Pupila

By bmt5hh

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[FINALIZADA] Parceria com: @camilacinica Camila, no auge dos seus 35 anos de idade, possui uma vida estável... More

Capítulo 1 - Mulher hétero vai a bar LGBT+
Capítulo 2 - O que é dipirona?
Capítulo 3 - Tentando flertar com ela.
Capítulo 4 - Mulher nem tão hétero janta com amigas
Capítulo 5 - Nicholas e Giovana
Capítulo 6 - O desenrolar do rolê.
Capítulo 7 - Mulher divorciada vai à Lapa.
Capítulo 8 - Pingo no i.
Capítulo 9 - Oficina vazia é a cabeça do diabo
Capítulo 10 - Fogo no rabo
Capítulo 11 - Dicionário
Capítulo 12 - A mulher mais estressada do RJ
Capítulo 13 - Devagar até demais
Capítulo 15 - Visita surpresa
Capítulo 16 - Rogério, Rômulo, Romário, Robson
Capítulo 17 - Do lado certo da força
Capítulo 18 - Mulher lésbica recebe convite irrecusável
Capítulo 19 - Ex-hétero sai do armário
Capítulo 20 - As mães de Ana Júlia
Capítulo 21 - Um relicário imenso desse amor
NOVA FANFIC!

Capítulo 14 - Lugar de família

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By bmt5hh

FILHAS DA PUTA EU CHEGUEI PORRA PODE COMEMORAR

ESSA SEMANA PASSOU RÁPIDO NÉ?????????? CARAIO NAO FIZ NADA MENINA E JÁ É SABADO DE NOVO? ISSO É PRAGA DE VOCÊS SUAS CACATUA

GENTE O CHUPA CU DE GOIANINHA MANDOU AVISAR (O CHUPA CU DE GOIANINHA SOU EU) QUE É PRA LER O AVISO QUE TEM ANTES DO CAPÍTULO PORQUE SE ALGUÉM VIER PENTELHAR MINHA VIDA DEPOIS EU VOU MANDAR TOMAR NO CU JÁ QUE TO AVISANDO AS COISA SUAS CARALHA VOCÊS NÃO LEEM E DEPOIS RECLAMAM

ENFIM

SE TÁ ESCRITO É PRA LER PORRA PUTA QUE PARIU VIU

ANTES DE TODO O CAPITULO COMO SEMPRE VAMOS CANTAR UMA MUSICA

MAPEEI A DEDO TUAS SARDAS CONTORNEI SEM JEITO TUAS LINHAS QUE TE ENTREGAM E DESVENDAM O MELHOR EM TI ME PERDI NO CEU DAS SUAS PINTAS ME ENCONTREI NO CEU DA SUA BOCA TU É LABIRINTO RUA SEM SAIDA ME RENDIA A TUA ALMA NUA VEM CA

CANTA FILHA DA PUTA

CONGELA O TEU IOLHAR NO MEU ESCONDE QUE JÁ PERCEBEU O QUE?

O QUE QUE FOI PERCEBIDO?

QUE TODO O MEU AMOR É TEU AMOR ENTAO VEM CA EMBUSTEEEEEEEE

QUE NOS ATE CAIO ESCREVEU 

PARECE QUE NOS CONHECEU

EM MEL EM GIRASSOIS TE PEÇO SO TE PEÇO FICAAAAAAAAAAAAAAAA CARALHOooOOoOooOooOOoo FICA ME QUEIRA E QUEIRA FICAR MERDAAAAAAAAAAAAAAAAAA

eu não tenho CULPA se vocês não tem cultura e não escutam anavitoria e não conseguem acompanhar as musicas cantadas aqui, do fundo do meu coração, vocês que lutem

BOM BOA LEITURA BANDO DE CAPIVARA E LEIAM A BOCETA DO AVISO

Este capítulo pode conter cenas de violência física e verbal, então se você é sensível a esse tipo de conteúdo, favor, tomar cuidado ou não ler. 

Seque seus olhos, meu bem

Olhe pro céu tão azul

Não há desespero que vença

A beleza que vem de você

Camila abriu a boca surpresa com o que tinha acabado de ouvir, sabia que uma hora ou outra iria ter aquela conversa, mas não naquele momento. Somente conseguia sentir as mãos agitadas segurando as suas e seu coração batendo forte.

- Que foi? – Vendo o semblante chocado na outra mulher, Lauren começou a se sentir insegura se tinha tomado a decisão certa. – Foi o timming né? – Levou a mão a nuca soltando um suspiro. – Deveria ter...

- Lauren. – Camila chamou quando se virou, fez voltar a lhe encarar segurando ambos os lados de seu rosto. – Sim! – Disse baixo e foi a sua vez de arregalar os olhos, expressando o sorriso mais lindo e brilhante que Camila já havia visto. – Sim! – Repetiu rindo se aproximando e, sem conseguir evitar, colou seus lábios em um selinho rápido.

- Sério? – A morena segurou seu braço se afastando somente para encará-la.

