THE QUADRIBOL TEST
05. O teste de Quadribol
A primeira semana de aula passou com um piscar de olhos e Arabella mais os Marotos já haviam ultrapassado o recorde de detenções. James continuava com a idéia de começar a ser mais responsável, o que pelos cálculos da Mitchell, não daria muito certo, já que desde que Lily começou seu estágio com Madame Pomfrey, ele estava constantemente arranjando um jeito de ir parar na enfermaria, ocasionalmente, indo para a detenção também.
A lua cheia se aproximava e Remus estava mais estressado que de costume, o que chegou fazer Arabella pensar que talvez ele precisasse encontrar algum passatempo para relaxar, mas enquanto isso não acontecia, a garota tentava ajudar com chocolates. Peter estava sendo Peter, sempre ali, acompanhando o grupo em suas travessuras. E por falar em travessuras, Sirius estava com uma estranha mania de sair do salão comunal de madrugada, Arabella até tentou segui-lo uma ou duas vezes, quando estava estudando dentre os vários sofás da sala e viu de esguelha o moreno sair como se estivesse escondendo algo, mas em todas as vezes o perdeu de vista.
Um forte deslocamento de ar e ruídos de batidas assustou a metamorfomaga que direcionou seu olhar do bolo de caldeirão para centenas de corujas que entraram voando pelas janelas superiores do salão principal. Elas voaram por todo o lugar, trazendo cartas e pacotes para seus donos, causando extrema bagunça nas mesas de todas as casas. Arabella avistou a coruja velha de sua família se aproximando dela e dos Marotos e imediatamente levantou as mãos pra cima para pegar a correspondência. Mas a ave era um pouco descontrolada e com certeza não tinha mira nenhuma, pois soltou o jornal dentro da sopa de Peter e a carta no colo de Sirius.
— Francamente, papai precisa arranjar uma nova coruja, urgentemente! – reclamou, vendo Pettigrew concordar enquanto limpava seu rosto e uniforme que haviam sidos encharcados de sopa.
— Aqui, tome – disse Black estendendo a carta.
A menina pegou o envelope e abriu-o imediatamente, começando a ler o que continha ali.
"Querida Bell, sua mãe e eu estamos muito ansiosos pelo teste de Quadribol que você vai fazer hoje. Ela deseja boa sorte, apesar de saber que você não precisa disso! Afinal, como você já sabe: Nós fazemos a nossa própria sorte.
A senhora-preocupação aqui do meu lado, pede encarecidamente que você pare de explodir e azarar os outros alunos, e também implora para que você tome cuidado nesse "esporte mortal" como ela mesma diz."
"Já eu, espero que você faça tudo que lhe der na telha! Você tá na idade disso e eu adoro receber as cartas de Minerva, sempre acabo rindo com o resultado das suas travessuras!"
"Enfim, lembre-se que te amamos muito, e aproveite ao máximo o seu início de ano, só não mate ninguém."
Ps: nunca deixe sua mãe ler essa carta, ok?
Com amor, papai e mamãe.
A garota não pode evitar sorrir ao terminar de ler a carta. Ela se sentia a filha mais sortuda do mundo por ter eles como pais, ambos eram muito opostos, mas sem dúvida os melhores.
O senhor Mitchell é bruxo, e veio de uma família de metamorfomagos. Já a senhora Mitchell, veio de uma família de bruxos mas nasceu sem magia ou seja, ela é um aborto.
Isso não impediu que Arabella nascesse bruxa, pois assim que veio ao mundo seus cabelos já indicavam a grande quantidade de magia que corria em suas veias. A cor do cabelo original da metamoformaga era castanho clarinho, mas estava constantemente mudando, tudo graças a genética Mitchell.
Assim que leu novamente as primeiras linhas, lembrou que o teste de Quadribol era naquele dia e mais que imediatamente seus cabelos começaram a mudar de cor até parar em um verde amarelado, o que não passou despercebido por Sirius Black.
— Cruzes – exclamou, enquanto enfiava um pãozinho com geleia na boca — Tinha cor melhor para escolher não? – perguntou de boca cheia, arrancando uma careta de Arabella.
— Qual o seu problema com a cor verde? – indagou, alterando propositalmente a cor do cabelo para todos os tipos de verde existentes.
— Eca, para com isso! – reclamou o moreno, e recebeu um olhar curioso de seus amigos — Me lembra a sonserina – explicou e os outros exclamaram um "ah tá" e riram.
Arabella no entanto não expressou nada, ela estava ansiosa demais pra achar graça disso e Lupin notou rapidamente.
— Você está bem? – perguntou, pondo uma mão no ombro da amiga.
— O teste de Quadribol é hoje e estou começando a ficar ansiosa – respondeu, dando de ombros.
— Você vai mandar bem, tenho certeza! – concluiu, e ela apenas assentiu desacreditada.
— Mas se quiser... – James que prestava atenção na conversa, começou.
— Não, Prongs! – Arabella o cortou imediatamente.
