virando-se completamente de lado para esfregar seu nariz em meu peito desnudo. Ele fungou e soltou um espirro fininho e baixo, depois esfregou a testa contra meu peito e voltou a ressonar tranquilamente.

Ah! Tão adorável...

Baixei o rosto e cheirei seu cabelo curtinho. Tinha cheiro de suor, fumaça e terra. Ele, inteiro, cheirava a fumaça. Isso me fez pensar em tudo o que ele já havia passado desde cair em Umbra. Brigar com monstros não me pareceu ser uma dificuldade para ele – na verdade, notei que sua habilidade com a espada havia melhorado bastante – assim como lidar com as dificuldades de estar em um lugar desconhecido.

Mas... e a solidão?

Ser solitário era algo que afetava sua existência desde que o conheci.

A solidão afeta até o ser mais poderoso, demônio, foi o que me disse em nosso primeiro encontro, antes de jogarmos aquele maldito jogo.

Ele já está vivo há mais tempo que posso imaginar, sozinho, afastado por sua classe hierárquica e imponência e cargo. O rei do Inferno. O quão solitário não pode ser? Tive um pequeno gosto da sensação, mas nunca por completo, pois, ele nunca havia deixado de estar por perto (uma vez que sempre poderia ir ao Limbo, mesmo que só para vê-lo). Ele, por sua vez, sempre esteve sozinho e triste, apesar de todo o poder e fama que detinha. Sei disso, pois costumava escutá-lo resmungar durante pesadelos enquanto me abraçava nas madrugadas em que passei em claro tentando decorar cada traço de seu rosto.

Ele soava sempre como um homem traumatizado e pouco amado.

E isso foi um dos motivos para eu ter me apaixonado e decido retardar o início de meu domínio sobre ele por tantos anos.

Depois que ele descobriu sobre meu plano, prometeu que não me mataria justamente por me amar tanto quanto o amo, mas... e agora? E agora que ele não lembra de mim? Não há como ser indulgente com quem não conhece, muito menos com o demônio que o manipulou por milênios.

Penso que será assim que irá encaixar as peças caso o revele quem sou realmente: o demônio que o manipulou por milênios.

E isso me apavora, pois, matar alguém tão ruim assim é quase tão fácil quanto girar uma maçaneta. E então eu seria esquecido.

Esquecido para sempre.

Com a vista embaçada, encarei o rosto angelicalmente demoníaco de Jimin e sussurrei:

— Eu sinto muito — dei mais um beijo em sua testa. —, mas não posso contá-lo quem eu sou de verdade. Eu... eu simplesmente não posso.

Você irá me matar, foi o que quis dizer, mas as palavras ficaram presas em minha garganta.

A luxúria e desejo que tanto estava sentindo já haviam desaparecido tão rápido quanto haviam surgido, agora tudo o que sentia era o gelado e ríspido medo. O medo em sua mais pura essência, cercado por chamas de desespero e desesperança.

Após muito andar, acabamos chegando na praia que Sator havia mencionado, onde um barco mediano estava ancorado. Os cavaleiros pularam no interior, animados, e Sator os seguiu indo para o convés.

— Pode desancorar o barco, demônio? — Gritou lá de cima, apontando para a corda amarrada em um gancho na proa, esticada para baixo, submersa.

A âncora deveria ser pesada, além de que deveria estar enganchada em alguma pedra ou buraco para mais proteção contra as correntezas, mas não era algo muito certo – às vezes, ela desgarrava devido uma má ancoragem – então fui até a corda e a puxei com força, testando. Quando ela não cedeu, percebi que devia estar muito bem presa no fundo do mar.

— Não há nenhuma alavanca para puxá-la? — Perguntei a Sator.

Lá de cima, ele negou.

— É tudo manual — explicou.

Puta merda... — murmurei.

Deitei o corpo de Jimin cuidadosamente sobre uma rocha e sussurrei:

— Não se preocupe, eu volto em breve.

Assim que me afastei, Sator gritou:

— Não quer que eu o traga para cá?

— Nem ouse tocar nele! — Rosnei, mirando-o completamente furioso. — Voltarei em breve com o caralho dessa âncora, então nem tente!

Ainda escutei seu risinho antes de mergulhar, mas me esforcei até a última gota de autocontrole para guardar sua provocação e não retornar lá para arrancar sua cabeça. Ao invés disso, concentrei minha raiva em um nadar rápido e forte, seguindo a corda esticada até onde a âncora estaria.

Ao chegar no final da corda, notei que ela não estava fixada em âncora nenhuma, mas sim fundida em uma rocha imensa. Embaixo d'água, podia enxergar pouca coisa – apenas alguns peixes monstruosos às vezes, quando vinham atrás de me morder, e algas marinhas semelhantes a serpentes – além de rochas e o azul da água. Perguntei-me, até, onde estariam os monstros que Sator havia mencionado. Talvez mais adiante.

Pensei em apenas carregar a rocha para cima, para a terra firme, entretanto, decidi quebrá-la em migalhas aos socos em um ímpeto de raiva colérica por estar ali, preso naquele mundo desconhecido, por ter que lidar com Sator e suas provocações, por Jimin não lembrar de mim e o pior: por ser um covarde desgraçado egoísta que teme falar a verdade para quem ama. Quando terminei de quebrá-la, enxergava apenas vermelho, em fúria, até captar o brilho singelo de algo dourado amarrado na ponta, agora livre, da corda.

Era um colar, com um pingente redondo com a letra "N" fundida no meio, muito semelhante ao de Jimin.

De quem poderia ser?