- Eu nunca disse nada tão sério em toda minha vida, Lauren. – Riram sem conseguirem conter a felicidade. – Digo... – Piscou algumas vezes tentando descrever o que estava sentindo. – Eu não sei o que dizer, somente sim... – Suspirou voltando a encarar Lauren, segurou sua mão beijando o dorso. – Sim, Lauren.

- Você é uma das melhores coisas que já aconteceram na minha vida Camila. – Afirmou beijando sua testa. – Pensei em esperar até o fim do jantar, ou quando formos para sua casa, mas eu não poderia esperar para saber. – A jornalista riu tocando sua bochecha acariciando com o dedão de forma lenta e cuidadosa. – Pensei durante a semana no que fazer, no que te dizer, mas te conhecendo percebi como gosta de simplicidade e autenticidade. – Riu baixinho. – E quando contarmos a Juju, te darei uma aliança.

- Lauren... – Negou sorrindo, se aproximou novamente beijando o cantinho de seus lábios. Respirou fundo assentindo enquanto mordia o lábio, certa de sua decisão. – Acho que esse é o momento. – Lauren arqueou as sobrancelhas lhe encarando.

- Você tem certeza? – Camila assentiu.

- Nós já estamos namorando, não vejo mais algo incerto aqui, muito pelo contrário. – Admitiu. – Não aguento mais me limitar quando estamos junto de outras pessoas, quero poder te tocar, te beijar, ficar com você assim... – Lauren estava com um dos braços ao redor de sua cintura e o outro, com a mão apoiada em sua coxa fazendo carinho. – Quero fazer programa de casal e todos esses clichês. Mas principalmente... – Lhe encarou. – Quero que saibam como estou feliz com você.

- Uau! – Chegou a perder o folego com a declaração.

- Não tenho dúvidas do quanto sou apaixonada por você e como quero continuar me apaixonando cada vez mais, todos os dias... – Brincou deitando a cabeça em seu ombros beijando discretamente o pescoço pálido.

- Isso é um sonho. – Respondeu sentindo-se aliviada com tudo que havia escutado.

- Não é não. – Sorriu. – Você agora tem uma namorada maravilhosa e um jantar na quarta para ser oficialmente apresentada a filha dela. – Piscou.

- Isso significa que vou poder apresentar você pro meu irmão? – Lauren perguntou com um sorrisinho.

- Sim, claro, meu amor. – Beijou-lhe a ponta do nariz. – Estou ansiosa para conhecê-lo. E o seu sobrinho também.

- Eles vão te adorar.

- Quero que você me ensine algumas coisas em libras. – Lauren assentiu.

- Vou ensinar, mas ele também lê lábios, não precisa se preocupar.

- Mesmo assim, quero aprender. – Lauren sorriu, vendo o quão maravilhosa era aquela mulher na sua frente.

- Sim, não se preocupe. – Se esticou para lhe dar um selinho demorado.

- Que absurdo, como é que pode isso? – Ouviram um homem falar, mas não entenderam que era com elas até ele se levantar e ir até a mesa delas. Era um senhor de idade branco que aparentemente estava ali com os filhos e os netos. Lauren apenas revirou os olhos, pronta para começar a discutir porque essa não era a primeira e, infelizmente, não seria a última vez que isso lhe acontecia, mas Camila se encolheu na cadeira, ela realmente não estava esperando que algo assim lhe acontecesse. – Ei, eu estou falando com vocês.

- Em que posso ser útil? – Lauren perguntou debochada, vendo que ele aumentou o tom de voz e começou a fazer uma cena que todo o restaurante estava olhando.

- Se vocês querem fazer essas coisas, façam em casa, isso aqui é um lugar de família! – Começou a praticamente gritar se aproximando ainda mais da mesa, vendo que Lauren se levantou, pronta para mandar ele se foder. – Eu vim aqui com os meus netos que são crianças, eles não precisam ser influenciados por isso não.

- Então o senhor deveria ter ficado em casa, isso aqui é um lugar livre e, honestamente, se tem uma má influência que seus netos estão expostos é você mesmo. – Respondeu tentando manter o tom baixo, ela não queria chamar mais atenção do que já estavam chamando e gritar nunca era a solução porque eles só ficavam mais exaltados.

- Isso é um absurdo, no meu tempo as pessoas como você ficavam escondidas em casa porque sabiam que isso aí não é natural, agora vocês acham que o mundo é de vocês, por isso que a sociedade está do jeito que está! Não há mais respeito com os valores tradicionais. – Lauren revirou os olhos enquanto ele só aumentava o tom de voz, causando os funcionários do restaurante se sentirem pressionados a fazerem algo para aquela cena acabar, embora mal estivessem entendendo o que estava acontecendo.

Por sorte, Marcos entendeu mais rápido do que todo o mundo o que estava havendo e ele infelizmente não tinha posição para fazer nada, mas tratou de entrar na área restrita para funcionários rapidamente e subiu as escadas, procurando pela gerente na área administrativa.

- O senhor quer falar de respeito quando veio na minha mesa interromper o meu jantar com a minha namorada simplesmente porque é um velho intolerante de merda que deve ser muito infeliz com a própria vida pra querer se meter e atrapalhar a vida dos outros, então vamos falar de respeito. O senhor está gritando e atrapalhando o jantar de todos simplesmente porque não consegue tolerar o fato de que está vendo duas pessoas do mesmo sexo que estão felizes uma com a outra, agora me diz, é a esse respeito que você se refere? Olha a vergonha que você tá passando na frente dos seus netos.

