Você de novo? (Quadrilogia Mu...

By litielerocha

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Anne de Souza é uma mulher negra, muito obstinada, sincera e que luta para conquistar o que quer. Em sua juve... More

Personagens
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9 # BÔNUS#
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo final
Epílogo
#Agradecimento#
# BÔNUS BIA #
Aviso - Novo Livro
Postagem livro novo
#BÔNUS#

Capítulo 4

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By litielerocha

Anne

— Filha, é o Rafael ? — Grita papai da cozinha.

— Sim pai.

— Me dêem um minuto e eu irei me juntar a vocês.

— Ok

Depois voltei minha atenção para o Rafael.

— Sente-se. Quer beber algo?

— Sim.

Segundos depois, ele estava sentado ao meu lado, bebendo seu whisky.

Aproveito que estávamos sozinhos para conversar com Rafael. Queria saber sobre a conversa dele com seus pais e falar que sua mãe tinha me telefonado para tratarmos do casamento.

— Rafael, seus pais não desconfiaram de nada sobre nosso casamento ? — pergunto baixinho, e olha na direção da porta da cozinha, pois temia que meu pai ouvisse algo.

— Não, correu tudo como o planejado. Mas minha mãe quer fazer uma recepção pequena e convidar apenas nossos familiares mais próximos, não será algo grandioso até porque ainda estamos de luto. Mas acho que isso ajudará ela a se distrair um pouco.

— Pois é, ela me ligou hoje a tarde e disse que tinha tudo planejando. Rafael, eu achei que iriamos casar no cartório e nada mais.

—Tente convencer a dona Carmem disso. — Diz ele de maneira sarcástica.

Realmente a mãe de Rafael era muito teimosa. E quando colocava uma coisa na cabeça ninguém conseguia tirar.

— Olá Rafael, desculpe não ter vindo antes te cumprimentar — Diz papai saindo da cozinha.

— Sem problemas — Responde Rafael.

— Filha você pode ir cortando as batatas enquanto falo com Rafael.

Como não pensei nisso antes. Já devia ter advinhado que ele iria querer falar a sós com Rafael. Agora tinha que rezar para que não desse nada errado.

— Claro pai, com licença — Digo

Mas antes de me dirijir para cozinha, dei uma rápida olhada na direção de Rafael. Ele não parecia nem um pouco preocupado.

Minutos depois volto para sala. Ao chegar percebo que meu pai e Rafael estão conversando animadamente sobre barcos... pescaria.

—Tudo bem por aqui? — Pergunto aos dois.

— Sim querida — Diz papai — Já ia lhe chamar. Sente ao lado do seu noivo que quero conversar com você.

Engoli em seco só de pensar o que viria a seguir. Estava me sentindo a pior filha do mundo, por ter que fazer meu pai passar por toda aquela farsa.

—Filha, o Rafael me contou que vocês se encontraram a alguns meses atrás quando ele viajou para o exterior e desde então, vocês começaram a namorar.

Olhei para o Rafael perplexa com suas mentiras, mas logo me recomponho para que meu pai não desconfiasse de nada.

— E que não contaram nada, pois tinham medo da reação do Nick. Mas querida, eu acho que ele não teria se importa. Nicolas te amava e iria apoiar qualquer decisão sua. — diz papai.

Não podia acreditar no que estava ouvindo. Como Rafael teve coragem de envolver o nome do irmão nessa sujerada.

— Pai... — Tento explicar algo que sabia que era inexplicável.

— Tudo bem querida. — Diz ele segurando minhas mãos entre as suas — Você ama o Rafael?

Essa pergunta me deixou desconfortável. Por alguns segundos permaneci em silêncio.

Neste momento, senti o toque da mão de Rafael sobre a minha, em sinal de apoio. Então, encaro meu pai e digo:

— Sim — Digo sem conseguir olhar para o Rafael.

— Então, mão vejo problema em vocês se casarem já que Rafael também à ama.

Antes que me arrepender do que estava fazendo, pensei na Sofia. Isso tudo era por ela.

