All I Know

By Semiharmonizer

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Parecia que iria ser simples. Afinal, elas se amam. O amor deveria ser sempre o suficiente, não é? Então, por... More

Prólogo.
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21 - epílogo

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By Semiharmonizer

Pov Karla Camila Cabello-Jauregui Iglesias-Vives.

Adentrei minha antiga casa sem achar necessário bater antes. Grande erro. Arregalei meus olhos, já tampando a visão de meu filho.

— Mães! — reclamei ao ver as duas se beijando animadamente no sofá.

Ouvi a risada de Lauren atrás de mim.

— Mas que merda, Camila. 33 anos e você ainda consegue ser uma empata foda — Verônica resmungou, se levantando e ajeitando a camisa social que usava.

— Verônica! Nosso neto está ali — Lucy lembrou enquanto eu entrava melhor na sala.

— Meu amor, é o filho da Camila. Você não acha que ele já ouviu pior? — provocou, me fazendo rolar os olhos.

— Pode não falar essas coisas na frente do meu filho? — reclamei, a fazendo rir enquanto se aproximava — Oi mãe — a cumprimentei com um abraço que ela apenas usou para tirar Dimitre do meu colo — Oi mama — me inclinei para beijar o rosto de Lucy e me sentar ao seu lado.

Observei minha esposa deixar a bolsa no sofá e cumprimentar minhas mães com carinho. Isso me fazia sorrir. Lembrar que no começo Lauren quase não conseguia ficar no mesmo recinto que minhas mães e essas provavelmente fantasiavam sobre matar minha namorada - quando ainda não era minha namorada.

Me fazia feliz saber o quanto elas começaram a se dar. Lauren costumava almoçar com Lucy em dias aleatórios ou sair para um passeio com Verônica. Era um tanto quanto engraçado. Eu gostava disso.

— Lauren querida, como está seu livro? — Lucy perguntou interessada, mesmo que sua atenção e desviasse a cada segundo para olhar o neto com Verônica.

— Estou tendo progresso, Lucy. Acho que termino em algumas semanas — minha esposa respondeu despreocupada — E as coisas no hospital?

— Não tem muito de novo. Crianças ficam doentes e cuido delas — mama balançou os ombros um pouco entediada — Mas venham, o almoço já estava pronto antes de chegarem — avisou, se levantando e rumando para cozinha.

Ri quando observei ela praticamente roubar Dimitre do colo de Verônica e começar a brincar com o neto. Balancei a cabeça pela cena. As duas eram completamente trouxas pelos netos.

— Nunca sei quem são piores em mimar nosso filho, suas mães, meus pais ou você — Lauren provocou e eu me permiti rir, caminhando com ela até a cozinha.

— Depende do dia — brinquei, a fazendo rir também.

Entramos no cômodo e já nos ajeitamos na mesa. Deixei que minhas mães se entendessem com Dimitre e me foquei em almoçar tranquilamente pela primeira vez na semana sem meu filho resmungar a cada segundo que prefere sorvete.

Conversamos banalmente durante o almoço, sobre o que estava acontecendo na cidade, no país, em nossas vidas. Verônica rapidamente mudou de assunto quando Lucy ia novamente a repreender por trabalhar demais após ter um infarto. E eu logo desviei quando o assunto saiu de filhos e afilhados para amigos.

Em algumas horas e alguns copos de suco ou taças de vinho, estávamos de volta à sala. Dimitre já tinha dormido e Lauren havia o levado para o andar de cima. Enquanto eu já tinha tirado os sapatos e estava confortavelmente no sofá.

— Mas, enfim, você chegou, se apossou do sofá, está comendo nossa comida. O que houve? — Lucy questionou de repente, em um semblante sério que me fez a encarar incrédula.

— Eu não posso simplesmente estar com saudades das minhas mães!? — respondi, bufando quando as duas riram — Assim parece que eu sou uma filha insensível — reclamei, rolando meus olhos ao ver as dus rindo.

— oh meu amor, você não é — Lucy garantiu, se aproximando para sentar ao meu lado — Só ficamos surpresas por ter passado aqui de repente — comentou.

— Eu avisei que viria almoçar — lembrei rapidamente.

— Sim, com duas horas de antecedência. Ou seja, de repente — Verônica retrucou, o que me fez suspirar.

