Good Boy 《ChangKi》

By Shin_Doyeonnie

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E essa é a história de como eu, Yoo Certinho Kihyun, acabei me tornando namorado de Im Safado Changkyun. [18... More

Hyung, quem é esse?
Pesseguinho?
Como me descobriu aqui?
Mas e o intervalo?
Do que precisa?
Por que fez isso?
Isso é brincadeira?
Ficou louco?
O que vai fazer no sábado?
Posso continuar?
Tudo bem?
O que é isso?
Pode ser na sua casa?
Changkyun?
E sobre a Lalisa?
Você é Chae Dodo?
Do que está falando?
O que está acontecendo comigo?
Está feliz agora?
O que está fazendo?
Por que mesmo eu espero algo diferente?
Reparou nisso agora?
Por que não me acordou antes?
Isso é loucura, sabia?
Está melhor agora?
Fez isso de caso pensado?
Por que estamos aqui?
Foi divertido?
Que tipo de recompensa?
O que está olhando?
Tudo bem se eu for?
Ainda falta muito?
Você viu o que rolou na festa?
Você está bravo?
Por que está tão envergonhado?
Você estava apenas curioso?
Que bagunça é essa?
Você não vai fazer nada?
Vai mesmo ficar em casa?
Por que está me contando todas essas coisas?
Por que não me contou antes?
Por que está estranho?
O que ele disse?
Podemos nos sentar aqui?
Você acha que atende esses requisitos?
Posso saber o que estão fazendo aqui?
Ainda gosta de mim?
Como vai afastar o Minhyuk?
O que está querendo?
E o que seria?
Você o escolheria?
O que estão fazendo?
E por que não estou sabendo disso?
Planejou isso desde o princípio? (Especial Hyungwonho)
Não há nada que queira nos contar?
Você se lembra?
Você sabia? (Especial Joohyuk)
Você gostou?
Olhar eu posso?
Tem alguma coisa errada?
O que o fez gostar dele?
O que quer tentar?
Quer mesmo me envergonhar?

Onde quer chegar com isso?

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By Shin_Doyeonnie

- Você não vem? - Changkyun questionou após pegar os livros em minhas mãos, caminhando para o lado contrário ao meu destino.

- Vou na biblioteca estudar. - Ditei simplista, caminhando a passos calmos pelo corredor quase vazio.

Cerca de duas semanas havia se passado desde meu aniversário, o que indicava que a época de provas começaria em breve.

- Não pode estudar em casa? - Ficou ao meu lado, tão próximo que nossos ombros se tocavam em alguns momentos.

- Vou ajudar os garotos do time. - Sorri por um momento, não acreditando que isso realmente aconteceria. - Deveria vir também, pois em breve teremos a semana de provas e não o vi estudando em nenhum momento. - Falei de modo sério, preocupando-me se ele conseguiria tirar boas notas estudando tão pouco.

- Sinto alergia só de pensar nisso. - Virei para encará-lo, tentando não dizer que sabia que isso não era exatamente o que ele pensava. Porém, preferi me manter calado, pois acreditava que Changkyun me contaria sobre o assunto quando quisesse.

Caminhamos poucos minutos até a biblioteca, adentrando o local que estava lotado de alunos. Caminhei até uma das mesas mais afastadas, onde alguns membros do tipo de Hyunwoo me aguardavam.

- Oi, Kihyun. - O garoto que costumava ser gentil comigo sorriu e eu me senti tímido por não lembrar o nome dele.

- Oi. - Ajeitei-me mais ao centro da mesa, pegando os livros que Changkyun carregava. - Estão todos aqui? - Assentiram brevemente e observei enquanto o Im puxava uma cadeira e sentava atrás de mim. - Então vamos começar. - Iniciei com as explicações de Física, que pelo que me disseram, era a dificuldade da maioria.

Fiquei fascinado que os garotos realmente estavam atentos ao assunto (Talvez pelo desespero), mesmo os veteranos do último ano. Vez ou outra eu me virava para olhar Changkyun, que ficava entretido com o smartphone, mas me encarava com um sorriso em alguns momentos.

