DANCE ON MY LAP | pjm + jjk

Por jiggujk

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Aos 25 anos, Park Jimin é considerado um dos autores de maior sucesso com os seus mangás adolescentes. Em uma... Más

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01|knowing is good

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Por jiggujk

🔥

Olha, Jimin realmente ama o seu trabalho, desenhar, criar enredos e personagens, as coisas eram de fato muito boas, mas tinha dias, que tudo ele mais queria era mandar tudo ir para a merda e voltar a dormir. 

É óbvio que Jimin apenas tinha essa vontade, isso não quer dizer que ele faria isso, pelo contrário, Park não gostava de chamar atenção, ainda mais se fosse para xingar, coisa que ninguém gosta de escutar. Park odeia ver alguém irritado e muito menos ficar irritado.

Era como um ritual: formava um biquinho quando algo o estressava, mas não dizia palavrões, eles ficavam bem presos em sua garganta, quase o socando para saírem com força, pegava um folha e rabiscava por horas seguidas, normalmente não continham serventia alguma e depois ele os amassava. 

Ainda que fosse constantemente intitulado como bizarro nos mangás extremamente confusos com cenas de sexo absurdas, o público até que aceitava muito bem a sua pouca experiência referente a corpos se conectando num avassalador desejo carnal.

Como puderam notar, Jimin gosta de palavras bonitas, mesmo que não as usasse em suas conversas.

Sonhava com ações que ele nunca falou em voz alta, o desenho lhe permitia recriar esses pensamentos de maneiras que somente a sua cabeça conseguia compreender. A sorte grande encontrava-se na parcela de adolescentes que cada vez mais idolatravam o seu modo esquisito de criar. 

Adolescentes amavam tudo de esquisito, se está na''modinha do momento'' então meio que todos acabam idolatrando. Consequentemente fazem isso para estarem inseridos em certo esquema midiático. É tudo questão de marketing.

Sorriu para a folha com os rabiscos que por ser um rascunho inicial, apenas ele sabia o que significava. 

O silêncio dá abertura para a imaginação. São nesses momentos que tudo surge e Jimin cria. 

A casa estava quieta, era mais um daqueles feriados que grande parte de seus colegas saiam para se divertir e Jimin aproveitava o silêncio para desenhar, não era sempre que se podia ter tanta concentração morando com dois homens que praticamente transam em cada canto do apartamento. 

Taehyung e Hoseok pareciam não se cansarem jamais. Em alguns pontos, Park até que invejava o tamanho vigor dos dois amigos.

Há algum tempo que não frequentava bares, muitas vezes por falta de coragem, seja para escolher uma roupa decente ou o medo de ficar deslocado nesse ambiente pouco conhecido por si. 

Sua preferência sempre foi o comodismo. Ter um cobertor quentinho, uma cama confortável, um computador, lápis, papel e uma fértil imaginação eram os amuletos para todas as ocasiões, ele não os trocava por música agitada que doem os ouvidos sensíveis.

Uma pessoa do tipo tímida e virgem, essa pessoa era Jimin, não era muito aberto para diálogos pessoais, princialmente se envolvessem relações passadas. Além de sua mãe, somente Taehyung e Hoseok sabiam desse seu segredinho vergonhoso.

A virgindade o envergonhava tanto que suas bochechas chegavam a se avermelhar.

Porém, as ações não feitas pelo corpo, eram compensadas com sua mente devassa que amaria ter o seu corpo usado e subjugado. Ele delirava cogitar gozar dessas sensações deliciosas.

Ser comandado, dominado, controlado por alguém.

Com certeza, sonhava muito. Sonhava tanto que a possibilidade deles jamais existirem era enorme.

Por essa razão as coisas apenas continuavam na mente e nos papéis, ao menos a sua habilidade continha uma boa utilidade, ele lucrava nas vendas, os mangás vendiam como água e geravam altos lucros. Era rico, mas não esnobe.

— Isso está ótimo. — Uma voz masculina falou de repente, cortando a concentração de Jimin que deu um sobressalto assustado. 

Park olhou para trás e encontrou Taehyung com a lateral do corpo apoiado no batente da porta. Ele estava um bagunça muito sexy, certamente havia transado no banheiro público do local em que estava.

— São novos personagens, resolvi dar mais detalhes nas fisionomias deles. — Respondeu voltando os olhos para o desenho incompleto. — Não acha muito exagerado? — Perguntou receoso, mordendo o cantinho dos lábios e cruzando os braços. 

Taehyung bufou desacreditado. 

— Sério Park? — Rebateu indignado. — Eles estão perfeitos. Eu não sei desenhar nem mesmo uma árvore e você simplesmente consegue criar o que quiser. — O mais velho caminhou até a cama, sentando-se na ponta do colchão.