— Estou de férias e as vezes é entediante Ok? — confessei finalmente, causando risada nas mulheres novamente.

— Tão entediante que hoje ela fez as compras do mês — ouvi a voz de Lauren enquanto ela descia as escadas e entrava a sala — E semana passada fez shopping com o Dimitre — completou, o que fez com que minhas mães me encarassem surpresa.

— Compras do mês? Não reconheço minha filha — Verônica provocou e não evitei de revirar os olhos — Meu bem, não me interessa que você tem 33. Revira eses olhos de novo pra você ver o que acontece — repreendeu e senti meu rosto vermelho enquanto Lauren ria.

— Deixa a menina, Vero — mama a empurrou levemente e eu me afundei um pouco no sofá.

— Por mais que eu adore ver vocês envergonhando a Camila, eu tenho que ir — Lauren avisou e eu a encarei confusa — Chris me ligou, pediu ajuda. Ele, impulsivsmente e finalmente, comprou uma casa. Precisa de ajuda — explicou e não evitei o olhar surpreso.

— Ah Ok. Isso é inesperado. Quer que eu vá? — me ofereci enquanto ela pegava a bolsa.

— Melhor não, Dimmy está dormindo. E vai ser rápido lá. Fique — respondeu e eu apenas assenti — Ele vai passar aqui pra me pegar. Mais tarde te mando o endereço e você me busca?

— Claro — concordei, ganhando um selinho momentos antes de ouvirmos a buzinha do lado de fora.

Observei minha esposa sair antes de voltar o olhar para minhas mães. As duas pareciam um tanto preocupadas enquanto me olhavam. Soltei um suspiro pesado, sabendo que não teria como sair daquela casa sem ser completamente honesta com ambas.

Afinal, como Verônica adorava dizer 'se lembra da katie'?. Então antes que ela trouxesse todos meus problemas e segredos para casa, resolvi ceder.

— Tirei férias para consertar meu relacionamento, mas parece que não irei conseguir se não consertar outros problemas antes — confessei, notando os suspiros sincronizados.

— Se refere aos acontecimentos no hospital? — Lucy cruzou as pernas enquanto perguntava, uma postura mais séria.

— Sim — concordei com a cabeça — Eles não falam comigo, mama. Mesmo depois de seis anos. Consegue imaginar um momento onde austin e eu ficaríamos seis minutos sem nos falar? — reclamei, soltando um suspiro — E eu sinto tanta raiva dele as vezes. Mas em outras eu sei que só estou nessa situação por minha própria culpa — admiti.

— Karla Camila Cabello-Jauregui Iglesias Vives — Lucy me chamou por meu nome completo e eu arregalei meus olhos.

Que merda eu fiz dessa vez?

— Meu bem, você assustou a garota — Verônica riu, me fazendo rolar meus olhos.

Mamãe se aproximou apenas para dar um pequeno tapa em minha cabeça.

— Ei!

— Eu disse pra não ficar rolando esses olhos — lembrou dando de ombros enquanto eu fazia uma careta.

— Mas enfim filha, preste atenção. Você sabe porque tem esse nome? — mama perguntou após alguns minutos.

— Hm, sim – concordei, puxando na memória as vezes que me explicaram aquilo — Cabello pelo vovô, Karla pela vovó e Camila pela sua irmã — respondi rapidamente — Iglesias-Vives obviamente por vocês. E o Jauregui porque me casei oras.

— Mas você sabe porque sua mãe teve a idéia de colocar o nome da minha irmã? — questionou, me deixando pensativa por alguns segundos.

Por fim neguei com a cabeça.

— Porque eu a contei sobre como perdemos Camila — me disse, olhando brevemente para minha mãe — Toda minha família se envolveu em um acidente de carro. Meus pais morreram na mesma hora mas Mendy conseguiu ajudar a mim e nossas irmãs caçulas a saírem do veículo — começou a contar me deixando interessada na história desconhecida — Eu tinha doze anos, consegui amarrar uma blusa em uma fratura de Larissa e estaquei o sangue. Mas não pude fazer nada para impedir que Camila morresse nos braços de Amanda — completou, as lágrimas surgindo em seu rosto.