Camila não tinha reação naquele momento, ela simplesmente estava paralisada olhando o que estava acontecendo. Suas mãos tremiam e ela queria desesperadamente começar a chorar, mas todo o restaurante estava olhando para a mesa delas e ela não queria chorar na frente de toda essa gente. Queria ser como Lauren e levantar e começar a discutir com o velho, mas ela simplesmente não tinha forças, nunca havia passado por isso e não sabia como reagir ao fato de que alguém estava incomodado com o fato dela ter beijado a própria namorada, quando havia vários casais héteros ali que faziam a mesma coisa e não incomodavam ninguém.

Ela mesma estava cansada de sair na rua quando namorava ou era casada e ninguém se incomodava, alguns até olhavam achando a demonstração de carinho fofa ou que eles eram um casal bonito. Todos os lugares que havia ido com Lauren desde que elas começaram a ficar eram bares alternativos ou lugares onde as pessoas simplesmente não iriam falar nada, por mais que tivessem opinião x e y sobre casais gays.

Lauren já havia passado por isso inúmeras vezes, mas, curiosamente, elas nunca haviam conversado sobre. Houve algumas conversas sobre Camila descobrindo que gostava de mulheres e esse tipo de coisa, mas ela, infelizmente, viveu numa bolha a sua vida toda onde sua orientação sexual era parte do padrão e ela era aceita em todos os lugares que ia, então essa situação parecia nova e assustadora.

- Vocês deviam ter vergonha dessa nojeira, é horrível, Deus não aprova isso.

- Deus não existe. – Lauren respondeu, vendo a face do velho ficar vermelha de tanto ódio.

- Os que negam a existência dele vão pro inferno!

- Senhor. – Uma mulher falou atrás do velho, chamando sua atenção. Estava muito bem arrumada de roupa social e tinha um crachá do restaurante pendurado no peito.

Lauren voltou sua atenção para a mulher, que não lhe era estranha. Marcos estava atrás dela e, do seu lado, haviam dois homens enormes, os seguranças do local.

- Aqui nesse restaurante nós não aceitamos nenhum tipo de intolerância, então, eu o convido a se retirar. – Falou de forma séria, vendo o velho ficar ainda mais fora de si e os filhos e netos começarem a se levantar após um segurança chegar perto da mesa e falar algo com eles.

- Vocês deviam estar tirando elas, elas que estão atrapalhando, não eu. Eu apenas estou querendo preservar os valores desse restaurante.

- Os valores desse restaurante não lhe dizem respeito. Por favor, se retire antes que meus seguranças te tirem daqui e eu te leve para a delegacia por perturbar a ordem desse local. – Cruzou os braços, com a expressão mortalmente séria.

- Vocês perderam um cliente, e um muito bom, porque eu vinha aqui toda a semana.

- Não vai fazer falta.

Resmungando, o velho e a família saíram do local acompanhados pelos seguranças.

- Boa noite, meu nome é Carolina e eu sou gerente do local. – Disse apertando as mãos das duas. – Eu sinto muito pelo ocorrido. Tentamos manter esse lugar o mais neutro possível. Todos são bem vindos, menos os intolerantes. – Carolina disse, recebendo um sorriso em resposta.

- Muito obrigada por isso. – Lauren começou a agradecer. – De verdade.

- Não há de que. Tenham uma boa noite e um bom jantar. – Carolina se afastou da mesa, pois alguém a chamava do outro lado do salão e Lauren se voltou para Camila, que encarava a mesa com um semblante que ela nunca tinha visto na vida.

- Ei, tudo bem? – Tudo o que obteve como resposta foi uma negação com a cabeça. - Camila... – Lauren chamou mais uma vez segurando sua mão por cima da mesa. A jornalista apertou o maxilar engolindo o nó enorme que crescia cada vez mais em sua garganta, fechou os olhos por alguns instantes tomando uma longa respiração antes de encarar a namorada.

- Perdi a fome. – Disse quase que em um sussurro. – Me desculpa... eu... – Suspirou negando. – Podemos ir embora?

Lauren não soube dizer que sentiu naquele momento, os olhos caídos e apagados da morena, seu rosto retorcido como se estivesse sentindo mal, quis explodir o velho desgraçado por ter estragado o que seria uma noite perfeita para ambas.

No entanto, não disse nada, apenas assentiu se aproximando para beijar sua testa, mas se afastou com as sobrancelhas arqueadas quando Camila fez menção de se esquivar ao notar sua aproximação. Seu peito se apertou e a angustia cresceu, só queria tirar a mulher dali.

Procurou Marcos pelo salão e sinalizou quando fizeram conato visual, imediatamente o homem caminhou em sua direção e parou ao lado da mesa. Lauren ajudou Camila a se levantar e pararam em frente ao homem, que já havia entendido o que estava acontecendo.

- Fecha a conta pra mim?

- Eu sinto muito, Lauren. – Disse com verdadeiro pesar. – Nós fazemos de tudo para que esse tipo de coisa não aconteça...