— Qual é, você não precisa fazer o teste! Já te vi jogar várias vezes pra saber o quanto você acrescentaria para o time! – argumentou e Sirius concordou falando um "isso ai!" de boca cheia, recebendo um olhar repreensivo de Remus.
— Eu sei que vocês todos ja me viram jogar, mas o restante da escola não – argumentou, soltando um longo suspiro — Quero entrar por mérito próprio, James. Então me avalie da mesma forma que vai avaliar os outros!
— Tudo bem! Só lembre que foi você que pediu – disse, dando de ombros e bebericando seu suco de abóbora.
— Vai dar tudo certo, você vai ver! – Remus assegurou e Arabella lhe deu um sorriso fraco como resposta.
— Vocês vão estar torcendo por mim?
— Mas é claro! – afirmou Peter e Lupin assentiu.
— E eu estarei de olhos bem abertos, caso alguém veja o pomo antes de você posso confundi-lo – propôs Sirius e Arabella não pôde evitar sorrir.
— Obrigada, mas o que falei para James vale para você também! – disse e o moreno deu de ombros.
— A diferença minha cara Butty, é que você não manda em mim – argumentou de forma divertida e Arabella revirou os olhos.
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As arquibancadas do campo de quadribol estavam lotadas de alunos. O primeiro teste de quadribol da semana seria o da Grifinória, e Arabella estava a ponto de surtar, pois bem em cima da hora, descobriu que teriam mais dois candidatos para posição de apanhador. A metamorfomaga tentou não se cobrar muito, mas sabia que seria difícil se destacar.
Todos estavam no vestiário, tanto os jogadores do time quanto os que fariam os testes, James estava a frente e se preparava para dar seu discurso de capitão.
— Bom dia a todos! – começou, e um silêncio se instalou no local, Arabella concluiu que James saberia impor respeito — Como sabem, sou o novo capitão e hoje teremos muitas coisas a fazer. Prestem atenção, só porque fizeram parte do time no ano passado, não quer dizer que continuem este ano, está claro? – ocorreu um murmurrinho e logo todos assentiram — Certo. Vamos começar com os testes para novatos e depois vou passar alguns exercícios para poder avaliar suas habilidades!
Assim todos se dirigiram para o campo de quadribol, onde bem ao meio esperava Madame Hooch, com uma caixa de madeira ao chão, Arabella sabia que era onde ficava as bolas.
Um apito soou e a Mitchell se apressou em procurar de onde vinha, foi quando seu olhar se encontrou com o de Remus e Peter, os dois apontaram suas varinhas para cima e em um piscar de olhos faíscas laranjas saíram delas, formando a frase: Arabella é a melhor.
A garota não conseguiu segurar a risada e só parou quando Sirius se aproximou.
— Gostou? – perguntou e quando ela assentiu, ele continuou — Foi idéia minha! – contou abrindo um sorriso largo e recebendo de retribuição, um abraço.
— Obrigada Padfoot! – falou ao se afastar e o ver estender uma vassoura, ela aceitou de bom grado.
Era de tardezinha e o sol estava começando a se pôr quando James mandou os candidatos subirem em suas vassouras e soltou o pomo. Arabella deu impulso e vôou de primeira, o que pela cara do Potter, indicava que ela tinha ganhado um ponto. O outro grifino conseguiu logo após, diferente de Eleanor Jones que continuava pulando como um canguru mas não saia do chão.
— Jones, tá fora! – James gritou ao longe — Se não sabe nem dar impulso e voar, imagina capturar um pomo de ouro! – resmungou para si mesmo.
A menina deu um salto de susto, mas como não havia saído de cima da vassoura, isso serviu para fazê-la voar descontroladamente, causando gargalhadas nos alunos que viam tudo das arquibancadas. Arabella já estava no ar a alguns minutos e não hesitou em voar na direção da grifina, ela firmou as pernas no cabo e com um forte impulso, agarrou a vassoura de Jones a forçando descer junto dela. Quando alcançaram o solo, Eleanor abraçou a Mitchell, que ficou estática.
— Obrigada! Muito obrigada! – agradeceu soltando-se do abraço assim que percebeu estar lá tempo demais — Eu odeio altura – admitiu, sem graça.
— Então por que fazer o teste? – Arabella perguntou curiosa, enquanto escutava James xingar ao fundo, isso iria pegar mal para a Grifinória, já que entre os alunos que viam os testes, também estava alguns sonserinos, vencedores da taça por quatro anos consecutivos.
— Meu pai vive falando para enfrentar meus medos, acho que ele acredita que assim que eu entender o quão corajosa eu sou, vou me tornar uma bruxa poderosa – contou, e Mitchell pode notar um tom inseguro em sua voz.
— Olha, eu não te conheço, mas sei que até mesmo o mais corajoso teme algo. Você não tem que enfrentar nada se não se sentir confortável com isso, e sinceramente, você me parece uma bruxa poderosa sim, só não descobriu ainda! – quando acabou, escutou palmas e se virou para ver quem as fazia.
O time da Grifinória inteiro estava ali. Arabella arregalou os olhos, levemente corada e seu cabelo fez questão de mudar sua cor para rosa.
