Confissões de uma garota que...

By LXAlexBL

176 12 4

Longe da família, nada parece fazer sentido, e o amadurecimento se transforma com o tempo. As responsabilidad... More

📌 AVISO❗❗❗
💜 KAUANY 💜
💜 KAUANY 💜
💜 KAUANY 💜
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
💛 LUCYNDA 💛
📌 NOTA DO AUTOR❗❗❗

💛 LUCYNDA 💛

2 0 0
By LXAlexBL

Acredito que as pessoas tratam os adolescentes como crianças porque sabem que a mente desses jovens não estão formadas por completo ainda. Existem diversos garotos e garotas que se consideram preparados para lidar com as responsabilidades adultas, só que muitas vezes acabam se perdendo entre uma coisa e outra. O cotidiano agitado pode parecer assustador, mas se for analisado detalhadamente, será mais proveitoso.

O meu foco principal sempre foi estar preparada para lidar com as situações mais inusitadas possíveis após o amadurecimento. É estranho ter em mente que os problemas existem e que sem eles não há o desenvolvimento pessoal. Posso estar enganada, mas nada parece fazer sentido quando se tem tudo aquilo que quer.

Para Ernesto, eu não passava de uma garota chata, e confesso que isso me deixava extremamente triste. O esforço não aparenta ter sido válido.

A questão é ser mais do que responsável, é ir além do correto e superar as expectativas com um excesso absurdo de "missões cumpridas". Jamais pensei em ter que lidar com meus próprios sentimentos, e foi justamente aí que todo o processo de reflexão sobre meus atos começou.

Será que estou seguindo o caminho certo?

Um pouco cansada e exausta, decidi ir até a varanda olhar o movimento pela cidade. Senti o ar fresco e suave em minha cara. Apenas apreciei o momento e busquei por tranquilidade. É complicado lidar com as paranoias quando se é adulto (não que eu fosse). Sou uma garota tentando encontrar meu lugar no mundo, à procura da felicidade e da realização pessoal. Para mim, o maior obstáculo era não ter decidido qual carreira seguir. O futuro continuava sendo um mistério.

— Oi! — disse Ernesto, aproximando-se do nada e interrompendo meus pensamentos.

— Oi! — falei, com um sorriso no rosto.

Permaneci olhando o horizonte e tentei manter a calma, afinal qualquer sermão poderia surgir.

— Certa vez, um menino mais velho me chamou de feio na escola — disse o garoto, com total serenidade. — Aí, decidi fazer o mesmo com ele.

Fiquei pensando sobre seu comunicado e tentei encontrar alguma ligação com o que houve mais cedo.

— E o que isso tem a ver com o fato de eu querer levar vocês pra uma festinha esta noite? — perguntei, curiosa.

— Absolutamente nada! — soltou Ernesto. — Só queria começar algum assunto.

Começamos a rir, e em seguida, o abracei. O garoto tem onze anos e muita sabedoria. Considero ele inteligente demais e muito responsável, apesar de não ter muito conhecimento ainda sobre as responsabilidades adultas.

Conversamos sobre diversos assuntos até chegar onde queríamos. Não foi fácil manter o foco quando se tratava de amadurecimento. Parece que o garoto se considera muito experiente, sem contar que ele deixou claro que já passou por momentos difíceis.

E como uma boa babá conselheira (ou quase), tentei mostrar apoio o tempo inteiro. Foi irresistível terminar nosso papo sem um caloroso abraço amigável.

— Tenho certeza que quando crescer, você será uma pessoa incrível e muito mais inteligente do que já é — falei.

