Nós Crescemos [✓]

By Mogridd

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[ESSA É A CONTINUAÇÃO DE - "VOCÊ CRESCEU".] Depois da noite onde Dilan e Lory choraram nos braços um do outro... More

Dedicatória.
Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Contos da Duologia. Venham ler!

Epílogo.

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By Mogridd


Dilan.

— Eu não vou fazer isso. – Falei seriamente, e Tessa revirou os olhos.

— Ok, gente, o senhor certinho está fora da brincadeira. – Tessa anunciou jogando areia em mim, encarei seu rosto banhando pelo luz amarelada da fogueira, e ela sorriu de maneira debochada para mim. Desviei o olhar quando Lory me olhou, seus olhos castanhos ganhando uma cor diferente por causa do fogo. Podia sentir o calor da fogueira batendo em minha pele, o vento gelado da maresia invadindo meus pulmões e os lábios secos.

   Passei as mãos pelos cabelos ondulados por causa da água salgada, e foi impossível não olhar para o garoto de cabelos pretos que levava uma garrafa de cerveja á boca.

— Que foi, Trevor? – Indaguei tocando o chão arenoso. A areia abaixo de mim não chega a incomodar.

— Qual foi, Lan. Da última vez que brincamos com algo envolvendo bebida, você não participou. Joga só dessa vez. – Pediu sem tirar seus olhos verdes dos meus. Suspirei com força, sentindo o olhar de Lory sobre mim.

— Eu não sou a melhor pessoa com bebida. Falo coisas que não deveria, não vou participar disso. – Avisei firmemente. Peter, que estava do outro lado da fogueira, ao lado de Lory, riu. Juntei as sobrancelhas com seu ato.

— Todos fazemos isso quando estamos bêbados. — Peter comentou com um sorriso grande, tirando a garrafa das mãos de Lory e bebendo. — Talvez esse seja nosso último dia juntos, não sabemos quando voltaremos a nos encontrar, então, o que custa? – Indagou oferecendo a garrafa para mim. Engoli em seco, voltando meu olhar para a menina com cabelos, que mesmo sendo castanhos, pareciam ruivos por causa do fogo. Lory sorriu de leve, assentindo com a cabeça.

— Aceite logo essa merda, Dilan. – Becca mandou jogando uma garrafa em meu colo. O vento ficou forte, fazendo areia brincar ao nosso redor.

  Peguei a garrafa gelada, me ajeitando na areia e escutando as ondas quebrando perto de nós. Com um longo suspiro, abri a tampa, deixando o líquido gelado descer por minha garganta.

— Jogo aceito. – Falei após um longo gole, o que resultou em gritos altos de comemoração naquela praia solitária com o céu laranja escuro.

— Assim que se fala – Tessa gritou se levantando da areia macia e caminhando até dentro da casa de praia. Todos ficamos em silêncio, não sabendo muito bem para onde ela estava indo. — Vamos logo? Temos uma casa para sujar. – Avisou com um sorriso grande. Becca foi rápida em caminhar até ela e pular em suas costas.

— Não precisa nem mandar. – Melanie avisou se levantando e trazendo Trevor consigo ao segurar sua mão.

   Com a garrafa em mãos, observei os casais que caminhavam abraçados até á casa de praia. Meus olhos caíram em Lory e Peter, que sorriram para mim.

— Tudo bem. – Suspirei por fim, e os dois bateram nas mãos se levantando e me puxando para dentro de casa.

   O lugar e aconchegante e quente, bem diferente de lá fora, onde as ondas cristalinas gelam toda a areia.

— Você é boa com bebida, Lory? – Peter indagou ainda segurando meu braço. Eles acham que eu vou fugir?

— Não. – Respondi rapidamente por ela. — Da última vez, ela vomitou o quarto inteiro do Trevor e ainda ficou flertando comigo. A parte do flerte eu gostei, mas o vômito não cheirava muito bem. – Avisei com calma, e Lory pisou em meu pé, me soltando e caminhando com rapidez até os outros.

— Acho que ela não gostou de você ter falado dos podres dela. – Comentou rindo e me soltando. Ri junto a ele, seguindo até os outros.

— Cadê Ben e Emily? – Lory indagou prendendo o cabelo ondulado em um coque desengonçado.