- Você é muito inteligente, Kihyun. - Um dos garotos falou, a expressão tão perdida que me perguntei se ele realmente havia entendido algo.

- Deveria estar em um colégio para gênios. - Era o vice-capitão do time, anotando algo na bagunça de papéis que estava a sua frente.

- Também não é para tanto. - Tive a decência de corar pelos elogios, pois era a primeira vez que alguém usava a palavra "inteligente" no lugar de "CDF".

- Não precisa ser tão modesto. - Sorri tímido para o garoto que estava ao meu lado, ao qual eu nunca conseguia lembrar o nome, mas que sempre me tratava bem. Comecei a fechar meus livros e cadernos, já que havíamos revisado todo o necessário.

- Já acabou? Eu levo para você. - Assustei-me quando senti os braços de Changkyun passaram ao lado de meus ombros, pegando os livros e tirando-os da mesa.

- Eu estou indo. - Anunciei calmo, levantando-me da cadeira enquanto escutava alguns resmungos de agradecimento e outros desesperados, de quem sentia que não iria conseguir lembrar de tudo. - Não esqueçam de revisar o tópico do capítulo 12. - Peguei minha mochila e virei-me para ir embora, parando quando senti um leve toque em meu braço.

- Espera. - O garoto sempre gentil levantou-se e parou a minha frente, inclinando a cabeça para baixo para que pudesse me encarar. - Eu posso te pagar um café ou um lanche? Para agradecer pela ajuda. - Senti minhas bochechas esquentarem, o que me fez ficar em choque por um momento.

- Não precisa. - Ditei quase histérico ao me recuperar, suspirando calmo antes de pronunciar: - Se você for bem nas provas, ficarei realmente agradecido. - Ele sorriu.

- Tudo bem. - Apoiou as mãos sobre meus ombros, encarando-me de um modo que não pude decifrar. - E obrigado mais uma vez. - Dei-lhe um sorriso calmo, afastando-me enquanto ele ainda me segurava. Changkyun caminhava à minha frente, tão estranho quanto estivera nos dias anteriores.

Deixamos o prédio do colégio sem trocarmos nenhuma palavra e isso me deixava realmente curioso. Dei alguns passos a frente do mais novo, fazendo-o quase esbarrar em mim ao parar.

- Você está bem? - Questionei, receoso, percebendo que Changkyun evitava meu olhar.

- Estou. - Passou ao meu lado, parando diante do carro e abrindo a porta. - Vamos, por favor. - Indicou o interior do veículo e eu o adentrei, ainda estranhando a forma com que ele estava agindo. Jaebum deu partida segundos depois de nos acomodarmos e fiquei assustado com a direção que tomavamos.

- A minha casa fica para o outro lado. - Indiquei, atordoado, não entendendo o que estava acontecendo.

- Vamos para a minha. - Changkyun falou simplista, a expressão neutra de quem falava a coisa mais normal do mundo.

- E o seu castigo? - Franzi o cenho, encarando-o, mas não recebendo nenhuma atenção.

- Finalmente acabou. - Ergueu as mãos em frente ao corpo e eu assenti calmamente.

- Entendi. - Fiquei observando o caminho a nossa volta, assustando-me quando senti Changkyun deitar a cabeça em meu ombro. - Garoto estranho. - Murmurei para ninguém em especial, entrelaçando nossos dedos quando ele tocou minha mão.

Ficamos o caminho inteiro em silêncio, mas diferente do dia em que ele me ignorou, eu me sentia confortável.

☆☆☆☆☆☆☆

- Vamos para o quarto. - Falou ao adentrarmos a mansão, soltando minha mão e caminhando na frente. Confesso que achei isso estranho, pois ele não costumava agir assim, principalmente quando estávamos sozinhos.

Acompanhei-o até o andar superior, observando-o abrir a porta e tropeçar ao entrar no cômodo.

- Changkyun, o que você tem? - Questionei ao me aproximar, preocupado que ele pudesse estar passando mal ou algo do tipo.