Ernesto deu meio sorriso e inclinou a cabeça para baixo. Segurei seu queixo, o ergui vagarosamente e fitei seus olhos com total apreciação. Aparentemente, nos conectamos de uma forma inexplicável. Nós estávamos felizes, despreocupados e transmitindo boas vibrações. O clima ficou mais confortável depois da nossa conversa, e acredito que um diálogo seja sempre a solução para qualquer discussão. Ouvir e ser ouvido é, sem dúvidas, a melhor maneira de se chegar a algum lugar, onde ambas as partes sejam beneficiadas, sem a necessidade de querer diminuir alguém com palavras grosseiras.

Até que as crianças estão me ajudando bastante. Jamais pensei que fosse refletir sobre isso.

— Desculpa por ter agido daquele jeito com você, Lucynda! Não queria ferir seus sentimentos — disse Ernesto, piedoso.

— Quem te contou que estou magoada? — questionei.

— Pensei que estivesse...

— Queria apenas levá-los pra festinha por pura diversão. Seria legal — esclareci.

— Que coisa, hein! — soltou Shaira, aproximando-se.

— Estava escutando nossa conversa? — perguntei, com o cenho franzido e boquiaberta.

— Sim — respondeu a garotinha, com os braços cruzados e revirando os olhos. — Já que os dois se desculparam e está tudo bem, que tal nos arrumarmos pra festinha?

Quanta informação pra um dia só! Sem contar que não passamos dois dias ainda juntos. O que o amanhã estaria reservando? Confesso que senti medo por pensar a respeito.

— O seu irmão prefere ficar — falei.

— A maioria decide se vamos ou não, e todos queremos ir pra essa sua festinha aí — soltou Shaira, mais decidida do que nunca.

Parece que os irmãos se uniram, mesmo, e não tinha como voltar atrás. Bernardo, Nícolas e Mavi surgiram do nada na varanda, cruzaram os braços e ficaram me encarando à espera de um posicionamento. Simplesmente olhei para Ernesto e ele disse que estava tudo bem. Poderíamos sair em busca de diversão sem problema algum. Claro que eu teria que ficar de olho em cada um, porque não seria fácil cuidar deles num local fechado. Após esse pensamento, rolou aquele pequeno arrependimento em meu interior. Acredito que somente as crianças irão se divertir.

💛💛

Mais tarde, ficamos esperando por Carlota na sala de estar. Minha prima disse que ia arrumar uma van para nos levar até o local da festa. O evento era apenas a comemoração entre os funcionários de uma loja que iria abrir perto do bairro. Não sei como Carlota conseguiu as entradas.

Acredito que a festa será incrível, e a ansiedade tomou conta de todos.

E minutos depois, deixamos o residencial, rumo à festa. A van chegou às pressas, afinal já estávamos atrasados. Não seria bacana comparecer na metade do evento, muito menos deixar de aproveitar cada instante.

Ainda a caminho, Shaira abriu a janela da van e colocou a cabeça pra fora.

— Querida, não fique assim! — falei, tentando impedi-la.

— É ISSO QUE EU CHAMO DE TER PODER, SEUS MANÉS! — gritou a garotinha, com a cabeça pra fora da janela.

Rapidamente puxei Shaira pra dentro e chamei sua atenção. Fiquei surpresa com o que ouvira, apesar de já ter noção do que poderia acontecer durante a noite toda.

É incrível como cinco crianças podem ter a capacidade de passar um dia inteiro pulando, correndo, gritando, brincando e na maior animação. Sinceramente, disposição é o que eles mais demonstram ter. Mesmo sendo jovem, não consigo entrar no ritmo de cada um, e geralmente acabo me cansando com facilidade.

— Estamos quase lá! — avisou o motorista, gentilmente.

Fiquei ansiosa e curiosa ao mesmo tempo pra saber como seria a tal festa. Minha prima tem o hábito de frequentar lugares meio que formais, e o evento aparentava ser algo "chique". Só de olhar a entrada assim que chegamos, percebi o nível da coisa. Confesso que até perdi o fôlego antes de conhecer o ambiente por dentro.

— Não acredito que você nos trouxe pra esse lugar chato, Lucynda — soltou Bernardo, enfurecido.

