A ESPOSA DO SHEIK (DEGUSTAÇÃO)

By EsterLivros

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Suila e Zyon passaram por grandes turbulências para que pudessem finalmente ficar juntos. As diferenças, os... More

PERSONAGENS
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7 #BÔNUS
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
MIGRAÇÃO

CAPÍTULO 5

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By EsterLivros

Zyon

O dia acabou de clarear,
mas o sol já está invadindo
o meu quarto através da fina
cortina de ceda e estou de pé a
pouco mais de quarenta minutos.

Antigamente as minhas
manhas costumavam a ser
bem conturbadas. A ideia de
me levantar da cama e encarar
mais um dia programado a dedo
por alguém me dava náuseas e isso
me fazia sentir vontade de não ver a luz do sol, mas de alguns meses pra cá isso mudou e tenho o melhor motivo do mundo para me levantar da cama. Acordar todos os dias e dar de cara com a Suila é mais que um incentivo pra estar vivo e encarar mais um dia.

Nesse exato momento minha
esposa está deitada em meio aos
lençóis de ceda branca, como de costume os seus cabelos estão mais que bagunçados e ela dorme feito um anjo... Amo acordar mais cedo que ela e vê-la dormir assim, é algo que faço todos os dias, sem exceção!

Fitava o seu rosto angelical
enquanto acariciava seus cabelos,
mas fui obrigado a sair do meu transe quando meu celular voltou a tocar.

Suila anda muito cansada
ultimamente e é visível em
seu rosto cada detalhe disso.
Então nós últimos dias tenho a
deixado dormir até mais tarde e
só a acordo quase na hora de irmos para a empresa... Isso melhora cem por cento o seu humor e faz com que ela me trate bem durante o dia todo.

- Habiba? Está na hora de
levantar... Você precisa se
arrumar para irmos trabalhar.- a chamei com calma ao afagar os seus cabelos de forma bem carinhosa.

Suila dormia feito uma pedra,
mas ao sentir meu toque e ao ouvir minha voz ela despertou aos poucos.

- Bom dia!- ela disse no
segundo em que me viu ali
parado bem ao seu lado na cama.

Sorri ao constatar que
tudo estava bem com ela
e me abaixei deixando um
beijo leve e suave em seus lábios.

- Bom dia! Eu vou tomar
o meu café agora e te espero
na sala de jantar, okay? Pode
se arrumar tranquilamente.- foi
tudo que disse a ela e prontamente minha esposa aceitou o que disse.

Deixei Suila encaminhado-
se para o banheiro e fui direto
para a sala de jantar tomar café.

- Bom dia!- cumprimentei
minha mãe e minha prima ao
entrar na sala e vê-las ali.

As duas conversavam algo
entre si, mas ao me ver, elas
pararam de falar imediatamente.

- As-Salamu Alaikum!- elas
me cumprimentaram ao me ver.

Assim que me juntei a elas
na mesa, minha mãe me olhou
de forma estranha e procurou por algo ou alguém bem atrás de mim.

- Cadê a sua esposa?- minha
mãe me questionou fitando-me
de uma forma mais que estranha.

Lá vem!

- Ela está se aprontando para
o trabalho... Mas por que, mãe?

Uma risada involuntária
saiu de minha mãe, ela me
olhou de forma estranha e
balançou a cabeça enquanto ria.

- A sua esposa deveria ser
a primeira pessoa a se levantar
nessa casa pra deixar tudo pronto
pra você começar seu dia, mas ela é
a última pessoa a levantar... Filho, eu não quero ser implicante, mas acho que se você pegar a segunda esposa ela muda esse jeito dela.- minha mãe voltou a insistir nesse assunto.

Será que minha mãe ainda
não entendeu que eu não quero
uma segunda esposa? Estou muito feliz com minha Suila e não preciso
de outra mulher na minha vida.

- Mãe, já te disse um milhão
de vezes que NÃO vou pegar a
segunda esposa, estou muito feliz
com minha habiba e não preciso de
mais ninguém. Chega!- falei com ela sendo até um pouco mal educado.

