• My Little Piece Of Happines...

Від mochideleite21

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> Adaptação < (Vhope version ) 📌 Depois de se livrar de um relacionamento abusivo ao qual ficou preso por qu... Більше

hey babes!
• A New Start •
• First Contact •
• Attraction •
• Danger •
• Maybe I like the danger •
• Sweet Creature •
• Sweet Surprise •
• Show me how to be whole again •
• It Looks like a family day •
• I'm in love with Hoseok, and an his little things •
• He makes this feel like home •
• You don't know you're beautiful, that's what makes you beautiful •
• Once Upon A Time... •
• Yes, I do. •
• Happiest than ever •
• The best gift that life gave me •
• Unexpected visit •
• My safe place •
• Jealous •
• New family member •
• To be loved and to be in love •
새로운 fanfic
• Confidence •
• Daddy •
• Do you wanna marry us- •
• Plans •
• Scared •
• Discovering •
• He will be my light •
• Little gossipers and private sun •
• kim-jung •
• To Belong •
• Taehyung B-day •
• I feel safe in your arms •
• Happy days, birthday parties and unwanted returns •
• You're still the one •
• I'll protect them at all costs •
Nova adaptação ( Look After You )
• More happy than I ever asked for •
• The first day of the rest of my life •
• Welcome to the world, Kim Jung Chaeyoung •
• A happy moment •
• Little things •
• Truly, madly, crazy, deeply in love •
Before you go ( fanfic nova )
• Cause you light up the path •
• Life is better by your side •
How did I fall in love with you ( aviso)
• Omg, i'm pregnant again •
• Heaven is by your side •
• The best of me •
Oioi
• The luckiest guy in the world •
• I feel like life is smiling for me •

• Fullness •

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Від mochideleite21


(Comentários? Pls?) 







Pov Hoseok. 





.

Hoje Taehyung e eu teríamos nossa primeira consulta referente a minha gravidez. 

Fazia uma semana desde que eu ficará sabendo estar grávido e três dias desde que Taehyung soube que seria pai novamente. Nós estávamos envoltos em uma bolha que era apenas nossa, ninguém além de Jennie sabia ainda sobre a minha gravidez e estávamos planejando como iríamos contar, mas sabíamos que seria motivo de muita alegria tanto para minha família quanto para a dele. 

A forma como Taehyung tem me tratado desde que soube sobre nosso bebê era simplesmente cômica para mim, já que parecia que eu poderia quebrar a qualquer momento e aquilo realmente não era necessário, mas também não é como se eu estivesse reclamando. 

Eu tenho perdido boa parte dos meus dias me olhando no espelho e esperando encontrar alguma mudança visível em meu corpo, mas nada pode ser notado ainda e eu sei que preciso ter paciência até que meu bebê possa dar as boas vindas e começar a fazer seu papai virar uma bolinha.

É uma sensação maluca saber que ele está ali dentro de mim e que foi feito com tanto amor por mim e por Taehyung. Já que, sim, ele foi feito com muito amor. Tudo que envolve Taehyung e eu transborda amor e com nosso filho não seria diferente. 

Sentado na cama de Taehyung (que logo seria minha também), eu observo meu homem andando de um lado para o outro no quarto enquanto se arruma para me levar até a consulta. Eu tenho em mãos um pequeno body vermelho com a imagem de uma âncora estampada e eu não consigo parar de sorrir para a pequena peça de roupa desde que Taehyung chegou com ela aqui ontem, embrulhada em um papel colorido quase tão bonito quanto o sorriso de expectativa que ele carregava no rosto ao esperar eu ver o presente. 

Se eu chorei? 

Puff! Mas é claro que não!

Okay, okay. Talvez eu tenha chorado um pouco, mas ninguém pode me julgar. Eu estava realizando um dos (se não O) maiores sonhos da minha vida e foi impossível evitar que algumas lágrimas caíssem quando Taehyung chegou com aquele mimo, o primeiro presente de nosso bebê. 

Nosso bebê... 

Sorri com esse pensamento. Será que seria parecido comigo? Com Taehyung? Uma mistura de nós dois? Eu não devo estar nem de dois meses ainda e já não consigo segurar a ansiedade de tê-lo em meus braços. 