— Foram dormir. Aqueles dois estão para tiozinhos. – Trevor avisou tirando a mesa  de madeira do meio e pedindo para todos sentaram em volta do tapete vermelho. Fizemos o que foi pedido. Lory sentou ao meu lado, apoiando a cabeça em meu ombro. — Agora vamos brincar de: quem já, bebe uma dose. – Trevor avisou deixando duas garrafas cheias no centro da roda, junto de várias copos de vidro.

   Foi impossível não me sentir nervoso ao ver o sorriso travesso crescendo nos lábios de Melanie.

— Quem começa? – Trevor indagou, fazendo meu coração pular.

— Eu. – Melanie avisou. Senti Lory se mexendo ao meu lado, ela parecia animada, bem diferente de mim. Tremi quando os olhos azuis da ruiva caíram em mim.

— Não ouse falar isso. – Pedi rapidamente. Melanie sorriu, falando logo em seguida:

— Quem já beijou Dilan Peterson. – Meu coração pulou com força ao escutar aquelas palavras saindo de sua boca. Eu e Trevor nos olhamos rapidamente, completamente envergonhados.

— Mel – Trevor chamou sua atenção, e ela riu.

— Que foi, Trevor? Tome logo uma dose. – Pediu com um sorriso suave, enquanto levava o copo até a boca.

    Fechei os olhos com força, meu rosto inteiro queimava.

— Vocês se beijaram!? – Vozes em uníssono indagaram em gritos. Soltei o ar com calma, tentando acalmar meu coração.

— Din, você já beijou o Trevor? – Lory indagou ao meu lado. Ao escutar sua voz descrente e aquela pergunta saindo de sua boca, só senti vontade de sair correndo dali. Espremi os lábios, não conseguindo sustentar seu olhar intenso.

— Sim, eles já se beijaram. – Abri os olhos, encarando Melanie seriamente. — Eu fiz eles beberam até não aguentarem mais, e depois, obriguei os dois a se beijarem. – Gritos altos começaram a sair das bocas de Tessa, Becca e Peter, principalmente Peter, que parecia estar se divertindo com a situação.

   Estalei o pescoço, observando o sorriso travesso nos lábios de Melanie.

— Por que vocês acham que ele não bebe mais? Ficou traumatizado, coitado. – E logo uma onda de risadas fez meu rosto queimar. Não tive coragem de encarar a menina de cabelos castanhos ao meu lado.

— Você é má, Melanie. Gostei de você, desculpe-me por tentar jogar uma pedra em você. – Tessa falou empurrando os ombros de Melanie e a fazendo rir.

  Escondi meu rosto com as mãos, me arrependendo profundamente de ter aceitado essa brincadeira estúpida.

— Minha vez – Peter falou rapidamente, e agradeci mentalmente por aquilo. — Vou mudar um pouca as regras, quem não quiser responder, bebe um gole. – Todos concordaram, e senti vontade de abraçá-lo por aquilo. O silêncio caiu sobre a sala espaçosa, enquanto Peter pensava em sua pergunta.

  Podia sentir a respiração de Lory em minha pele, ela está calada, e isso está me deixando nervoso. Gostaria de saber o que se passa em sua cabeça.

— Ok. Minha pergunta é: seu companheiro transa bem? – Peter indagou rindo. Me ajeitei no chão, desviando meu olhar para a menina ao meu lado que tinha as bochechas levemente coradas. Sorri sozinho, curioso sobre a resposta.

— Eu não vou responder isso. – Lory respondeu em voz baixa, fazendo todos rirem.

— Então quer dizer que o Peterson não faz bem? – Peter indagou, e todos riram ainda mais. Sustentei o olhar de Peter, que parecia se divertir com aquela situação. Ele não é tão bonzinho como pensei.

Toquei meu joelho com o de Lory, murmurando que ela não era obrigada a responder aquilo.

— Deus, que vontade de jogar alguém na água agora. – Falou tampando o rosto com as mãos.

— Você pode me jogar se quiser. – Murmurei beijando seus cabelos.

— Dilan, como você é masoquista. – Lory rebateu beliscando meu joelho.

— Então vocês praticam isso? – Tessa indagou roubando risadas de todos. Encarei seus olhos pretos, e ela sorriu suavemente.

— Você está morta, Tessa. – Lory avisou se levantando, mas acabou escorregando no tapete e indo parar no chão. Fui rápido em levantar e tentar ajudá-la.

— Você está bem, mestra? – Indaguei segurando seu cotovelo com cuidado e vasculhando seu rosto vermelho e tímido. Lory assentiu, se apoiando firmemente em meu corpo.