— Você sabe desenhar flores. — Jimin rebateu sorrindo sem olhar para o rosto do colega, passou os dedinhos pelos fios longos da personagem principal, eles seriam coloridos, como um arco-íris. 

— E mesmo assim, eu sempre era reprovado em arte. — Kim respondeu arqueando as sobrancelhas. Arrancou uma folha em branco do caderno de Park, pegou o único lápis sobre a cama e começou a rabiscar uma flor. 

O mais baixo se atentou na dificuldade do amigo em deixar as pétalas idênticas umas as outras.

— Eles não compreendiam a sua arte. — Jimin falou quando Kim finalmente finalizou a torta florzinha. Ele teve que se segurar para não soltar uma risada alta.

Os dois fitaram o papel por breve segundos, estava péssimo, no entanto, Park era muito gentil para proferir aquilo. 

— Isso está horrível. — O de cabelos pretos resmungou e amassou o papel, Jimin negou risonho tentando pegar a folha das mãos do colega e antes de conseguir arrancá-la, Kim mirou a mesma na cesta de lixo, mas acabou errando por ter uma péssima pontaria. — Pelo menos sou bom em outra coisa. — Disse sem vergonha. 

— O quê? — Jimin perguntou sem nem perceber que estava com a boca aberta.

O de fios escuros o olhou insinuativo, como quem diz: "Seja menos besta e coloque a cabecinha de cima para raciocinar".

Park demorou alguns segundos repensando numa lista de coisas que seu melhor amigo era bom, parando de repente no item que ele cotidianamente se vangloriava: sua excelência entre quatro paredes.

Jimin esbugalhou os dois olhos. Ele realmente parece ser muito bom nisso se levar em consideração o quão louco Hoseok ficava nas greves de sexo. 

Nos dias da paralisação do coito, Hope parecia um cachorrinho com os rabinhos entre as pernas, pedindo perdão para o namorado por ter feito alguma merda que o chateou. 

Normalmente a causa envolvia um certo garoto que era doido por Hope, eles trabalhavam juntos e quase sempre o rapaz ficava importunando o namorado de Kim.

Para ser sincero, Park gostava de quando ambos davam essa parada, afinal, ninguém merece dormir escutando gemidos pedindo para ir mais fundo e forte, nem mesmo o travesseiro mais fofo do mundo seria capaz de abafar aqueles sons.

— Entendi. — Respondeu já sentindo o rosto corar. 

— Você deveria tentar fazer... — Taehyung falou rindo, sussurrando para ele em seguida com um sorrisinho malicioso. — Aposto que vai ficar viciado em sexo depois da primeira vez. 

— Nem todos tem o seu fogo no cu, Kim Taehyung. Prefiro continuar apenas escrevendo e desenhando sobre sexo. — Jimin enunciou de volta rolando os olhos e o amigo deu de ombros.

Estava mentindo descaradamente. Seu anseio mais audacioso era ficar completamente à mercê de um dominador. Obedecer e cumprir tudo o que seu parceiro lhe mandar, ser um garoto muito bom, sentir dedos tocando com cuidado a pele suave de sua mandíbula, rolando até seus lábios que beijarão com suavidade os dígitos...

Jimin foi acordado dos pensamentos quentes por um beliscão forte em seu braço direito, o fazendo saltar para o lado. Maldita imaginação que sempre brincava consigo, dando esperanças para práticas impossíveis. O transformando num otário iludido.

— Fazer sexo é bem melhor. — Taehyung disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Foder alguém é muito bom Jimin-ssi. 

Kim passou a mão pelo cabelo, voltando a encarar Park que concebeu um sorriso estranho, dentro de sua cabeça começou-se então uma devastadora criação de pensamentos. 

Introduzir-se dentro de alguém enquanto está amarrado, com a respiração do outro ao seu pé do ouvido, o calor dos lábios, os arrepios ao estar sendo sufocado por fortes mãos enquanto alguém cavalga em seu pau, aproveitando ao máximo cada toque, cada suspiro que alonga o seu clímax...

Tae saiu de cima do colchão e estalou os dedos em frente a face abobalhada do colega. 

— Vou fazer o almoço, não fique o restando do dia dentro desse quarto fedorento, preci-

— Preciso ficar um pouco ao ar livre. — Jimin repetiu a frase que o mais velho dizia toda vez. Kim assentiu como uma mãe orgulhosa e andou para fora do quarto. — Sei disso, e prometo que só vou finalizar esse capítulo. — Falou calmamente. 

Taehyung o fitou desconfiado e Jimin lhe deu um largo sorriso, o que acabou aquecendo ainda mais o seu coração. Park Jimin era tão, mais tão doce, que por muitas vezes Kim desejava abraça-lo com força e jurar, frisar e o que mais pudesse fazer para se convencer de que ninguém poderia machucá-lo.