Passo a ponta de meus dedos de leve pela peça pequenina de roupa e imagino meu bebê usando aquilo. Vai ficar tão lindo. Levantei minha cabeça e pude ver que Taehyung me olhava através do espelho, seus olhos âmbar pareceriam brilhar em um tom ainda mais escuro e intenso e a covinha estava bem funda em sua bochecha. 

— Eu te amo. — Sua voz grave alcança meus ouvidos e suspiro fundo com a sua confissão que não é novidade para mim, mas mesmo assim eu amava ouvir. 

— Eu te amo. — Devolvo com a mesma intensidade e o mesmo amor com que aquilo me fora dito.

— Vamos? — Ele me chama quando já está devidamente vestido e eu aceno em concordância, levantando da cama e dobrando o body, colocando o mesmo na primeira gaveta da cômoda de Taehyung, junto com a pantufinha que eu tinha lhe dado e os testes de gravidez. 

Parece que não sou o único a gostar de guardar algumas coisas de lembrança. Essa gaveta de Taehyung era destinada a coisas minhas e das gêmeas, e agora também de nosso bebê. Ali tinha o cartão que eu tinha dado junto com a flor que lhe entreguei uma vez, a corrente com pingente de avião (que estava agora em seu pescoço) e alguns desenhos e presentes de nossas garotas. 

Isso me fazia lembrar da caixa que eu tinha muito  bem escondida em meu guarda roupas mas que, agora, se eu não tivesse a intenção de me desfazer dela, seria de conhecimento de Taehyung também, já qu eu me mudaria pra cá e ele iria acabar vendo junto com os meus outros pertences que seriam trazidos a sua casa. 

Nossa, era surreal como minha vida mudou tanto em tão pouco tempo. Eu iria me mudar para morar com Taehyung, iríamos construir nossa família, nossa casa e nossa vida a dois. Ficamos acordados de que eu alugaria a minha casa com os móveis que estavam dentro dela e viria definitivamente para cá. Taehyung me disse que não queria estar longe de mim quando eu começasse a ter desejos, quando a minha barriga começasse a aparacer e que não gostaria de perder nenhum momento de minha gravidez. Mas eu também não gostaria que ele perdesse nada disso. Eu queria ter seus braços em volta de mim quando os hormônios me deixassem sensível. Queria saber que eu tenho alguém ali por mim quando eu sentir vontade de comer algo inusitado as três horas da madrugada, ou quando o bebê der o seu primeiro chute. Eu quero ele e quero minhas gêmeas acompanhando cada passo disso. 

Já estávamos dentro do carro a caminho do consultório da obstetra e ouviamos algumas músicas enquanto conversávamos e fazíamos planos. 

Era gostoso planejar. Gostoso ouvir Taehyung falar sobre um dos quartos de hóspedes virar o futuro quarto do nosso bebê, ou em como ele não queria uma decoração clichê demais. Era gostoso ouvir ele me dizer que precisaríamos fazer algumas mudanças em nossa casa (sim, nossa casa) para se adaptar a chegada de um bebê. Era gostoso (e engraçado também) ver ele pesquisando por babás eletrônicas, berços portáteis e proteção para escada. Até mesmo mordedores ele estava pesquisando. Por Deus! A criança nem nasceu ainda e ele já está pensando na fase da dentição. 

Taehyung era um bobo. Ele era um pai incrível para as gêmeas e seria um pai incrível para esse bebê também. Assim como seria, já é, na verdade, um marido incrível para mim. Espero corresponder pra ele metade do que ele me faz e o fazer tão feliz quanto ele tem me feito. 

Fiquei tão perdido nos meus próprios pensamentos que quando fui perceber, estávamos estacionando em frente a clínica e o relógio marcava exatas 10:57am. Minha consulta seria as 11:30 e chegamos bem adiantados para que meu prontuário de atendimento pudesse ser feito, assim como foi pedido no telefone pela moça que agendou meu horário. 

De mãos dadas, caminhamos para dentro do local, nos deparando com um ambiente agradável, pequeno e extremamente aconchegante. Assim que entramos, demos de cara com um balcão e uma sorridente recepcionista sentada atrás de um computador. 

— Olá, bom dia. — Ela nos saudou e eu sorri pra ela, parando com os braços escorados no mármore que formava a bancada e tendo as mãos de Taehyung apoiada em minhas costas. 

