the (not) lone wolf 》geskier

By blurrykill

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onde Geralt começa a sentir algo diferente pelo bardo falante More

capítulo único

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By blurrykill

Kkeaemen, nunca vi uma fanfic deles aqui PORÉM eu amo muito esse casal e resolvi fazer essa oneshot, que tá bem grande mas okay.

é isso aí, boa leitura 💖

Playlist: desire- Meg Myers
aawake at night- half•alive
R.I.P 2 my youth- the neighbourhood

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Depois de ajudar o dragão e Yennefer ter fugido, Geralt ficou confuso com tudo e decidiu ir atrás de descanso por uns dias, Jaskier indo consigo, nunca mais deixou o de olhos dourados depois do acontecimento com o djinn. Ele percebeu o quanto o outro era importante para si, talvez até mais que o necessário e isso não o incomodava.

Como sempre, o menor caminhava atrás do de cabelos brancos, era uma cor tão neutra e bela, chegava a ser mais branca que a própria neve no chão onde caminhavam para a próxima "aventura". O acastanhado brincava com as cordas duplas de seu alaúde, dançando com os dedos em determinadas notas para enfim dar estrutura para sua música mais conhecida, que já irritava o bruxo de tão chiclete que era.

O bruxo se atentava aos barulhos além da cantoria do bardo, isso já era normal visto que fora ensinado assim, caso contrário seria morto por algum inimigo. Seus ouvidos captaram uma onda sonora diferente, eram passos pesados e sem cautela vindo na direção deles, provavelmente sendo atraído pela voz do menor.

- cala a boca, Jaskier- sutileza não era um dos seus pontos, foi curto e rude com o de olhos azuis, que já estava acostumado com esse tom mas se revoltava para ter explicações visto que ele ensaiava para conseguir dinheiro para sobreviver junto à ele.

- olha, isso é um meio de sobrevivência além de ajudar na sua reputação e...- o Lobo Branco já irritado foi rápido em sua direção, colocando a mão sobre a boca do bardo a fim de o silenciar, ele escutava o monstro se aproximar rapidamente com a revolta do outro. Os olhos azuis estavam arregalados em surpresa, não era comum o contato físico entre eles a não ser que seja para Geralt o salvar ou algo do tipo.

O maior já mantia a espada em mãos, antes pedindo para o acastanhado ficar calado, o que ele fez com a expressão de medo, ficando na mesma posição. O monstro enfim se revelou entre as árvores secas, era o mesmo que Jaskier achou fofo na aventura anterior mas no fim era maior que o próprio bardo.

- não não, eu não vou cair nisso de novo- o menor repetia enquanto fazia movimentos com a mão, logo ficando atrás do maior, como sempre fazia quando estava ameaçado, Geralt era seu protetor. O monstro partiu para cima dos dois, logo morrendo ao ter a cabeça decapitada pela espada afiada nas mãos do bruxo.

- aí meu deus- Jaskier sempre fora fraco para esse tipo de coisa e antes de vomitar tudo o que havia comido, o bardo se apoiou no ombro direito do bruxo, que estranhou o toque mas não saiu dali, mesmo que fosse uma coisa boba, sentia que deveria estar ali para o menor, não queria admitir mas se importava com ele.

Isso o deixou algumas noites anteriores sem dormir, desde que Yennefer deu pistas para desvendar o que sentia e se reprimia disso. Geralt sabia sobre seus sentimentos mas precisava de alguém para provar que estava errado, foi então que deitou-se com a maga poderosa, confirmando que não era aquilo que queria.

Sim, bruxos tinham sentimentos e tudo o que os povos diziam eram mitos, eles foram apenas treinados à não demostrar suas emoções pois isso era sinal de fraqueza segundo o clã. Por isso Geralt se recusava a aceitar que sentia algo à mais pelo bardo que o perseguia há quase 10 anos, sendo tudo o que ele nunca teve.

- ouo, obrigado Geralt- o de olhos azuis enfim se recuperou da cena anterior mas antes de continuar sua caminhada, ele escorregou no próprio vômito logo sendo impedido de cair pelo braço do bruxo em sua cintura, o segurando forte como se fosse sua propriedade.

- obrigado novamente, Geralt- o bardo saiu de seu aperto e deu leves tapas no ombro largo e musculoso do bruxo, como forma de agradecimento.

- hm- o de olhos dourado resmungava como era típico de si quando não sabia o que responder de volta. Depois desse acontecimento, eles continuaram a andar para chegar no outro reino e já no fim da tarde, Jaskier estava exausto e reclamava que queria parar para descansar e dormir um pouco. E isso foi aceito pelo bruxo, que entendia que o outro era apenas um humano e não tinha tais habilidades como si.