〰️✴〰️✴〰️✴〰️

2 meses depois: casamento de Anne e Rafael.

O tempo passou soando, que nem me dei de conta que tinha chegado o dia do meu casamento com Rafael.

Nesses meses que antecederam ao nosso casamento. Rafael e eu nos viamos com muita frequência, pois passamos a maior parte do nosso tempo com a Sofia. Queríamos que ela se acostuma-se com a nossa presença em sua vida.

Aquela inimizade que havia no passado entre Rafael e eu, parecia que nunca existiu. Pois ele me tratava com respeito, tinha momentos que ele era tão carinhoso e amorosa comigo e com a Sofia. Era um outro Rafael.

Ele cumpriu com sua palavra. Já não frequentava mais boates. No entanto, por várias vezes me perguntava se ele mantinha seus casos escondidos. Tudo bem, que eu o incentivei a fazer isso, mas uma parte de mim se incomodava.

Escuto uma batida na porta me tirando dos meus devaneios.

— Querida, posso entrar ? — Pergunta a senhora Carmem.

Havia dormido na casa dela, pois o casamento e a recepção aconteceriam em sua propriedade.

— Sim.

— Deus como você esta linda. — Elogia a dona Carmem.

— Obrigada — Digo forçando um sorriso.

— Então, preparada? — Indaga ela alegremente.

Me sentia tão nervosa, que achei que teria um ataque de pânico.

Dou uma última olhada no espelho antes de descer para encontrar Rafael. Neste exato momento papai entrou no quarto.

— Filha você está linda — Fala ele emocionado.

— Obrigada papai.— Digo sentido um frio na barriga.

— Pedro, nossa menina está divina. —Diz dona Carmem...

Havia poucas convidados. E todos me olhavam com admiração enquanto caminhava em direção ao meu futuro marido.

Por uma fração de segundos me deixei levar pelo momento e sorri como se fosse a noiva mais feliz da face da terra.

Meu pai estava de braços dados comigo e Sofia caminhava à minha frente carregando as alianças.

Quando olhei para Rafael, ele estava com um sorriso nos lábios de tirar o fôlego.

A cada passo que dava em sua direção me sentia indo rumo ao "lobo mal", que estava preste a me devorar. Seu olhar era penetrante... intenso.

Não pude deixar de notar como ele estava irresistível naquele terno preto. Ressalta a seu corpo forte e bem constituído.

Durante a cerimônia eu estava tão distante que levei um susto quando Rafael me puxou pela cintura e envolveu meu corpo com o seu, para selarmos nossa união.

Estremeci quando ele me fez um carinho no rosto antes de me beijar.

O beijo foi ousado, cheio de promessas e durou mais que o necessário. Quando Rafael se afastou percebi em sei olhar um misto de desejo e confusão...

Durante a recepção Rafael se manteve todo tempo ao meu lado. Ele comportou-se como o mais devotado dos maridos. Rafael confirmava essa impressão, a todo momento com sorrisos doce e os constantes carinhos que ele fazia em minhas mãos.

Ele fez questão de me apresentar para as pessoas que eu não conhecia. E de tanto sorrir amavelmente, tinha a impressão de que o sorriso havia se imobilizado em meu rosto.

Todos pareciam se divertir. Havia comida e bebida rolando solto. Ninguém duvidaria de que aquela alegre comemoração era uma "união feliz". Se eles soubessem que tudo não passava de uma farsa.

As horas pareciam se arrastar. Eu me sentia exausta. Tudo que queria neste momento era sentar, pois até aquele instante não tinha conseguido fazer isso. E também precisava comer algo.

Aproveitei que Rafael estava falando com algumas pessoas e sai de fininho, indo até uma mesa para descansar um pouco.

Sentada alí fiquei olhando para a aliança em meu dedo. Ela era grossa e pesada.

— Anne ? — Rafael me chama.

Ele sentou-se ao meu lado e me oferece um prato de comida que estava segurando em suas mãos.

— Trouxe para você, pois percebi que não conseguiu comer nada.

— Obrigada

— Se quiser podemos ir daqui a pouco.