- Está tudo bem, não precisa se explicar. – Sorriu colocando a mão no ombro do conhecido. – Vocês fizeram a parte de vocês, adoro esse lugar e tenho certeza que voltaremos em outra ocasião, mas hoje... – Negou ajeitando os cabeços antes de rodear a cintura de Camila de forma firme, como sempre.

- Estaremos esperando e não se preocupe, Carol disse que seria tudo por conta da casa.

Se despediram rapidamente e saíram em completo silencio, todo o clima gostoso da noite havia ido por água abaixo. Camila nunca havia se sentindo tão mal em toda sua vida, não sabia o que queria fazer além de estar em seu quarto e chorar pelo resto da noite lembrando-se da cara murcha do homem nojento.

Não conseguia apagar de sua mente as memórias e nem as palavras que lhes foram desferidas. Seu peito estava apertado, sua mente conturbada e o estômago cada vez mais revirado. Mantinha-se caminhando até o carro com a ajuda dos braços de Lauren em sua cintura e tinha consciência disso, a mesma coisa quando entraram no carro.

Suspirou fechando os olhos tentando espantar a ânsia em sua garganta, levou as mãos para seus cabelos começando a sentir a pontada em sua cabeça, sabia que era questão de tempo até sua enxaqueca atacar.

- Amor... – Escutou Lauren sussurrando ao seu lado e as mãos delicadas na sua, queria muito olhá-la, mas tinha a sensação que iria desmaiara se o fizesse. – Camila. – A morena começou a ficar preocupada quando notou sua mão tremendo e a que estava em entre suas mãos geladas.

Em um impulso, Camila afastou a namorada, abriu a porta e colocou a cabeça para fora deixando tudo que estava em seu estomago saísse, rapidamente Lauren descer do carro e foi para fora lhe ajudar. Segurou seus cabelos deixando a raiva para sentir outra hora, estava morta de preocupação com a mulher.

Foram necessários alguns minutos para que seu estômago finalmente começasse a se estabilizar, tinha os olhos lagrimejando e as bochechas vermelhas, era questão de tempo até ter uma crise de choro. Lauren correu até um barzinho um pouco afastado e comprou duas águas, voltando rapidamente em direção o carro.

Camila limpou a boca usando uma pasta de dente reserva que ficava em sua bolsa e tomou alguns goles da água, hidratando sua garganta em fogo. A morena apenas se manteve ao seu lado, segurando sua mão e acariciando seu rosto, sem conseguir evitar se martirizar pelo ocorrido.

- Sinto muito. – Murmurou quando viu os olhos castanhos se abrirem e foram direto de encontro ao seu. – Sinto muito pelo que aconteceu.

Camila suspirou sentindo se ainda pior vendo o olhar triste de Lauren, como se fosse sua culpa, como se ela pudesse evitar, sendo que foi a única corajosa ali para se levantar e defendê-las. Estava se sentindo uma covarde, lembrou-se das vezes que defendeu seus amigos de pessoas tão ignorantes quanto, mas não foi capaz de defender a mulher que amava. Além disso, ainda vinha o bônus da raiva, magoa, humilhação, vergonha por não ter sido forte o suficiente para digerir e, pior de tudo, ver como sua namorada se culpava.

- Não. – Negou, finalmente achando sua voz. Tocou seu rosto negando, sua visão começava a ficar turva e já sentia as bolsas de lágrimas se formando. – Eu que sinto muito por ter sido covarde e... e... – Não conseguiu terminar a frase, toda a frustração veio à tona em um choro desesperado e não demorou a sentir os braços firmes ao seu redor.

- Eu estou aqui.

Lauren apenas ficou consolando-a durante toda a sua crise longa de choro, querendo poder fazer mais do que somente a abraçar e beijar seus cabelos murmurando palavras de conforto. Junto com a tristeza, vinha a raiva por aquele infeliz ter estragado a noite delas que era para ser incrível, onde ela havia acabado de pedi-la em namoro e deveriam apenas aproveitar o momento e não terem a noite estragada por um velho imbecil.

Camila queria muito parar de chorar, pois começava a se sentir fraca por estar tão sensível depois do que aconteceu, mas ela não conseguia. Ela sabia sim que eram casos recorrentes, afinal de contas, Demi e Normani eram suas melhores amigas e ela sabia de histórias delas passando por coisas parecidas, mas é sempre diferente quando acontece com você. Primeiro porque você nunca espera que ninguém vá te parar no meio da rua e dar opinião sobre a sua vida pessoal, segundo porque é de uma crueldade tão grande que alguém se dê ao trabalho de estabelecer uma comunicação apenas para te ofender que chegava a ser algo difícil de acreditar que acontecia, mas acontecia.

A pior parte era saber que Lauren estava acostumada com isso, se sentia envolta em uma bolha horrível de desinformação e desinteresse porque ela mesma nunca tinha abordado esse assunto com Lauren ou lhe feito perguntas sobre, por mais que ela soubesse que era algo completamente suscetível de acontecer, infelizmente, em uma sociedade preconceituosa como a que viviam.