No caso deles, Taehyung parecia bem mais velho apesar de não ser, ele adorava agir como a pessoa mais madura e responsável da casa. 

— Não esquece de ligar para o Namjoon. — Kim berrou da escada e Jimin respondeu, também berrando, um ''okay.''

A sua manhã foi realmente estranha, produtiva, mas ainda assim, estranha. E a sua tarde pelo visto, estava sendo ainda mais cansativa. Todo trabalho é estressante e o seu não tinha como ser diferente, virar um mangaká requeria ter consciência da alta cobrança, deixar de lado alguns luxos em prol do trabalho nem sempre é fácil.

Estaria lançando um volume novo do mangá aquela semana, no entanto, o desenho que tinha em mãos já estava sendo o próximo volume depois daquele, ou seja, ele não parava, era uma como uma máquina em constante serviço.

O relógio marcava três horas e trinta cinco minutos, se Jimin fizesse as contas, desde o instante em que começou a desenhar, se passaram ao todo nove horas sem qualquer parada para descanso, ele nem ao menos parou para fazer xixi.

Precisava usar o banheiro, sua bexiga estava tão cheia que estava prestes a explodir.

Não queria urinar nas calças. Imagina se Taehyung ou Hoseok descobrem que molhou suas calças? Seu novo apelido seria o de mijão? Oh, mijão é uma palavra horrível.

Pegou o celular jogado no meio dos lenções e caminhou para o banheiro. Procurou o número do seu chefe na lista telefônica e ao achá-lo, apertou para ligar no mesmo instante em que sentou-se no vaso sanitário. 

Era complicado, mas Jimin não gostava de fazer xixi em pé, comprara um vaso alto e espaçoso, não havia perigo algum com os indelicados respingos.

Esperou alguns segundos, até que uma voz rouca o atendeu.  

— Boa tarde Park. — O homem saldou educado. 

— Sr. Namjoon. — Jimin exclamou com a voz mais fina que o normal, em seguida tossiu disfarçadamente. — Sr. Namjoon. — Repetiu forçando uma fala grave, o que convenhamos não dar muito certo quando ele tentava. — Eu gostaria de saber o horário que vamos nos encontrar no aeroporto. — Pediu.

— Será de madrugada, seis horas da manhã está bom para você ou prefere-

— Hmmm... — Gemeu Park quando a urina começou a se libertar, a leveza com que o xixi saía era maravilhosa. Esvaziar a bexiga nunca foi tão bom como naquele momento. Inclusive fechara os olhos ao passo que usufruía dessa experiência e escutava um ''xiii'' bem leve no fundo.

— Park? — Chamou Namjoon. — Estou interrompendo algo? 

— Hum? — O garoto disse levemente perdido. — Interrompen- O quê? Não! — Exclamou exasperado, finalmente notando a merda que deu a entender para o seu patrão. — Meu Deus do céu, perdão Sr. Namjoon. Nã-não é nada do que está pensando. — Tentou encontrar uma explicação que não envolvesse vaso e muito menos mijo.

Ouviu uma risada do outro lado da linha e se arrepiou imediatamente. 

Kim Namjoon semelhava-se em alguma fantasia de um dos seus sonhos molhados que mais parecia ter sido dirigido por um diretor de pornografia barata. Mas, wow! O homem era um deus grego de olhos profundos, lábios róseos, corpo gostoso e... Foco Jimin. 

Esse não é o momento de ficar duro por causa do seu chefe, lembre-se que ainda está sentando em um vaso, tendo uma ligação profissional com o cara que paga o seu caríssimo salário.

— Eu posso ligar mais tarde, não quero atrapalhar o que está fazendo. 

Sempre educado. Esse homem era um completo gentleman e não restavam dúvidas sobre isso.

Jimin gritou internamente como um garotinho bobo encontrando o melhor site de pornografia e logo depois perdendo a aba simplesmente porque o wifi roubado do vizinho é muito ruim. Repentinamente sorriu para essa ideia aleatória, ela poderia render algum enredo medíocre (porém famoso) mais tarde.

— Não é nada demais e-

— O que tanto você está fazendo nesse banheiro porra? 'Tá cagando Jimin? Saí desse vaso seu escroto, tem mais gente na fila. — Hoseok gritou socando a porta trancada. Ele estava puto da vida. Todos naquela casa sabiam que seguir os horários era uma regra crucial para Hope, quebrar a primeira lei era como assinar o seu próprio óbito. 

Park arregalou os olhos e afastou o celular do ouvido. O coração queria sair pela boca de tanto desespero. Vexame atrás de vexame, era dessa forma vergonhosa que seguia a vida do mangaká. 

Odiava não saber como agir quando encontrava-se num beco sem saída, odiava gritos, odiava passar vergonha, enfim, odiava estar naquela situação.

— 'Tá fazendo uma outra coisa, não é? — O mais alto, Hope, perguntou e riu baixinho. — Seu nerd safadinho!