Jaskier acabou por descobrir uma caverna de frente para um lago, que por incrível que pareça não estava congelado com o frio mas com certeza tinha suas águas em uma temperatura muito baixa. Logo colocaram suas coisas na pequena caverna, amarrando Plotka em uma árvore por perto junto à comida e água para a mesma.

- eu não quero ninguém fedido ao meu lado, Jaskier- o jogo virou e agora quem alertava sobre o banho era o bruxo, recebendo um olhar indignado visto que estava muito frio para tal coisa.

- tá frio, eu não vou- o bardo cruzou os braços sobre o tecido azul e chamativo do casaco que usava por cima da camisa de linho branco. Com o maxilar marcado, os olhos dourados voltaram-se para o menor expressando um pouco de raiva ao ser afrontado, nunca se acostumaria com o fato do acastanhado não ter medo dele.

O bruxo não falou nada, apenas andou em sua direção, se abaixando para passar os braços pelas pernas do menor, pegando impulso e o colocando em seus ombros, com a cabeça virada para suas costas. Jaskier se debatia enquanto ameaçava e praguejava o bruxo, que dera um mínimo sorriso, agradecendo por Jaskier não poder ver o mesmo. Com cuidado e delicadeza, algo raro para o de cabelos brancos, ele jogou o bardo no lago gelado, quase rindo com o desespero e gritos do menor.

- GERALT, EU TE ODEIO- gritou o acastanhado, mas os dois sabiam que isso era da boca para fora, o menor sempre é grato pelo bruxo ter entrado em sua vida mesmo que fosse por insistência do de olhos azuis. Geralt, por sua vez, retirou suas roupas e entrou sem reclamar nas águas frias, era mais uma vantagem de ser bruxo.

Jaskier virou-se para o lado contrário envergonhado com a ação inesperada do mais alto, certo que ele já estava acostumado a ver partes do corpo do outro mas isso foi tão de repente, que o mais baixo corou enquanto tentava se manter neutro. Depois do falatório sem parar durante o banho pela parte de Jaskier, eles entraram de noite para a caverna, mas o bardo estava com azar visto que sua blusa não enxugara, assim ele tremia de frio em frente à pequena fogueira que fizeram ali.

- Jaskier- a voz grave o tirou dos pensamentos nem tão aleatórios assim, o de olhos azuis pensava sobre seus sentimentos criados pelo bruxo, ele insistia que era algo natural mas sofria ao ter certeza que o outra jamais aceitaria isso.

- sim?- ele respondeu depois de alguns segundos pensativo, o que o bruxo estranhou mas resolveu ignorar, o chamando para seu lado com um leve movimento de cabeça, Jaskier foi sem hesitar, aproveitaria o calor vindo do maior. Para sua surpresa, o mais alto retirou sua camisa de malha preta e o entregou.

- m-mas, você vai ficar com frio- o bardo o entregou de volta mas ao ver o olhar do bruxo, pegou o tecido e logo o vestindo, agradecendo ao outro e tentando não admirar as cicatrizes espalhadas pelo tronco malhado, ele certamente gostaria de ouvir todas as histórias que elas carregavam consigo mas o bruxo nunca tinha paciência para explicar com detalhes, como o outro queria que fosse feito.

Assim que o acastanhado dormiu, Geralt se permitiu admirar cada detalhe do bardo, seu rosto limpo de quaisquer pelos ou cicatrizes pequenas, seus cílios longos que eram um dos responsáveis por esconder as belas orbes hipnotizadoras nesse momento, sua boca rosada naturalmente, suas sobrancelhas bem feitas, e certos pontos no pequeno corpo.

O bruxo suspirava com tamanha beleza, se perguntava desde quando passara a gostar do bardo falante, passou a noite o observando e mantendo-se atento à qualquer ameaça para eles. De manhã foi pego pelos olhos azuis, desviando o olhar rapidamente, se levantando e arrumando suas coisas, partiriam assim que Jaskier estivesse pronto, o que não demorou muito, sabia que o bruxo queria logo chegar no reino.

- aqui, eu sei o quanto sou importante e não posso ficar doente- Jaskier o entregou sua camisa, agradecendo pela preocupação e ironizando o fato também, visto que o outro nunca admitira tal sentimento pelo mesmo.

- você doente só iria atrasar nossa caminhada- respondeu tentando tirar o foco do bardo, que começou a tagarelar sobre o ódio que o bruxo sentia por si, fazendo drama como em uma peça de teatro. Geralt pegou Plotka, assumindo a frente de tudo e não se permitindo sorrir diante da situação.