— Calma, querido! Nem entramos ainda pra saber o que está rolando — falei, compreensível.

— Parece ser aquelas festas insuportáveis que a mamãe costumava ir — disse Nícolas, mais decepcionado do que nunca.

Tive que respirar fundo e encontrar algum argumento condizente com o momento para que ninguém se sentisse mal.

— Vocês queriam vir, e agora que estamos aqui não dá pra voltar atrás — falei.

Os cinco irmãos se aproximam, e pude perceber que Mavi e Ernesto estavam de acordo com o local da festa, exceto os gêmeos.

— Eu também não gostei do lugar — avisou Shaira.

— Achei que estivesse empolgada pra entrar — disse Carlota, confusa.

— Quero um pouco de discussão, tá?! — soltou a garotinha, irritada. — Afinal, não saí de casa em busca de uma noite perfeita. Quanto mais debate, melhor!

Como se não bastasse os gêmeos tendo um ataque de desespero, ainda tive que aturar a Shaira sendo inconveniente. E foi a partir desse momento que percebi o quanto a festa seria longa.

Ernesto e Mavi foram compreensíveis, entraram e começaram a aproveitar o evento. Em seguida, acompanhamos os dois e caminhamos pelo local pra tentar entender melhor do que se tratava a tal comemoração.

O ambiente estava todo iluminado, e cada garçom carregava na bandeja um tipo de comida. Havia uma mesa no canto com bebidas sem álcool, até mesmo porque algumas crianças e adolescentes estavam presentes. Achei isso fantástico por parte dos organizadores.

Após um pouco de análise, continuei aproveitando a festa e comi bastante. Fui servida por diversas vezes, e confesso que me senti uma madame com tanto luxo.

💛💛

Os cinco irmãos se cansaram e sentaram em um sofá enorme. Decidi acompanhá-los e fiquei admirando Carlota bater papo com alguns grupos de amigos.

De repente, uma moça se aproximou e nos surpreendeu com sua aparição inusitada.

— Hey! Vocês são aqueles metidos que quebraram os vasos na loja, né? — soltou ela, revoltada.

— Não! — neguei. — Acho que você está nos confundindo com alguém.

Tampei o rosto e fiquei de frente para as crianças, fazendo sinal com a mão para sairmos do local o mais rápido possível. Tentamos deixar o evento na maior discrição. Parece que a moça que trabalhava na loja do shopping lembrou do dia em que Shaira derrubou a prateleira com todos os vasos de vidro em cima. Até que Fabiana pagou pelo prejuízo, mas a fama da garotinha de arteira e desastrada permaneceu na mente da vendedora.

Para piorar a situação, antes de chegarmos à porta de saída, Shaira esbarrou em uma estátua de gesso, fazendo o maior estrago. Olhei pra ela com reprovação e ficamos paralisados de imediato.

— O que houve aqui? — perguntou uma outra mulher.

Rapidamente chamei por minha prima acenando com as mãos. Carlota veio correndo, no maior desespero (coitada). Inclusive, me senti totalmente culpada pelo ocorrido, e não teria como ficar ali no local tentando esclarecer todo o estrago.

Algumas ruas depois, paramos pra tomar fôlego e ficamos sem saber o que fazer. Felizmente, conseguimos deixar o local, e isso me deixou extremamente irritada, pois estávamos meio que perdidos.

— Vocês tinham que acabar com a noite! — soltei. — Poxa! Todos já estão grandes o suficiente pra entender que precisamos nos comportar em determinados lugares!

— Não pode culpar todo mundo pelo que a Shaira fez. Isso não é justo — disse Bernardo.

— Injusto é eu ter depositado confiança nos cinco e ter tido retorno somente de alguns — falei, mais enfurecida do que nunca. — Os únicos que posso confiar são no Ernesto e na Mavi! Eu esperava muito do restante...