Jimin revirou os olhos, entendia bem o que o amigo queria dizer. Era estranho, na verdade. Hoseok e Taehyung eram realmente muito próximos de si como nenhum parente de sangue jamais foi, ambos conseguiam com bastante proeza fazê-lo se sentir ao menos aceitável. 

Talvez fosse a sua pouca experiência em quase tudo juntada nessa carência estranha.

Quer dizer, segundo os argumentos que Tae e Hope diziam, Jimin era um corpo puro dispondo de uma mente corrompida, uma forma um tanto quanto estranha de ser, então...

O fato é que se conheciam desde os tempos do colegial. Estavam sempre juntos para tudo que houvesse nessa vida. 

— Amor, vem cá. — Hoseok gritou. — O nosso filhote finalmente está se tornando um mocinho. 

O som de algo se partindo ao cair no chão foi escutado, seguido de palavrões e passos rápidos. E então ouviu-se um choramingo doloroso vindo de Hope. Provavelmente uma certa pessoa seria castigada.

— Eu vou jogar meu chinelo na sua cara se você não parar de gritar. — Taehyung vociferou bravo e em seguida as vozes começaram a ficar mais fracas e baixas, indicando que eles finalmente tinham se afastado do banheiro.

Park tapou sua boca em choque.

Namjoon não havia desligado, o que significa que ele escutou tudo que o idiota do Hoseok dissera. 

Oh. Meu. Deus.

Pânico. Park estava em pânico. Fitou o seu redor, só se tinha papéis higiênicos, shampoos, condicionadores, sabonetes, cremes e um escovão enorme, usado por Hope para esfregar as suas costas largas. Nada ali acendia a sua lâmpada de ideias. 

Por que a vida não era igual aos desenhos animados? 

Posicionou o celular no ouvido novamente. A imagem de si mesmo sendo demitido enquanto chorava compulsivamente começava aos poucos de ser projetada em sua mente e ele não agradecia por isso.

— Sr. Namjoon? — Chiou envergonhado e com o rosto rubro. Forçou-se a pensar que apesar das circunstâncias constrangedoras, não iria acontecer nada se não desviasse do assunto principal e fingisse que nada fora escutado e nem mesmo feito. 

Fazer o sonso, esse era o plano.

— Casa agitada, meu jovem. — O chefe respondeu parecendo estar segurando o riso somente pelo tom de voz alegre. 

Jimin suspirou forte. Lá se vai o seu plano descendo pelo ralo cheio de pelos pubianos.

 — Peço mil desculpas por isso. — Resmungou. 

O seu patrão riu um pouco. 

Na verdade, não era esta a resposta que Jimin esperava receber.

Aguardava algo como "passe amanhã no meu escritório para assinar a sua demissão, seu santinho que nunca bateu uma punheta."

Deus, ele estava tão preocupado e nervoso, esses dois sentimentos juntos em uma grande bagunça não era algo bom, principalmente agora.

— Não se preocupe Jimin. Eu gosto de um certo... — Namjoon parou de falar, certamente estava a procura de uma palavra que se encaixasse com aquele caso.

— Barraco? — O menino deixou escapar e depois praguejou mentalmente. Porra Park Jimin, você só fala merda.

— Não era exatamente isso que eu tinha em mente, mas eu acho que talvez isso também se encaixe nessa situação. — Namjoon proferiu risonho. 

O mais novo puxou seus cabelos para trás, ele suava muito. Ergh.

— As pessoas da minha casa não sabem dar privacidade. — Respirou fundo. 

Além de Taehyung e Hoseok serem dois ninfomaníacos, eram também, dois enxeridos na vida alheia. 

— Meu esposo é do mesmo jeito. — O homem mais velho disse e algo bem no fundo do coração de Park se quebrou. Com certeza fora a sua iludida esperança de um dia ir para a cama com aquele pedaço de mau caminho. 

Esposo. Credo. Ao menos ele era gay, ou não, haviam muitas outras orientações como: bissexual, pansexual, enfim, o ponto indispensável era o fato dele gostar de homens, o que não mudava nada sendo que aquela tentação em forma de gente era casada.

Seu esposo era um cara de sorte. 

Quem dera Jimin conseguisse um homem que além de dominá-lo também se apaixonaria por ele. Sonhar com algumas coisas de vez enquanto é bom, mas sonhar demais com algo impossível já é burrice. E Park Jimin sempre achou-se um burro por completo.

— Esposo? — O garoto perguntou tristonho, deixando o rolo de papel higiênico escorregar de suas mãos e cair no chão perto da porta. Ótimo.

— Sim, ele é muito intrometido, mas caso o conheça não diga para ele que eu falei isso. — Namjoon indagou risonho. — É uma pena ele não poder ir para Tokyo. 

