Mestre das Armas

Par Fabinhoseco

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Depois de sofrer um acidente na fábrica de armas que trabalha, Carlos ganha habilidades especiais ao mesmo te... Plus

Capítulo 2
Capítulo 3

Capítulo 1

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Par Fabinhoseco

Era mais uma manhã movimentada na cidade, pedestres iam e vinham apressados, motoristas buzinavam enfezados com o engarrafamento que não andava, ambulantes perambulavam entre os carros vendendo água, balas e todo tipo de quinquilharia que ninguém precisava. Quase despercebido, havia um homem atrás do volante olhando todo tempo para o relógio no painel do carro. Carlos batia com os dedos no volante enquanto o relógio digital piscava e mudava de segundo para segundo, atrás do para-brisa o congestionamento a caminho do seu trabalho estava ainda mais devagar que o relógio no painel.

Aquele bairro que havia muitas arvore em suas calçadas próximo ao meio fio, dava uma sensação de ar fresco. Como boa parte da calçada era coberta de sombras feitas pelos seus prédios altos e gigantes pouco se percebia uma brecha de sol. A cidade era barulhenta e muito agitada, mas não escondia sua beleza e charme de cidade de contemporânea. Em frente ao prédio mais alto daquela rua passava um jovem rapaz alto com um penteado todo bagunçado por causa dos ventos que corriam naquela época. Seus cabelos sacudiam enquanto caminhava. Sua camisa verde transbordava de suor próximo as axilas, mas não o suficiente para cair gotas pelo chão. Seus passos já não eram iguais aos pedestres que caminhavam tranquilamente por ali, a cada passo longo sacudia para um lado e para outro sua pasta de camurça marrom bem agarrada em seu punho o suficiente para não deixar cair. Em seu outro lado do corpo seu relógio de pulso prateado marcava exatamente oito horas da manhã. Na esquina quase escorada no pilar de uma placa de sinalização por causa do cansaço repentino, havia uma senhora com cabelos grisalhos, óculos de grau e rugas entre a testa e as maças do rosto. O sujeito se aproximava rapidamente da senhora distraído olhando para o relógio, enquanto a senhora esticava a perna direita em direção ao asfalto úmido. De repente soava um estrondo alto suficiente para correr todos os pássaros que se escondiam nas arvores. Por ora passava um rapaz assustado dentro de um enorme caminhão de lixo segurando bem firme em seu volante com o olhar desesperador. Naquele momento Miguel que se aproximava da senhora paralisou como se tudo na volta dele tivesse pausado. Por alguns segundos parecia que tudo que se movia naquela rua parasse. A sensação de calafrio tomava conta de seu corpo fazendo seus pelos arrepiarem. Seus olhos se arregalavam quando avistava a senhora colocando a bengala próxima ao seu pé direito. Sem perceber o que estava fazendo a senhora com a coluna inclinada para frente percebeu um leve toque em seu braço direito, era um punho firme apertando o suficiente para agarrar, mas sem machucar. Desorientada ela olha para o lado e se surpreende com um puxão em seu braço fazendo cair próximo ao meio fio em cima da calçada. Jogada no chão sem seus óculos no rosto não consegue perceber o que acontecia ali, logo se aproxima uma moça de saia longa cor cinza escuro e com uma blusa de botões com um decote e cabelos lisos cumpridos castanhos escuros. Em suas mãos estavam o óculos de grau que a senhora havia deixado cair de seu rosto. Muitos civis se aproximaram para compreender o que aconteceu por ali. Logo se aglomerou um numero exorbitante de pessoas curiosas na sua volta.

-O que aconteceu aqui? – perguntou uma voz na multidão.

-Parece que aquele rapaz o salvou. –respondeu outra.

Ainda deitado no chão com a cabeça amparada na pedra quente da calçada, Miguel estava observando aquele céu azul sem muitas nuvens. Passava um trilhão de imagens em sua mente, mas totalmente sem ligação. Aquele era o momento da reflexão que ele fazia da vida após perceber o que acabou de fazer. No rosto notava a sensação de alivio ao ver a senhora em pé e sem nenhum arranhão.

-Senhor você esta bem? –perguntava a moça de cabelos lisos olhando para Miguel ainda deitado no chão.

-Sim! –Respondeu

Mas ao perceber que ainda estava no chão sua expressão foi de vergonha naquele momento. No rosto da moça um sorriso se abriu ao ver a cara de surpresa de Miguel ainda no chão, foi neste instante que seu braço se esticou ate que uma mão firme o agarre. Miguel estava sendo puxado pela moça para se levantar.