— Ok — Digo e começo a saborear a comida que ele me trouxe.

🔶️     🔶️     🔶️

Rafael

A visão de Anne vestida de noiva me deixou sem palavras, ela estava tão linda. Não via a hora de ficarmos a sós para beijar cada centímetro de seu corpo e depois possui-lá a noite toda.

Sabia que Anne me desejava com a mesma intensidade que eu. Aquele beijo havia sido a prova disso.

Neste exato momento meu subconsciente me alerta: "Rafael, você devia odia-la".

Meu plano era aproveitar esse um ano de casamento para lado de Anne saciar meu desejo por ela e ainda fazê-la pagar por tudo que fez a minha família.

Não contei aos meus pais, que no dia em que Valentina e Nick sofreram o acidente no qual ocasionou a morte deles. Eles estavam tentando recuperar o casamento.

Pois meu irmão havia sido fraco o bastante para trair sua esposa em uma de suas viagens.

Nicolas havia me confessado. Ele me jurou que isso aconteceu uma única vez e que tudo não passou de uma aventura insignificante. Ele não queria perder sua esposa, pois a amava.

Porém, Valentina havia descoberto e ele fez de tudo para que ela o perdoasse.

Nicolas nunca me revelou quem era a mulher com quem se relacionou. Logo conclui que essa mulher só podia ser a Anne.

Até porque quando isso aconteceu, Nick tinha viajado a Londres e despois descobri que a Anne estava numa turnê por lá. Isso não era coincidência, eles estavam juntos. Sempre desconfiei da amizade entre eles.

Me perguntei varias vezes se Valentina sabia quem era a amante de meu irmão.

Com certeza não! Pois ela não teria deixar que Anne cuidasse de Sofia. Pobre Valentina, nunca desconfiou deles, que à enganavam bem debaixo do seu nariz.

Mas Anne iria pagar por tudo que fez. E se ela estava pensando que depois desse um ano iria ficar com minha sobrinha estava muito enganada.

🔶️     🔶️   🔶️

Anne

Já era tarde e tudo que eu queria era tomar um banho e descansar. Me sentia exausta, meus pés doíam e minha cabeça também.

Sai a procura de Rafael e logo avistei ele conversando alegremente com um de seus amigo. Me aproximei deles.

— Com licença. Rafael, podemos ir? —
Pergunto.

Céus, não aguentou mais um segundo com esse salto - penso em desespero.

— Claro. — Responde ele ao mesmo tempo que entrelaça seus dedos nos meus. — Meu amigo, se me der licença precisamos ir.

— Fique a vontade.

Depois disso nós despedimos dos poucos convidados e dos nossos pais.

— Minha filha, a Sofia ficará conosco, para que vocês possam aproveitar —
Diz dona Carmem.

Ninguém podia imaginar que não havia necesssidade de Sofia ficar na casa dos avós, pois não teriamos lua de mel, nem mesmo dividiriamos o mesma cama. Esse casamento não é real era apenas um contrato, nada mais.

O trajetória até a casa de Rafael foi feito em absoluto silêncio. Ele estava concentrado na estrada. Enquanto eu senti as minhas pernas tremeram. Não entendia o porquê estava me sentindo nervosa.

Aceitei a mão que Rafael me ofereceu para entrar em casa. Depois ele foi até o bar preparar um drink para si.

— Você quer? — Pergunta ele.

— Não, obrigada.

Ele sorveu o líquido de uma vez só. Depois me olhou demoradamente, fazendo seu coração se acelerar, e então falou, suavemente:

— Vamos, te levo até seu quarto.

A expressão de Rafael indecifrável.

Rafael subiu as escadas e eu o segui.  A seguir estava dentro de um quarto enorme. 

— O banheiro fica alí — Diz ele apontando na direção e eu assenti com um gesto de cabeça.

Nunca pensei que ficaria tão feliz por ver um banheiro na minha frente. Mas precisava sentir a água morna sobre minha pele, para relaxar.

De repente, minha atenção se focou em algumas fotos em cima da comoda, me deixando confusa. Eram fotos de Rafael.