E não é só porque você está acostumada que deixa de doer. Você apenas aprende a lidar com a dor e a raiva de viver essas situações faz com que você não queira ficar calada se souber que isso não vai por a sua vida em risco. Felizmente elas estavam em um restaurante cheio e o agressor verbal era um velho que não aguentava nem com ele mesmo. Era ruim, sim, mas de certa forma se sentiam sortudas por não ser um grupo de homens adultos que estavam a fim de expurgar o mal do mundo, como muitos que cometem crimes contra LGBT+ se justificam. E é horrível ter que se sentir com sorte porque você simplesmente sofreu um ataque que não foi tão ruim assim, mas, quando se vive no país que mais mata pessoas LGBT+ no mundo por ano, isso é uma realidade.

Camila pareceu começar a se acalmar e por fim só queria limpar as lágrimas de seu rosto molhado. Lauren tirou um lencinho do porta luvas e ofereceu para ela se limpar, voltando a pegar a água.

- Aqui, bebe um pouco. – Entregou a garrafa para Camila, que tomou pequenos goles.

- Obrigada. – Disse relaxando as costas no banco. – Desculpe, eu realmente não queria sair e estragar a nossa noite. – Falou ao perceber que, no fim das contas, ela não tinha muito o que dizer sobre o que aconteceu.

- Meu amor, está tudo bem, eu juro. Eu devia ter te levado a um outro lugar, talvez um daqueles bares alt... – Camila interrompeu, decidida a não deixar Lauren se culpar pelas merdas que haviam sido feitas por outras pessoas.

- Não, não, eu não vou deixar você fazer isso. A culpa não foi sua, ok? – Falou da forma mais firme que conseguia, que não era lá super firme porque sua voz estava falhada por causa do choro e nasal ao extremo porque seu nariz havia entupido. – Você foi um docinho comigo a noite inteira e eu amei todas as partes dela, menos o final, que não foi culpa sua. – Lauren segurou suas mãos e as beijou, assentindo.

- Quer conversar sobre? – Perguntou ao ver que, mesmo estando bem mais calma, estava muito abalada com o acontecido.

- Sim, mas não aqui, estamos muito tempo paradas e está ficando tarde e deserto. – Alertou, tomando consciência de seus arredores.

Ah, o Rio de Janeiro, cidade maravilhosa! Você não pode nem ficar triste em paz porque acaba tendo medo de assalto.

- Tudo bem. – Lauren se ajeitou no banco, prendendo o cinto.

- Podemos ir para a sua casa? – Indagou, passando a mão nos cabelos. – Não quero que a Juju me veja assim porque não quero contar pra ela o que aconteceu, pelo menos não hoje. – Lauren assentiu, dando partida no carro.

- Claro que podemos, amor. Mas ela vai ficar bem?

- Sim, ela deve é dar graças a Deus por eu não estar lá pra dizer pra ela desligar a vídeo chamada com aquele namoradinho dela e ir dormir. – Lauren riu.

- É, acho que para ela vai ser vantagem.

- Ei. – Camila chamou, sentindo que não queria que ficasse um clima esquisito entre as duas por causa de um babaca que queria claramente estragar a noite delas. – Eu só queria deixar claro que eu amei o pedido, foi a coisa mais fofa. Você é maravilhosa.

- Você que é. – Lauren sorriu sem olhar para ela, pois estava dirigindo. – Eu estava bem nervosa.

- Você tinha alguma dúvida de que eu ia dizer sim? – Camila perguntou, se ajeitando no banco e ficando mais confortável, jogando-o mais para trás.

- Sim? Eu sei que talvez não devesse, mas sei lá, a gente nunca sabe direito. Não deveria, porque olhando em retrospectiva, você me jogou algumas indiretas. – Comentou girando o volante.

- Claro que joguei! – Camila respondeu, como se fosse óbvio. – Eu queria que você se tocasse que eu estava esperando você me pedir em namoro.

- Mas então porque você não me pediu?

- Eu fiquei com vergonha. – Confessou. – Nunca fiz isso antes, então imaginei que eu pudesse fazer algo de errado, então preferi jogar indiretas para que você fizesse isso e eu só precisasse dizer sim. Embora talvez eu não devesse ter confiado tanto nas indiretas porque só Deus sabe que eu flertava com você e você nem aí. – Lauren sorriu.

- Voltamos nesse assunto? Quando é que você vai superar que eu achava que você era hétero? – Respondeu brincalhona e assim foram pelo caminho até o Méier, aliviando e muito o clima entre as duas e da noite em si.

Chegando ao apartamento de Lauren, elas foram para o quarto e era impressionante que ela era a única mulher do Rio de Janeiro que morava sozinha e mantinha a casa como um brinco em termos de limpeza e organização, incluindo seu quarto, que era sempre impecável.

- Ei. – Lauren chamou, sentada na cama, vendo Camila procurando uma calcinha sua nas gavetas dela para ir tomar banho. De alguma maneira ela sempre deixava roupas suas na casa de Lauren, o que fez a mulher, que era um poço de organização, separar uma gaveta só para as roupas da mais nova em seu guarda roupa. – Senta aqui. – Chamou.

