Confissões de uma garota que...

By LXAlexBL

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Longe da família, nada parece fazer sentido, e o amadurecimento se transforma com o tempo. As responsabilidad... More

📌 AVISO❗❗❗
💜 KAUANY 💜
💜 KAUANY 💜
💛 LUCYNDA 💛
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📌 NOTA DO AUTOR❗❗❗

💜 KAUANY 💜

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By LXAlexBL

Nada a declarar sobre todos os acontecimentos. São tantas coisas boas que é difícil acreditar o quanto é real. Imagina a minha cara! Pois é, ainda estou incrédula com a mudança e todas as reviravoltas.

Não é novidade pra ninguém que mudanças ocorrem; independente de idade ou situação, sempre irá existir algo de novo que a vida pode oferecer. Muito clichê, mas é a realidade.

Os primeiros dias em São Paulo foram incríveis. Pude conhecer alguns lugares em específico, fiquei amiga de uma menina que também é de Floripa, e nos tornamos BFF's do nada! Até parece que nos conhecemos há anos.

Na verdade, o fim de ano foi basicamente isto: conhecendo a cidade, visitando lojas, diversas lanchonetes, e tentando fazer com que a minha ficha caísse logo de uma vez.

Ah! O primeiro ano do ensino médio foi concluído com sucesso! Será interessante enfrentar o segundo ano em uma cidade nova, com pessoas diferentes. Quando se está em um outro ambiente, parece que nada é o mesmo, só que na verdade é. Tudo é tão magnífico aos meus olhos. Acredito estar apaixonada pela cidade.

Ah! E falando em paixão, Lucas e eu continuamos firmes e fortes, há meses. Mesmo com a distância, nosso amor é puro e verdadeiro. Ai, ai!

Acabei falando demais com minha amiga, que se chama Lucynda (a que conheci no grupo de teatro), e perdemos o horário. Se chegássemos atrasadas no encontro com o Fábio e o elenco novo, sem dúvidas, não seria legal. As reuniões são à noite, por ser mais acessível ao pessoal.

— E aí, garotas? — disse Fábio, com um sorriso de orelha a orelha enquanto verificava alguns papéis em sua pasta. — Quase atrasadas.

— Quase! — exclamei, aos risos, e meio nervosa, confesso.

Entramos na sala, ainda vazia, nos sentamos uma do lado da outra e continuamos o papo.

— Como será que você se saiu na AGC? — questionou Lucynda, curiosa.

— Não faço a mínima ideia — confessei. — Espero que tenha dado tudo certo, afinal de contas a minha vida pode mudar.

Para quem não sabe, AGC é a sigla para "Avaliação Geral do Curso", o que na verdade, se encaixa nas aulas que comecei a fazer sobre o universo das artes cênicas. Como o Fábio é um dos professores responsáveis pela organização da prova, ele conseguiu me cadastrar para realizar o exame mesmo estando no primeiro semestre. A princípio, eu poderia me inscrever, mas teria que estar com as notas em dia, só que eu estava sem notas... Aí, já sabe, né? Seria difícil comprovar o quão talentosa sou para a coisa (tá, me achei agora).

Felizmente, após a inscrição, fiz algumas provas e consegui as notas para poder apresentar aos demais responsáveis que realizam a correção das avaliações, e fim... Bom, não acaba assim, claro! Tem um objetivo MARAVILHOSO por trás de tudo. O candidato com aprovação máxima, ou seja, com a maior nota, receberá uma bolsa de estudos em NYFA (New York Film Academy), uma faculdade de cinema que fica em Nova Iorque.

Se estou empolgada pra ver a minha nota e saber o resultado? Imagina!!! Estou superansiosa.

Porém, como nada é tão perfeito como parece, existe algo em meu interior que diz que não poderei estudar fora do país. Triste, né?

Meus pais, meus amigos, e toda a minha vida está no Brasil, mais especificamente em Florianópolis, e não queria abandonar isso aqui... É uma oportunidade única ir para Nova Iorque, e talvez jamais apareça outra igual, só não seria ideal para mim.

— Lembre-se que você terá todas as chances de se tornar mundialmente conhecida! — alertou Lucynda, com os olhos espantados e o cenho franzido.

— Eu sei, só que a minha vida inteira está aqui... — falei, meio aflita.

— Se toca, garota! — exclamou minha amiga. — Agarra essa oportunidade, vai viver sua vida lá, e esquece o Lucas.

— Impossível, pois eu o amo demais.