No curto caminho, eles trocaram algumas palavras sobre o objetivo do dia, o bardo querendo um descanso em uma cama confortável de algum estabelecimento e o bruxo concordando com tal, queria um descanso digno depois da sua luta contra os guerreiros que queriam matar o dragão. Por fim chegaram num bar local, onde a apresentação feita por um cara estava sendo vaiada pelas pessoas presentes ali, pelo jeito o homem não levava jeito para música.

- o seu salvador chegou- o de olhos azuis abriu os braços enquanto fazia uma breve reverência, recebendo aplausos e assobios, Jaskier não quis saber se estava cansado, pegou seu alaúde e foi para o palco improvisado do local, só queria trazer entretenimento para as pessoas ali. Geralt revirou os olhos com a atitude do menor, mas sentou-se ali a fim de o tirar de qualquer encrenca que ele arranjasse.

Diferente das outras vezes, o bardo foi muito bem recebido pelo público, que jogavam moedas para ele, como forma de agradecimento pela pequena diversão. Obviamente ele atraía olhares de mulheres e dessa vez até de alguns homens, provocando ciúmes no Lobo Branco. Até que uma canção original do menor o chamou atenção em tais versos cantados.

o ouro está em seus olhos
a neve está em seus cabelos
meu coração queima com as brasas da sua raiva
seu beijo deve ser doce
mas eu estou apenas sonhando com isso
querida, seu beijo deve ser mais doce que qualquer doce existente.

No final o bardo acabou por ter cerveja de graça, ele parecia uma presa, rodeado de caçadores que o queriam devorar em um sentido duplo da palavra e isso causava uma queimação no estômago de Geralt, ele estava odiando essa nova sensação. Ele segurava o copo com certa força, descontando a raiva ao tomar várias e várias cervejas.

De longe ele observou um olhar de pedido de ajuda do bardo enquanto um homem estava praticamente em cima dele, invadindo seu espaço pessoal ao segurar sua cintura, se aproximando ainda mais para um beijo à força. O Lobo Branco se levantou rapidamente e foi em direção ao menor com raiva nos olhos.

- solta ele- sua voz saiu rouca, causando medo nos de mais, menos no homem que seria seu alvo. O homem com a barba nojenta e mãos calejadas soltou Jaskier por um instante, levantando para enfrentar o bruxo.

- ou o que bruxo?- ele o desafiou, pegando o menor em seus braços, apertando uma das mãos na cintura alheia, o acastanhado tinha um olhar apavorado, como se implorasse para ele o tirar dali, seus olhos quase transbordando as lágrimas presas, nunca estivera numa situação dessa e isso o causava um grande temor.

Geralt não respondeu nada, partindo para a ação, socando com força o estômago do cara, que não esperava algo tão bruto, soltando Jaskier e colocando os braços sobre a área machucada, gemendo de dor enquanto xingava o bruxo mas ele não levantou do chão para revidar. O maior então levantou Jaskier, o levando pela cintura até o quarto alugado, o de olhos azuis parecia paralisado.

- Jaskier?- o bruxo perguntou enquanto mantia uma das mãos na bochecha do bardo, acariciando o local para acalmar o menor, o mesmo estava sentado na cama do local, com uma expressão assustada. Depois de alguns minutos, o de olhos azuis já estava calmo e sorria para a carícia do bruxo.

- bom saber que você tem ciúmes- Geralt rapidamente teve uma reação, segurando com pouco força o maxilar de Jaskier, o obrigando a olhar em seus olhos dourados, o bardo ainda sorria travesso.

- droga, Jaskier- cansado de tudo o que sentia e não se importando com nada mais, o bruxo se aproximou, colando os lábios alheios aos seus, sentindo o gosto amargo da cerveja que o outro tomara. Como todo beijo, o de cabelos longos fechou os olhos enquanto o mais baixo estava com olhos arregalados, não acreditando no que estava acontecendo.

Sem perder essa oportunidade única, o bardo segurou a nuca do bruxo, puxando-o para si, provando mais dos lábios macios enquanto fechava as orbes da cor do oceano, se entregando àquela sensação de conforto. Ficaram o tempo que o humano aguentou, logo unindo as testas enquanto sorriam um para o outro.

- uau, eu consegui fazer Geralt de Rívia sorrir- o bardo quebrou o silêncio, rindo junto ao bruxo pela brincadeira. Depois desse dia às aventuras continuaram as mesmas, mudou apenas o amor entre eles, que agora era demonstrando com mais facilidade.

×××××××××××××××××××××××××××××××××

É isso, espero que tenham gostado e desculpa qualquer erro.

Fiquem bem, tomem aquinha e sejam um loser 🎈

~fronk :p

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