— Bom dia. — Taehyung e eu respondemos em uníssono. 

— Em que posso ajudá-los? — A loira de cabelos platinados era extremamente simpática e em seu crachá dizia o nome "Bleta Rexha". 

— Temos uma consulta com a Dra. Cinthia. — Foi Taehyung a respondê-la e eu apenas assenti com um aceno de cabeça. 

— Pode me dar um documento com foto, por favor? — Entreguei a ela minha carteira de habilitação e ela passou a me fazer algumas perguntas e preencher um formulário online. — Vamos pesar, Hoseok? — Ela me encaminhou a uma salinha com uma balança e Taehyung teve que ficar na recepção nos esperando. 

Ela pediu para que eu retirasse meu sapato e eu o fiz, ficando apenas de meia e subindo na balança. Eu tinha minhas mãos cruzadas em frente o corpo de forma tímida e torcia meus dedos um no outro enquanto esperava que ela conseguisse me pesar. 

— Sessenta e sete quilos. — Ela me disse ainda sorridente e me ajudou a calçar novamente o meu tênis. 

— Nossa. — Me espantei ao ver que eu tinha engordado dois quilos desde a última vez em que tinha me pesado. — Tudo isso? — Fomos caminhando de volta pelo mesmo corredor que nos levaria a recepção. 

— É normal, se acostume. — Ela dizia enquanto caminhava ao meu lado. — Seu bebê vai ocupar muito espaço, então você vai acabar engordando um pouco. 

— Obrigado, Bleta. — Agradeci assim que avistei Taehyung me esperando e fui até onde ele estava sentado. — Sun, eu já engordei dois quilos. — Contei de forma espantada. 

— Nosso bebezinho tem que crescer, amor. — Ele envolveu os braços em torno da minha cintura e me manteve bem perto de si, deixando um beijo no meu pescoço e arrancando de mim uma risadinha. 

— Eu estou com medo de virar uma bola ambulante. — Sim, eu tinha esse medo. Kai tinha me dito tantas coisas sobre meu corpo que era difícil me aceitar, eu tinha medo de que Taehyung não me achasse mais atraente caso eu engordasse muito durante a gravidez. 

— Vai ser a bolinha mais linda de todas. — Sua mão desceu até minha barriga e ele fez um carinho ali. 

Era nisso que eu precisava me focar. Taehyung não era Kai. Taehyung era Taehyung. Cheio de amor e todo sorrisos. O único homem que eu amei de verdade e que transbordava gentileza em cada ato. Aparência não era importante pra ele. Ele me amaria de qualquer jeito e em qualquer forma, porque ele sabe que a beleza vai bem além do que uma balança mostra. 

— Jung Hoseok. — Ouço uma voz chamar meu nome e me levanto com Taehyung logo atrás de mim, com uma de suas mãos apoiada em meu ombro. — Por aqui. — Dra. Cinthia nos guia pelo mesmo corredor onde eu tinha me pesado e abre a porta do que deveria ser a sua sala de atendimento. Dou uma analisada pelo local e gosto do que vejo. Tudo é bem decorado e em tons claros, extremamente elegante e combina com a mulher que se senta na cadeira atrás da mesa, indicando duas cadeiras a sua frente onde Taehyung e eu devemos nos sentar e nós fazemos. 

Ela começa a me encher de perguntas e eu respondo cada uma delas de forma tímida no começo, já que algumas coisas são bem intimas, até que a consulta vai ficando bem descontraída e eu acabo me soltando um pouco. 

— Mas então você tomava seu remédio certinho? — Ela me questiona quando eu a pergunto sobre a falha nos anticoncepcionais. 

— Sim, tomava, nunca fiquei um dia sem. — Levo uma de minhas mãos até a coxa de Taehyung e descanso a mesma ali. 

— Bom, é um método seguro sim, Hoseok, mas pode ter falhas. — Ela pensa um pouco, tentando achar uma resposta. — Alguns remédios cortam o efeito dele e poucas pessoas sabem disso. 

— Os antibióticos! — Taehyung exclama ao lembrar. — Hoseok pegou uma gripe e tomou antibióticos por um mês. 

