A megera domada (1594)

By ClassicosLP

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Obra do inglês William Shakespeare. More

Prólogo
Ato I
Ato II
Ato IV
Ato V

Ato III

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By ClassicosLP

Cena I

Pádua. Aposento em casa de Batista.

(Entram Lucêncio, Hortênsio e Bianca.)

Lucêncio: Para com esse instrumento; que impertinência! Já esqueceu a maneira como Catarina o recebeu?

Hortênsio: Seu brigão e pretensioso, esta é a padroeira da harmonia celeste! Portanto, é natural que a preferência seja minha. Depois que eu acabar minha hora de ensino musical, poderás dedicar um tempo igual a essas leituras.

Lucêncio: Asno imbecil, que nunca leu sequer o bastante para saber por que motivo se inventou a música! Não foi, então, para aliviar o espírito do homem depois dos estudos ou de um trabalho árduo? Deixa-me ler filosofia e, quando eu parar, esteja pronto para servir a harmonia.

Hortênsio: Rapaz, não pense que vou suportar sua insolência!

Bianca: Como, senhores, me fazem dupla ofensa, discutindo uma primazia que depende só de mim; não estão ensinando a uma aluna de escola; não quero que me amarrem a horas ou horários. Desejo aprender minhas lições como mais me agradar. E para acabar a discussão, sentemo-nos aqui. Pegue seu alaúde e vá tocando; nossa leitura não demorará mais do que o tempo de afinar o instrumento.

Hortênsio: Quando estiver afinado acabará a lição? (Sai.)

Lucêncio: Então a lição não acabará nunca – vai afinando.

Bianca: Onde tínhamos parado?

Lucêncio: Aqui senhorita. ()

Hac ibat Simois: hic est Sigeia tellus;

hic steterat Priami regia celsa senis.

Bianca: Traduz.

Lucêncio: Hac ibat – como lhe disse antes – Simois – eu sou Lucêncio – hic est – filho de Vincêncio de Pisa – Sigeia tellus – disfarçado assim para conseguir seu amor – hic stetarat – e esse Lucêncio que se apresenta como pretendente, – Priami – é meu criado Trânio, – regia – que tomou o meu nome, – celsa senis – para que juntos pudéssemos enganar o velho pantalão.

Hortênsio: (Entrando.) Senhora, o instrumento está afinado.

Bianca: Vamos ouvir. (Hortênsio toca.) Oh, para! O agudo está desafinado.

Lucêncio: Cospe na corda, amigo, e afina novamente.

Bianca: Bem, deixe ver agora se consigo traduzir: – Hac ibat Simois, eu não o conheço. – hic est Sigeia tellus, não confio no senhor; – Hic steterat Priami, cuidado para que ele não nos ouça. – regia, nada espere – celsa senis, mas também não desespere.

Hortênsio: Agora está bem afinado, senhorita.

Lucêncio: Exceto o baixo.

Hortênsio: O baixo está certo; o que destoa aqui é algo mais baixo. (À parte.) Como é atrevido e entusiasmado esse pedante! Por minha vida, que o canalha namora a minha namorada! Pedásculo, eu te vigiarei melhor que nunca.

Bianca: Talvez eu venha a acreditar: agora desconfio.

Lucêncio: Não desconfie: Ajácida também foi Ajax. – Assim chamado em nome do avô.

Bianca: Devo acreditar no meu mestre: de outra forma, pode crer, ainda teria muito a indagar sobre esse ponto. Mas, paremos aqui. Agora, Lício, a sua vez: – meus bons mestres, não levem a mal, por favor, que eu tenha gracejado com os dois, talvez demais...

Hortênsio: (A Lucêncio.) Quer ir andando agora e nos deixar sozinhos um momento? Minhas lições não servem pra três vozes.

Lucêncio: É tão formal assim, senhor? Bem, fico esperando (À parte.) – e vigiando: pois, salvo engano, o nosso belo músico está enamorado.