— Mestra! Eles realmente praticam isso! – Trevor gritou roubando todas as batidas de meu coração. O encarei completamente envergonhado e arrependido por ter vindo nessa viagem.

— Nós não fazemos isso – Gritei, e todos na sala quente riram em sincronia.

...*...*...

Lory.

— Vamos, Lory, fale só alguns detalhes.  – Becca pediu se sentando na beirada da minha cama. Suspirei alto, afundando a cabeça no travesseiro. A brincadeira acabou assim que eu e Dilan decidimos que não iríamos mais brincar, porque o objetivo de todos ali era apenas fazer nós dois passarmos vergonha.

   E eu vim aqui, no quarto das meninas, com o objetivo de dormir, mas Melanie, Tessa e Becca querem saber das perguntas que eu não respondi.

— Não. Vocês também não responderam. – Falei com a voz abafada. Senti alguem mexendo em meus cabelos, e foi impossível controlar minha vontade de querer dormir.

— Eu e Trevor ainda não chegamos nesse ponto. – Melanie murmurou, me obrigando a virar na cama e encarar seu rosto corado.

— Sério? – Indaguei com a voz baixa. Ela sorriu suavemente, assentindo. — Quando acontecer, eu quero ser a primeira a saber. – Pedi rapidamente, segurando sua mão. Mel riu, concordando.

— Você pode ligar para gente também. – Tessa sugeriu com a voz suave, e naquele momento, só me perguntei porque ela tinha que pegar tanto no meu pé e não ser tranquila comigo também. Joguei um travesseiro na cara de Tess, me sentando na cama.

— Vocês também não me contaram como foi a de você duas. – Apontei as deixando em silêncio.

— Foi no Camaro da Tessa, assim que ela ganhou. – Becca falou se deitando na minha cama. Encarei seu pijama azul com meu rosto quente. — Sabe, minha garota sabe usar a língua – Revelou calmamente, roubando risadas baixas de Melanie e Tess.

— Vou beber água – Avisei pulando da cama e correndo para fora daquele quarto escuro cheios de sussurros pervertidos.

Caminhei com calma até a cozinha da casa de praia. A madeira escura dava um ar rústico e bonito, além do lugar ser aconchegante e quente. O chão era gelado, me dando pequenos arrepios casa vez que meus pés descalços os tocavam. Enchi um copo de água e encarei o céu estrelado pela janela. O vento calmo batia em meu rosto, e era fácil sentir o cheiro salgado do mar. Molhei minha garganta com a água, sorrindo sozinha e deixando o copo sob a pia.

       Foi fácil ir até a sala e abrir a porta. Respirei fundo assim que senti a maresia gelada encher meus pulmões. O céu estrelado me recebeu naquela varanda, e me senti em paz naquele momento. Olhei para o lado, encontrando uma pessoa sentada na cadeira de balanço. Um grito contido saiu rapidamente por meus lábios, fazendo a figura na cadeira rir.

— Calma, não é um fantasma. – Avisou roubando um suspiro aliviado do fundo de minha garganta.

— Dilan – Molhei os lábios, rindo sozinha. Caminhei até ele, sentando na cadeira ao seu lado. — O que está fazendo aqui? – Indaguei observando seu rosto no escuro. Din segurou minha mão, olhando as estrelas sob o mar azul.

— Pensando no ruivinho. – Revelou calmamente, acelerando meu coração. Apertei sua mão com carinho, apoiando minha cabeça em seu ombro.  Din entrelaçou nossos dedos, brincando com meu anel de lápis-lazúli.

— Quer chorar no meu ombro? – Indaguei fazendo um sorriso bonito aparecer em seus lábios.

— Não. Eu estou bem. – Admitiu me deixando mais calma. O vento era suave, porém frio. E estar naquela varanda, sentindo seu calor e escutando sua respiração, era uma das melhores maneiras da passar a madrugada.

— Sabe, antes de irmos para a faculdade, podemos ir ver seu pai e Stephan no cemitério. – Propus com a voz baixa. Senti a respiração de Din ficar mais pesada em minha pele, e pensei se deveria ter sugerido isso.