— Uma enorme pena. — Park jorrou animado, esquecendo por meros segundos que não deveria demonstrar alegria pela falta da presença do esposo do chefe na viagem.

Sua sorte fora Namjoon não ter notado nada de errado com a sua fala.

— Bem, sobre o horário, está tudo bem para você? Se quiser mudar pode ligar para a minha secretária. — Disse Namjoon, voltando ao seu jeito formal de conversar. 

— Não. — Jimin se apressou a falar. — Para mim, está ótimo, eu amo acordar cedo. — Mentira, ele odiava acordar antes das oito da manhã, mas como aquele horário foi escolha do seu patrão e Jimin na qualidade de um veemente bajulador, nunca/jamais/de modo algum iria descordar de algo vindo do chefe. 

— Que maravilha. Então está tudo certo, amanhã nos encontramos no aeroporto, tenha um bom descanso Jimin. 

— Para o senhor também. — E então encerra a chamada.

É normal estar feliz e desesperado por causa de uma viagem? 

Ainda segurando o celular contra a orelha com uma mão, e com a outra coçando os olhos inchados de tanto ficar na frente de um computador. Ele provavelmente parece nesse momento um sorvete humano derretendo, mas só porque é sempre tão quente em qualquer canto daquele apartamento. 

Seus amigos nunca pareciam se importar com o forno do lugar. Na verdade, eles nunca pareciam se importar com qualquer coisa que Jimin não suportasse, pensavam ser mera frescura. 

Olhou seu reflexo sentado no vaso pelo enorme espelho colocado sobre a parede. Todo dia era uma batalha constante. Apesar de ser um garoto bonito, Jimin ainda tinha algumas inseguranças à respeito de seu corpo, principalmente com a sua barriga e suas grossas coxas. 

Ao tentar se levantar do assento, algo aconteceu, ou pior, algo terrivelmente ruim aconteceu. Puta merda. 

— Não acredito. — Grunhiu, tentando se convencer de que aquilo só podia ser um pesadelo de muito mau gosto. — Meninos! — Chamou alto.

Rapidamente passos apressados foram escutados, seguidos de quatro toques suaves na porta. Era impossível não saber quem era.  

— O que houve? — Taehyung perguntou preocupado. 

— Eu não consigo sentir... — Jimin parou a fala no meio, tentava achar um meio de explicar a situação sem parecer um vexame completo.

— Sentir...? — Induziu o mais alto. 

— Só abre a porta e me ajuda. — Ele respondeu perdendo paciência enquanto balançava a cabeça negativamente. Vergonhosa, que situação vergonhosa. 

— Jimin. — Taehyung destravou a tranca e introduziu somente a cabeça para dentro do banheiro, fazendo com que uma de suas mechas perfeitas caísse sobre sua face esculpida por Afrodite. Kim apontou para a barriguinha fofa do amigo e sorriu. — Problemas intestinais, querido? 

Park rolou os olhos. Odiava ser motivo de zombaria, principalmente vindo dos dois babacas que chamava de melhores amigos.

— Não, eu não estou. — disse o garoto, apressado demais. — Eu... uhm... meio que não estou sentindo os meus glúteos. 

[🔥]

A viagem passou muito calma, todos os sonos atrasados de Jimin finalmente foram compeçados com aquelas longas horas no avião até Tokyo.  

O rapaz já havia viajado outras vezes, mas era sempre na classe econômica, nunca na primeira classe. Ainda que as viagens para a sede da editora de Tokyo fossem recorrentes, aquela era primeira vez que viajava junto de Namjoon, nas outras vezes eles se encontravam somente no hall do hotel.

Toda a exclusividade e sofisticação eram novidades bem surpreendentes, principalmente no quesito cardápio, nunca imaginou que poderia ser tão bem alimentado num avião.

Diferente de si, que dormiu como um bebê, Namjoon usou as suas horas, não para descansar, mas para adiantar as suas obrigações. Se antes Jimin achava que ele era o próprio maníaco por trabalho, depois daquele voo, concluiu que Kim Namjoon era dez vezes pior. 

Coitado do seu marido.

Os dois não conversaram muito, Park ainda estava envergonhado com o acontecimento do dia anterior, data essa que ele simplesmente desejou deletar de sua vida. Somente por lembrar do choque de Taehyung e as gargalhadas barulhentas de Hoseok ele já sentia uma azia desagradável. 

Mesmo que o efeito da dormência tenha acabado em alguns minutos, nada seria capaz de apagar a vergonha que passara. Primeiro porque a maldita foto tirada na polaroid de Taehyung com certeza seria a grande recordação daquele constrangimento. Ele seria a piada da semana no grupo de conversa.

Tirando o episódio no qual Jimin tivera novamente uma colossal vontade de esvaziar (não o xixi) mas uma coisa digamos que muito malcheirosa e complicada, tudo conduziu-se com extrema calma dentro do avião. 