Observei com cuidado quando Verônica a abraçou levemente, beijando seu rosto e limpando as lágrimas que escorriam. Senti meu coração se apertar a ouvir aquilo. Não conseguia imaginar como deve ter sido difícil para ela e suas irmãs passarem por aquilo. Porém também notei a comparação que minha mãe tentava fazer.

— Eu sinto muito, mama — sussurrei, chamando sua atenção — Mas é diferente, a senhora era uma criança sem conhecimentos médicos. Apenas um criança. Não havia nada que pudesse ter feito, não foi sua culpa — afirmei seriamente, a vendo suspirar fundo.

— Diga isso pra uma pré adolescente — deu ombros, balançando a cabeça — Eu me culpei por não ter prestado atenção aos sintomas, me culpei por não saber o que fazer no momento. Eu era inteligente, eu poderia saber. Foi por aquele momento que estudei mais e mais e com 16 estava em uma faculdade. Eu fiz classes com 15 pra entrar em medicina com 16. E tudo porque eu me sentia culpada — confessou, molhando os lábios em seguida — Onde eu estaria se deixasse a culpa me dominar?

Ok, essa doeu.

— Mas mãe...

— Além disso, ao invés do que lhe disse quando você era uma adolescente, eu também me senti culpada por Taylor Jauregui — admitiu, me fazendo a encarar surpresa — Por ter sequer permitido pararem com o tratamento dela, por não ter sido mais rápida. Não fiz a cirurgia dela, Camila. Mas me culpei por perderem ela — completou.

Encarei o chão depois dessas palavras. O nó ainda subia em minha garganta ao lembrar disso. Ao saber que mesmo após todos esses anos ainda doía em Lauren, em como ela chorava as vezes, por como machucava. E também doía em mim, em Sofia, em cada um dos Jauregui. Não imaginava que também afetava minhas mães.

— Eu também perdi pacientes durante a minha pesquisa, Karla. Todos eles doeram. Fui eu que os coloquei naquela situação mesmo que apenas tentasse os salvar — Lucy continuou e eu ergui meu olhar — A culpa faz parte do trabalho.

— Sua mama está certa — Verônica tomou a palavra — Eu não sou uma médica, mas você está enganada se pensar que lidar com essas perdas não me afeta. Tivemos anos difíceis no hospital, crises e epidemias. Eu estava no controle, filha. E eu sei que em cada decisão minha, alguém saiu perdendo e vidas também se foram — contou, mantendo o tom firme.

Engoli em seco, eu sabia daquilo. Sua decisão era a final em diversos casos. Qual departamento receberia mais? Como tomar essa decisão? Como decidir quais vidas valiam mais? Me fazia ter dores de cabeça pensar em tomar essas decisões futuramente.

— Eu entendo o que vocês disseram — suspirei, me encostando melhor no sofá — Só que eu não estava preparada pra esse tipo de culpa — argumentei, negando com a cabeça — Era meu primeiro ano como interna. Eu não estava preparada para algo assim. Uma cirurgia em um rapaz que era meu irmão. Em sentir a pressão, os olhares. As conversas — continuei, cruzando meus braços — Eu foquei no trabalho pra consertar minha reputação e esqueci de prestar atenção em outros detalhes — confessei, deixando mama abraçar meu corpo carinhosamente, me aconcheguei nela.

— Se refere a seu casamento? — Verônica perguntou e eu me limitei a concordar com a cabeça — As coisas nem sempre são perfeitas, Mila.

— Mas vocês são — retruquei, franzindo o cenho quando as vi rir levemente.

— Você não presenciou muitas discussões nossas, mas não significa que não existiram — ela respondeu, me deixando confusa por um momento — Sua mama e eu tivemos momentos complicados.

— Alguns antes de você nascer, outros quando era muito nova pra lembrar, algumas brigas que duravam meses — Lucy continuou — Mas os filhos estão dentro de seu próprio mundo e nós tentávamos não deixar claro o que acontecia.

— Wow — murmurei, um pouco surpresa com as novas informações — Digo, eu lembro claramente de uma discussão de vocês, uma que tive que tirar Sofia da cozinha. Mas só isso. Na minha mente essa foi a única vez que vocês já brigaram — comentei, vendo as duas se entreolharem.

— E mesmo assim ainda estamos aqui, porque nós conversamos e somos honestas uma com a outra. Não é possível você ter um bom relacionamento se esconder coisas de sua esposa — Lucy aconselhou em um tom calmo.