— Você leu meus pensamentos. – Revelou beijando meus dedos e me puxando mais para perto. Me aninhei em seu braços, sentindo seu coração batendo contra minha pele. Din encarava as estrelas com um olhar brilhante. — Sabe, Stephan foi o irmão que nunca tive – Comentou desviando sua atenção para mim. — Eu amo ele para caramba. – E com sua fala, um vento forte passou por nós. E com o silêncio gelado daquela praia, pude sentir que o ruivinho olhava por nós. Que Stephan sempre estaria ao nosso lado.

— Ele é o cunhado que eu nunca tive. – Falei o fazendo rir e beijar meus cabelos.

Fiquei em silêncio, apreciando seu rosto calmo e seu cheiro suave.

— Din – O chamei, acariciando o tecido macio de sua camisa. — Eu quero saber mais sobre suas histórias com Stephan, quero saber mais das suas outras amizades e da vida de você teve longe de mim. – Pedi molhando os lábios. Encontrei seus olhos castanhos, que pareciam brilhar junto às estrelas.

— Você pode ler meu diário. – Avisou acelerando meu coração. — Lá tem muitas coisas sobre você e toda minha vida. – Mordi os lábios quando suas mãos mornas acariciaram meu rosto. — Quando chegarmos em Umbrella City, meu diário é seu.

Sorri, o abraçando com força.

— Obrigado. – Falei me concentrando no cheiro de maresia que Dilan possuía. — Mas eu vou rir muito das coisas que você escreveu sobre mim – Avisei o fazendo rir.

— Você realmente não é nada romântica – Rebateu, e foi minha vez de rir. Lentamente, só o som das ondas quebrando na areia e de nós corações eram escutados.

— Você quer quebrar as regras e dormir comigo? – Me arrepiei com a voz de Din perto de meu ouvido. Deixei de olhar as estrelas brilhantes e me concentrei no menino que possuía galáxias nos olhos.

— Não consegue mais viver sem mim, né? – Indaguei sustentando seu olhar. Dilan sorriu, tirando meus cabelos bagunçados, por causa do vento forte, de meu rosto e tocando seus lábios com os meus. Apreciei seu beijo firme e calmo, deixando minhas batidas serem roubadas por seu toque morno e carinhoso.

— Nunca consegui. – Avisou colocando suas mãos mornas por baixo da minha camisa e deixando meu corpo quente. Antes que pudesse pensar muito, Din me pegou no colo, me levando para dentro de casa.

— Os quartos estão ocupados, Dilan – Murmurei sentindo o cheiro bom que vinha de seu pescoço.

— Temos o telhado. – Sussurrou me fazendo rir e beijar seu pescoço. Sai de seus braços, segurando sua mão e o puxando rumo á escada.

— Coitada das estrelas. – Falei roubando gargalhadas baixas dele. Analisei seu rosto sorridente naquele lugar escuro, e em como seus olhos castanhos pareciam brilhar da mesma forma que brilhavam no dia em que nos conhecemos.  

       Com o coração descontrolado, pedi secretamente que aquilo nunca mudasse.

...*....*...

Dilan.

    Observei a menina que arrumava o cabelo com pressa. Lory sorriu para mim pelo espelho, segurando minha mão e me puxando para fora.

— Achei que vocês iriam demorar mais. – Ben falou nos encarando dentro do carro. Apreciei o sol quente, sorrindo para ele.

— Desculpa – Lory pediu com rapidez, pulando para a parte aberta da caminhonete de Peter.

— Deixe de ser chato, Ben – Emily mandou se ajeitando no banco de motorista de Trevor. Desviei minha atenção para Melanie e Trevor que estavam no banco passageiro do Mustang de Trevor. Eles dois sorriram para mim.

— Vamos, Din, entre logo. – Lory pediu ajeitando as bolsas na parte aberta da caminhonete. Encarei seu rosto vermelho e seus cabelos castanhos que se moviam com calma junto ao vento. Meu corpo aqueceu ao lembrar de ontem a noite, o telhado não foi uma má opção.

Fui rápido em pegar Smuff e colocá-lo dentro do carro de Peter. O garoto de pele negra sorriu para mim, e retribui com facilidade.

— Você é um cara legal, Peterson – Falou de repente, me pegando desprevenido. Sorri para ele, estalando o pescoço.

— Você também, Peter. – Falei sinceramente, roubando um grande riso de seus lábios.

     Feliz, caminhei até a parte de trás da caminhonete, subindo e me ajeitando ao lado de Lory. Ela jogou uma coberta em meu corpo e se aninhou perto de mim com os olhos fechados. Sorri sozinho, acariciando seu rosto vermelho e depois seus lábios cheios. Me sentia completo ao lado dela, como se Lory fosse uma parte de mim e que nunca, nada nem ninguém, poderia tirar.

