Confissões de uma garota que...

By LXAlexBL

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Longe da família, nada parece fazer sentido, e o amadurecimento se transforma com o tempo. As responsabilidad... More

📌 AVISO❗❗❗
💜 KAUANY 💜
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💛 LUCYNDA 💛
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📌 NOTA DO AUTOR❗❗❗

💛 LUCYNDA 💛

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By LXAlexBL

Sem entender muito bem o que estava acontecendo, seguranças invadiram a casa e pegaram Kainan pelo braço, levando-o para fora às pressas.

— Vocês vão se arrepender disso — alertou o meu ex-namorado, que não passava de um farsante.

— O que está acontecendo aqui? — questionei, confusa.

— Conversamos com a mamãe sobre o Kainan, e ela apenas avisou aos seguranças sobre o cara — revelou Ernesto.

Jamais passou pela minha cabeça sobre a possibilidade de o cara ser um tremendo panaca. Corremos um risco, sim, mas felizmente, acabou tudo bem, e descobri que sou importante para as crianças. Por mais bagunceiros que eles possam ser, não dá pra negar o quanto nos amamos.

— Quem diria que o rapaz encantador queria apenas pegar a grana de vocês — falei. — Perdão, por não ter acreditado no que me disseram! Estou completamente surpresa com isso.

— Fica tranquila, que ele não vai mais voltar — assegurou Mavi.

Nos envolvemos em um caloroso abraço, e me senti parte da família nesse momento.

— Parece que tivemos um final feliz — concluí.

— Lucynda, precisamos conversar — disse Fabiana, aproximando-se em seguida, com um visual completamente diferente de quando tinha ido viajar.

— MAMÃE! — gritaram os cinco irmãos, correndo para os braços da minha chefe.

De repente, o celular tocou e tive que atender às pressas. Por mais que o encontro em família estivesse sendo encantador, a ligação poderia ser importante.

— Alô? — atendi.

— Lucynda? — perguntou o homem no outro lado da linha.

— Sim, sou eu!

— É que você deixou um currículo aqui com a gente, e estamos precisando de atendente na lanchonete para ficar meio período — revelou o cara. — Topa?

Poxa, justamente agora surge essa oportunidade! Já faz algum tempo que fui à procura de emprego, e no momento, não seria preciso encarar outro cargo. Como babá, estou indo muito bem, e acredito que seria cansativo assumir a vaga.

— Não tenho como aceitar a proposta — avisei.

— Tudo bem. Se estiver interessada, pode retornar para o número que te liguei — disse o homem, desligando em seguida.

Acho que não teria como trabalhar em uma lanchonete e cuidar das crianças. Os cinco irmãos já causam o suficiente pra me deixar exausta.

— Você está demitida! — soltou Fabiana.

— O quê?! — questionei, incrédula. — Quantas vezes a senhora vai me demitir e readmitir? Com total respeito, claro!

— Lucynda, a minha família ficou em risco nas suas mãos, e não consigo confiar no seu potencial o suficiente — esclareceu minha chefe. — Sinto muito.

Estávamos na sala particular da Fabiana. Sentei na cadeira com tudo, e fiquei triste com a notícia. Por mais que os dias tenham sido difíceis, seria complicado esquecer as crianças da noite para o dia e todo o vínculo que criamos no decorrer do tempo.

De repente, a porta se abriu e os cinco irmãos caíram para dentro.

— A gente não tava escutando atrás da porta — soltou Mavi, ao chão.

— A gente tava, sim, e ouvimos o suficiente pra entender que você cometeu uma loucura, mamãe — disse Shaira, aproximando-se. — Não quero ficar longe da Lucynda. Ela pode ser meio tonta, mas é muito legal com todos nós.

Se não for ofendida com o intuito de ser elogiada, não estamos falando da Shaira.

— Não se metam nisso, por favor! — pediu Fabiana. — Podem se despedir, porque a decisão foi difícil, mas creio que seja o ideal a ser feito.

Que situação complicada! Jamais pensei que fosse sentir uma angústia tão grande como essa.

— Crianças! A Fabiana sabe o que é melhor pra vocês, e como mãe, devemos respeitar a decisão dela — falei. — Se comportem, e estudem bastante.

Já preparada para ir embora, nos despedimos. Salete veio conversar comigo e se mostrou mais amiga do que nunca. Parece que com o passar dos dias, criamos um vínculo bacana também, e acredito ter aproveitado o suficiente cada momento.

Prefiro considerar esse momento como um até breve, e não como uma despedida. Há a possibilidade de nos reencontrarmos futuramente, e jamais quero dispensar essa hipótese.