— Já temos a sua resposta. — Ela sorri doce para mim e eu me sinto um burro por não ter pensado nisso antes. — Antibióticos cortam o efeito dos anticoncepcionais, assim como remédios tarja preta também cortam. Quando se faz o uso de algum desses medicamentos, é importante que usem camisinha ao terem relações. 

— Eu vou me lembrar disso no futuro, agora não adianta mais. —Solto o ar pela boca de forma frustrada. Não é como se eu tivesse triste por estar grávido, muito pelo contrário, mas se eu soubesse dessa informação antes, as coisas teriam saído como estavam sendo planejadas. 

— Bom, Hoseok, vamos aos cuidados? — Passei a prestar completa atenção ao que ela dizia, já que eu era um gestante de primeira viagem e iria me cuidar da melhor forma possível para que meu bebê fosse saudável. — Vou passar uma receita de ácido fólico para que você comece a tomar desde já, okay? — Assenti e ela prosseguiu. — Ele vai proteger seu bebê de várias doenças assim como também te prevenir de ter anemia durante a gestação. Também é recomendado que você mantenha uma alimentação rica em vitamina D e eu recomendo que você cima bastante frutas, legumes e verduras. — Ah pronto! Agora ela estava falando a língua de Taehyung. Era certeza que ele me obrigaria a comer esse tipo de coisa, com a médica recomendando então, agora que eu vou sofrer. 

— Vou me certificar que ele mantenha uma alimentação saudável. — Estreitei os olhos para Taehyung quando ele disse isso. Eu aceitei como uma ameaça, já que o sonho dele era me fazer comer muitas folhas. Não que eu não gostasse, mas não era a base da minha alimentação. 

— Sim, papai Taehyung, eu conto com a sua ajuda para manter esse mocinho saudável.  

— E sobre as restrições? — Taehyung perguntou e eu voltei a me atentar na conversa. Eu me mantinha tão quietinho que nem parecia que estava ali. 

— Ele deve evitar alguns chás e coisas a base de canela, porque são abortivos. Também não o deixe vir com o papo de que "está comendo por dois", engordar demais não é saudável e pode acarretar em problemas de pressão. 

— E sobre... — Taehyung me olhou com uma expressão de dúvida antes de proferir: — E sobre sexo? Podemos normalmente?

— Taehyung! — Exclamei envergonhado assim que a pergunta escapou de sua boca. Aproveitei que minha mão já estava em sua coxa e deixei um beliscão ali, fazendo ele puxar a perna para longe e soltar um ofego de dor. 

— Tudo bem, Hoseok, essa é uma dúvida comum. — Dra. Cinthia riu de meu embaraço e prosseguiu. — Respondendo a pergunta: sim, pode! É saudável para ambos e vocês podem manter as relações sexuais até quando Hoseok se sentir confortável com isso. Sexo oral também pode e também é saudável. 

— Obrigado, Dra. — Taehyung respondeu, alisando a perna onde eu tinha deixado o beliscão, me levando a rir um pouco, mas ele tinha me constrangido. Ele não precisava fazer essa pergunta pra médica, eu poderia pesquisar em casa depois sobre isso. 

— Aqui está os exames que você vai ter que fazer e me trazer no próximo mês, tudo bem? Agora você pode ir até aquela sala e colocar o avental, vamos fazer uma ultrassom interna para saber de quanto tempo de gestação você está. 

Fiz o que ela pediu e realizamos o procedimento. O feto estava com cinco semanas e aparentava estar saudável. Quando a questionamos sobre a possibilidade de ser gêmeos, já que havia casos assim na família, ela disse que dessa vez era apenas um, pelo que ela pode ver, mas que haviam casos em que um dos bebês se escondia atrás do outro, por isso ela não iria descartar a possibilidade. Ela ainda nos mostrou na tela uma pequena bolinha que disse ser nosso bebê. Eu não entendi nada ali, mas nunca amei tanto algo em minha vida quanto eu tinha amado aquilo. 

Pedimos uma cópia do exame e ela nos deu. Aquilo iria para a mesma gaveta dos testes de gravidez, seria uma recordação. 

— Viu que linda a nossa bolinha, amor? — Taehyung me disse quando já estávamos dentro do carro, voltando para casa e eu analisava a imagem de todos os ângulos possível.  

— Eu não consigo entender nada aqui. — Espremi os olhos, realmente tentando ver algo ali. 