Ao aterrizar, ambos foram imediatamente transportados para um carro que devia custar mais que o apartamento de Jimin juntamente a lata velha que Hope chamava de carro. 

— Para onde devo levá-los? — O motorista perguntou olhando pelo pequeno espelho assim que os dois estavam devidamente acomodados em seus assentos.

— Hoje eu quero ir para um hotel mais confortável. Iremos para o Conrad Tokyo, siga caminho por essa rua, que eu lhe darei as coordenadas. — Namjoon respondeu.

O senhor assentiu, saindo daquele lugar.

Park olhava pela janela do carro as ruas de Tokyo ficando para trás. Não importava quantas vezes viesse para aquela cidade, sempre ficaria apaixonado. Tudo era tão rico e sofisticado.

Obviamente Jimin ganhava muito bem e poderia certamente usufruir de luxos semelhantes aos de seu patrão, o único problema era o fato dele não ter o anseio de gastar tanto consigo mesmo, queria dividir essa ostentação com alguém. Mas tinha tanto medo de ser explorado por um oportunista barato. 

Estava solitário, quietinho numa toca de coelho. Não desejava ser apenas ele e o seu dinheiro para sempre. Isso, sem dúvida, não seria um bom final, nem mesmo para si. 

— Vire à direita no próximo quarteirão — Namjoon falou para o senhor que obedecia as suas coordenadas perfeitamente bem.

Finalmente chegaram no prédio onde permaneceriam ao longo da semana, o motorista rapidamente saiu do carro caminhando em passos largos até a porta de Jimin, onde em um gesto a abriu. O menino agradeceu meio sem graça e Namjoon achou adorável o jeitinho tímido do garoto. 

Caminharam para dentro do saguão do prédio, onde rapidamente os funcionários se colocaram em seus devidos lugares. Jimin se sentiu poderoso. 

— Bom Dia, Sr. Namjoon e Sr. Park, nossos funcionários irão colocar suas malas nos seus apartamentos, é o 210 e 211. Esperamos que tenham uma ótimo hospedagem. 

Jimin nada falou, mantinha-se muito perdido nos detalhes do hotel, apenas assentiu em um breve aceno e seguiu para o elevador junto do chefe. 

Chegando ao seu apartamento, depois de Namjoon ter dito que naquela mesma noite eles teriam uma reunião mais descontraída com alguns de seus colegas, certamente empresários e super ricos, um rapaz ruivo entrou logo atrás de si empilhando todas as malas perfeitamente bem em seu quarto.

— Mais alguma coisa senhor? — Ele perguntou.

— Não, é só isso. — Disse educado. 

O rapaz concordou, fez uma reverência e caminhou para a saída. Porém, antes que ele pudesse fechar a porta por completo, Jimin o chamou. 

— Eu ia esquecendo de uma coisinha. — Foi em direção a sua bolsa, abriu a mesma e pegou de dentro uma carteira preta, tirou algumas notas de dinheiro e voltou para perto do menino. — Sua gorjeta. — Entregou para o ruivo que sorriu e agradeceu. 

Assim que encontrou-se devidamente só, Jimin caminhou até a sala onde descansou sobre o sofá, tirando o sapato que estava maltratando seus pés, odiava não usar os seus típicos tênis esfarrapados, e deixou que, por uma fração de segundos, seu corpo amolecesse sobre o estofado. 

A viagem tinha sido longa, ou melhor, a vida estava sendo dura demais. Observou o apartamento, ele era grande, gigantesco, na verdade. Uma enorme área com estilo contemporâneo e sofisticado, repleto de móveis marrom e cinza, nas paredes cores claras, com quadros de lindas pinturas. 

Pinturas, Jimin amava pintar.

Fitou a mala menor, as mãos coçavam para abrí-la. No interior dela haviam os seus bens mais preciosos: a sua arte. Os objetos de criação.

Mudou o foco imediatamente. Não. Precisava descansar, segundo Namjoon a noite seria agitada, necessitava de mais alguns cochilos. 

Fechou os olhos e sentiu o sono chegando. Ele era muito bom e aconchegante. 

[🔥]

Jimin não sabe quanto tempo passou desacordado, apenas que, já estava quase anoitecendo quando ouviu o som da campainha tocar, o levando a se erguer do confortável sofá para atender. 

— Oh Meu Deus, Sr. Namjoon! Você está muito gostoso! — O rapaz deixou escapar e em seguida tapou a boca desesperado.

O mais velho riu e Park abriu espaço para ele entrar.

— E você ainda não está arrumado. 

Imediatamente Jimin olhou para o relógio posicionado na parede e arregalou os olhos. Estava atrasado e ainda fedendo a pés de galinha fritos e soda de limonada. 