— Vou sentir falta da praia – Falou abrindo os olhos e piscando várias vezes. Ela parecia cansada e sonolenta, e aquela cena era simplesmente perfeita.

  Me ajeitei ao seu lado, a cobrindo com meus braços e sustentando seus lindos olhos castanhos. Foi fácil escutar meu coração acelerado naquele momento. Lory sorriu, fechando os olhos e me abraçando de volta, e como da primeira vez e todas essas vezes, com um simples ato ela roubou todas minhas batidas e todos meus pensamentos. Ali, com seu corpo colado ao meu, eu podia ver a nossa ligação inabalável que parecia ficar mais forte há cada dia, e mesmo com os anos que passei longe dela, nada havia mudado, e eu sentia que nunca mudaria.

Nós Crescemos, mas sentimentos verdadeiros nunca mudam, apenas amadurecem. E com o nascer do sol que eu observava sendo deixado para trás naquela caminhonete, ri comigo mesmo, me sentindo completamente idiota por um dia ter desejado me esquecer de Lory e de tudo que vivemos. E mesmo tentando, nunca e jamais poderia me esquecer da garota mandona que me prendeu á ela com um simples sorriso.

   Com o coração descontrolado, e me sentindo franco perante aqueles sentimentos, encarei o vidro da caminhonete, ele estava empoeirado e sujo. A respiração calma de Lory ainda batia em meu peito, e sem perceber, usei meu dedo para escrever "eu te amo" no vidro.

    Meu coração começou a bater com força quando mestra abriu os olhos castanhos e encarou o vidro que possuía uma mensagem de amor. O sorriso bonito e suave que apareceu em seus lábios vermelhos, me fez sorrir. E foi fácil saber que queria passar minha vida ao seu lado quando ela murmurou que também me amava ao escrever Dilory no vidro.

— Retiro o que disse, você é um pouco romântica. – Comentei roubando uma risada alta dela, que chamou atenção de Peter, Becca e Tessa, que estavam dentro da caminhonete.

— O que vocês estão fazendo aí, em safados? – Becca indagou com um sorriso malicioso.

— Eles estão querendo se comer na caminhonete – Tessa rebateu fazendo meu rosto corar, e Lory se esconder de baixo das cobertas.

— Vocês são safados – Peter riu, e naquele momento, só pude rir junto a todos.

— Nós não estamos fazendo nada, seus pervertidos – Lory gritou aumentando as risadas. Abracei seu corpo macio e quente por baixa da coberta, e entendi que nós, independente do que vir com a faculdade e a vida adulta, seremos para sempre. Crescendo ao lado um do outro eternamente.

*FIM*

   "Coitada das estrelas."


Caramba, nem acredito que chegou, eu escrevi fim e coloquei o ponto final. Não pensei que iria chorar tanto, mas eu conheci tantas pessoas incríveis desde que tudo isso começou. Eu senti cada sentimento, e não sei como, mas fiz vocês também senti-los. E tudo isso foi tão importante e incrível, me ajudou a crescer tanto. Agradeço a todos vocês por sempre me apoiarem, por chegarem até aqui.

Com certeza Lory e Dilan entraram para meu coração, e nunca, jamais, irei me esquecer deles e de nenhum de vocês. Escrever essa duologia foi uma experiência única e feliz. Agradeço também á Mogridd do passado que não desistiu disso tudo, mesmo às vezes se sentindo inútil e mal, porém, ela não desistiu, obrigado por isso.

Gostaria de colocar tudo que sinto aqui, mas não consigo escrever sentimentos tão grandes e felizes. Foram meus primeiros livros, a primeira vez que experimentei escrever e nunca pensei que gostaria tanto do resultado final. Isso tudo graças á vocês, seus maravilhosos.

MUITO OBRIGADO POR TUDO, EU AMO VOCÊS ♥️

SOBRE O CONTO CRESCER ( QUE SERÁ UM CONTO DESSA DUOLOGIA):

Decidi que irei públicá-lo aqui apenas quando estiver completo. Mas terá conto sobre a vida deles na faculdade e após, sim!

  Realmente espero que gostem. Um beijo de coração e agradecimento da Tia Mogridd para todos vocês, e por tudo.

  Nos vemos por aí.♥️

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