— Sim, eu também não consigo. — Acabei por rir de sua conclusão. Ele não entendia nada do que tinha ali, mas achava lindo da mesma forma. 

Recostei a cabeça no banco do carro, sentindo a brisa fresca entrar pela janela aberta. Minha mão acariciando a minha barriga e uma felicidade explodindo em meu peito. 

Eu sabia que Taehyung se sentia da mesma forma. 


•••


Decidir como contar pras gêmeas sobre o novo bebê não foi fácil. Elas eram crianças de quatro, quase cinco, anos de idade e não sabíamos como iriam reagir. 

Claro que elas ficariam enciumadas, mas nós nos certificariamos de que elas soubessem que são muito amadas e que a chegada de mais uma criança não vai mudar o que Taehyung e eu sentimos por elas. 

Nossas férias finalmente haviam começado e agora apenas Taehyung iria estar fora durante o dia em casa. Então, eu estou aguardando ele chegar para que possamos juntos dar a notícia as meninas. Elas seriam as primeiras a saber sobre o bebê, nada mais justo do que isso. 

Fiz um jantar simples e dei banho nas duas, colocando pijamas nelas e as deixando na sala assistindo desenhos enquanto fui tomar meu banho. Quando estava terminando de enxaguar meu cabelo, escuto duas batidas na porta. 

— Oi? — Pergunto. 

— Já cheguei, amor. — A voz Taehyung alcança meus ouvidos e eu sou rápido em terminar meu banho, colocando um pijama também e deixando meu cabelo secar naturalmente. 

Taehyung toma um banho também e vamos até a sala de jantar para fazer nossa refeição. Como hoje foi o último dia de aula na escola, as meninas estavam empolgadas em contar sobre nossa confraternização e eu as ajudava, já que foi preparada por mim e aquilo tinha sido motivo de orgulho pra elas. 

Aliás, elas amavam falar pros seus coleguinhas da escola que eu era o seu "papai" e eu amava mais ainda confirmar a informação quando as crianças vinham me perguntar se era verdade. 

Quando terminamos o nosso jantar, era por volta de oito horas da noite e ainda tínhamos um tempinho até que nossas filhas se sentissem sonolentas. Aquele era o momento ideial para introduzir o assunto. 

— Filhas? — Taehyung e eu estávamos deitados juntos em um sofá e as meninas dividiam o outro. 

— Huh? — Foi Minjae a responder, mas ambas nos olharam. As mãozinhas delas estavam entrelaçadas e o cabelo estava começando a ficar bagunçado devido a agitação que elas estavam anteriormente no sofá. 

— Sentem direitinho porque nós precisamos conversar com vocês. — Ainda de mãos dadas, elas se sentaram uma ao lado da outra, as perninhas balançando no ar uma vez que não alcançava o chão. 

Era difícil introduzir o assunto e eu não sabia por onde começar. Taehyung, aparentemente, também não, já que ele se manteve em silêncio, me olhando de relance algumas vezes enquanto as meninas permaneciam em silêncio nos encarando. 

— Filhas, vocês sabem que quando dois adultos estão juntos e se amam eles namoram, sim? — Aquilo era uma forma meio tosca de falar com uma criança e eu revirei meus olhos. Deus, eu vou casar com o homem mais lerdo do mundo. 

— Aham, e casa tamem. — Minseo mostrou ter compreendido o ponto de Taehyung e ele sorriu orgulhoso. 

— Você vai casa com o papai Hobie. — Minjae emendou a fala da irmã. 

— Sim, vamos nos casar. — Taehyung pegou minha mão e depositou um beijo no dorso da mesma.

— Só que quando dois adultos se amam, as vezes o amor não cabe dentro deles. — Resolvi me pronunciar pela primeira vez. — Ai, eles dão um jeito de transbordar esse amor. 

— Non intendi. — Minseo fez uma caretinha fofa de dúvida, me fazendo rir. Aquilo estava sendo mais difícil do que eu pensei. 

— Tamem non. — Minjae embalou. 

— Quando o amor que os papais sentem é muito grande, eles fazem bebês. — Taehyung foi mais prático e elas pareciam estar começando a entender onde queríamos chegar. 

— O papa e eu nos amamos tanto, mas tanto, que decidimos fazer um bebê. — As duas olharam em volta da sala a procura de algo e, quando não acabaram, se voltaram para a gente novamente. 