— Eu perdi noção do tempo. Desculpa, vou me arrumar rapidinho e já venho. — Despejou rápido, mal parando para respirar. Namjoon assentiu e sentou-se no sofá que minutos atrás Jimin estava babando horrores. 

O garoto pegou a mala com suas vestimentas e correu para o quarto. Quase caindo no meio do caminho quando a mala acabou virando e acertando em cheio o seu polegar esquerdo. Mordeu a língua com força e não deixou um xingamento sequer sair de sua boca enquanto continuava o caminho mancando. 

Primeira obrigação: banho. 

Park fedia a tudo de gorduroso e doce, uma combinação extremamente enjoativa. Foi rumo ao banheiro e quase chorou de felicidade depois de ter tomado o banho mais rápido de sua vida e também o mais delicioso, afinal não é sempre que se tem um lava-jato humano, que possui nada menos que dezoito pontos distintos por onde a água é lançada no corpo. 

Segunda obrigação: buscar pela roupa apropriada. 

Aquela com certeza era uma árdua tarefa.

Nada parecia ser bom o suficiente para uma ocasião chique, as peças não combinavam, não ficavam boas no seu corpo, estavam muito chamativas ou muito apagadas. Um desastre. 

Praguejou alto estando somente com uma boxer preta, ouviu batidas na porta e rapidamente se cobriu com a toalha. 

— Está tudo bem? — Namjoon questionou. 

Park fez um bico tristonho e negou, mesmo sabendo que o chefe não teria como ver. 

— Não está. Eu não sei o que vestir. — Rebateu, crendo que recordava uma criança birrenta.

— Vista algo despojado, nada de roupas sociais. 

Algo despojado. Jimin tinha roupas despojadas, era o que mais dominava o seu guarda-roupa. 

Abriu novamente a mala e escolheu algo que estava acostumado, uma calça preta justa seguindo até perto dos joelhos, uma camiseta branca de seda, e nos pés um tênis preto, não usaria os insuportáveis sapatos sofisticados. Preferiu deixar seus cabelos secarem naturalmente e a maquiagem estava fraca apenas destacando a boca rosadinha e convidativa. 

Saiu do quarto e foi de encontro até Namjoon que estava muito entretido com o celular. Implorou aos céus para que estivesse adequado para a reunião. Tossiu levemente, chamando a atenção do patrão. Namjoon ficou vislumbrado e ofereceu o braço direito para o mais novo enlaçar.

— Está solteiro? — Indagou conforme conduzia o garoto para fora do apartamento e trancava a porta. 

Jimin assentiu, meio embasbacado e ainda sem entender direito aonde ele queria chegar com aquela pergunta. Realmente esperava que Namjoon não o quisesse como seu amante, ainda que fosse uma tentação enorme resistir ao desejo avassalador de agarrá-lo toda vez que se viam, Park jamais gostaria de ser a segunda opção. 

A não ser que ele tenha sido o pivô da separação dele com o marido bisbilhoteiro. Será? Virou o pescoço e olhou desconfiado para o chefe, estreitando os lábios numa linha tensa. 

— Me perdoe se eu estiver sendo muito invasivo, mas... eu gostaria de saber a sua orientação sexual. — Ele pediu e instantaneamente Park começou a hiperventilar. 

Santa Lady Gaga dai-lhe forças para permanecer em pé. 

— É que no lugar que eu pretendo levá-lo não tem muitos... — Engole a seco. — Héteros. — Completa.

— Está me levando para uma casa de homossexuais? 

— Não exatamente esse o nome do lugar. Está mais para uma casa de strip gay.

De repente Jimin parou de andar. 

— Stri-stri... p? — Engasgou com a própria saliva.

Percebendo o espanto do funcionário, rapidamente Namjoon buscou um modo de ser mais específico.

— Isso irá ajudá-lo a conceber melhor as estruturas corporais de suas personagens, já que o novo mangá que será produzido tem a proposta de usar proporções de corpo mais reais nas personagens. — Contou o principal motivo de comparecerem naquele tipo de estabelecimento.

— Não sei se isso é uma boa ideia. — Jimin respondeu sério com as mãos no bolso das calças.

— Por que não? — O mais velho perguntou meio surpreso. Não tinha noção que um mero convite poderia assustá-lo daquele modo.

— Já esta muito tarde. 

— Vamos Jimin... leve isso como uma nova experiência de trabalho! — Namjoon exclamou arrumando sua jaqueta.

Lugares fechados, com muitos barulhos e gente por todo lado jamais fizeram partes de suas preferências. Ele era reservado. Quietinho.

Porém, aquilo é trabalho, e mesmo contragosto, acabou engolindo a força todo o seu desespero e concordou relutante. Não desejava fazer uma desfeita com seu chefe, ou pior: acabar revelando que ainda é virgem. 