— Obrigada, novamente – Jones sussurrou para a Mitchell, que se virou para olha-la novamente — Agora vai lá, você tem um teste para fazer – Arabella abriu um sorriso que logo se desfez quando Daniel Smith pousou com o pomo na mão.
— Acho que o teste acabou, não é Potter? – ele disse, em um tom deveras arrogante.
James o encarou em silêncio por alguns segundos, e então direcionou seu olhar para a Mitchell que já demonstrava chateação.
— Na verdade, Smith – começou o Potter e todos pareciam prender o ar — O que eu busco em um time não é voar perfeitamente, capturar o pomo, fazer gols perfeitos e muito menos rebater todos os balaços… – Arabella não estava entendendo onde James queria chegar, mas preferiu ficar calada e observar, assim como todos — Eu procuro lealdade, não somente aos membros do time, mas aos alunos da nossa casa. Procuro um time forte, que respeite todos e principalmente, procuro pessoas que quando vêem outros em uma enrrascada, não meça esforços para ajudar.
— Não entendo onde você quer chegar, Potter – indagou o Smith, já irritado.
— Claro que não entende, porque das coisas que eu listei, você não tem nenhuma!
— Como é que é?
— Começando pelo respeito – agora Sirius segurava a risada e os membros do time estavam boquiabertos — Porém, acho que todos aqui notamos essas características na Mitchell, afinal, ela abriu mão de procurar o pomo para ajudar uma pessoa que precisava, mesmo sem nunca ter trocado uma palavra com ela – alguns concordaram com assobios e outros apenas a encararam desconfiados.
— Desculpe, capitão. Mas o que isso acrescenta para nós? – foi um dos artilheiros que perguntou e James o encarou sorridente.
— Tudo! – e foi de encontro a Arabella, passando um dos braços em volta do pescoço dela — Porque eu notei algo que vocês não notaram enquanto riam da Jones. Arabella tem a melhor mira, postura e agilidade que qualquer apanhador desse time já teve!
— E você notou isso vendo ela salvar aquela garota? – Jordan perguntou, cruzando os braços.
— Notei sim, e também notei nas muitas vezes que ela jogou lá em casa – contou e todos se entreolharam — Para não parecer que estou forçando a barra, quero que vejam com os próprios olhos. Sirius!
— Fala, capitão! – o moreno respondeu divertido.
— Pega sua vassoura, nós vamos dificultar as coisas para a Mitchell! Quero que todos vejam o quanto ela é boa, até mesmo com balaços indo em sua direção!
Os membros do time pareciam não acreditar, afinal, nenhum dos outros capitães tinham feito isso. Ninguém nunca usou balaços para um teste com apanhadores.
— O que você está fazendo? – Arabella estava de olhos arregalados — James, eu não vou conseguir!
— Lembra que foi você que pediu para te avaliar como avaliaria os olhos?
— Exato. Como avaliaria os outros! – concordou, entrando em desespero.
— Só que como pode reparar, não tem mais "outros" – concluiu indicando o campo, que agora só tinha os membros do time e os que fariam testes para outra posição.
— Se eu for parar na enfermaria, vai ser sua culpa! – concluiu apontando o dedo para o Potter que sorriu descaradamente em resposta.
— É só não deixar o balaço te acertar. Aliás, vai ser o Sirius que vai arremessa-los, eu vou competir com você na captura do pomo! – explicou e a garota soltou um longo suspiro.
— Piorou – lamentou, e James riu.
Não demorou para que Sirius voltasse com os balaços e vassouras, logo os três estavam no ar e uma guerra foi travada entre Arabella e o balaço do Black. Ela desviava com rapidez mas ainda precisava capturar o pomo.
Com um piscar de olhos, a bolinha dourada com asas brancas passou bem na sua frente, despertando-a de seus pensamentos estratégicos, ela apertou com jeito o cabo da vassoura e endireitou as pernas, deu um impulso forte em direção ao pomo que agora também tinha sido descoberto por James.
Sirius rebateu novamente o balaço na direção de Arabella e em um movimento rápido de reflexo, a metamorfomaga abaixou seu corpo e uniu-o ao cabo, dando um giro de 360° graus e assim que voltou a sua posição ereta, só precisou esticar o braço e impulsionar-se para frente para ter o pomo de ouro em sua mão.
— CONSEGUI! – ela gritou e escutou palmas e assobios do solo.
A Mitchell nem precisava perguntar para saber que havia dado um show, naquele momento ela tinha certeza, a vaga de apanhador era dela.
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01.05
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~ Malfeito, feito!
FOIII! KKKK
Faltando pouco para virar o dia, mas foi! Consegui postar. Esses últimos dias tem sido uma loucura e o bloqueio tá UMA MARAVILHA.
Tipo, eu sei o que deve acontecer em cada um dos capítulos, mas as palavras SIMPLESMENTE não saem!
Enfim, tentei dar o meu máximo, espero que gostem, eu particularmente achei cansativo, mas ok. Até a proxima amores!
❤
Ah, capítulo sem revisão, ok?
FUIIIII!!!!!