A minha mãe não é feliz
com o fato do meu pai ter
outras esposas e parece que
quer minha minha esposa seja
tão infeliz quanto ela é. Que saco!

- Você parece que gosta do
jeito que essa mulher te trata.
Quer saber de uma coisa? Se você
quer servir de tapetinho pra essa mulher, que seja!- ela gritou comigo.

Já faz um tempo que estou
de saco cheio do tratamento
da minha mãe com minha esposa,
mas estava tentando relevar por amor a ela, mas acho que chegou a hora de falar tudo que estou sentindo. Esse é o momento!

- Sumaya, você já está
passando dos limites com
essa sua perseguição com a
minha esposa. Eu amo a Suila
e você precisa entender isso de
uma vez por todas! Eu não quero
uma segunda esposa, não quero que minha esposa se sinta obrigada a me mimar feito um bebê e não quero que ela seja perfeita. Nós estamos felizes assim e nem você e nem ninguém tem que opinar sobre a nossa relação.- fui franco e bem direto com ela.

Minha mãe parece ter ficado
atônita ao me ouvir falar, porque
os seus olhos encheram-se de água
e ela me fitou como se eu fosse um monstro... Posso ter sido grosso com ela, mas tinha que falar tudo isso.

- Zyon!- Nádia levantou-se
repreendendo-me pelo que falei.

Minha prima me fitou com
um olhar mortal e não entendi o
motivo daquilo... Nádia sabe o quão errada minha mãe está em agir assim, mas parece que a amizade das duas a faz de cega e isso me irrita tanto.

- Chega Zyon! Você não pode
falar dessa forma com a sua mãe.
Sumaya pode errar na forma que trata a sua esposa as vezes, mas o julgamento dela não está errado. Aonde já se viu uma mulher que não prepara nem o café da manhã do marido? Você deveria ao menos começar a pensar na ideia de ter
uma segunda esposa, quem sabe
assim ela não começa a agir como
uma esposa de verdade.- Nádia diz
claro indo a favor da minha mãe.

Porque será que elas acham
que uma outra mulher seria a
grande solução da minha vida?
Parece até que elas querem acabar
com o meu casamento... Suila jamais aceitaria que eu me casasse com uma outra mulher e isso com toda certeza causaria a nossa grande separação.

- Nádia, não se meta na
minha vida pessoal! Isso
é algo que EU devo decidir e
nem você e nem a minha mãe
devem dar um palpite se quer.-
fui duro demais ao falar com elas.

Eu amo minha prima e
minha mãe com todo meu
coração, mas sinto que preciso
dar um basta nelas pra que meu casamento não vá por água a baixo. Isso não irei permitir nunca!

- Mas e se ela não puder
te dar filhos? Você vai ter
que se casar novamente, a
não ser que queira que a seu
nome murche como uma folha.
Ela parece ser uma mulher seca!- minha mãe insistiu com aquilo.

- SUILA PODE E VAI ME
DAR MUITOS FILHOS. Ela
não é uma mulher seca!- gritei.

- Você está vendo? Parece
que essa mulher entrou no
cérebro dele e não há nada que
tire ela de lá... Até a própria mãe
ela trata mal por causa DELA!- minha mãe insistiu naquele assunto chato.

- Mãe? Chega!- falei sendo
firme enquanto a fitava diretamente.

Havia acabado de fechar a
boca quando Suila adentrou
pela porta da sala de jantar e
as cumprimentou com educação,
mas sem forçar muita simpatia.

- Podemos ir?- Suila questionou-
me colocando-se logo ao meu lado.

A fitei meio que confuso e
em seguida olhei para a nossa
mesa de café da manhã repleta de
tudo que ela tanto gostava... Minha esposa é do tipo que só dá início ao
seu dia após o café da manhã, então não entendo porque da sua reação.

- Mas você não vai tomar
seu café da manhã?- a questionei.

Suila me fitou de lado,
sorriu e negou com a cabeça.

- Não será necessário, como
algo quando chegar na empresa.- ela disse já me dando as costas e saindo.

O que será que houve com
ela? Juro que não consigo entender.

- Vocês já estão indo? Então
vou pegar minha bolsa e vou
junto com vocês para a empresa.- a Nádia disse se colocando de pé.

