Confissões de uma garota que...

By LXAlexBL

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Longe da família, nada parece fazer sentido, e o amadurecimento se transforma com o tempo. As responsabilidad... More

📌 AVISO❗❗❗
💜 KAUANY 💜
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💛 LUCYNDA 💛
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📌 NOTA DO AUTOR❗❗❗

💛 LUCYNDA 💛

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By LXAlexBL

A noite foi muito longa. Jamais pensei que fosse lidar com tamanha ansiedade e agonia, o que geralmente acaba dificultando na hora de dormir para se ter um bom descanso.

Sabe quando é véspera de natal e rola aquela aflição enorme pra chegar o dia seguinte, olhar em volta da árvore e abrir todos os presentes que foram deixados supostamente pelo papai noel? Então, toda essa aflição está tomando conta de meu interior agora.

Desde a noite anterior até o momento, sinto entusiasmo acompanhado de uma dosagem de empolgação. Poderia correr uns 50 quilômetros numa boa, sem cansaço ou exaustidão (tá, meio que exagerei).

Sem tempo para qualquer estresse, acordei no ritmo para o café da manhã, e encontrei meus pais em volta da mesa, comendo pra valer. A alimentação deles é levada a sério, e isso me deixa animada também, porque amo comer em excesso. Claro que é prejudicial, mas não sei o que acontece comigo quando fico de frente com uma bandeja de brigadeiro.

— Olá, filhota — disse seu Arnaldo.

— Oi, família — falei, com aquele sorriso de orelha a orelha e sentando-me à mesa junto deles.

— Acordou cedo, hein? — soltou dona Agnes.

— Ah, mãe, você sabe que preciso estar cedo na casa da Fabiana — respondi, passando a geleia de abóbora no pão. — Inclusive, tomei banho, passei um perfume seu e vesti essa blusa que a senhora não usava há algum tempo.

— Vai caracterizada de Lucynda ou de mim? — perguntou dona Agnes, com as sobrancelhas erguidas e totalmente paralisada.

Poxa! Aí, ela pegou pesado. Confesso que achei engraçado de início, porém, não valeria a pena carregar esse comentário para o restante do dia.

Após o café da manhã em família, terminei de me arrumar e corri pra pegar o ônibus. O local indicado no cartão entregue por Fabiana era meio longe, não muito, mas seria tranquilo chegar lá.

Quase perdi o horário todo, desde a saída de casa até o local indicado. Foi difícil segurar a emoção. Talvez, eu não fosse mais andar de ônibus, enfrentar filas e encarar a correria do dia a dia. Sem dúvidas, o universo da fama e da moda esperava por mim. E foram esses pensamentos que surgiram em minha mente durante o percurso.

Coloquei os fones de ouvido, liguei o som no último volume e permaneci sonhando alto, mesmo.

💛💛

Ao chegar no endereço, me deparei com um residencial enorme, chique, pra deixar mais claro, e fiquei até meio envergonhada por estar vestida de um jeito... simples.

Guardei o celular na bolsa, caminhei até a portaria e avistei um senhor sorridente, simpático, que logo veio me atender na maior animação.

— Olá! — disse ele. — Como posso ajudá-la?

— Então, é que a Fabiana marcou uma... reunião comigo — falei, meio sem jeito.

— Fabiana! Fabiana! — O porteiro pareceu pensativo por um instante, o que acabou me deixando nervosa por dentro e mais aflita que já estava. E do nada: — Ah! Claro, vou comunicar ela, só um instante.

— Obrigada — agradeci, já apreensiva.

Olhei ao redor e notei que o ambiente realmente era deslumbrante. Fiquei encantada com os sofás espelhados pelo lugar, até admirei por um tempo meu reflexo no espelho gigantesco que cobria parte da parede. Talvez, eu estivesse pronta para morar em um residencial desse tipo. Acredito que o convívio com a alta classe social faria muito bem para meu desenvolvimento pessoal e profissional.

— Pode pegar o elevador e seguir até o quarto andar — avisou o porteiro, me entregando um papel em seguida. — Este aqui é o número da residência da dona Fabiana.

Assenti com a cabeça em agradecimento, sorri e me direcionei até o elevador, que para a minha surpresa, estava quebrado — pois é, parece que o residencial não é tão chique assim.

Subi as escadas enormes e fiquei exausta. Sinceramente, eu não aguentava mais caminhar. Quando menos percebi, cheguei no local indicado, bati à porta e aguardei por um instante.

— QUEM É? — gritou uma menina do lado de dentro.

