EXCUSES TO THE SIRIUS BLACK MODE
08. Desculpas ao modo Sirius Black
Sirius queria entender o que havia se passado na mente de Arabella, mas quanto mais pensava, mais confuso ficava. Ele nunca achou que fingir beijar-la seria um problema mas pelo visto estava errado, foi quando cogitou a idéia de que talvez Arabella nutrisse um amor secreto por ele e por esse motivo os cabelos dela alteraram para a cor rosa quando ficaram muito próximos.
Não tinha muito tempo em que o grifino caminhava pelos corredores mal iluminados das masmorras na companhia de James. O garoto de óculos redondos falava incansavelmente e quando notou que Sirius não estava lhe dando a devida atenção, ergueu uma de suas mãos até a nuca do amigo e ali depositou um tapa forte.
— Ai! – resmungou o Black fazendo uma careta e passando a mão pelo local dolorido.
— Se for pra me chamar para assaltar a cozinha e não me dar atenção eu nem vou – reclamou de mau-humor, cruzando os braços feito uma criança birrenta.
— Foi mal, Prongs – passou um dos braços pelo pescoço do amigo, abraçando-o de lado — Sou todinho seu agora.
— Acho bom mesmo – disse o Potter, convencido, abraçando de lado a cintura de Sirius — Mas me conta, o que estava fazendo você agir de forma rara? – indagou curioso, vendo o amigo responder com uma careta confusa.
— Agir de forma rara?
— É, algo que você raramente faz é pensar – James zombou e recebeu um empurrão vindo do Black.
— Eu sempre estou pensando – defendeu-se.
— Claro, claro. Está sempre pensando com a cabeça de baixo, não com a de cima! – brincou, segurando a risada.
— Idiota – resmungou emburrado.
— Ok. Agora é sério, o que tá te atormetando?
— Estava pensando na reação da Butty com nosso quase beijo de mentirinha – assumiu — Você acha que ela... – engoliu em seco antes de continuar — Tipo, gosta de mim?
James parou bruscamente de olhos arregalados no meio do corredor, fazendo Sirius parar também e o encarar meio nervoso.
— Merda, não conta para a Butty que eu te contei – soltou o Potter e foi a vez de Sirius arregalar os olhos.
— O que você sabe que eu não sei?
— Bom... – começou receoso e Sirius se aproximou pondo as duas mãos nos ombros do amigo, incentivando-o a continuar — Promete que não vai ficar chateado?
— Por que eu ficaria chateado?
— Bom... – o Potter estava fazendo mistério e Sirius estava quase se corroendo de curiosidade.
— Fala logo, Prongs!
— Sirius, meu caro amigo. Não era pra te falar assim, desse jeito... Mas não vejo outra forma, então lá vai... – James puxou todo o ar que conseguiu e soltou antes de falar —Você.não.é.o.centro.do.universo! – assumiu pausadamente, vendo o olhar preocupado do Black se esvair e uma expressão revoltada surgir.
James caiu na gargalhada no mesmo instante.
— Para a sua informação, eu sou sim o centro do universo para algumas garotas...
— Mas a Butty não está inclusa nesta população seleta – assegurou pousando a mão no ombro de Sirius, confortando-o — Tá na hora de superar essa sua queda pela nossa metamorfomaga.
— Queda? Não sei do que você tá falando!
— Sabe sim, ou eu tenho que te lembrar que no ano passado você disse que beijaria a Butty? – James argumentou se divertindo com a situação e Sirius revirou os olhos.
— Eu estava bêbado, Prongs.
— Já ouviu falar que é quando estamos bêbados que dizemos as nossas maiores verdades? – o Black bufou com o comentário do amigo e voltou a andar em direção ao fim do corredor sendo seguido por James.
— Ok. Eu disse isso, mas dizer e querer realmente fazer é uma coisa completamente diferente.
— Se você tá dizendo quem sou eu pra contrariar? – retrucou nem um pouco convencido.