Ainda não tive coragem de
falar para a minha prima que
não quero mais que ela trabalhe
pra mim, sei lá, será uma situação
tão estranho demiti-la, mas por outro lado também não quero criar uma grande desavença com minha esposa.

- Não será necessário que
você vá para a empresa hoje.
Não tem nada de importante pra
você fazer lá e caso eu precise de algo, você pode fazer daqui mesmo.- disse arranjando uma solução para aquele problema.

Não quero magoar minha
esposa, mas também não quero
criar um clima ruim entre a minha prima e eu, até porque somos como irmãos e não quero que isso mude.

- Por que você está agindo
assim tão de repente? Até ontem
eu iria te acompanhar em todos os
seus eventos de negócios.- Nádia diz.

Suspirei buscando uma
boa resposta para dar a ela.
Não vou dizer a minha prima
que ela não poderá mais ficar ao
meu lado na empresa porque minha esposa não quer, isso só criaria um clima ainda mais pesado entre elas.

- Já entendi tudo que
está acontecendo aqui.
Ela está impedindo que eu
trabalhe para você... Alá! Zyon,
você não pode permitir que a sua
esposa domine você assim, quem
deve comandar a relação é você.- Nádia insistiu naquele assunto.

Meu Deus! Será que tudo
nessa casa gera uma confusão?
Já não aguentou mais brigar!

- Suila não tem nada haver
com isso, foi uma decisão que
eu tomei... Fique em paz, Nádia.
Se você realmente quiser manter-se
nessa área, conseguirei um ótimo emprego para você.- argumentei.

- Quer saber de uma coisa?
Eu já não quero mais nada!
Continue seguindo o que ela
manda que você irá bem longe.-
Nádia falou bem alterada comigo
e saiu do cômodo pisando duro.

Alá! Aonde foi que eu
amarrei o meu camelo?
Parece que a ideia da Suila
de morar longe da minha família
não era tão ruim quanto pensava.

Minha mãe levantou-se
quando minha prima se foi,
ela me olhou frente a frente e
balançou sua cabeça ao me olhar.

- Uma você você vai acabar
perdendo a sua família por causa
dessa mulher e aí será tarde demais.

Cheguei a pensar em
responder a minha mãe,
mas sei que para ela, a minha
melhor resposta será o silêncio.

Fechei os olhos, respirei
fundo e sai de casa sem olhar
para trás... Só assim tenho paz!

- Está tudo bem?- Suila
questionou-me no segundo
em que entrei no meu carro.

- Está tudo bem... Você
está bem? Parece não ter
comido nada hoje.- disse a ela.

Suila sorriu de lado ao
ouvir minha pergunta, ela
balançou sua cabeça e trouxe
a sua mão para o meu rosto me
dando um pouquinho de carinho.

- Estou um pouquinho
enjoada de tudo que comi
ontem, mas está tudo bem.
Falando em comida, sabe o
que me deu vontade de comer
de repente? Pão de queijo!- Suila
disse para mim me fazendo rir.

De onde saiu essa vontade?

Comi pão de queijo uma
vez que fui ao Brasil e realmente
é algo delicioso, mas também é algo quase impossível de se encontrar aqui em Dubai... Gosto de fazer tudo pela minha esposa, mas esse seu desejo é algo tão difícil de se realizar por aqui.

- Pão de queijo, habiba?
Tenho quase certeza que
não temos isso por aqui.-
disse a ela enquanto ria.

- Eu sei, mas estou sentindo
tanta vontade... Acredita que
até sonhei com isso essa noite?
Minha boca está até salivando.

Até o momento estava
achando toda a situação
bem engraçada, mas foi só
ouvir o último comentário que
me veio uma grande dúvida... Será
que Suila está grávida? Isso seria uma benção sem tamanho para nós!

- Habiba... As suas regras
estão em dia?- a questionei.

Até o momento o olhar
da Suila estava na estrada,
mas ao me ouvir falar ela os
trouxe ela mim e me fitou como
se eu fosse um louco por falar aquilo.