— Eu sei — concordei, encolhendo os ombros — Sei que tomei atitudes que machucaram minha esposa. E eu estou tentando consertar tudo.

— Vai ficar tudo bem — Verônica garantiu, conseguindo me arrancar um sorriso fraco — Mas ei, você sabe que não foi sua culpa completamente o que houve com o Austin, certo?

— Eu estava lá, mãe. Sabia que o deixaria assim — lembrei entre um suspiro — Discuti com Derek porque também sei que foi o que salvou. Porém, ainda me sinto culpada de algumas formas.

— Talvez esteja na hora de voltar a ter algumas consultas psicológicas — Lucy sugeriu e eu a encarei curiosa.

Tive que passar por tratamento psicológico durante a adolescência por problemas na escola e, posteriormente, bulimia. Acabei minhas consultas um pouco depois de começar a namorar Laurem então nem ela mesmo tinha conhecimento desse fato.

Seria estranho voltar agora. Mas poderia ajudar.

— Vou pensar nisso, mama — prometi, ganhando um pequeno sorriso em troca.

Lauren me ligou poucas horas depois, avisando que eu já poderia a buscar. Sendo assim subi as escadas para buscar um Dimitre ainda adormecido e me despedi de minhas mães em seguida. Ajeitei meu filho cuidadosamente em sua cadeirinha antes de me acomodar no banco do passageiro e sair dali.

Dirigi com a ajuda do gps até a localização que Lauren havia enviado. Admito que fiquei um pouco surpresa ao entrar em um dos bairros de classe alta. Não achava que Chris iria gastar muito. Para minha surpresa estacionei em frente uma casa grande. Desliguei o motor e saí do carro, peguei meu filho no colo notando que ele começava a acordar.

— Estamos na casa nova de seu tio — avisei enquanto acionava o alarme do carro.

— Hay?

— Não sei se ela está aqui, buddy — respondi, o sentindo se agarrar em meu pescoço.

Dimitre adquiriu a mania de se agarrar a mim sempre que estamos um lugar novo. Aparentemente ele achava que se me soltasse eu iria embora. Isso partia meu coração.

Caminhei até a entrada da casa, olhando ao redor e notando a vizinhança. Jogador de basquete profissional ganhava bem ein.

Sorri quando Chris abriu a porta para mim.

— Finalmente pirralho, achei que não fosse sair nunca da casa dos seus pais — provoquei, sem esperar um convite para entrar na casa.

— Que gentil da sua parte — Chris murmurou e o ouvi fechar a porta atrás de mim — E aí garoto? Como aguenta essa coisa que você chama de mama? — encarou meu filho que sorriu mas não me soltou.

— Hm que coisa né, ele me ama — sorri convencida enquanto adentrava a casa.

Observei o grande cômodo ainda vazio e cercado de caixas. O espaço era grande e arejado e parecia ser uma boa casa.

— Lauren e eu estávamos ajeitando os quartos primeiro, para que eu já pudesse passar a noite e Hayley possa vir amanhã — meu cunhado explicou e eu concordei brevemente.

— É uma boa casa — elogiei, caminhando até a cozinha e encontrando minha esposa guardando alguns alimentos no armário — Hey baby — chamei sua atenção.

— Ei vocês chegaram — se levantou, beijando meu rosto e então o de Dimitre.

— mommy — meu filho se esticou para que Lauren o pegasse e assim ela o fez — Cadê a Hay?

— Ela não está aqui, bebê — respondeu gentilmente antes de se virar para a porta aberta da cozinha — Ô cabeção! Mostra a casa pra Camila — minhs espoda gritou para o irmão, me fazendo rir.

— Para de me xingar caramba — ele reclamou, colocando apenas a cabeça para dentro da cozinha — Vem Mila, eu te mostro tudo.

Segui Christopher para fora da cozinha, subindo até o andar de cima onde ele me mostrava cada cômodo e o que seria. Seu quarto e o de Hayley eram os únicos completamente mobilados. Me escorei no batete no quarto de minha sobrinha. As cores eram vivas e alguns adesivos estavam colados no teto, imaginava que brilhavam no escuro.

— Achei que estaria com ela hoje — comentei o vendo se escorar na parede do lado de fora.