Camila, por outro lado, já devia ter se apropriado de umas cinco blusas suas, as quais ela não separou em lugar nenhum porque não tinha intenção de devolver, mas Lauren não sabia disso.

- Vamos conversar sobre isso. – Lauren pediu, segurando suas mãos e vendo os olhos ficarem marejados de novo.

- Não quero chorar de novo. – Murmurou já com as lágrimas escorrendo, tentou limpar rapidamente, mas a outra impediu segurando seu rosto e trazendo para perto, aproveitando para grudar suas testas.

- Pode chorar, meu bem. – Sorriu fraquinho. – Eu sei como isso dói.

- Isso é uma merda. – Disse já com a voz intercortada. – Não é justo. Não estávamos fazendo nada...

- Amor, essa é a realidade. – Beijou o cantinho de seus lábios acariciando sua bochecha. – Eu não queria que tivesse passado por isso, mas...

- Eu só não estava... preparada. – Admitiu apertando os olhos. – Durante toda a minha vida, eu nunca precisei medir os carinhos que trocavam com meus Pedro e Tiago. Claro que tínhamos senso, mas... – Negou. – Ainda estou um pouco incrédula. Não quero ter que me dosar ao estar com você.

- E você não vai. – Lauren segurou suas mãos. – Por favor, prometa para mim que não vamos mudar. – Os olhos verdes procuravam de forma incansável os castanhos. – Eu sei que isso machuca, é frustrante, eu mal conseguia dormir me sentindo impotente para caralho, principalmente nas primeiras vezes, mas nós não podemos recuar.

- Lauren, o que aconteceu...

- Eu entendo você estar com medo, vou respeitá-la, sabe que sim... Mas o que digo é que quanto mais nos escondermos, mais espaços essas pessoas ganham achando que possuem algum tipo de poder. – Camila abaixou o olhar para a cama, sabia que a namorada estava certa, mas não conseguia imaginar se passando por outra situação como aquela, mesmo sabendo que era muito possível.

- Eu estou com medo... – Admitiu novamente em um tom baixo. – Estou assustada e muito envergonhada... Não por nós duas, eu não tenho vergonha de te ter ao meu lado. Mas nós só estávamos tendo uma noite legal, amor... – Voltou a chorar, bem perto da forma como estava antes, no carro.

E Lauren novamente a abraçou, trouxe para seu peito murmurando algumas coisas bonitas e distribuindo beijinhos em sua cabeça, percebeu seus próprios olhos enchendo de água. Estava sim triste pelo ocorrido, mas era como um calo, sua dor era ver outra pessoa passando pela situação e sofrendo.

Tinha consciência que Camila nunca tinha estava na posição de uma mulher LGBT+ antes, por mais que soubesse que não era uma mulher indiferente à causa, mas era diferente ver um amigo ou parente passar por tal coisa a ser você a protagonista de toda a situação.

- Eu não vou mudar com você. – Somente saiu de seus devaneios quando a mulher disse convicta. Camila suspirou ignorando a pontada de dor ao ver os olhos verdes marejados e medonhos em sua direção, levou a mão até sua bochecha limpando as duas únicas lágrimas que escorreram. – Não vou agir como se eu tivesse alguma coisa para esconder. – Beijou seus lábios tomando consciência de que não era a única sofrendo naquela situação, era uma dor geral cada vez que uma pessoa sofria aquele tipo de violência. – Não vou dizer que estará tudo bem, eu estou com medo e essa mágoa, não sei, raiva, talvez e levará um tempo para sumir... – Assentiu colando suas testas. – Mas eu farei o possível para ir o mais rápido embora e nós... – Procurou sua mão para entrelaçar seus dedos, vendo um sorriso bonito nascer nos lábios rosados da outra. – Só segura bem firme.

- Eu vou, meu amor. Pode ter certeza disso. – Lauren falou com um sorriso, beijando seus lábios com delicadeza.

- Você... – Camila se interrompeu porque percebeu que, talvez, ela não sabia como formular a frase. – Já aconteceu muitas vezes? – Lauren assentiu pesarosamente.

- Mais vezes do que eu gostaria de dizer que sim. – Disse percebendo que a sua única opção era ser sincera ali, porque se Camila queria estar em um relacionamento consigo, tinha que entender que aquilo estava suscetível a acontecer, por mais que fosse algo muito difícil de admitir para ambas as partes.

- E... como você se sentiu, da primeira vez? Quer dizer, se quiser responder, é claro. – Lauren tomou fôlego, forçando as lembranças daquele dia horrível se reproduzirem pelas palavras que saíam da sua boca.

- Não tem problema. – Forçou um sorriso.

Não era sobre não querer relembrar, pois às vezes achava que relembrar os momentos de dor que haviam sido superados nos fazia mais fortes, era somente que doía pensar nessas coisas. Mas confiava e se sentia aberta o suficiente para falar sobre qualquer coisa com Camila, então apenas deixou que as palavras saíssem de sua boca, de qualquer jeito mesmo, apenas para que ela se fizesse ouvir e entender, deixando que seus sentimentos tomassem conta do momento.