- Nada. - Respondeu rapidamente, fazendo-me suspirar ao encarar suas costas.

- Vou embora se não me disser o que é. - Fiz menção de sair do quarto, parando quando senti o toque em meu ombro. Virei-me para ele.

- Não gosto que estude com os garotos do time. - Desviou o olhar para o lado e eu comprimo os lábios em desentendimento.

- Não vejo nada de errado nisso. - Changkyun me encarou com indignação, o que me fez recuar um passo antes de deixar minha mochila ir ao chão.

- Você é cego? Não percebeu o jeito que aquele garoto te olhava? - Deslizou a mão pelos cabelos, suspirando pesado em seguida.

- Que garoto, Changkyun? - Neguei com a cabeça, lembrando-me que havia garotos demais perto de nós naquela mesa.

- O que te chamou para sair. - Fiquei algum tempo processando a informação, sendo analisado pelo olhar seco de Changkyun.

- Ele não me chamou para sair. - Constatei ao entender o momento a que ele se referia, mas não achei que aquilo foi realmente um convite para sair.

- Claro que chamou. Está óbvio que aquele cara estava dando em cima de você.

- O quê? - Arregalei os olhos, perguntando-me que droga ele estava usando para estar com essa paranóia.

- Kihyun, acredite, eu não sou o único que vê as suas qualidades. - Mal tive tempo de falar algo antes que ele começasse a resmungar e gesticular de um modo sem sentido. - A minha vontade era de pegar aquele garoto e amassar a cara dele assim e... - Não aguentei assistir àquela cena calado e não me controlei ao começar a gargalhar de um jeito extremamente escandaloso. - Por que está rindo? - Sua pergunta piorou ainda mais meu estado e precisei de quase um minuto para me acalmar.

- Não acredito que está tendo uma crise de ciúme, Changkyun. - Constatei ofegante, pois realmente demorei a entender o que acontecia, uma vez que ele não agia dessa maneira com frequência.

- E por acaso isso é errado? - Pude notar o rubor que cobria suas bochechas, o que quase me causou outra crise de risos.

- Não, mas não é como se eu tivesse olhos para alguém além de você. - Nos encaramos por breves segundos e não hesitei antes de quebrar a distância entre nós. Circulei os braços pelos ombros de Changkyun e o encarei profundamente. - Se aquele garoto deu em cima de mim como está dizendo, eu não percebi e mesmo que tivesse percebido, ele ficaria chupando dedo porque já tenho o meu garoto e é ele quem quero beijar agora. - O mais novo pareceu surpreso por minhas palavras e não nego que me senti envergonhado com elas segundos depois, mas deixei isso de lado enquanto o beijava com suavidade.

Changkyun deslizou os braços por minha cintura, puxando-me para perto de seu corpo. Acariciei os fios descoloridos, comprimindo os lábios quando ele se afastou abruptamente.

- Estou me sentindo envergonhado, droga. - Repousou a cabeça na curvatura de meu pescoço, deixando minha pele arrepiada.

- Sem problemas. Eu também ficava doido quando o via com aquelas garotas de antes. - Falei simplista, dedilhando aleatoriamente a parte superior das suas costas. Changkyun ergueu o rosto pouco tempo depois, encarando-me com uma expressão estranha que não consegui identificar. - O que foi? - Questionei, receoso, sentindo-o caminhar pelo cômodo enquanto me empurrava para trás.

- Senta aqui. - Indicou a própria cama e eu me sentei sem questioná-lo. Caminhou a passos errantes em direção ao closet, sempre murmurando: - Você consegue, I.M, só fica calmo.

- Changkyun, eu estou ficando assustado. - Sorriu amarelo em minha direção, ficando de costas para mim enquanto continuava com seu destino. - Você está estranho demais. - Comentei breve, observando-o sumir no closet e voltar tempos depois, com as mãos atrás das costas.

Caminhou até a cama, parando a minha frente. Suspirou longamente, para só então me encarar.