Hortênsio: Senhorita, antes que pegue este instrumento para aprender a posição dos dedos, devo explicar os rudimentos desta arte. Para lhe ensinar a escala de maneira mais rápida, mais agradável, e mais eficiente do que poderia fazê-lo qualquer dos meus colegas, escrevi aqui meu método com a minha melhor letra.

Bianca: Mas como? Já passei da escala há muito tempo!

Hortênsio: Contudo, leia a escala de Hortênsio.

Bianca: (Lendo.) "Escala": sou a magia que invade o silêncio. Para encantar o grande amor de Hortênsio:

B mi, Bianca, aceita-o como teu senhor.

C fa dó, porque te ama com imenso ardor.

D sol ré, pus em você meu ideal do mundo.

E lá mi, tem pena de mim, ou eu sucumbo.

E chama isto escala? Qual, não me agrada: prefiro ficar com a tradição; não sou leviana para trocar regras antigas por loucas invenções. (Entra um criado.)

Criado: Senhora, seu pai pede que deixe os livros para ajudar na arrumação do quarto de sua irmã. Manda lembrar que amanhã é o dia do casamento dela.

Bianca: Adeus, mestres queridos, a ambos; devo deixá-los. (Saem Bianca e o criado.)

Lucêncio: Se vai embora, senhorita, já não tenho motivo para ficar aqui. (Sai)

Hortênsio: Mas eu tenho muito para vigiar esse janota; tem todo o ar de quem está amando. Porém, minha Bianca, se és tão leviana que derramas olhares para qualquer embusteiro, pegue-te então quem quiser: basta outra vez eu te encontrar como encontrei aqui, que Hortênsio irá embora vingando-se de ti. (Sai)


Cena II

O mesmo em frente à casa de Batista.

(Entram Batista, Grêmio, Trânio, Catarina, Bianca, Lucêncio e outros com criados.)

Batista: (Para Trânio.) Signior Lucêncio, é hoje o dia do casamento de Petrúquio e nem sabemos onde está meu genro. Que irão falar? Que zombaria não farão ao saber que o sacerdote aguarda e não há noivo para cumprir o cerimonial do enlace? Que diz Lucêncio diante dessa vergonha que passamos?

Catarina: A vergonha é toda minha: obrigada a conceder a mão, contra a vontade, a um maluco estúpido e cheio de capricho que ficou noivo às pressas mas pretende casar bem devagar. Eu bem dizia que era um louco varrido, escondendo sentimentos vis sob a capa de um comportamento excêntrico. Para ter fama de engraçado é bem capaz de cortejar mil moças, marcar o dia dos enlaces, organizar as festas, convidar amigos e espalhar os proclamas; sem ter sequer intenção de casar com quem antes noivou. Agora o mundo pode apontar para a pobre Catarina e dizer: "Olhem, aí vai a mulher do doido Petrúquio se a Petrúquio lhe agradar voltar e se casar com ela.".

Trânio: Paciência, boa Catarina, e o senhor também, Batista. Por minha vida, as intenções de Petrúquio são honradas, seja qual for o azar que o impede de cumprir sua palavra: embora um tanto brusco, é mais do que sensato e, apesar de suas brincadeiras, é homem muito sério.

Catarina: Ah, antes não o tivesse visto nunca! (Sai chorando, seguida por Bianca e outros.)

Batista: Vai, filha, vai; não posso censurá-la por chorar. Pois tal afronta envergonharia um santo, quanto mais um gênio impaciente como o seu. (Entra Biondello.)

Biondello: Patrão! Patrão! Novidades! Velhas novidades e novidades tais como jamais ouviste.

Batista: Novidades velhas? Como pode ser isso?

Biondello: Então não é novidade saber da chegada de Petrúquio?

Batista: Ele chegou?

Biondello: Não, senhor.

Batista: E então?

Biondello: Está chegando.

Batista: Quando estará aqui?

Biondello: Quando estiver onde eu estou e vir o senhor como o estou vendo.

Trânio: Mas, então, qual é tua velha novidade?