Sirius preferiu não dar continuidade àquele assunto, por mais que soubesse que jamais iria confundir as coisas com Arabella, achou que James não iria compreender, então continuou seu caminho com o amigo logo atrás. Pararam de andar quando chegaram na frente de uma pintura com uma taça cheia de frutas, o Black procurou por uma pêra e assim que a encontrou, levou sua mão até ela e lhe fez cócegas. A fruta se contorceu imediatamente e começou a rir, James riu junto dela. Até que ela se transformou em uma maçaneta verde, revelando a entrada da cozinha.
— Você primeiro, viado – Sirius disse em um tom deveras provocativo.
— Ei! – James respondeu de prontidão — É cervo!
— É tudo a mesma coisa pra mim!
— Tá vendo como você não consegue enxergar o óbvio? – retrucou o Potter, entrando na passagem íngreme e revestida em pedras antigas — Lumus! – murmurrou com a varinha erguida.
— Como assim? – Sirius foi logo atrás do outro — Lumus!
— Por exemplo, não consegue entender que é cervo e não viado, ou quando não conseguiu enxergar que a Butty ficou chateada porque você a usou da mesma forma que usa suas garotas!
— Por Merlin, mas eu nem beijei ela de verdade.
— E nem vai, até porque a Butty nunca ia querer.
— Eu juro por Deus que se não estivéssemos falando da Butty, eu faria uma aposta com você agora mesmo só pra provar que posso beijar ela a hora que eu quiser! – assegurou de mau-humor e James riu.
— Tá vendo?
— Tá vendo o que, idiota?
— Eu sei que você está louquinho pra beijar a Butty, só não assume pra si mesmo – disse, se virando para olhar o amigo que fez uma careta quando James apontou a varinha bem em sua cara — Eu posso cortar a tensão sexual de vocês com uma faca!
— Ah, vai se foder! – sem cerimônias, Sirius ergueu o dedo do meio para o Potter que riu até se contorcer de dor na barriga.
Finalmente eles chegaram ao fim da passagem e conseguiram enxergar a cozinha. O lugar era bastante amplo de teto bem alto, assim como o Salão Principal, repleto de tachos e panelas de latão empilhados ao redor das paredes de pedra. Assim que pisaram no local, tiveram a atenção de diversos elfos domésticos voltadas para eles, James deu de ombros e começou a andar entre os elfos, cumprimentando todos animadamente e sendo seguido por um Sirius Black ainda emburrado.
— Senhor Potter, senhor Black! – a voz de um dos pequenos elfos, atraiu a atenção dos grifinos que rodaram nos calcanhares e deram de cara com Pitts, o elfo-chefe que odiava todos alunos mas por algum motivo, adorava os Marotos — Posso ajudar os senhores?
— Pitts, eu já disse que você é meu elfo preferido? – perguntou Sirius com seu tom cafajeste.
— Várias vezes, senhor Black.
— Maravilha – e abriu um sorriso — Lembre sempre disto, caro amigo...
— Deixa de enrolação, Padfoot – James cortou o amigo que bufou em resposta — Pitts, sobrou algo da janta de hoje? – O elfo assentiu e saiu andando na frente com Black e Potter atrás — Já pensou em como se resolver com a Butty?
— Ficar seguindo ela até que me desculpe?
— Vai receber uma azaração na certa! – concluiu James.
— Ok. Simplesmente pedir desculpas?
— É uma boa, mas você já foi mais inspirado!
— Já sei! – soltou um quase grito que fez alguns elfos darem saltinhos de susto. James sorriu incentivando o amigo a falar — Vou levar ela na sala precisa...
— Você quase beija a Butty e depois pra pedir desculpas quer leva-la na sala precisa, está querendo pedir desculpas ou realmente beijá-la? – o Black nem teve a chance de continuar, já que James cortou-o imediatamente
— Não, seu grandíssimo idiota! – Sirius revirou os olhos quase que imediatamente — Eu vou apresenta-la para a Kate e fazer um piquenique noturno.
Potter encarou o Black com os olhos saltando curiosidade, pensando no que exatamente o amigo se referia, até que finalmente lembrou-se do mais novo segredo de Sirius e sorriu em resposta.
— Ela vai adorar, não acha? – perguntou Sirius, satisfeito.
— Vai sim – concluiu James, abraçando o amigo de lado — E eu tenho uma notícia para você...