- Eu estive pensando nisso há algum tempo e estava esperando o momento certo para fazê-lo, mas percebi que esse momento nunca chegaria e que eu mesmo teria que criá-lo.

- Onde quer chegar com isso? - Questionei desconfiado, recebendo um riso estranho como resposta.

- Eu ensaiei muitas vezes um discurso bonito para recitar para você agora, mas parece que tem um branco na minha cabeça e eu não consigo pensar em nada. Então vou simplesmente direto ao ponto. - Changkyun ajoelhou a minha frente e eu arregalei os olhos em desespero quando ele tirou as mãos das costas e trouxe a caixinha vermelha aveludada para frente. - Yoo Kihyun, você aceita namorar comigo? - Fiquei estático no lugar, não sabendo como reagir quando observei a aliança presa a caixa.

Fiquei alguns segundos em silêncio, suspirando pesado antes de me pronunciar:

- Eu te odeio, sabia? - Murmurei emburrado, controlando a imensa vontade de chorar.

- Então, não aceita? - O mais novo ficou com a expressão triste e eu revirei os olhos antes de passar as mãos pelo rosto para secar as teimosas lágrimas que ousaram desliza por minhas bochechas.

- Para de ser bobo, é claro que eu aceito. - O loiro sorriu de modo fofo e eu o puxei pelos braços em minha direção, colocando-o sentado ao meu lado. - Mas é que eu queria comprar as alianças e faria isso no final de semana. - Puxei a caixinha de sua mão, colocando-a contra meu peito. - Você sempre toma partido em praticamente tudo no nosso relacionamento e dessa vez eu queria fazer algo primeiro. - Ele se aproximou, de modo que nossos joelhos se tocaram levemente.

- Ia mesmo me pedir em namoro? - Perguntou com genuíno divertimento e tive a decência de corar por isso.

- Sim. - Comprimi os lábios, tentando não surtar ao sentir minhas orelhas esquentarem. - Eu já estava pensando nisso há um tempo para falar a verdade. - Realmente eu pensava no assunto desde que havíamos nos esclarecido, mas o dinheiro curto e a falta de coragem me impediram de concluir meu objetivo antes dele.

- Não precisa fazer essa cara, Pesseguinho. - Percebi que estava divagando em pensamentos quando senti o toque em minha bochecha. - Prometo que deixarei você me pedir em casamento depois. - Changkyun selou meus lábios e dei um tapa em seu peito em seguida.

- Idiota. - Resmunguei emburrado, tentando fingir que nunca havia pensado em nós dois casados, morando em um apartamento no centro e sendo "pais" de um cachorro.

Encarei a aliança dentro da caixinha. Ela era prateada, com dois riscos horizontais por toda a extensão. Parecia muito simples, mas eu realmente havia gostado.

- Como sei que você é bastante tímido e não gosta de chamar atenção, pensei que não iria querer usar a aliança no dedo, então pode colocá-la no pescoço. - Tirou uma corrente prateada do bolso interno da jaqueta que vestia, abrindo o fecho e pegando a aliança da caixa.

- E cadê a sua? - Questionei curioso, percebendo que não tinha visto a outra peça do conjunto no dedo dele. Changkyun sorriu travesso, puxando de dentro da camiseta, a corrente com a aliança de pingente. - Você é rápido, Kkukkungie. - Comprimiu os lábios em desaprovação e não pude deixar de sorrir.

- Eu tinha certeza que você aceitaria, mas depois fiquei um pouco receoso. - Fez um bico, emburrado e eu suspirei ao perceber que não havia agido do jeito correto ao receber àquela proposta. Changkyun colocou as mãos atrás de meu pescoço, prendendo a corrente em seguida. Segurei o arco prateado com cautela, notando que estava escrito "Changkyun ♡" na parte interna da jóia. - Sente isso. - Ele pegou em minha mão livre, levando-a até seu peito e pressionando-a ali.

- Caramba! - Exclamei exasperado, percebendo que os batimentos de seu coração estavam totalmente descontrolados.