- Eu não estou grávida, Zyon!
Sei que esse é o seu desejo, mas
ando me cuidando muito bem pra
que isso não aconteça por agora.- ela me respondeu tirando minha alegria.

Respeito os desejos da minha
esposa e estou disposto a esperar
todo o tempo necessário para dar continuidade a nossa família, mas
o meu desejo de ser pai não sai de mim por um segundo se quer e seria
o homem mais feliz do mundo se Alá nos abençoasse nesse momento.

- Okay, eu já entendi...- falei
um pouco ressentido dentro de mim.

Um silêncio constrangedor
tomou conta do carro quando
me calei e quando pensei em dizer algo para amenizar a situação, Suila falou.

- E se eu não puder te dar
filhos, você não pegar a segunda esposa?- ela me questionou do nada.

Por que ela está dizendo isso?
Tenho certeza que ela é capaz de
me dar filhos, tenho certeza que sim.

- Você é uma mulher saudável
Suila e vai poder sim me dar filhos.

Suila virou-se no banco
olhando diretamente para
mim, ela abaixou o seu olhar
e suspirou bem profundo.

- Mas nós não sabemos se
eu realmente sou uma mulher
saudável, Zyon. Eu já fui muito agradida na minha infância e sofri muitos abusos, sabe-se lá se eu sou saudável pra gerar uma criança... A sua mãe me disse que se eu não for capaz de te dar um filho, você vai ter que se casar novamente pra que a seu nome possa continuar.- ela desabafou.

É um fato que o homen tem
o direito de se casar novamente
caso a sua primeira esposa não possa lhe dar filhos, mas não quero outra mulher em minha vida. Amo minha Suila e me casar novamente não está em jogo pra mim... O maior desejo da minha vida agora é ser pai, mas não quero que a mãe seja outra mulher, não quero ter que me deitar com uma outra mulher e não quero magoar a Suila.

- Eu prometi para você que
não iria me casar novamente,
e eu vou cumprir essa promessa.- foi tudo que disse a ela e sinto que foi o bastante.

As coisas voltaram a correr
bem entre nós após a nossa curta conversa e o resto do trajeto ficamos em uma plena paz. Ao chegarmos na empresa cada um seguir para o seu caminho e demos início ao nosso dia de trabalho, como já é de costume.

O meu dia foi parcialmente
tranquilo, não tive nenhuma
grande reunião ou algum trabalho
que buscasse muita de mim, tudo que fiz foi adiantar algumas coisas que estavam atrasadas e avaliar alguns relatórios sobre o nosso crescimento.

O dia já de trabalho já
estava quase no fim e eu
já estava com tudo pronto
para ir embora, foi nesse exato
momento que a porta da minha
sala foi aberta e a Nádia entrou
pela minha me deixando confuso.

O que é que ela está fazendo
aqui? Tenho certeza que deixei
bem claro pra ela que hoje ela faria
o seu trabalho lá de casa... Será que não fui claro o bastante para ela?

- Sei que eu não deveria
estar aqui, mas estava fazendo
o meu trabalho de casa e vi que
você esqueceu aquele relatório
super importante da nossa viagem
a trabalho. Você deveria ter entregue isso ao Said no início do dia, e foi só por isso que vim.- ela disse jogando a pasta que havia em sua mão na mesa.

Alá! Havia me esquecido
totalmente disso... Eu deveria
ter enviado esse relatório pronto
para esse investidor no segundo em
que pisei na empresa hoje, mas nem me lembrei de fazer isso... É, agora me sinto até um pouco arrependido de ter dito tudo que disse a Nádia.

- Havia me esquecido disso.
Obrigada por ter me lembrado,
farei isso agora mesmo.- disse a ela.

Meu computador já estava
desligado nesse momento e eu
já estava pronto para ir embora,
mas pelo jeito terei que ficar mais
um pouco por aqui... Ah, que saco!

- Pode deixar que faço isso
pra você... Não será um grande
trabalho para mim!- Nádia disse
vindo até mim e parando ali.

- Não precisa, eu mesmo
faço isso em um minuto.

Nádia parece não ter
aceitado o meu não, porque
ela puxou a cadeira que estava
vazia ao meu lado e sentou-se ali
virando a tela Notebook para ela.