Biondello: Uah! Petrúquio vem com um chapéu novo e uma jaqueta velha: tem culotes três vezes revirados; um par de botas que já foram candelabros, uma de fivela, de cordão a outra; uma espada velha e enferrujada roubada do arsenal desta cidade, com o punho partido e a folha retorcida, quebrada em duas partes. Seu cavalo vem capengando sob uma velha sela corroída pelas traças, e de estribos desiguais. O animal sofre de gosma e de bicheiras; está cheio de sarna, infectado de escrófulas, gordo de tumores, coberto de perebas, amarelo de icterícia, rendado de varizes, roído de lombrigas, quase cego de vertigem. Tem a espinha arrebentada, as ancas deslocadas e é manco das duas mãos. Vem preso só com a metade de um freio e por uma rédea de couro de carneiro que, à força de ser puxada para impedir que ele caia, já arrebentou tanto que é só nó. A cilha foi remendada dez vezes e o selim de veludo é de mulher, cujo nome está lá em duas belas letras, gravadas com tachas, e aqui e ali cosidas com barbante.

Batista: Quem vem com ele?

Biondello: Oh, senhor, o lacaio, equipado tal qual o cavalo. Uma meia de linho numa perna e na outra uma perneira bem grossa com ligas de listas azuis e encarnadas; um chapéu velho e, em vez de plumas, uma divisa dizendo: "O humor de quarenta fantasias.". Um monstro, um verdadeiro monstro em indumentária, sem qualquer semelhança com um criado cristão ou com o lacaio de um cavalheiro.

Trânio: Algum capricho estranho o leva a se vestir assim, embora, o mais das vezes, não ande bem trajado.

Batista: Estou satisfeito que ele chegue, venha como vier.

Biondello: Mas, senhor, ele não vem.

Batista: Mas você não disse que ele vinha?

Biondello: Quem, Petrúquio?

Batista: Sim, que Petrúquio vinha.

Biondello: Não, senhor; eu disse que vinha era o cavalo... com Petrúquio às costas.

Batista: Ora bolas, dá tudo no mesmo.

Biondello: Por Tiago, o santo,

dinheiro eu lhe garanto,

que homem e cavalo

somam mais que um

e, porém, não tanto.

(Entram Petrúquio e Grúmio.)

Petrúquio: Vamos, vamos, onde estão esses elegantes? Ninguém em casa?

Batista: Seja bem-vindo, senhor.

Petrúquio: Contudo não venho bem.

Batista: Contudo não está capenga.

Trânio: Nem tão bem-vestido quanto eu gostaria.

Petrúquio: Estaria melhor, não fosse a pressa de chegar. Mas, onde está Cata? Onde se encontra minha noiva encantadora? Como vai, meu pai? Cavalheiros, tanta cara feia! Olham para esta agradável companhia como se contemplassem um monumento estranho, algum cometa ou um prodígio fora do comum!

Batista: Ora, senhor, não ignora que hoje é o dia do seu casamento. Antes estávamos tristes, temendo que não aparecesse. E eis-nos ainda mais tristes, por vê-lo em tal estado. Arre! Tire esse traje, vergonha deste dia, dolorosa visão nesta solene cerimônia!

Trânio: E conte-nos que assunto de tal magnitude o manteve tão longo tempo afastado da esposa e agora o traz como um desconhecido.

Petrúquio: Seria tedioso de contar, duro de ouvir; basta saber que vim cumprir minha palavra, embora forçado a falhar em alguns pontos, dos quais, com mais vagar, eu lhes darei desculpas que sei satisfatórias. Mas, onde está Cata? Permaneci sem ela tanto tempo! A manhã se gasta: já era tempo de estarmos na igreja.

Trânio: Não se apresente à sua noiva em roupas tão irreverentes. Vá ao meu quarto e vista roupas minhas.

Petrúquio: Não eu, pode crer. Vou vê-la assim mesmo.

Batista: Mas, espere, não irá se casar vestido assim.