— Sou Lucynda! — respondi, num volume meio alto.

De repente, uma garotinha abriu a porta toda sorridente e veio me abraçar.

— Seja bem-vinda — disse ela. — Pode entrar, a mamãe está esperando por você.

Nossa! Que excesso de fofura logo cedo! Confesso ter ficado feliz por ser recepcionada dessa forma. Jamais passou pela minha cabeça sobre a possibilidade de aquela mulher bonitona e toda jovial ter uma filha.

— Lucynda, querida! — disse Fabiana, chegando em seguida na sala com os braços abertos e um sorriso de orelha a orelha.

Nos abraçamos e senti uma forte emoção por estar ali ao lado dela.

— Acabei de conhecer sua filha! — falei. — E ela é linda!

— Eu sei que sou linda — disse a garotinha, convencida. — E dizer isso é o mesmo que eu falar que você tem nariz, o que é óbvio.

Pegou pesado, hein!

— Não ligue para ela, é apenas o começo — alertou Fabiana.

— Então, eu estou preparada para saber quando posso começar a trabalhar. Não sei muita coisa sobre o universo da moda, só pra constar — falei.

— Não tem problema, querida — disse Fabiana. — Para ser babá, não exige tanto esforço.

O quê?! Como assim?! O que está acontecendo?! Babá?!

— Não! Era pra trabalhar como modelo, não é? — perguntei, só pra confirmar, mesmo.

— Deixei claro que eu trabalho com moda e não que estaria lhe oferecendo uma vaga de emprego como modelo — respondeu ela, meio sem jeito por ter gerado tamanha confusão.

Nos olhamos com total seriedade, e cheguei a interpretar o momento como um desastre enorme. Seria difícil ter que lidar com tal realidade, mas a ilusão por minha parte foi intensa. Sonhei tão alto que acabei caindo e ferindo meus sentimentos com a queda.

Do nada, a garotinha começou a rir.

— Aposto que a bobona espalhou pra todo mundo que seria modelo e famosa — soltou ela, aos risos.

— Eu não fiz isso — falei, em defesa.

Pior que fiz! E agora? Como vou contar a "novidade" aos meus pais e amigos? Outro problema acabara de surgir.

— Sinto muito pela confusão de informações, mas percebi que você estava à procura de emprego, e parecia ser com urgência — disse Fabiana, sentindo-se culpada.

Pensei por um instante sobre a proposta. Confesso que me senti enganada, mas se ficar sem emprego, será difícil manter o foco em algo que eu realmente goste. Além de manter a mente ocupada, a chance de crescer profissionalmente em uma outra área será grande (seja lá qual for a carreira que irei seguir).

— Acho que não haverá problema algum em cuidar dessa linda garotinha — falei.

— Quem é essa aí? — disse uma outra menina, chegando em seguida.

— A nova babá — respondeu Fabiana.

— Posso cuidar das duas — assegurei, meio apreensiva, afinal de contas pensei que fosse apenas uma criança.

— Olá! — disse um garoto, aproximando-se de mim.

— Quem é ele? — perguntei.

— Nosso irmão — respondeu a garotinha nada fofa, com os braços cruzados.

— Juro que se aparecer mais alguma criança, eu choro — soltei.

Quantos filhos essa mulher tem? Poxa, quanto mais penso que será fácil, mais crianças surgem do nada!

— E aí, gata? É você que vai cuidar da gente? — perguntou um outro menino, que apareceu inesperadamente na sala de estar.

— Seu filho? — perguntei à Fabiana.

— E o outro que está atrás de você também é meu filho — respondeu ela, apontando o indicador para a pessoa que estava chegando em seguida.

Olhei para trás e me deparei com o mesmo menino que deu em cima de mim anteriormente, o que na verdade, pude concluir que eles eram gêmeos e idênticos.

Conheci muitos irmãos que não eram parecidos, porém, esses aí são iguais.

— Sou Nícolas, o mais sensato de todos aqui — apresentou-se o irmão que chegara por último na sala.

Estendi a mão para cumprimentá-lo e senti um nervosismo em meu interior por saber que minha possível chefe teve cinco filhos (se não aparecer mais ninguém na sala, assim espero).

— Me chamo Bernardo, e sou o irmão gêmeo bonzinho — disse o outro.

— Meu nome é Maria Vitória, mas atendo como Mavi — disse a garota mais velha.

— E eu sou Ernesto — apresentou-se o outro garoto, sorridente.

— Sou Shaira, a mais simpática e boazinha de todos aqui — disse a garotinha, agora com um sorriso estampado de orelha a orelha.