— Onde tá? — Minjae nos perguntou enquanto Minseo se manteve quietinha, apenas prestando atenção na conversa. 

— Tá aqui, amor, olha. — Taehyung levou a palma da mão até minha barriga, acariciando ali. 

— Você egoliu ele, papai? — Minseo perguntou novamente e Harry gargalhou. 

— Não, amor, não engoli. — Coloquei minha mão em cima da palma da mão de Taehyung, que estava em cima de minha barriga e acariciava a mesma por cima da blusa de tecido fino que eu usava. 

— Como ento aí? — Senti um calor subir por minha bochecha com a sua pergunta, olhando para Taehyung em busca de ajuda. 

— Como entrou aqui, Taehyung? — Arqueei uma de minhas sobrancelhas em sua direção. 

— O papa tem uma coisa que se chama "sementinha do amor", a gente só dá ela pra quem a gente ama e quando queremos fazer um bebê com uma pessoa. — Ele começou a explicar e estava se saindo extremamente bem, até eu estava atento a história que ele contava. — O amor do papa e do papai ficou tão, mas tão grande, que o papa deu uma dessas sementinhas pra ele e agora o bebê está crescendo na barriga dele. 

— Cadê a semete? — O interrogatórios era feito somente por Minjae, Minseo ainda continuava em silêncio, a testa enrrugada em concentração e ela prestava atenção em tudo calada. 

— O papa deu ela pro papai. — Meus olhos provavelmente estavam brilhando ao ouvir o diálogo que se desenrolava em minha frente. 

— Onde que coloca ela? — Oh menina curiosa. Ela não podia fazer igual a irmã dela e ficar quietinha? 

— Aqui no umbiguinho dele. — Taehyung cutucou meu umbigo com o dedo indicador e eu deixei uma risadinha escapar. — Aí ele fica aqui na barriga do papai. 

— Non é escuro lá? — Sua voz melodiosa e infantil se exaltou um pouco, parecendo realmente assustada com a hipótese. 

Minhas filhas não eram muito fãs de escuridão. 

— Não é escuro, é aconchegante, o bebê gosta. — Eu respondi, mas ela não pareceu se convencer muito. 

— E ele non tem fome? — As dúvidas estavam ficando menos embaraçosas e o interrogatório estava até que gostoso de responder. 

— Não tem fome porque eu dou comidinha pra ele. Tudo que o papai come, o bebê come também. — Minseo ainda se mantinha em silêncio e seu olhar alternava entre minha barriga e meu rosto, as vezes olhava para Taehyung também, mas voltava para mim em seguida. 

O silêncio dela era perturbador, mas me lembrou de quando eu os conheci, que ela era mais quieta e Minjae era quem fazia as perguntas. 

— Poque coloco ele lá, papa? — E voltamos nós as perguntas difíceis. 

— Porque o bebê tem que crescer na barriga do papai primeiro. — Taehyung era todo paciência ao falar com elas. 

— Igual Kwan? — Ela perguntou e parece que finalmente conseguimos colocar na cabeça dela. 

— Sim, amor, igual ao Kwan. — Eu respondi, torcendo para que aquele interrogatório chegasse logo ao seu fim. 

— Sua barriga vai crece? Igual da tia Jen? — Sorri com essa pergunta, afinal, eu estava ansioso por esse momento. 

— Sim, vai ficar grandona igual da tia Jennie. 

Houve um silêncio depois disso. Acredito eu que elas estavam digerindo a informção, talvez compreendo aos poucos. Eu não esperava que fosse rápido de qualquer forma. 

Mas então, com um pouco de dificuldade, Minseo, que se manteve quieta durante todo o tempo em que conversavamos, soltou a mão de Minjae e desceu do sofá, caminhando em nossa direção. Quando ela parou na minha frente, ainda quieta, passou a me analisar, mordendo o lábio rosado.

Fiquei um pouco apreensivo, Minjae parecia ter entendido, mas eu tinha medo de uma negação por parte de alguma delas. Mas, o que veio a seguir, foi inusitado (ou nem tanto, já que Minseo tinha a curiosidade nas pontas dos dedos enquanto Minjae tinha na ponta da língua, uma era mais de tocar e a outra de perguntar), minha menina ergueu minha camiseta e tocou minha barriga com a palma de sua mão pequena, se abaixando na minha frente em seguida e olhando através do meu umbigo, me levando a rir. Taehyung olhava a cena de forma admirava e Minjae encarava a irmã do sofá onde continuava sentada. 