— O quê?
— Tá apaixonado pela Butty!
— Ah vai se foder, Prongs – resmungou Sirius ao sair do abraço do amigo e ignora-lo enquanto se servia da comida que o elfo Pittys havia posto em uma das mesas.
— É sério cara, você tá literalmente programando uma noite romântica com ela – retrucou o Potter, mas tudo que recebeu foi o dedo médio de Sirius bem em sua cara.
Sirius tentava demonstrar que não se importava com o assunto, mas bem no interior de seu coração ele sabia, Arabella Mitchell era uma garota legal e talvez, só talvez, ele estivesse estigado a beijá-la desde o quinto ano. Porém, o Black também sabia que a amava e respeitava tanto que jamais teria coragem de destruí-la.
E isso na visão de Sirius Black, era o que ele mais fazia, destruía pessoas, principalmente as garotas.
🔸️
— Como e por que Sirius Black está sentado do lado de fora do nosso quarto? – Alice entrou no dormitório da mesma forma que havia saído naquela manhã, como um furacão.
Arabella que estava coberta dos pés a cabeça apenas soltou um resmungo insatisfeito com a informação que foi passada. Após aquela situação com Sirius no corredor, tudo que a Mitchell não queria, era vê-lo e muito menos escutar as teorias da conspiração de Alice. Lily no entanto se encontrava sentada em sua cama e lia um exemplar de feitiços avançados, mas logo levou sua atenção para a amiga de cabelos morenos e cacheados.
— Sirius está aí fora? – perguntou a ruiva, erguendo uma das sobrancelhas.
— Está sim e não quis me responder o porquê. Mas eu já imagino, aconteceu algo Bella?
— Hum? – murmurrou Arabella, pondo apenas a parte dos olhos para o lado descoberto pela coberta. Lily segurou o riso e Alice assumiu uma feição confusa.
— O que houve? – perguntou Fortescue se aproximando e sentando na cama da amiga.
— Nada.
— Então por que você ainda está aqui e não lá fora, falando com o Sirius? – perguntou curiosa.
— Ele te fez algo, Bella? – Lily disse se levantando e sentando do outro lado vago da cama, Arabella finalmente se descobriu por completo e sentou-se afim de encarar as amigas.
— Ele disse que te ama? – Alice levantou a hipótese.
— Ou ele disse que não te ama e você ficou chateada? – sugeriu Lily.
— Ele fingiu estar me beijando no corredor!
— EU SABIA! E COMO FOI? – gritou a Fortescue, recebendo um tapa vindo da Evans — Ai! O quê?
— Ela disse que ele fingiu, Alice.
— Ok. Mas depois rolou beijo, né? – a morena perguntou animada mas a Mitchell negou com a cabeça — Puta merda, que lerdos.
— Ele não gosta de mim.
— Mas você sim? – perguntou Lily gentilmente.
— Não. Não. Não – disse rapidamente e as amigas ergueram as sobrancelhas — Não gosto. É que ele tem tantas opções e decidiu me usar para se livrar da Burke!
— Agatha Burke da corvinal? – Evans assumiu uma feição confusa — Sirius Black fugindo de uma garota?
— Ah, Frank comentou sobre isso comigo esses dias... Parece que a Burke vive tentando enfeitiçar o Black – Alice disse de prontidão e Lily assentiu indicando que havia entendido — Bella, ele nem deve ter pensado no que estava fazendo... Acho que você devia conversar com ele!
Arabella encarou a amiga com certo receio, mas após pensar bem por alguns segundos concluiu que estava agindo feito uma criança. O certo realmente seria conversar com Sirius, mas no momento ela só queria azara-lo e não entendia muito bem o porquê.
— Você tem certeza que não gosta dele? – supôs Lily, fazendo a Mitchell encara-la.
— Eu não gosto dele.
— Então por que está agindo assim? – foi a vez de Alice.
— E-u... Não sei, tá legal? Talvez não precisasse desse aûe todo, mas se ele fizer isso de novo eu o mato! – as amigas assentiram deixando um sorrisinho surgirem nos lábios — E parem de criar teorias da conspiração, eu e ele somos apenas amigos e não vai passar disso!