- Eu tinha dezenove anos quando aconteceu. Eu estava naquela vibe que eu te falei, tinha chegado no Rio com o meu irmão fazia alguns meses, eu estava me descobrindo e me aceitando e conhecendo a comunidade LGBT que na época era GLS aqui no Rio e frequentando bares destinados ao público e etc. – Passou a mão nos cabelos e tirou os óculos, esfregando os olhos.

- Não precisa contar se não quiser, meu amor, eu não quero que você fique desconfortável. – Lauren fez uma negativa com a cabeça.

- De forma nenhuma, meu amor. Não estou desconfortável, eu nunca poderia ficar desconfortável com você. É só que é difícil de lembrar.

- Tudo bem. – Camila assentiu, segurando suas mãos com carinho.

- Então, como eu disse, eu estava começando a ficar confortável dentro da minha própria pele e começando a entender que tinham pessoas como eu e que elas tinham um espaço na sociedade e que eu não precisava viver me escondendo, como não faço até hoje, mas aquele acontecimento realmente me abalou. – Suspirou, pondo os óculos de volta no rosto porque às vezes ele a irritava, mas era única maneira de não ver as coisas de forma extremamente embaçada na sua frente. – Bom, eu havia arrumado a minha primeira namorada, havia contado para Vitor que havia me descoberto lésbica e ele simplesmente me apoiou, a menina era bem legal comigo, então parecia que as coisas estavam indo bem para mim. Eu também era uma aluna ótima na faculdade e os meus professores sempre me elogiavam, meu emprego era bom e não pagava mal, então estava tudo indo bem na minha vida, eu estava achando o Rio incrível, agora, com o meu olhar de adulta e tudo o que estava acontecendo na minha vida maravilhoso. – Camila assentiu e Lauren fez uma pequena pausa novamente.

Suspirou consigo mesma e prometeu não se deixar ser atingida negativamente por tudo aquilo de novo. Ela não podia deixar, porque aí significaria que os outros tinham vencido.

- Nós tínhamos ido para um bar, eu e ela, ela chamava Júlia. O bar era GLS e haviam várias amigas nossas lá, foi um momento muito divertido, mas Júlia pediu para irmos embora mais cedo porque ela começou a se sentir um pouco mal, então quando foi umas duas horas da manhã, saímos do bar e fomos andando para o apartamento dela que ficava ali no centro mesmo, perto do bar. É até perto de onde você mora. Enfim, era um trajeto totalmente normal para nós, ainda mais aos finais de semana, que haviam vários bares e baladas abertos pelo meio do caminho, então não era como se estivéssemos andando no completo deserto de madrugada, só que o problema foi que tinham sim umas partes desertas e nós estávamos distraídas conversando. Não percebemos que dois caras seguiram a gente. – Camila arregalou os olhos levemente, surpresa pelo rumo que a história estava tomando.

Como pensaram antes, havia sempre a questão de que tudo era uma merda, mas era menos pior quando era apenas uma agressão verbal do que a física. Não pela dor em si, mas sim porque a ideia de que alguém que você não conhece sentiria tanto ódio a ponto de se dispor a te agredir era algo muito doloroso para nós enquanto sociedade.

- E, em um momento, eles começaram a falar com a gente. E percebemos que eles estavam no bar, nós só não havíamos dado muita importância. – Lauren passou a mão nos cabelos. – Eles seguiram a gente e, como eu disse, começaram a falar com a gente coisas do tipo "adoramos ver duas meninas se pegando" ou "vocês bem que podiam fazer um showzinho para a gente, né?". Nós começamos a andar mais rápido e eles também, até que alcançaram a gente. Eles nos fecharam de um jeito que não conseguíamos passar e ficaram insistindo. A Júlia só sabia chorar e pedir pra ir embora enquanto eu estava quieta até então, mas não aguentei e mandei os dois irem à merda e nos deixarem em paz. – Lauren deu um sorriso amarelo. – Foi então que o cara que estava na minha frente me deu um soco no rosto e disse que era pra eu aprender a respeitar e que a gente ia fazer o que eles queriam sim, palavras dele, ele não ia "deixar nenhuma sapatão falar daquele jeito com ele".

- Meu Deus. – Camila não conseguiu segurar a reação de tão assustada que estava, embora soubesse que aquele tipo de relato fosse "normal".

- É... eles ameaçaram fazer mais alguma coisa, a Júlia correu pra ver se eu estava bem o que obviamente eu não estava porque tinha levado um soco de um homem com três vezes o meu tamanho quando uns rapazes que aparentemente saíram do mesmo bar que a gente vieram nos ajudar e espantaram eles. Eles não pareciam nem tão grandes ou tão fortes quanto, mas como eram muitos, os covardes ficaram com medo e foram embora. Eles nos levaram em casa e, infelizmente, não tinha nada o que fazer como prestar queixa nem nada, apenas deixei para lá e tentei esquecer o que tinha acontecido.

- Que horror, amor. Eu sinto muito que você tenha passado por isso. – Disse se esticando e beijando seu rosto.