Espero sinceramente me dar bem com essa família, porque estou prestes a depositar todo o meu tempo e esforço neles. Até que pode ser divertido cuidar de cinco crianças.

— Nossa última babá está fazendo tratamento psicológico, tem certeza que vai querer nos encarar? — alertou Mavi, com os braços cruzados e o cenho franzido.

Fiquei paralisada por um instante observando a todos que estavam presentes na sala. Não encontrei uma saída adequada para o momento, apenas fiquei em choque. Confesso que deu vontade de sair correndo, só que preferi encarar a situação como uma oportunidade de me aperfeiçoar como babá.

Sim, optei por agarrar a proposta!

E se for pra entrar nessa, eu teria que ter postura.

Pelo menos, estarei empregada, com tempo suficiente para focar em outros planos, disposta a enfrentar uma faculdade (quem sabe), ou até mesmo um curso profissionalizante.

— Enquanto você pensa a respeito, eu gosto do meu suco bem doce — disse Shaira, a garotinha terrível.

— Querida, por favor, vamos até a minha sala conversar melhor — disse Fabiana, me direcionando até outro compartimento da casa.

Olhei para as crianças com apreciação, e meio que senti um carinho por eles, mesmo com a recepção nada agradável e de desconfiança. Acredito que eles mereçam ter uma companhia nos próximos dias, inclusive, para ajudar em situações do cotidiano. Não sou a melhor pessoa para dar conselhos, só que me sinto preparada para dar início a essa aventura e enfrentar novos desafios. Talvez, eu fique mais madura com o passar do tempo.

💛💛

Após uma longa conversa com Fabiana em sua sala particular, pudemos dar término aos últimos ajustes.

— Queria conhecer mais sobre as crianças — falei.

— Bernardo e Nícolas são os gêmeos, como deu pra perceber — começou ela. — Ernesto é mais dedicado aos estudos, diferente dos outros irmãos, que precisam sempre de um puxão de orelha, mas nada tão agravante, a Maria Vitória vive de momentos, e para conviver com ela, é preciso ter em mente que, na maioria das vezes, ou ela está certa ou você está errada; sim, a garota é meio complicada, mesmo, e a Shaira é praticamente uma criança ainda, com quase dez anos e uma imaginação fértil. Só tome cuidado com ela.

Assenti com a cabeça concordando com tudo que fora dito. Realmente, as crianças aparentam ser bem complicadas de lidar, mas acredito que cada desafio tem seu propósito, e se essa oportunidade surgiu do nada, melhor aproveitar.

— O que você está fazendo aí? — perguntou Shaira, entrando na sala com total autoridade.

— Estávamos apenas conversando — falei.

— E o meu suco? — questionou a garotinha mimada.

— Acho que essa é a função da empregada — soltei.

— É... — concordou ela, meio sem jeito e toda envergonhada. — A empregada não chegou ainda, e até lá, você toma conta da cozinha.

Shaira saiu da sala bufando. Com quase dez anos, a criança consegue deixar qualquer pessoa assustada com tamanha arrogância e determinação.

Pedi licença para Fabiana e fui até a cozinha preparar o suco. Se for pra ficar, é melhor levar a sério cada pedido e dar o máximo de atenção possível a eles. Independente do que estiver à disposição, mostrarei esforço e dedicação. Parece que agora faço parte da família, não totalmente, mas é bom começar a ter consideração por cada um.

— Pronto! Aqui está — falei, entregando o suco para Shaira.

Ela deu um gole, saboreou a bebida e assentiu com a cabeça na maior animação.

— Até que você serve pra alguma coisa — disse ela.

Até quando vou ter que aturar isso?! Sinceramente, espero que não seja por muito tempo.

Um dos objetivos que pretendo alcançar ao lado das crianças é fazer com que cada um não seja tão mimado. Acredito que será uma longa caminhada, mas aposto que será divertido e produtivo todo aprendizado.

— Depois desse suco, acho que você vai ficar de verdade, né? — palpitou Fabiana.

— Vou encarar, sim — falei. — Mas se tiver uma vaga pra modelo...

— Nem tente — impediu minha chefe. — Você não tem perfil.

Assenti com a cabeça concordando e começamos a rir. Shaira deu um gole no suco demonstrando entusiasmo, e isso mostrou o quanto a garotinha estava empolgada com minha presença.

Daqui em diante, tentarei ser prestativa, compreensiva e próxima dessa família, sem contar que preciso ser pontual e cada vez mais responsável.

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