— Ok, agora vai logo antes que eu o mate! – disse Lily assim que Sirius do outro lado da porta começou a cantarolar uma das músicas irritantes do coral. Alice e Arabella não puderam segurar as risadas.
🔸️
Cobertos pela capa da invisibilidade e com o mapa dos marotos em mãos, Sirius e Arabella caminhavam clandestinamente pelos corredores de Hogwarts. A metamorfomaga se perguntava o que seu amigo estava tramando e para onde exatamente eles estavam indo, já que Black não havia proferido nenhuma palavra à ela, além de um "vem comigo" assim que saiu para fora do dormitório feminino. Arabella estava cogitando a idéia de dar meia volta e ir dormir, porque já estava bem tarde pelos cálculos da Mitchell.
— Para onde você está me levando? – sussurrou baixo na orelha de Sirius e o garoto deu um leve pulinho de susto mas logo disfarçou, o que não passou despercebido por ela, que soltou um risinho.
— Você e suas manias de dar susto em todo mundo... – resmungou o Black, iluminando o mapa com a varinha que estava enfeitiçada com Lumus.
— Dessa vez foi sem intenção, eu só quero saber para onde você está me levando – proferiu as palavras, mas Sirius não respondeu — É sério, Padfoot! Eu to ficando levemente assustada.
— Você acha que eu te levaria para alguma encrenca?
— Eu tenho certeza.
— Para de ser chata e fica quieta, já estamos chegando! – respondeu e viu Arabella fazer língua, Sirius riu baixo.
Ela ficava fofa quando estava brava, ele pensou. Mas logo balançou a cabeça na tentativa de espantar os pensamentos desnecessários.
— Tá com carrapato, cachorro? – zombou Arabella, segurando a risada quando o Black lhe lançou um olhar fingido de incredulidade — Qual é, Six... – o garoto ergueu uma das sobrancelhas pra ela, estranhando o novo apelido que surgiu — Você sabe que odeio suspense.
— Você já deveria ter se acostumado com suspense, é o que mais fazemos! – argumentou e Arabella soltou um suspiro se dando por quase vencida.
— Ok, mas eu só acho que...
— Fica quieta!
— Ei, não me mande calar a boca.
— Por Merlin, Butty! Estou mandando você ficar quieta e não calar a boca.
— É a mesma coisa pra mim! – a metamorfomaga soltou a resposta um tanto alto, o que fez Sirius parar bruscamente ao escutar o miado de Madame Norra.
— Droga! – proferiu baixinho ao enxergar a sombra de Filch e sua gata virando no corredor em que estavam.
E novamente, mas dessa vez com instinto de se protegerem, o grifino empurrou Arabella contra a parede e levou uma de suas mãos a boca dela para que não gritasse ou dissesse qualquer coisa.
— Nox! – sussurrou e a luz da ponta de sua varinha se apagou.
Sirius ergueu o olhar para os olhos de Arabella e percebeu na hora que a amiga não estava nada feliz em estar novamente naquela situação. Ele soltou um "fica quieta" sem emitir nenhum som. No mesmo instante a Mitchell cogitou milhares de azarações que poderia usar contra o amigo, em sua mente. Mas logo desistiu ao realmente entender o porquê que ele estava fazendo aquilo, quando o zelador e sua gata passaram sorrateiramente pelo corredor onde os dois estavam.
Madame Norra parou bem diante do Black e da Mitchell e encarou-os com severidade, Sirius podia jurar que ela estava os enxergando.
— O que houve Madame Norra? – perguntou Filch ao perceber a gata parada olhando, aparentemente, para o nada.
O felino apenas miou e Sirius mais Arabella trocaram olhares nervosos, o Black indicou com a cabeça para começarem a andar devagar para o lado e assim fizeram. Quando o zelador esticou a mão para tocar seja o que fosse que sua gata estava enxergando, Pirraça o poltergeist de Hogwarts apareceu provocando Filch e denunciando alguns alunos.
"FILCH SEU INCOMPETENTE, ALUNOS FORA DA CAMA, ALUNOS NOS CORREDORES DAS MASMORRAS!"