-Você trabalha por aqui?

-Sim trabalho naquela fabrica. – Respondeu Miguel erguendo seu braço e apontando em direção a fabrica de armas.

Com o dedo indicador ainda apontando para a fabrica Miguel conseguia ver seu relógio no pulso, agora marcando oito horas e dez minutos. Seus olhos arregalaram fazendo com que fique indelicado com a moça.

-Me desculpe tenho que ir, pois estou atrasado! –Disse Miguel acelerando seus passos deixando a mulher abandonada na esquina com um olhar vácuo.

Do outro lado da avenida com grades muito alta com arame farpado em redemoinhos na parte superior dava para ver a fabrica de armas. O prédio central na parte interna do pátio era gigante, mas em formato de casa. Os tijolos das paredes originais de quando foi construído na década de vinte, no topo do prédio havia um relógio em números romanos que media cerca de uns dois metros de altura. As janelas eram grandes de madeira cobertas de grades grossas por fora quem passava pela frente se espantava com a arquitetura antiga mantida até hoje. O segurança dentro da cabine ao lado do portão central trabalhava com o uniforme original feito na época da inauguração. Uma jaqueta azul marinho com dois bolsos na altura do peito um em cada lado, calça também azul marinho com uma listra branca ao lado das duas pernas e nos pés a botina de coturno preta, na cintura o cinto preto por cima da jaqueta com uma fivela grande dourada com o símbolo de touro, mas o que não podia faltar era a boina preta em sua cabeça. De repente o interfone em cima do balcão toca, e o segurança logo olha para o monitor pendurado na parede ao lado da janela de vidro. Ele percebe que Miguel esta na rua tentando contato.

-Pode Empurrar o portão! –Dizia a voz no interfone pendurado na parede pelo lado de fora.

Miguel olha para o interfone e o empurra o portão com força o suficiente para abri-lo, entrando em uma espécie de gaiola para identificação o segurança dentro da janela aberta sem proteção pergunta.

-Posso conferir sua bolsa?

-Claro! –Respondeu Miguel fazendo gesto descontente.

Dentro da gaiola tinha outro portão que dava acesso direto ao pátio. Nele uma placa pendurada que dizia. –É proibido entrada de objetos de metais, por favor, passe por detector de metal sempre ao entrar e sair da fabrica. Obrigado! Miguel colocou sua mão em cima da placa e impulsou o portão entrando na fabrica.

Na porta de seu laboratório, Miguel esta parado angustiado por não conseguir localizar seu crachá. Após varias tentativas frustradas de encontra-lo colocando suas mãos em todos locais possíveis de seu corpo, ele então se desespera na esperança de que esqueceu dentro do carro no estacionamento alugado do outro lado do quarteirão. A entrada do laboratório havia um leitor magnético que liberava o acesso à sala. Sua pasta estava escorada em suas pernas com algumas folhas quase caindo para fora depois de ser vasculhada pelo segurança. Aquele piso branco liso refletia todas as portas que haviam naquele corredor cumprido bem iluminado como se fosse um hospital. Focando ainda na pasta no chão percebesse que alguém se aproxima de Miguel por causa do reflexo no chão que estava tão limpo. Quem se aproximava era seu chefe tão elegante que vestia calças e camisa social azul marinho e gravata azul mais clara por dentro do blazer. Seus cabelos curtos castanhos claros estavam perfeitos e alinhados.

-Miguel isso são horas de chegar? – pergunta seu chefe enfurecido.

-Eu acabei pegando um engarrafamento.

-O que faz parado no corredor?

-Não consigo encontrar meu crachá. Respondeu Miguel procurando.

-Por acaso não é esse pendurado na bolsa? -Respondeu Fernando apontando para bolsa no chão. -Amanhã é dia de apresentar aquele projeto que estamos trabalhando a semanas. Quero um relatório dele na minha mesa o quanto antes.

-Não recebemos todos os materiais ainda, não sei se vou conseguir finalizar a tempo. -Responde Miguel se agachando para pegar seu crachá.