Jimin não é nenhum adolescente, mesmo que quase ninguém saiba, hoje é seu aniversário, está completando vinte e cinco anos, o que convenhamos ser uma gigantesca vergonha, trabalhando com o que trabalha, tendo a idade que tem, e ainda assim ser um total virgem. 

Por esse motivo tão lamentável que, assim que pararam em frente a casa noturna, a sua ficha finalmente caiu. Mesmo que Namjoon não faça a menor ideia desta data comemorativa, estar naquela casa de strip não deixava de ser um excêntrico presente de aniversário ofertado pelo chefe gostosão.

A fachada era preta e brilhante, com duas grandes portas em tom dourado e o letreiro com uma grafia elegante e requintada estampando o nome "Boy meets evil", um tapete vermelho se desenrolava a sua frente e apenas dois seguranças, uma vez que não haviam filas ou possíveis penetras.

Park constatou diante daquilo que Boy meets evil se restringia apenas a convidados.

Se você não tem um convite, não entra.

Não era pra qualquer um. 

Jimin estava orgulhoso de não ser qualquer um. 

Ao menos naquela noite ele não seria.

Os dois saíram do carro, Namjoon deixou a chave com o manobrista e deu o nome de ambos na porta. No momento que adentraram no estabelecimento, com as luzes vermelhas e azuis tremulando e as batidas suaves na pista invadindo seus ouvidos, Park sentiu que aquilo poderia não ser tão sufocante como pensava.

Sem dúvida era surpreendente, o lugar era enorme e esbanjava luxuria e requinte. Em pontos estratégicos podia se ver mini palcos com postes de pole dance, homens praticamente nus dançavam sensualmente para os convidados que os encaravam de forma atenta.

— Demais né? — Namjoon falou animado e continuou a andar. Jimin assentiu e o seguiu como um cachorrinho perdido e medroso.

Um homem de corpo esbelto se aproximou, vestindo um pequeno traje que mal cobria seu corpo, ele era bonito e muito sexy.

— Desejam beber alguma coisa? — Sua voz saiu arrastada e sensual.

— Duas tequilas para começar. — Namjoon se adiantou, o moço quase nu assentiu e se retirou para pegar as bebidas.

Minutos depois o mesmo homem voltou com dois pequenos copos de tequila. Park encarou o líquido transparente no recipiente, estava prestes a entrar em colapso. Isso é trabalho, tentou enfiar na cabeça. Não seja cagão.

Ele se considerava uma pessoa criativa, mas só escrevia coisas que nunca não vivenciou. E, bom, o que o garoto conhecia da vida era apenas que as rosas eram vermelhas, a comida da sua mãe era a melhor do mundo, livros de terror tinham um bom cheiro e que seus olhos e suas bochechas eram extremamente fofas.

Tirando essas informações, o resto era só a mais louca imaginação. 

Ele precisava de mais, precisava conhecer mais.

Pegou o pequeno copo, olhou para o lado e avistou Namjoon já bem mais alegre do que quando chegaram, juntou coragem e levou o recipiente até os lábios onde virou de uma só vez. O líquido passou rasgando na garganta, o ardor foi descomunal até aquecer o estômago, mas a sensação tinha sido boa, esquentava o corpo.

Torceu os dedos no colo em nervosismo. Caralho, ele estava muito quente agora.

— Eu vou falar com alguns amigos. — Namjoon avisou. 

— Vai me deixar aqui? Sozinho? — Jimin gelou dos pés à cabeça. Logo o mais velho riu. 

— Ninguém fica sozinho neste lugar, Jimin. — Disse abrindo os dois primeiros botões da camiseta, mas ainda olhando nos olhos aterrorizados do garoto. — Socialize, observe os dançarinos, as características dos convidados, os olhares. Estar atento em tudo vai ajudar na sua obra. — Anunciou piscando o olho esquerdo. — Eu não vou demorar. — E caminhou para longe de Park.

Observar tudo. Okay. Jimin conseguia fazer isso. É super fácil. 

De repente as luzes se apagaram. Os murmúrios ficaram cada vez mais altos. Jimin se manteve atento, necessitava prestar muita atenção.

Uma voz erótica se espalhou por todos os cantos, a música havia começado. No centro do palco, o holofote se acendeu sobre o corpo de um moço, e os convidados foram a loucura. 

Deem uma salva de palmas para o nosso deslumbrante Rabbit!

🔥

Estou tão animada para saber a opinião de vocês sobre esse primeiro capítulo. Gostaram?

Nele nós tivemos apenas a versão do Jimin, que vai ser bem tímido e recluso, um nerd fofinho e um neném precioso. 

O próximo capítulo que na graça do senhor não irá demorar para ser postado, será quente. VAI ESTÁ PEGANDO FOGO BICHO. Só... esperem. 

Vários beijos com a purpurina que restou do carnaval que eu não fui porque sou preguiçosa. 

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