Nos envolvemos em um caloroso abraço e cada irmão sentiu uma forte emoção. Confesso que quase chorei, só que seria mais complicado lidar com a situação.

Antes de entrar no elevador, observei atentamente Shaira, Mavi, Ernesto, Bernardo e Nícolas. Eles estavam segurando as lágrimas e com os olhos brilhando. Apenas apreciei o momento e acenei.

— Até mais, Lucynda — disseram todos, sincronizadamente.

Salete aproximou-se das crianças e assentiu com a cabeça, em despedida. Respirei fundo, admirei a todos que ali estavam, e lembranças de momentos bons ao lado dessa família surgiram em minha mente. Sorri como retribuição, e as portas do elevador se fecharam, dando término a um ciclo importante. Sentirei saudades, mas acredito que o certo a ser feito seria isso. Posso até me considerar responsável depois de tudo que passei, só que o mais inesperado aconteceu e resultou numa decisão um tanto quanto difícil, porém, necessária.

💛💛

Os dias se tornaram cada vez mais distantes da realidade. É meio que impossível estar em um ambiente de trabalho, criar um vínculo agradável com as pessoas e não deixar que isso afete no lado individual. Muitas vezes, eu sentia medo do que o amanhã poderia reservar, só que foi um impacto enorme receber a tal notícia por parte da Fabiana. Encarar os obstáculos do cotidiano desde então se tornou um grande desafio a ser superado.

Na semana seguinte, entrei em contato com o cara que me ligara pouco antes de eu ser demitida. Ele estava precisando de atendente na lanchonete, e decidi aproveitar a oportunidade, afinal teria que trabalhar apenas pela manhã, tendo a tarde toda livre pra poder me encontrar melhor em algo que realmente gostasse. O início foi complicado, mas acabei pegando a prática rápido.

Dona Agnes e seu Arnaldo sentiram-se mal pelo ocorrido todo, só que me apoiaram ao máximo nesse momento tão difícil. Ter os pais do lado numa situação como essa é sempre um ótimo refúgio para qualquer problema.

Independente do que o amanhã reservaria, apenas aproveitei cada instante da minha nova realidade.

— Que todos tenham um excelente trabalho — desejei, assim que cheguei na lanchonete, como todas as diversas vezes que faço.

O ambiente não é muito legal, só que tem algumas pessoas bacanas, e isso faz valer a pena. Criei uma amizade com Laura e Renan. Os dois me ajudam a servir os clientes, e já enfrentei muitas situações engraçadas ao lado dessa galera. Como nada parece ser perfeito do jeito que é, tem o Álvaro que fica cuidando de tudo na lanchonete. O cara é nosso chefe, mas o seu humor está quase sempre em falta. Apesar das dificuldades em lidar com a equipe de apenas três pessoas, rola muita intriga. Na verdade, ao todo, somos em quatro (contando com o Álvaro), mas ele prefere nos tratar como funcionários separadamente.

Geralmente, limpo as mesas e o balcão. Comecei a fazer isso na maior empolgação, como se não estivesse achando chato. Do nada, avistei uma menina chegando, prestes a fazer o seu pedido. Analisei ela com cuidado, e rapidamente lembrei da sua fisionomia. A garota também me reconheceu e veio ao meu encontro.

— Olá, Lucynda! Quanto tempo — disse Celina, a namorada de Mavi.

— Poxa, que maravilha te ver por aqui! — falei, mais animada do que nunca.

Nos abraçamos com total apreciação, e senti uma alegria enorme por sua presença.

— O pessoal está sentindo muito a sua falta — revelou a garota. — Queria até poder ajudar em algo, mas a Fabiana faz questão de manter você distante.

— Ela implicou com o seu namoro? — perguntei, curiosa.

— Não — respondeu Celina, sentando-se à mesa. — O problema é que ela sente medo de perder os filhos, e faz de tudo para protegê-los.

Dei uma olhada mais detalhada no local e não encontrei Álvaro, assim pude sentar com a garota para saber sobre o que estava acontecendo.

Descobri que minha ex-chefe é realmente uma mãezona, e por medo de colocar seus filhos em risco, me afastar deles seria melhor.

Confesso que a situação foi desconfortável para ambas as partes, só que a última palavra precisava ser dita por Fabiana. Foi necessário compreendê-la, mesmo tendo em mente a gravidade do ocorrido. Inclusive, toda ação gera uma reação, e isso nunca fez tanto sentido como agora. Apesar de ficar noites sem dormir, de lidar com manhãs agitadas e encarar vários dramas adolescentes, acabei me acostumando com a rotina. Quando se cria um hábito, é difícil lidar com mudanças.