- Já te disse que faço isso
para você...- ela repetiu.

Resolvi deixar que ela
fizesse aquilo e só foquei
do lado olhando-a trabalhar.

- Não sabia que você
trabalhava tão bem.- a
elogieie sendo honesto.

Nádia pode ser uma grande
encrenqueira, mas não posso
negar que ela é uma profissional
mais que excelente. Nesse pouco tempo que a vi trabalhar posso dizer isso sem medo algum de estar errado.

Nádia virou-se de lado
olhando para mim, um
sorriso formou-se em seus
lábios e ela colocou uma das
mechas dos seus cabelos atrás
da orelha em um gesto de timidez.

- Eu faço o meu melhor,
gosto muito de servir quem
eu amo.- Nádia respondeu-me.

Antes quando minha prima
falava sentia inocência em sua
voz, mas juro que hoje senti uma
certa malícia quando ela falou... A Nádia é como uma irmã para mim e desejo do fundo do meu coração que o sentimento seja exatamente igual.

Posso estar errado em meu
julgamento, mas decidi que era
melhor que eu me afastasse dela.

- Você está com medo de
mim, Zyon?- minha prima me
questionou enquanto sorria de lado.

Isso pode soar engraçado,
mas sim, estou com medo dela
e acho melhor eu me afastar dela.

- Acho melhor você ir
embora... Não será visto
com bons olhos pelas pessoas
nós dois aqui sozinhos.- fui direto.

Nádia deu risada ao me
ouvir falar, ela levantou-se
do seu lugar e veio até mim em
passos lentos enquanto olhava em
meus olhos... O que essa mulher está gostando?

- Sabe que desde criança me
imagino sendo sua esposa... As
nossas mães brincavam que a gente iria se casar um dia e hoje vejo que isso não seria uma má ideia.- Nádia falou aquilo bem na minha cara.

Os casamento entre primos
não são vistos como algo errado
em nossa religião, mas a Nádia é
como uma irmã para mim e jamais me relacionaram com ela, é como se eu me relacionasse com Jamile. Alá!

- Nádia, essa conversa não
está tomando um rumo legal.
Esse papo das nossas mães eram apenas brincadeiras e acho bom que
a gente encare isso dessa forma. Fora que já sou casado e amo muito minha esposa!- fui muito franco com ela.

- Você pode ama-la, mas
isso não impede que você
tenha outras esposas. Você é
um Sheik Zyon, pode ter quantas
mulheres quiser... Hoje paro para
pensar se a gente tivesse levado a
ideia das nossas mães a sério, acho
que a gente seria tão felizes juntos.- Nádia insistiu naquele assunto.

Do que ela está falando?
Por Alá! Nádia é realmente
uma linda mulher, mas jamais
pensei em tê-la como esposa.

- Pare já com isso... Esse
assunto está totalmente fora
de questão!- falei sério com ela.

- Mas qual é o problema,
Zyon? Só estou te dizendo o
que penso... Eu sempre gostei
de você e não me importaria em
ser a sua segunda esposa.- Nádia diz.

A minha única reação ao
ouvir aquilo foi dar risada.
Isso é algo totalmente fora de
questão para mim... Algo que
nunca passou pela minha cabeça.

- Você acha mesmo que
Suila aceitaria isso?- foi a
única coisa que consegui dizer a ela.

- Ela não precisa saber de
nada, Zyon... Se você realmente
quiser se casar comigo, a gente se
casa escondido, você me mantém
em um outro país e ela nunca vai
saber do nosso casamento. Muitos homens fazem isso, por que você não pode fazer?- ela me questionou.

Alá! O que foi que deu
nessa mulher? Até algumas
horas atrás ela era apenas uma
irmã pra mim e do nada ela se
transformou em alguém que
mal conheço... A vida realmente
nos surpreende de uma maneira
que mal dá para se explicar.

- Nádia...- comecei a falar
com ela, mas ela me interrompeu.

- Eu seria uma segunda
esposa perfeita para você.
Sou uma mulher dedicada,
tenho religião e nossas famílias
se dão tão bem... Fora que não sou
uma mulher feia e posso te dar filhos perfeitos e saudáveis. Posso te fazer muito feliz, Zyon!- ela insistiu.