— Deveria. Mas Sofia perguntou se poderia a levar para um jogo de beisebol. Aparentemente Beatrice comprou esses ingressos faz um tempo e Sofia não pensou que cairia hoje — explicou, cruzando os braços um tanto quanto desconfortável.

— Não gosta da Bea? — questionei, o encarando atentamente.

— Ela parece legal, é só que...

— Ela faz Sofia mais feliz do que você já fez? — completei, o vendo desviar o olhar e bufar — Christopher já chega de choramingar pelos cantos ok? Aceita que você foi um babaca e acabou com seu relacionamento.

— Você quer mesmo discutir ser babaca em um relacionamento, Camila? — ele retrucou um pouco mais irritado, erguendo a sobrancelha em minha direção.

— Quem é que mora com a esposa e o filho mesmo? — respondi, sem deixar seu comentário me afetar.

— Não tenho culpa se sua irmã não quis casar comigo – ele rolou os olhos, bufando mais uma vez.

— Não, não tem. Mas tem culpa de fazer do casamento uma condição para seu relacionamento. Vocês namoravam a distância, estúpido! — lembrei irritada — E então você a pede em casamento porque ela engravidou. Em que ano vivemos? 1960? — reclamei, notando seus ombros se curvarem um pouco — Ela não estava pronta. Sofia não sou eu. Sofia não se joga de cabeça. Ela pensa e isso é uma das melhores coisas sobre ela. E foi isso que salvou ela de você.

— A salvou de mim? Eu não sou um monstro Camila!  Não era eu que chegava bêbado em casa ou que viajava pro outro lado do país e deixava esposa e filho em casa — acusou no mesmo tom de irritação que usei, erguendo o dedo em onha direção.

Respirei fundo para me acalmar e fazer os pedaços da minha mente se juntarem. Não precisava de um pirralho para relembrar meus erros. Eu aceitava isso da minha esposa, dos pais dela, das minhas mães. Mas não desse garoto.

— Ok, você quer ir por esse lado? Tudo bem — concordei com a cabeça, me aproximando mais dele — Eu não dei um ultimato a minha namorada grávida. Eu não agi como uma babaca durante a gravidez da minha namorada. Não fui eu quem não dei o suporte necessário e muito menos não apareci de madrugada chorando que precisávamos nos casar ou não seria uma família — argumentei, o vendo desviar o olhar — Eu cometi meus próprios erros, Christopher. E não nego que Lauren é muito melhor do que eu poderia pedir. Também sei que não a mereço. Porém eu ergui minha cabeça e eu estou aqui e eu luto pela minha esposa. Se casar não anula os problemas, pirralho. E se você achava que precisava se casar para ter uma família então Sofia estava certa sim. Você não estava pronto para um casamento — afirmei seriamente — Eu sempre implico com você, mas eu gosto de você Chris. De verdade. Você sempre foi um bom irmão e cunhado. Porém, não estrague a felicidade da minha irmã, me entendeu? — alertei em um tom grave.

— Não faria isso, Camila — ele respondeu um tanto quanto ofendido.

— Dito isso. Sei que ela sente falta do melhor amigo, ok? Não do namorado babaca. Mas do melhor amigo — contei, sem esperar uma resposta para sair do corredor e descer as escadas de volta à cozinha.

Soltei minha respiração ao entrar no cômodo. Meu filho ajudava sua mãe por lhe entregar algumas embalagens. Sorri pelo trabalho em equipe. Mas suspirei ao lembrar que eu quase perdi isso por ser uma estúpida. Me aproximei devagar, tirando meu filho do chão, o fazendo gritar animado quando conseguiu guardar um pacote de macarrão sozinho.

— Isso aí bebê — Lauren elogiou mesmo que ele só tenha conseguido porque o tirei do chão.

— Um gigante — brinquei, o ajeitando em meu colo e lhe entregando mais uma embalagem — Ei Lo — chamei minha esposa, ganhando sua atenção — Vou resolver as coisas amanhã.

— Como assim? — questionou em confusão.

— Austin e Normani. Vou resolver tudo amanhã — garanti, notando seu olhar surpreso.

Mas eu estava decidida. Teria que consertar aquilo para poder também, consequentemente, salvar meu relacionamento.

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