O zelador e sua gata quase foram parar no teto pelo susto que haviam acabado de levar. Mas logo a raiva tomou conta do zelador que saiu correndo atrás do poltergeist, xingando-o de tudo que lhe dava na telha. Assim que desapareceram da vista de Sirius e Arabella, os dois ainda se encaravam repassando o que havia acabado de acontecer.
A Mitchell apontou para a mão do amigo que ainda impedia que ela falasse e lhe lançou um olhar ameaçador. O Black mais que imediatamente soltou-a e caiu na gargalhada, levando um tapa da amiga que logo gargalhou junto.
— Eu posso estar rindo com você, mas que fique claro que da próxima vou te azarar!
— Você me ama demais pra isso – respondeu descontraído, vendo a amiga semicerrar os olhos perigosamente pra ele, que ergueu as mãos em sinal de redenção — Vem, vamos logo antes que a gata sinistra e o idiota do Filch volte! – concluiu pegando em uma das mãos livres de Arabella e a puxando para andar mais rápido.
A Mitchell encarou sua mão enlaçada com a do Black e sentiu um leve arrepio por seu corpo, o toque dele era bom, sua mão era macia e ela não se sentia incomodada em estar ali, daquele jeito, com ele.
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—Mas o quê? – foi a única coisa que Arabella conseguiu dizer ao ver nitidamente uma porta surgir do nada na parede à frente deles.
— Adoro quando ficam sem fala...
— Espera, essa passagem é nova? – perguntou puxando o mapa da mão do amigo e caçando aquela entrada — Nunca vi ela no mapa dos marotos...
— É porque ela é a famosa Sala Precisa ou como alguns livros a chamam, sala vai e vem! Ela só aparece para quem realmente precisa dela. Algumas vezes está lá, e algumas vezes não está, mas quando aparece, sempre estará equipada com o necessário para o bruxo em questão... – contou Sirius e a única feição que se via no rosto da metamorfomaga era de surpresa.
— E ela apareceu pra você? Por que?
— Porque eu precisei dela.
— Pra quê?
— Entre e saberá! – e sorriu com o seu melhor sorriso cafajeste que fez o estômago de Arabella se revirar.
O Black levou uma das mãos a maçaneta e girou-a, abrindo a porta e dando passagem para a amiga passar. Assim que entrou, o queixo da Mitchell caiu, a sala estava decorada com um teto falso, igual do salão principal e velas flutuantes. Uma toalha de piquinique estava sobre o chão e em cima dela, alguns pratos com o que havia sobrado da janta e uma garrafa fechada de whisky de fogo.
— Eu ainda vou descobrir onde é o seu estoque de whisky – disse se virando para encarar o amigo que sorria descaradamente.
— Vai sonhando, Butterfly!
Mas algo diferenciado chamou atenção da Mitchell que ao bater os olhos na sacada gigante que tinha ali, viu algo tampado com um fino pano preto e se aproximou, sendo seguida por Sirius.
— Eu achei que seria legal te apresentar a Kate, venho trabalhando nela nessas últimas semanas... – ele disse parando ao lado do objeto e puxando o pano empoeirado, revelando uma moto.
— Uma... Moto? – os olhos de Arabella brilharam e o Black riu com a cara de animada da amiga.
— Uma moto voadora!
— Então é isso que você faz quando sai nas madrugadas! Você vem ver uma moto voadora que chama de Kate!
— Tá me vigiando, Butty?
— Um pouco, mas nem tanto... – disse e Sirius ergueu uma sobrancelha — Tá, eu te segui uma ou duas vezes mas sempre me perdia de você...
— Você é mais surtada do que eu imaginava!
— Não sou eu que dou nome a uma moto! – retrucou em um tom deveras divertido.
— Pelo menos não chamei ela de Amendoim – brincou, ao relembra-la da primeira vez que se conheceram, quando ele zoou o nome do gato da Mitchell.
— Ei! – Arabella o repreendeu e o amigo caiu na gargalhada sendo acompanhado por ela — Falta muito para terminar a Kate?
— Um pouco, os últimos testes que fiz quase explodi ela, mas estou crente que termino até o final deste ano!
— Posso ser a primeira a voar nela?