A garotinha responsável por ter quebrado a estátua de gesso e os gêmeos inclinaram a cabeça pra baixo, desanimados. Pude perceber que os três sentiram-se culpados pelo que houve, e não medi palavras pra expressar a raiva em meu interior.

É complicado estar no meio do caos e permanecer sempre sorrindo, na maior tranquilidade, como se nada tivesse acontecido. Pensei que fosse fácil lidar com os desafios do dia a dia, mas parece que o pior de todos os obstáculos estava sendo ganhar a confiança dos gêmeos e de Shaira.

— Desculpa se fui arrogante — lamentou Nícolas. — Mas você é uma ótima babá, e não te trocaria por nada desse mundo.

— Você só está falando isso porque o clima está tenso, Nícolas! — retruquei.

— Viu? Não sou o Bernardo, e acredito que não tenha percebido isso ainda! Já está pegando o jeito da coisa, e sabe diferenciar nós dois mais do que ninguém — soltou Nícolas.

Os gêmeos se abraçaram e deram um sorriso de orelha a orelha. Sem perceber, consegui identificá-los sem ter a necessidade de questionar quem seria quem. Apesar das semelhanças, há pequenas diferenças que nem todos estão atentos.

Depois disso, tive a certeza de que estava sendo útil na vida dos cinco irmãos e não tinha percebido ainda. Foram tantos dias ao lado de cada um, analisando o jeito individual deles, a maneira de falar, os gostos, o estilo, até os pensamentos diversos, e isso mostrou o quanto eu estava fazendo diferença na vida de Shaira, Ernesto, Mavi, Bernardo e Nícolas.

Lembrei do primeiro dia em que nos conhecemos. Confesso que foi engraçado, mas ter chegado até aqui com tantos aprendizados, é de dar orgulho.

Em meio aos pensamentos, olhei para as crianças e estendi a mão para abraçá-los. Com a proximidade de todos, consegui sentir o afeto por parte de cada um. Foi importante ter esse contato pra comprovar o quanto nosso vínculo era importante e especial. Apesar de todos os atritos, tínhamos amor pelo próximo, e senti que estávamos mais unidos do que nunca nesse exato momento.

Assim que nos soltamos, olhei para Carlota e ela soluçava de tanto chorar.

— Por que o desespero? — perguntei.

— Que cena... mais linda, cara! — esclareceu minha prima, aos soluços.

Começamos a rir na maior animação e senti o clima ficar mais confortável.

De repente, um dos gêmeos me abraçou.

— Vamos aproveitar o restante da noite, gata? — sugeriu ele.

— Sei que você é o Bernardo! — falei.

— Como tem tanta certeza? — perguntou o garoto, confuso.

— Já deixei claro no primeiro dia que conheci Lucynda que eu sou o mais sensato de todos aqui — justificou Nícolas.

Mais risos...

Acredito ter conquistado a confiança dos gêmeos, e só faltava conseguir lidar com Shaira. Era só questão de tempo, até ter que enfrentar outros conflitos.

Continue Reading

You'll Also Like

63.7K 3.1K 55
Sempre foi você, mas sem você. família ciumenta? ela tem sim, mas são todos um amor medroso? ele é viu mas os dois se completam e isso só vai aume...
40.4K 4.6K 29
➩ 𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗮 𝗚𝘂𝗶𝗺𝗮𝗿𝗮𝗲𝘀 capitã do time da seleção feminina de vôlei brasileira , no auge da sua carreira sendo considerada uma das mai...
25.7M 1.5M 75
Maya Ferreira mora na California e tem a vida simples de uma adolescente de 17 anos sem emoção nenhuma, até que uma fofoca que mais parecia irrelevan...
114K 5.1K 54
- é vc quem eu escolhi pra ser a mulher da minha vida. Helena Ferreira acaba de voltar pro Brasil, após sua mãe lhe mandar morar com o seu pai, por c...