- Ele sempre bate rápido quando estou perto de você, mas pensar na ideia de perdê-lo me abalou ainda mais. - Segurei com força em sua camiseta, me sentindo horrível ao perceber que minha reação havia deixado-o inseguro.

- Me desculpe, eu só... - Iniciei calmo, não sabendo ao certo o que dizer. Umedeci os lábios antes de continuar, mas fiquei em total colapso com a declaração que recebi em seguida.

- Eu amo você, Kihyun. - Arregalei os olhos, contendo a vontade de gritar quando não soube o que responder.

- Changkyun, eu... - Iniciei, nervoso, ficando atrapalhado com as palavras que não conseguia proferir. Changkyun riu e me abraçou, deixando que eu apoiasse o rosto na curvatura de seu pescoço.

- Tudo bem se ainda não pode dizer o mesmo. Prometo que serei paciente. - Acariciou minhas costas com suavidade e eu assenti antes de me apertar contra ele.

Eu não sabia ao certo se o que eu sentia era amor, pois não estamos juntos há tanto tempo. Conversei com Hyungwon sobre o assunto e ele me assegurou que não existe um tempo certo para amar alguém, uns levam meses, outros levam anos, então é algo extremamente pessoal. Quando questionei quanto tempo ele demorou para amar meu irmão, o Chae me lançou um sorriso muito bonito, respondendo que não sabia ao certo, mas que talvez tenha sido na primeira vez deles, quando Hoseok se declarou pensando que Hyungwon já não estava mais acordado.

Afastei-me do loiro devagar, segurando em suas mãos com força, como se aquilo pudesse transmitir tudo o que eu sentia, mas que não sabia como externizar.

- Você significa muito para mim, Changkyun, bem mais do que o recomendado. - Fiz uma careta emburrada, pois de fato ele ocupava um espaço enorme na minha vida e isso às vezes me deixava atordoado.

- Vou aceitar isso como uma declaração de amor. - Deu uma piscadela e eu revirei os olhos ao perceber que ele estava quebrando o clima como sempre costuma fazer. Changkyun me puxou para outro abraço, logo empurrando-me para deitarmos frente à frente na cama. - Eu estou feliz, Pesseguinho. Tão feliz que poderia fazer amor com você pelo resto do dia. - Acariciou meu rosto e mais uma vez o desespero me consumiu.

- Você sabe que eu ainda não... - Colocou o indicador em meus lábios, calando-me enquanto sorria.

- Eu sei e prometo que serei paciente quanto a isso também. - Assenti várias vezes, sentindo-me agradecido por ele não desistir de mim. Aconcheguei-me contra o peito de Changkyun, aspirando o aroma suave de seu perfume.

Eu realmente gostaria de avançar todos os sinais com ele, mas depois de nossa "grande briga", voltei a sentir coisas que não permitiam que eu apenas me deixasse levar, pois eu sempre acabava pensando nas consequências de tudo o que faria.

- Acho que também amo você. - Sussurrei sem prestar muita atenção, xingando-me internamente por isso.

- O que disse? - Afastou-me de seu peito e eu engoli em seco, analisando se ele pudesse ter escutado aquilo ou não.

- Que também estou muito feliz. - Tentei sorrir de modo convincente e acho que funcionou já que ele apenas assentiu e depositou um beijo em minha testa. Deitamos embaixo dos lençóis segundos mais tarde, já sem moletom, jaqueta de couro e camisetas. Changkyun me colocou contra seu peito e eu encarei a aliança em seu pescoço. - Aliás, você comprou exatamente as mesmas alianças que eu iria comprar. - Comentei neutro, observando que "Kihyun ♡"  era o que estampava a parte interna de sua aliança.

- Eu sei. - Acariciou meus cabelos em um carinho suave e minha próxima fala fora quase um ronronar.

- Como?

- Minhyuk. - Ergui o rosto para encará-lo, observando-o sorrir de modo travesso em seguida.

- Então nos deixou sozinhos de propósito? - Constatei ao lembrar do dia em que estive na joalheria, onde pedi a opinião do Lee sobre o assunto.