— Nem pensar, tá louca? O primeiro a voar nela vai ser eu, oras essa!
— Ok. Vou reformular a pergunta – informou e ele fez sinal para que prosseguisse — Posso ser a primeira a voar nela com você?
— Agora sim! – sorriu se aproximando de Arabella que sentiu um leve tremor nas pernas, quando o amigo estava perto demais para passar um dos braços pela cintura dela e guia-lá até a toalha estendida no chão — Eu não pensaria em pessoa melhor para voar comigo na Kate.
— Deixa o James escutar isso! – zombou Arabella, assim que Sirius soltou-a para se sentar no chão.
— Ele não precisa saber.
— Está sugerindo que eu posso ser a amante sem que seu namorado saiba? – sentou-se de frente pra ele.
— Ou vice e versa...
Arabella pôde sentir suas bochechas corarem violentamente e deu graças a Merlin por Sirius estar focado em servir os copos de whisky. Porém, por breve segundos, esqueceu que era metamorfomaga e que seu cabelo se alterava conforme seu humor.
— Por que está de novo com o cabelo rosa? – indagou o Black ao erguer os olhos para ela que arregalou os olhos em resposta — Espera, eu te deixei envergonhada? Uau.
— Se contar pra alguém, eu te mato!
— Cachorro que late não morde.
— Tá falando de si mesmo? – Arabella provocou e o amigo riu.
— Espero que você tenha me perdoado por hoje mais cedo... – Sirius sussurrou ao passar o copo para a amiga que pegou de bom grado.
— Depois desse primeiro gole, eu te garanto que estará perdoado!
O Black não pôde evitar sorrir quando viu a Mitchell virar a bebida com gosto. Ele considerava-a como sua irmã, mas sabia que algo havia mudado.
Sabia que dali pra frente tudo poderia acontecer.
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01.08
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~ Malfeito, feito!
PUTA MERDA QUE SAUDADE DE ESCREVER!
Oiii amores, tudo bem com vocês? Eu sei que demorei MUITO pra atualizar, mas como a maioria já sabe, eu faço faculdade e estão sugando a minha alma e toda criatividade nesse período! Mas com esse Covid-19 aparecendo e essa quarentena eu consegui me reorganizar e publicar esse capítulo ENORME pra vocês.
Gratidão é a palavra que define tudo que Butterfly Metamorphosis conquistou, tudo que vocês me fizeram conquistar! Obrigada pelas leituras, estrelinhas e principalmente comentários!!! Vocês não tem noção do quão bom é ler o que vocês escrevem pra mim... ❤ Obrigada!
Mas gente, o papo é sério agora...
São tempos difíceis, não há como negar. E como alguns sabem, eu sou do curso de enfermagem, não tenho contato com hospital tão constantemente ainda, mas tudo isso que vem acontecendo nos últimos meses me parte o coração. Me parte o coração ver o quanto todos da área da saúde vem lutando para acabar com esse novo vírus, o quanto eles sofrem e tem medo (sim, eles tem medo, eles são humanos).
Vamos POR FAVOR orar, rezar, interceder por eles e por quem teve seu exame dado como positivo para o Corona Vírus. Afinal, não são só eles estão correndo risco, somos todos nós também. E falando nisso, não leve essa quarentena como "férias", fique em casa, não saia, não lote praias, bares, boates, shoppings ou cinemas. Aproveite essa quarentena para tirar tempo para si mesmo, cuide de você, cuide da sua casa, cuide da sua família que automaticamente estará cuidando do próximo!
É hora de mudar aquela frase "juntos somos mais fortes" para "separados somos mais fortes"
Saibam que se precisarem conversar, estou aqui! Contem comigo ❤
Mas eai, me digam o que acharam desse capítulo que NÃO foi revisado, então qualquer erro, me perdoem.
Só queria dizer que estou apaixonada no Sirius descobrindo que tem uma atração por Arabella! Eles são fofos, não há como negar. KKKKKKKKK
Enfim, é isso! Votem e comentem. Amo vocês, até mais.
Beijinhos (de longe) da Loony e não esqueçam de lavar as mãos e usar álcool em gel!!