Quando emergi de volta na praia, fitei o corpo desacordado de Jimin por bastante tempo, com a mente nublada pelas novas dúvidas e incertezas sobre seu passado. Havia mais do que ele jamais havia me contado, com certeza, e o colar guardado no bolso de minha calça era apenas uma das provas.

— Onde está a rocha? — Perguntou Sator, procurando da proa.

Não o respondi, ele encarou o sangue escorrendo em meus punhos e depois, com um pequeno sorriso, voltou para a roda do leme, o timão.

Com o bom humor arruinado, peguei Jimin em meus braços e subi para o convés com um pulo.

— Onde tem uma cama por aqui? — Perguntei para Morte, que estava sentada contra a Ponte do barco, uma grande cabine de madeira com uma vidraça frontal.

— Dentro da Ponte, no Casco — disse. — Vai levar seu demônio para lá, é?

— O que parece? — Perguntei entre dentes, ácido.

Morte levantou as mãos em um gesto de rendição para a tentativa de puxar conversa e eu abri a porta da cabine com brutidão. Achei as escadas que levavam para o "subsolo" do barco, o Casco, bem próximas a um baú fechado por um cadeado enorme. O Casco era uma estrutura oca, utilizada pelos barqueiros e pela tripulação para descansar durante as viagens, por isso tinha camas, redes, e geralmente seria bem confortável.

O que não era o caso daquele.

O interior do cômodo estava cheio de lodo e lama, que recobriam as duas camas minúsculas de solteiro no extremo esquerdo, além dos dois baús escancarados ao lado delas. Ao me aproximar, vi que eles guardavam roupas rasgadas repletas de mofo. Torci o lábio, incerto se devia colocar meu garoto em uma daquelas camas imundas ou se o mantinha logo em meus braços pelo resto da viagem.

Incomodado, pus Jimin sobre meu ombro e tratei de arrumar uma das camas. Ao arrancar o lençol, suspirei aliviado ao ver que o colchão estava um pouco limpo, tendo em vista seu aspecto antigo, e rosnei ao ver que o único travesseiro estava completamente tomado por traças e mofo. Joguei-o fora com um golpe, depois dei batidas fortes no colchão para expulsar a poeira acumulada. Assim que me senti medianamente satisfeito com o resultado, peguei Jimin em meus braços e o coloquei extrema atenção sobre a cama, com uma mão sobre sua nuca e outra na parte de trás de suas coxas.

— Descanse, meu garoto — murmurei, deixando um beijo casto em sua testa.

Eu só não esperava uma resposta.

E ela veio calma, suave e manhosa.

— Então me abrace, Jungkook — disse.

Sua resposta me assustou o suficiente para fazer minha respiração descompassar e meu peito apertar.

Ele lembrou de meu nome!

Como isso é possível?

Ele foi carinhoso comigo, isso significa que está cumprindo sua promessa?

Do... do que mais ele se lembra?

Por instantes, tive receio em me mover para encará-lo, instantes esses que se foram assim que senti suas mãos em minhas bochechas. Ele me puxou calmamente, com toques tão suaves quanto uma pena, até estarmos face a face.

Para meu espanto, ele tinha uma expressão apavorada no rosto.

— Me salve, Jungkook! — Pediu em seguida, com os cantos da boca tremendo.

— O que...

— Por favor, quebre o selo! Ela... ela... ela vai...

Subitamente, os cantos de seus lábios entortaram para cima em um sorriso escancaradamente falso, apesar do pavor em seus olhos.

Ele estava sendo controlado?

— Jimin?

Quando ele não me respondeu, comecei a me desesperar.

— Jimin! Jimin! — Chacoalhei seus ombros, desesperado. — Me diga como resolver, me diga o que fazer!

Como resposta, ele apenas fechou os olhos e voltou para um sono profundo, como... como se nada tivesse acontecido.

Sem fôlego, caí de joelhos ao lado da cama e deitei a cabeça contra seu peito, soluçando.

— Não... controle de novo, não...

Se Jimin estava sendo controlado, significava que havia alguém o controlando. Alguém poderoso, alguém mais forte que o deus-universo.

— Quem fez isso com você, meu desamor? — Perguntei num murmúrio de lástima, acariciando seu queixo.

Continuei perguntando em sussurros para ele, mesmo sabendo que ele não iria me responder naquele momento, mesmo já sabendo de um componente mais do que importante da resposta. No fundo, só não quis aceitar que tudo aquilo estava acontecendo novamente, dessa vez, não por minhas mãos.

Jimin e eu... Nós... nós estávamos nas mãos de alguém diferente.

Alguém mais poderoso, imponente e mortal.

Estávamos nas mãos de uma mulher.

[NOTAS FINAIS]

Sim, agora o negócio ficou sério AMOOOOO

O que acharam? 

OBRIGADO POR TEREM LIDO O CAPÍTULO, EM BREVE TEM MAIS E MAIS E MAIS!

Usem a tag #ACruzInvertidaDoDiabinho para interagirmos no Twitter. O tio Luci tá doido pra conversar! (O tio Khaos parece que só gosta de paquerar, cruzes!!!)

Enquanto vocês estão aqui, vou aproveitar para falar que iniciei uma nova história. Ela se chama INSANE, tem foco nos Jikook e em BDSM (mas de uma maneira nem tão convencional). Nela, o Jimin é um powerbottom sem experiência nenhuma e o JK é um policial barra pesada submisso. Espero que vocês possam me dar essa chance e me acompanhar por lá, também!

BEIJOS!

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Jungkook 21 anos, Jimin 22. Conectados pela vida passada e por ainda não se reencontrarem nessa vida, ambos sonha um com o outro todas as noites.🌘✨️