— Sai daí, nenê.  — Ela falou com a barriga. — Eu quer bincar com você. 

Acabamos por rir da cena. Taehyung soltou a sua gargalhada estranha que eu tanto amava ouvir e eu sorri tanto, que as ruguinhas apareceram em meus olhos. 

— Ele não pode sair agora, amor. — Ela ainda continuava abaixada na minha frente e tentava enxergar algo através do meu umbigo. 

— Poque non pode, papai? — Minseo perguntou e eu já estava preparado para um segundo interrogatório. 

— Ele ainda é muito pequeninho, temos que esperar ele crescer um pouco ainda. — Tentei explicar da forma mais simples possível. 

— Ele ecuta eu falar com ele, papai? — Ela me perguntou e eu ponderei a resposta por um momento. Não, o bebê não a escutava ainda, mas uma pequena mentira branca não iria fazer mal em meio a tantas que já contamos a elas hoje. 

— Sim, ele escuta, só não pode responder ainda. — Acariciei seu fios loiros e vi o momento em que Minjae também desceu do sofá para se juntar a irmã. 

— Conversem com ele. — Taehyung instigou e eu me deitei no sofá, tendo os três ajoelhados no chão em minha frente. Ergui minha camiseta até a altura de meu peito, deixando a barriga livre para eles.

— Oi, amor. — Taehyung quem começou, e aquilo já estava se tornando um hábito. Todos os dias ele tinha que falar com o bebê. — O papai tá tão ansioso pra sua chegada. 

— Oi, nenê, eu é sua ermã. — Minseo falou, colando a boca na minha barriga. 

— Como ele chama, papai? — Minjae perguntou. 

— Não tem nome ainda, amor. — Ainda não havíamos apelidado o bebê de nada, só o chamávamos de neném ou bebê. 

— Hummmm. — Ela ficou pensativa. — Ele pode se Boo Bear, igual vovó San disse que você é. 

— Oi, Boo, eu ama você. — Minseo deixou um beijo estalado em minha barriga. 

— Eu ama você tamem, Boo Bear. — Minjae foi a próxima a beijar minha barriga. 

— Eu não te disse, boo? Suas irmãs são incríveis. — Taehyung Sussurrou para minha barriga. 

— Papai? Poque tá chorano? — Minseo se preocupou quando me viu limpar as lágrimas. 

Droga de hormônios!!! 

— O papai tá feliz, amor. É que eu amo tanto vocês. 

— Nois ama você tamem, papai. Ama você e ama nosso Boo. 

— Nois ama sim, papai. — Minjae confirmou o que Minseo tinha me dito. 

Taehyung apenas se mantinha sorrindo e beijando minha barriga, acariciando a mesma e conversando com o bebê. 

— Eu te amo. — Taehyung se levantou apenas para me dar um beijo e roçar seu nariz no meu de forma tão amorosa. 

— Eu te amo, muito, para sempre. — Mordi seu lábio inferior, sorrindo entre o beijo e tendo as meninas ainda ajoelhadas no chão próximas a minha barriga. 

Aquele momento me deixou pleno. Se a algum tempo atrás eu estava tão vazio, agora eu estava cheio. Cheio de sentimentos bons. Eu estava transbordando na verdade. Transbordando amor por aqueles três seres que beijavam minha barriga e conversavam com ela. Cheio de gratidão pela vida e tudo que ela tem me proporcionado. Cheio de amor pelo meu bebê que sequer havia nascido ainda. 

As meninas não desgrudaram de mim desde então, cuidando de mim assim como o pai estava fazendo e, naquela noite, eu não consegui dormir de conchinha com as mãos de Taehyung segurando minha barriga de forma protetora, já que as meninas quiseram dormir com a gente e eu acabei dormindo no meio delas, com cada uma me abraçando de um lado. 

E foi uma noite tranquila, mais feliz do que a anterior e menos do que a que eu teria no dia seguinte. Porque a vida com Taehyung e as meninas eram assim, os dias se superavam e a cada dia eu tinha mais motivos pra agradecer.

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