- Você não costuma usar jóias, então eu queria saber o que realmente te agradava para não comprar errado. Até a Minok ajudou. - Continuei a encará-lo, comprimindo os lábios quando um sentimento amargo me invadiu.

- Por favor, pare com isso. - Bradei de modo firme, erguendo o corpo até que estivesse sentado.

- O quê? - Sentou-se ao meu lado, circulando o braço por minha cintura enquanto eu cobria meu tronco de forma desajeitada.

- Pare de ser perfeito em tudo o que faz. - Encarei-o com seriedade, recebendo um aceno em negação.

- Eu não sou perfeito em tudo o que faço, jagiya. Já o fiz chorar quantas vezes?

- E me fez sorrir quantas mais? - Nos encaramos por breves segundos e eu fui o primeiro a quebrar nosso contato. - Às vezes eu sinto que não o mereço e que não sou capaz de retribuir nem metade do que faz por mim. - Fiz um bico, emburrado, pois era a primeira vez que eu falava sobre isso.

- Eu sei das suas limitações e sei que nem sempre você me dá a atenção que eu gostaria, mas não posso mudar quem você é e não quero mudar seus planos mais do que já faço. - Apoiou a cabeça em meu ombro e eu suspirei pesado.

- Está fazendo de novo. - Resmunguei ríspido, escutando-o rir antes de distribuir leves beijos em meu pescoço.

- Desculpe. - Murmurou abafado e eu grunhi em resposta. Changkyun me puxou para deitar outra vez e não pude deixar de encará-lo por longos minutos. - O que foi? - Questionou calmo, fazendo-me suspirar antes de me ajeitar melhor contra seu corpo.

- Nunca mais duvide do que sinto por você. - Pedi quase em desespero, pois odiaria ter que me sentir um namorado horrível mais uma vez.

- Tudo bem. - Selou meus lábios demoradamente e não pude deixar de sorrir enquanto nos aproximava ainda mais. - E não se force a fazer coisas que não queira só para me agradar. Não gosto disso. - Assenti ainda sorrindo, sentindo um calor gostoso invadir meu coração.

Ficamos o resto da tarde ali, abraçados e nos beijando. Algumas vezes, Changkyun ousava colocar a mão em lugares inapropriados, o que me deixava constrangido, mas ao mesmo tempo desejoso por mais. Só não fomos muito longe porque ele recebeu uma ligação do pai e precisamos nos acalmar à força.

Eu não sabia o que o futuro nos reservava, mas sabia que me esforçaria para que nosso relacionamento desse certo, principalmente porque, a partir daquele momento, eu poderia dizer com todas as letras que Changkyun e eu éramos namorados e ninguém poderia me dizer o contrário.

❄❄❄❄❄❄❄

O Kihyun de Good Boy significa absolutamente tudo para mim e ver que alguém fica contra ele me dói muito :(

Sobre ele não ter falado do aniversário para o Chang: Não é uma data realmente importante para ele, é um dia como qualquer outro, então Kiki sequer se importa de compartilhar isso com as pessoas. E posso garantir que isso acontece na vida real porque sou uma dessas pessoas.

Mas quero encerrar o assunto por aqui.

Me desculpem se a história está enrolando para chegar ao ponto que realmente querem ler, mas não posso atropelar parte do desenvolvimento por isso. Eu já estraguei uma história por conta disso e não quero repetir esse erro.

Não foi o momento mais romântico para pedido de namoro, mas eu nunca pretendi que fosse. Eles ainda ficam confusos com o lance de entrarem em um relacionamento e depois de tudo, ficam com certo receio de dizer algo que possa magoar o outro.

Uma vez alguém disse que queria que alguém fizesse o Changkyun sentir ciúme, então eu usei a ideia, mas não sei se era bem isso que a pessoa queria :v

E me desculpem se o capítulo não ficou muito bom. Eu o escrevi enquanto me sentia bem triste, mas queria cumprir a prazo que havia definido para terminá-lo.

Desculpem por sumir.

Amo vocês :( ♡

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