E é sério, estou apaixonada pelo cara. Por mais que a distância nos impeça de estar juntos, há uma forte conexão entre a gente.

— Não sou de me apegar às pessoas, sabe? E isso prejudica muito no nosso amadurecimento — soltou Lucynda.

— Sério?! — duvidei. — A última vez que você terminou com seu namorado foram dois meses chorando e se tratando pra recuperar a separação.

— A gente nem se conhecia nessa época, portanto, não pode falar nada — disse ela, convencida.

— Ontem você me mandou 345 mensagens de "oi" e "preciso conversar", sem contar que ainda finalizou dizendo: "sinto falta do Guto", sendo que o cara se chama Paulo!

— Ah, o Guto é um outro rapaz, que eu fiquei antes do Paulo — revelou ela, meio sem jeito.

Nos encaramos com seriedade e desconfiança.

— Você é rápida, hein!

Confesso que não tenho esse tipo de sentimento por várias pessoas, aliás, foi difícil lidar com o que estava sentindo pelo Lucas.

Até que ser diferente tem suas vantagens, não que eu seja muito estranha, mas é sempre bom rever os atos e analisar a própria postura, e a refletir sobre algumas coisas. Depois que entrei para o grupo de teatro em São Paulo, senti um amadurecimento enorme de minha parte, mas não o suficiente pra sair por aí dizendo que sou adulta, claro! Acredito que eu esteja passando por um processo de crescimento, e aprendizagem também.

Entre um pensamento e outro, acabo me deixando levar pelo momento. Por isso, me encaixo perfeitamente no universo do teatro, pois sinto a emoção de imediato, o que muitas vezes ajuda.

Lucynda não tem tanta aptidão pela atuação.

— Eu só atuo porque tenho a beleza a meu favor — revelou ela.

— Você sempre diz isso — falei, já cansada de ouvir a mesma coisa por inúmeras vezes.

— Eu tenho o dom pra ser bonita, e seria um pecado não usar isso — continuou Lucynda, convencida.

Na verdade, costumo rotular a menina como "convencida", só que não é bem assim. Trata-se de amor-próprio, algo que poucas pessoas têm, e ainda quando têm, são rotuladas como alguém que se acha além do que é. Pode ser complicado ter esse reconhecimento consigo mesmo, porém, é essencial se amar.

— Ainda bem que você é bonita. Não seria legal se chamar Lucynda e ser... um pouco diferente — concluí.

— Melhor que Gertrudes — disse ela.

Assenti com a cabeça, concordando.

— Qual é o problema com esse nome? — questionou Hugo, nosso amigo, que acabara de chegar. — Minha mãe se chama Gertrudes, e ela tem 25 anos.

— Ela teve você com qual idade? — perguntei.

— 15 — respondeu o cara.

— Ah, então, você tem 10 anos? — debochei.

— Não sou bom em matemática — disse Hugo.

— Você não é bom em mentir — disse Lucynda.

Começamos a rir, enquanto nosso amigo se direcionava ao lugar para sentar.

Hugo também é um ótimo colega (e ele não tem 10 anos). Nos conhecemos graças ao grupo de teatro, e estou tão feliz por ter ele ao meu lado.

O cara concluiu recentemente o ensino médio e quer focar em seu sonho de ser ator. Espero sinceramente que ele consiga ter acesso a todas as oportunidades possíveis para chegar longe, pois será merecedor de muita coisa.

Lucynda também se formou, porém, está muito perdida no que quer para a vida. Talvez, ela tente uma universidade de artes cênicas, não sei.

Felizmente, estou me achando no que quero para a minha vida, e por sorte, estou tendo oportunidades incríveis que poderão alavancar a minha carreira como atriz. Só preciso tomar cuidado para não sonhar muito alto, pois a queda pode ser imensa se algo não sair como o esperado.

💜💜

Após a reunião com o elenco, pudemos partir, rumo a uma boa noite de descanso (e eu estava precisando).

— Quer uma carona, Kauany? — perguntou Fábio, no corredor.

— Claro! — aceitei.

— Onde estão Lucynda e Hugo?

— Eles foram ao banheiro — respondi, meio sem jeito (sim, tenho vergonha por falar "banheiro").

Sou tímida demais, confesso, mas às vezes, preciso cair na real e ter noção de que nada é tão constrangedor a ponto de me fazer pensar, pensar e pensar por horas sobre o que fiz ou falei.

Que choque!!!

Pois é, parece que nada faz sentido.

— Vamos? — soltou Lucynda, chegando em seguida acompanhada de Hugo.