- Eu amo a minha esposa...- repeti
isso para ela pela milésima vez.

Nádia sorriu de lado ao
me ouvir falar, ela abaixou
sua cabeça balançando-a e ao
levanta-la olhou direto em meus
olhos... Minha prima deu um passo
a frente ficando mais próxima de mim, ela trouxe as suas mãos para
o meu rosto e sorriu revelando-se.

- Mas eu também vou fazer
com que você me ame... Você
vai me amar ainda mais do que
a ama!- Nádia falou e em um gesto
rápido ela juntou os seus lábios aos
meus me surpreendo com um beijo.

Sabe aquelas cenas de
filmes que você fica estático
sem saber exatamente o que
fazer? Foi exatamente assim
que me senti quando ela me
beijou, mas logo voltei a mim
e afastei os meus lábios dos seus.

- Zyon?- ouvi a voz de Suila
assim que afastei Nádia de mim.

Meu corpo inteiro gelou
ao ouvir seu chamado e ao
olhar para o lado vi a minha
esposa parada em frente a porta
da minha sala sem expressão alguma em seu rosto... Alá!!!

- Com licença, não quero
atrapalhar vocês dois.- foi
tudo que Suila disse e logo em
seguida ela saiu pela porta da sala
nós deixando sozinhos mais uma vez.

Olhei para Nádia novamente
sentindo a raiva correndo por
minhas veias e pela primeira vez
na vida senti ódio dessa mulher.

- Nádia! O que foi que você
fez?- disse aos gritos com ela.

- Zyon... Me desculpe!- foi
tudo o que aquela... Mulher disse.

Tudo que queria no momento
era acabar com a raça dela, mas
no momento preciso ir atrás da
Suila... É ela o que me importa.

Sai correndo da minha sala
indo atrás de Suila e a alcancei
no elevador, mas ao entrar ali e
vê-la frente a frente vi que terei
um grande problema para resolver.

- Suila... Pelo amor de Deus!
Foi ela quem me beijou, foi ela!

Minha esposa me fitou com
os seus olhos em chamas e a sua
expressão fácil revelou o quanto
ela me odeia nesse exato momento.

- Quantas vezes eu te disse
que ela te olhava de um jeito
diferente e você não quis me
ouvir? Eu cansei de te avisar
das intenções dela e você se fez
de surdo... Realmente acredito que
ela pode sim ter te beijado, mas ela
só fez isso porque você nunca deu a ela o tratamento que ela merecia. Foi você quem deixou que toda a situação chegasse a esse ponto... O culpado é você!- ela jogou aquilo na minha cara.

- Habiba...- tentei falar,
mas ela não me permitiu.

- Já estou de saco cheio
de todas as situações que
tenho que aguentar para ficar
com você... Desde que nos casamos
tenho feito de tudo para estar ao seu lado e você não pode nem mudar da casa dos seus pais por mim. Eu mudei toda a minha vida, me mudei de país e me converti em uma religião para estar com você Zyon, mas isso não parece ter sido o bastante pra você.
Eu já estou farta disso tudo e hoje
foi a gota d'água pra mim. Preciso
de um tempo para pensar em tudo
isso bem longe de você.- Suila diz.

Não tive reação certa ao
ouvir aquilo... Suila quer dar
um tempo no nosso casamento?
Isso não existe para mim! Nós nos casamos em tão pouco tempo e não podemos dar um tempo assim... Tão de repente!

- Suila... Não! Nós não
vamos dar um tempo... A
gente se ama e você precisa
acreditar em mim. Vamos resolver
isso de uma outra forma.- disse a ela.

A porta do elevador se abriu
assim que acabei de falar, ela
desviou o seu olhar de mim e me
deu as costas saindo do elevador.

- Eu preciso de um tempo e
não há nada do que você fale
que me fará mudar de ideia!- ela
disse por fim e me deixou a sós.

Alá! O que foi que fiz com
a gente? A última coisa que eu
queria era perder a minha esposa
e parece que foi tudo o que fiz.

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