-Já estamos adiando há semanas esse lançamento, se o relatório não estiver na minha mesa até amanha de manhã considere-se demitido. –Disse Fernando seguindo viajem por trás de Miguel no corredor

Com clima meio estranho no ar Miguel entra no laboratório lentamente e se senta em sua mesa. Dentro do laboratório tinha uma mesa cumprida de madeira com o computador em cima, uma cadeira reclinável com rodinhas grande e confortável. A porta por estar um pouco aberta se ouvia passos no corredor, os ruídos de maquinas eram bastante visível, de repente as dobradiças rangeram-se, uma sombra se formava em volta da porta, logo Miguel se vira surpreende-se com Artur. O rapaz tinha pinta de nerd, se vestia com camisa sem gola com personagem de Star Wars estampada na frente, óculo preto de grau e uma calça jeans escura cheia de bolsos e jaleco branco por cima de tudo. Falando assim parece um rapaz branco com cabelos lisos e de classe meia, mas conhecendo Artur percebemos que é totalmente ao contrario, cabelos cacheados, pele morena da cor de um caramelo, e dentes brancos que dava para ver o reflexo de luz em seu sorriso. Entrando na sala meio indiscreto ele então se aproxima da mesa de Miguel. O laboratório estava todo bagunçado, havia papeis por toda mesa, lixeiras transbordando, pedaços de comidas por cima de alguns equipamentos. Vários copos descartáveis de máquinas de café jogados pelos cantos. Em cima da mesa além de seu computador havia um porta retrato no canto esquerdo da tela do monitor. Na foto está Miguel e sua família, sua esposa e filha de sete anos. Os três estavam atrás de uma mesa pousando para a foto, todos apareciam sorridentes. Mas no canto superior da foto atrás da família estava Artur passando com uma fatia de bolo despercebido.

-Artur?

-Oi, estava passando e percebi que sua porta estava aberta, sem quere já fui entrando. Passei pelo Fernando mais cedo e esta todo estranho. –Disse Artur se aproximando da mesa do Miguel.

-Eu o encontrei agora pouco no corredor, ele esta me pressionando por resultados, mas não temos culpa que os fornecedores estão atrasando as peças que faltam.

-Falta muito, não vamos conseguir finalizar antes do prazo. –Resmungou Artur.

-Estou focado só neste projeto, não sei mais o que fazer. –Lamentou Miguel se escorando em sua cadeira.

- Olhando para seu laboratório da para perceber. Diz Artur observando em sua volta. –Lembra aquela vez na festa da sua filha que furou o pneu do carro? Quem estava lá para te ajudar? Se depender de mim eu farei o possível para te ajudar. Sempre estarei ao seu lado como se fosse um irmão, só que mais novo. –disse Artur soltando um sorriso tímido.

Enquanto Miguel apoiava seus cotovelos em cima da mesa colocando o queixo sobre as mãos, Artur então se levanta da cadeira que havia sentado e fala. –O que você tem pronto? Mostre-me!

Miguel se levanta de sua cadeira se deslocando ate a janela de vidro com uma cortina de persiana branca. A persiana estava aberta fazendo entrar sol o suficiente na sala para iluminar boa parte dela. Ao chegar perto ele estica sua mão direita agarrando a haste giratória fazendo um movimento para a direita até a cortina se fechar, e a sala escurecer totalmente. Não bastava a sala estar toda fechada ele ainda abre com seus dedos uma fresta na cortina para ter certeza de que está a sós. No lado da cortina havia um cordão pendurado com um anel de plástico na ponta, ao puxar abre-se uma tela branca a altura de sua cintura. Artur que já esta em pé percebeu que era momento de pegar o controle no meio dos papeis na mesa e pressionar o botão ligar. Uma luz forte sobrepôs na tela branca projetando uma tela de computador nela. Ainda próximo da mesa de Miguel, Artur inicia o PowerPoint.

-Vou te passar desde inicio para esclarecer as ideias. Aqui vemos uma pistola calibre 45 preta, por dentro uma bateria de 4000mAh, chip GSM Quad Band para ter uma comunicação com o sistema. No seu cabo revestido com uma placa digital para fazer a leitura da biometria. Automático uma verificação no sistema online faz a liberação do disparo. A ideia é que todos os agentes cadastrados no banco de dados tenham acesso liberado para usar qualquer arma fabricada por nos. –Explicou Miguel enquanto as imagens na tela apareciam.

-Qual peça que falta? –Perguntou Artur.

-Falta à placa digital, ela é fabricada no Japão, o primeiro lote ainda não chegou. –disse Miguel.

-E se eu tentar fazer uma placa semelhante só para você apresentar o protótipo pro Fernando? Sabe que posso criar qualquer coisa com tecnologia. Esse é meu hobby. – falou Artur se aproximando de Miguel.

-Sei que lá no T.I (Tecnologia da Informação) você faz um monte de bugiganga, mas não sei se é capaz de fazer até amanha uma placa compatível. –Disse Miguel para Artur.

-Deixa pra mim, não vou te decepcionar. – Disse Artur se despedindo de Miguel e saindo da sala.

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