- Eu fiquei muito abalada no começo, só chorava e queria ficar o dia inteiro no quarto, e depois eu percebi que se eu fizesse isso, eles tinham ganhado. O ódio deles tinha ganhado. Então eu percebi que não importava o que acontecesse, ninguém podia tirar de mim o que eu sou e o quão orgulhosa eu sou disso. Eu não sei o que teria acontecido se os rapazes não tivessem aparecido, mas eu interpretei isso como um sinal de que se o universo permitiu que eu e a Júlia fossemos salvas naquele momento, que eu não devia me abater por isso, que aquilo só iria me tornar mais forte. – Camila beijou sua bochecha.

- E tornou.

Lauren sorriu com as bochechas vermelhas com toda a atenção que estava recebendo da namorada, os carinhos no rosto, o toque sutil dos lábios em todo seu rosto, a proximidade gostosa. Já não sentia o aperto no peito que sentiu quando se esquivou de seus toques, embora soubesse que teria de ser algo trabalhado entre elas.

- Agora mais do que nunca eu quero que todo mundo fique sabendo de nós. – Camila disse baixinho, antes de se afastar. Os olhos verdes estavam clarinhos e calmos, nem um pouco parecido com a bagunça e tristeza de antes. – Vou contar para todo mundo, vou pichar sua rua e bater na sua porta de noite completamente nua. – Foi obrigada a jogar a cabeça para trás gargalhando vendo o sorriso bobo e divertido de Camila. – É sério.

- Vai gritar meu nome entre os carros que vem e vão? – Perguntou passando os braços por cintura a puxando cada vez mais para perto. – Hm? – Enfiou o rosto em seu pescoço beijando a área cheirosa.

- Não duvide de mim, dona Lauren. – A jornalista fechou os olhos abraçando com força seu pescoço, apenas se deixando levar pelos beijos e mordidas.

- Não estou, meu amor. – Sorriu se afastando antes de beijar seus lábios. – Não estou.

- É bom mesmo. – Piscou lhe devolvendo o beijo antes de se afastar. Tomou uma longa respiração assentindo em seguida, levantou-se ajeitando os cabelos. Prendeu em um coque alto desarrumado, retirando os brincos e deixando sobre a cômoda, tudo supervisionada pelos olhos verdes completamente rendidos e apaixonados. – Vem? – Estendeu a mão em sua direção. – Vamos tomar um banho, relaxar e tentar esquecer o que aconteceu hoje. – Lauren se levantou já passando os braços por sua cintura. – Foi um dia importante para nós, cheio de amor... – Foram andando abraçadas para o banheiro enquanto trocavam selinhos. – Carinho e...

- Espero que muito sexo. – A farmacêutica disse descendo a mão para sua bunda, onde apertou de leve, somente para fazer Camila arrepiar e quase engasgar.

- Eu iria dizer compreensão, mas você empregou melhor a palavra. – Sorriu. – Não importa o que digam, o que façam nem o que pensem de mim... – Arrastou os dedos pelo rosto da namorada, admirando a beleza e a singularidade de seu rosto e todo amor refletido ali, mesmo em conjunto com o desejo aflorado. – Será sempre ao seu lado que eu vou querer estar.

Beijaram-se mais uma vez antes de retirarem as roupas e entrarem para o banho, onde demoraram bastante, não tinham intensão de saírem tão cedo. Aproveitar cada momento juntas era o plano e o executaram. Foram dormir quase quando o sol estava aparecendo, Camila se sentia outra mulher com o peito leve e livre para finalmente compartilhar o mundo com o mundo a felicidade que a mulher ao seu lado lhe fazia sentir.

Era estranho pensar que o ato que mais deveria faze-la ficar com medo e hesitante quanto assumir Lauren, era um dos motivos pelos quais queria fazer aquilo, não para afrontar ou coisa do tipo, mas para deixar claro que o ódio nunca iria superpor todo o amor que compartilhavam. E pela primeira vez desde tudo não sentiu medo, talvez apenas um pouco, mas era preenchida pela coragem, força e determinação de sim ser feliz e fazê-la feliz. 

ENTÃO CORNAS E AI?????????????

BRINCADEIRA GENTE EU NÃO SEI SE VOCÊS JÁ FORAM OU SÃO CORNAS MAS NÃO INTERESSA PRA MIM SE TÁ LENDO FANFIC É GADO SIM NÃO GOSTOU FAZ UMA TESE ME REFUTANDO AI QUE EU QUERO VER 

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO DESSA XOXOXA (é uma xoxota xoxa) E QUE COMENTEM POR FAVOR O QUE ACHARAM

CANSEI DE FALAR QUE AMO VOCES PORQUE NINGUÉM ME RESPONDE E NÃO SOU TROUXA ENTÃO FODA-SE VAI TOMAR NO CU

MAS OBRIGADA POR LER E PELO CARINHO COM A FANFIC <3

ESPERO QUE VOCES ESTEJAM DANDO E QUE SE NÃO ESTIVEREM ESSA MENSAGEM TENHA O PODER DE FAZER VOCÊS DAREM

É ISTO ATÉ SÁBADO QUE VEM ESPERO QUE DURANTE A SEMANA VOCES DEEM ATÉ UMA SAPATAO PERDER O ANEL DE COCO NA PPKA DE VOCES

BEIJOS DE LUZ NO BICO DO PEITO DURO

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