Imediatamente me dei conta de que aquele quarto era de Rafael. E sinto um calafrio percorrer meu corpo.

— Dê quem é esse quarto? — Pergunto sem rodeios.

— É nosso agora. — Diz ele com uma expressão carregada de cínismo. — Até onde eu sei marido e mulher dormem juntos — Rafael diz ao ver minha cara de espanto.

— Pare com essa palhaçada. — Digo tentando controlar minha raíva — Você sabe que esse casamento não passa de um acordo entre ambas as partes. Agora quero ir para o meu quarto —
Completo indo em direção a porta, sem esperar pela sua resposta.

Mas Rafael se coloca em minha frente, impedindo que eu prossiga. Ele ostentava um sorriso perverso que me fez estremecer.

—Anne, eu sei que você me deseja. E tenho que admitir que eu também sinto o mesmo. - diz Rafael num tom provocativo.

Estava completamente atordoada com o que ele disse.

— Que tal aproveitarmos juntos esse um ano que temos pela frente. — Diz Rafael com um sorriso nos lábios ao mesmo tempo que encurta a distância que nos separava.

Dou alguns passos para trás em pânico. Tinha que me manter o mais longe possível dele.

— Está enganado, eu... eu não te desejo.
— Digo tentando parecer segura de minhas palavras.

Rafael parecia não ter dado a mínima para o que eu havia dito. Ele avança sobre mim, me puxando de encontro a si. Depois me beija fervorosamente.

A princípio tentei resistir e me desvencilhar de seus braços, mas acabei me entregando aquele beijo.

Depois de alguns segundos, ele se afastou, porém não me soltou.

—Achei que você não me desejava?—
Diz ele em tom de zombaria e com um olhar cruel.

— Seu cretino, me solta — Digo tentando me desvencilhar do seu aperto.

Mas foi totalmente inútil. Rafael me apertava ainda mais forte contra seu corpo poderoso.

— Você me quer pequena e eu também te quero. — Ele sussura bem próximo de meu ouvido.

A parte sensata do meu subconsciente gritava para me manter forte e resistir a vontade de me entregar a ele. Eu não podia me envolver com Rafael, pois sabia que quem sairia machucada no final dessa história seria eu.

Porém, ele estava tão perto que sentia o cheiro da colônia masculina invadir minha narinas, fazendo com que eu cedesse involuntariamente. 

—Rafael, não faz isso — Peço a ele.

Mas minhas palavras não pareciam ser muito convincente.

Ele volta a atacar meus lábios com ardor, com paixão e eu correspondia com a mesma intensidade.

De repente, a imagem daquele noite que Rafael me rejeitou apareceu contudo na minha mente. Isso foi como um balde de água fria para me fazer recuar.

— Não! — Digo, me afastando de Rafael de maneira brusca.

Tinha que ficar o mais longe possível dele. Antes que acabasse cometendo uma tolice.

Naquele momento, no quarto, era possível escutar apenas o barulho de nossas respirações ofegantes.

Tomei coragem e olhei para ele. Rafael estava com uma expressão carancuda. Seu olhar era frio.

— Tudo bem. — Diz ele dando de ombros, depois coloca as mãos no bolsa da calça  — Nunca forçei uma mulher a fazer nada que ela não queira, e com certeza não farei isso agora.

O tom de voz dele soava frio. O maxilar estava contraído.

Depois de me olhar por alguns segundos, ele caminha em direção a porta.

— Rafael, o quarto é seu. Eu posso ir para outro.

Ele se virou e me encarou com uma fúria perigosa no olhar.

— Não. Fique aqui está noite. Amanhã pedirei a Margo que instale suas coisas  no quarto de hóspedes.

— Mas...

— Sem mais Anne. — Diz ele, me interrompe de maneira rude — Agora preciso tomar um banho, pois estou exausto.

Assim que Rafael deixou o quarto. Sentei na beira da cama totalmente aturdida com tudo que aconteceu.

— O quê vai ser de mim nesse um ano.— sussurro baixinho.

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