— Vou deixá-los em casa, fiquem tranquilos — assegurou Fábio, com um sorriso no rosto e um aspecto de gentileza.

A exaustidão estava nítida em cada um, mas não posso negar o quanto estávamos realizados por fazer parte do grupo de teatro.

💜💜

Ao chegar em casa, fiz um sanduíche e comi, apesar de estar com muita fome, mas foi o suficiente. Liguei o notebook, acessei meus e-mails, as redes sociais, e fui recepcionada com várias mensagens.

Enviei ao Lucas um "oi", e fiquei meio surpresa por não ter recebido nenhuma notificação em seu nome o dia inteiro. Parece que ele estava muito ocupado.

Chequei alguns assuntos na caixa de entrada, e aparentemente nada parecia ser interessante, a não ser a frase em destaque: "Welcome to the class". Abri o e-mail imediatamente, e não entendi muita coisa, pois estava em inglês (e não sou fluente na língua).

Sendo assim, ignorei a mensagem, afinal poderia ter sido engano, o que é mais provável.

Falando em engano... Lucas visualizou o "oi" que enviei e não respondeu! Ou seja, ele estava muito cansado a ponto de me ignorar. Coitado, preciso reconhecer o esforço dele também; só não sei exatamente qual é o foco do meu namorado no momento, mas espero que esteja tudo certo.

A propósito, não parei ainda pra analisar o quanto minha vida mudou desde o dia em que cheguei em São Paulo. Aproveitei tanto cada momento que acabei esquecendo de apreciar tamanha conquista e evolução. Minha mente está muito à frente, pensando na probabilidade de me tornar uma grande atriz, e isso faz com que eu esqueça um pouco do presente.

Acredito que a maioria das pessoas sejam assim. Muitos se planejam, e quando atingem o planejado, querem crescer cada vez mais. O único problema é que muitas pessoas não reconhecem a dificuldade de uma etapa ou outra, elas apenas querem se livrar do obstáculo e não se tocam de que será sempre assim, num círculo vicioso, em busca de algo que não vai satisfazê-las jamais. Às vezes, satisfaz, porém, isso pode acabar.

É meio complicado ser adulto, mas tenho que pegar o jeito e me adaptar.

Quando decidi me tornar atriz, que foi muito por acaso, amigos e familiares apoiaram essa decisão, só que em São Paulo, me deparei com algumas pessoas me questionando sobre o que quero pra vida, que tipo de profissão pretendo seguir, pois viver da arte não é trabalho. Confesso que achei muito engraçado por ter que lidar com esses tipos de pensamentos, mas, no fundo, existe uma certa rejeição por parte do pessoal.

Acho que as pessoas querem alcançar algum objetivo pelo caminho mais fácil, sem precisar se esforçar muito, e acabam se acomodando com o que tem. Eu, particularmente, tive sorte por ter conhecido o Fábio, mas vejo outras pessoas do grupo de teatro se esforçando e dando duro pra ter algum reconhecimento no meio artístico. Quero fazer a diferença com o intuito de motivar e inspirar meus colegas, mostrando que tudo é possível. É preciso tentar, até conseguir, e aproveitar o que se tem à disposição.

Não curto muito pensar sobre isso, só que faz parte do amadurecimento ter reflexões mais conceituais, e preciso me acostumar.

💜💜

Na manhã seguinte, fui surpreendida com a presença de Lucynda em minha casa, abrindo as cortinas do quarto e esbanjando alegria tão cedo.

— Bom dia! — exclamou ela.

— O que está acontecendo? — perguntei, com os olhos fechados e uma expressão de sono.

— Vamos aproveitar o dia — respondeu Hugo, invadindo meu quarto sem ao menos ter a gentileza de esperar eu colocar uma roupa mais adequada. — Tem muita coisa pra fazer hoje, e nada melhor do que passear com a galera.

— É rolê, Hugo! — corrigiu Lucynda, com a mão direita na cintura e a outra acenando para o nada.

— Isso, vamos dar um rolê — disse ele.

— Como vocês entraram na minha casa? — questionei, assustada.

— Tenho acesso à sua casa, assim como você tem acesso à minha — esclareceu minha amiga, confundindo tudo.

Preciso confessar que meus amigos são loucos, mas reconheço que eles se importam comigo, e isso é demais.

O fato de ter que aproveitar todo momento é muito levado a sério, e nada pode interferir nisso por aqui. A galera curte demais sair, sendo que eu tive que me adaptar a esse estilo de vida, se posso considerar assim. É intenso, confesso, mas gosto de novidades.

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