— Queria tanto apoiar eles num momento como esse — falei. — Mas parece ser tão difícil...

— Ah, quando você for mãe, acho que vai conseguir ter noção do que tá rolando, ou até mesmo, se for cuidar de crianças algum dia, pode ter a sensação — disse Celina.

— Eu fiquei responsável por cinco adolescentes — lembrei.

— Se saiu tão bem como babá que agora está aí — retrucou a garota, dando um gole no suco de laranja que acabara de ser entregue. — Não curto julgar as pessoas, só que é complicado levar tudo que rolou numa boa.

— Se a Fabiana quis assim, não posso fazer nada — soltei. Me levantei com determinação e demonstrei total segurança após o comunicado. — Preciso ocupar mais a mente e terminar as tarefas.

— Concordo plenamente — disse Álvaro, aproximando-se do nada. — Pensei que já tinha acabado o seu turno, porque pra ficar de papo com cliente, só isso justificaria.

Respirei fundo e lancei um sorriso para o chefe como se nada tivesse acontecido.

— Então, é que ela é namorada da menina que eu cuidava, e ficamos conversando um pouquinho — falei, em defesa.

— Namorada?! — perguntou ele, espantado. — Nossa! Que ridícula.

— Hey! Essa roupa foi cara, tá? — retrucou Celina, irritada.

— Querida, eu acho que ele não está se referindo à sua roupa — alertei.

— Claro que o cara tá tirando uma comigo por causa da minha roupa, por qual outra razão ele estaria de deboche? — soltou a garota.

Fiquei um pouco confusa com o que acontecera.

Em seguida, Álvaro se retirou enfurecido, afinal ver que uma funcionária estava papeando não foi uma cena agradável. Até concordo com ele, mas isso é apenas uma questão de momento. Provavelmente, logo mais, vai rolar outra situação que o deixe irritado.

Esses chefes que se sentem mal por qualquer coisa que ocorre no ambiente de trabalho, geralmente se tornam pessoas frustradas futuramente. Não estou garantindo isso, claro, mas é algo que venho percebendo nos últimos dias.

Álvaro tem seu lado arrogante de ser, mas acredito que tenha um bom coração. Posso ter sido contraditória, só que há um lado de esperança em mim.

💛💛

O trabalho foi bem cansativo, e ao fim do expediente, eu precisava descansar. Cheguei em casa, conversei um pouco com dona Agnes e seu Arnaldo, que estavam almoçando um pouco tarde (só pra constar), e logo deitei na cama pra dormir. O meu quarto estava bagunçado, e não encontrei disposição para deixar tudo em ordem.

Até que deu pra tirar um cochilo de quase quatro horas! Sim, acabei dormindo em excesso. Acordei meio sonolenta, com uma preguiça gigantesca e completamente descabelada. Deveria existir um manual pra acordar arrumada, com a pele impecável e o cabelo ajeitado. Não custa sonhar um pouquinho!

Tentei preparar algo na cozinha pra comer... e não saiu como o esperado. Fui fritar um ovo, e acabei queimando. Confesso que isso nunca aconteceu antes, mas tem sempre uma primeira vez para praticamente tudo.

Do nada, o celular tocou, e era dona Agnes do outro lado da linha.

— Olá, filhota — disse ela, toda animada. — Seu pai e eu vamos demorar pra chegar. Ocorreu um imprevisto aqui na floricultura, e o Arnaldo está tentando resolver... Bem, como falei, ele está tentando. Aliás, ninguém pode culpá-lo por tudo, não é mesmo?

— O que houve? — perguntei, preocupada.

— Nada demais! — respondeu minha mãe. — Foi apenas um probleminha com as entregas. Só estou ligando pra avisar que você pode sair pra comer, se quiser.

— Posso preparar algo! — sugeri.

— Mas você não sabe cozinhar, e meio que quase ninguém gosta muito da sua comida — retrucou dona Agnes, gentil que só ela (só que não!). — Fique à vontade pra fazer o que achar melhor.

Se não tivesse queimado o ovo, poderia procurar uma defesa adequada para o momento. Acredito que não valeria muito a pena.

Após a conversa, desliguei o celular, e fui preparar um suco. Pelo menos isso não teria risco de sair fora do esperado.

Olhei pela janela da cozinha, e avistei o movimento na rua. Segurei o copo de suco com firmeza, admirei a paisagem e refleti um pouco sobre os últimos acontecimentos. Rolou uma nostalgia boa, apesar da saudade. Não tinha como negar a falta que os cinco irmãos faziam, só que a decisão foi tomada, e agora, restam apenas lembranças.

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