Petrúquio: Exatamente, exatamente assim: portanto, basta de palavras – ela casa comigo, não com minhas roupas. Pudesse eu consertar tudo que Cata tornará usado em Petrúquio, com a mesma facilidade com que posso trocar estes andrajos, seria bom pra ela e melhor pra mim. Mas que insensato sou: fico aqui conversando, quando devia ir dar bom dia à minha amada, selando o nosso compromisso com um beijo ardente. (Saem Petrúquio e Grúmio.)

Trânio: Deve ter suas razões para esse traje doido: mas, se possível, nós o convenceremos a vestir-se melhor, antes de ir à igreja.

Batista: Vou atrás dele, ver o que acontece. (Saem Batista, Grêmio e criados.)

Trânio: Mas, senhor, ao amor que ela lhe tem, devemos juntar a permissão do pai. A fim de consegui-la, como já disse antes a V. Senhoria, vou arranjar um homem – seja qual for, sua habilidade não importa, pois nós o instruiremos com cuidado – que represente ser Vincêncio de Pisa; e dê, aqui em Pádua, garantias de bens inda maiores do que eu prometi. Assim se cumprirá sua esperança e, com o consentimento do pai, poderá desposar a doce Bianca.

Lucêncio: Se o meu companheiro professor não vigiasse tão de perto os passos de Bianca, bem que poderíamos realizar em segredo o nosso casamento. E, uma vez realizado, ainda que todo o mundo estivesse contra o fato, o fato existiria, ela seria minha.

Trânio: Para alcançar o nosso objetivo devemos avançar aos poucos. Botaremos de lado o barbudo grisalho, o velho Grêmio, o pai Minola que não enxerga muito, e o músico finório, esse amoroso Lício. Tudo em favor de meu senhor, Lucêncio. (Entra Grêmio.) Senhor Grêmio, está vindo da Igreja?

Grêmio: Com o mesmo prazer com que vinha da escola.

Trânio: E os recém-casados também vêm para casa?

Grêmio: Falou recém-casados? Ela devia se chamar recém-caçada, pois entregaram a moça a uma fera!

Trânio: Pior que ela? Vamos, é impossível!

Grêmio: Ora! Ele é um demônio, é um demônio, o próprio cão!

Trânio: Ora! Ela é um demônio, é um demônio, a fêmea do demônio.

Grêmio: Nem diga isso, ela é uma ovelha, uma pomba, uma tolinha diante dele. Eu lhe conto, senhor Lucêncio; quando o padre perguntou se aceitava Catarina como esposa, ele gritou: "Sim, pelas chagas do diabo!". E começou a praguejar tão alto que o padre, em seu espanto, deixou cair o livro. E, quando se curvava pra apanhá-lo, o noivo, ensandecido, lhe desferiu tal trompaço que lá se foi ao chão o padre e o livro, o livro e o padre: "Agora que os levante" – gritou ele – "quem tiver coragem.".

Trânio: E que disse a moça ao levantar-se o padre?

Grêmio: Tremia e se sacudia, pois o noivo não parava de rugir e praguejar como se o padre quisesse tapeá-lo. E ao ver a cerimônia terminada ele gritou por vinho: "À saúde de todos", como se estivesse a bordo, berrando aos companheiros depois da tempestade. Bebeu um golão de moscatel e atirou todo o resto na cara do sacristão pela simples razão de que sua barba rala pareceu-lhe tão seca que implorava um trago. Feito o que, segurou a mulher pelo cangote e beijou-a nos lábios com tal fúria que, ao se separarem, o estalo ecoou em toda a igreja. Vendo isso escapei envergonhado e, atrás de mim, estou certo, todos que estavam lá. Um casamento doido como esse, tenho a impressão que nunca houve antes. Escuta! Escuta! Já se aproximam os menestréis tocando. (Música. Entram Petrúquio, Catarina, Bianca, Batista e Grúmio, com Hortênsio e o séquito.)

Petrúquio: Cavalheiros e amigos, eu lhes agradeço por terem se incomodado em vir até aqui; sei que pensavam jantar comigo hoje e para isso preparamos majestoso banquete. Acontece, porém, que a pressa me chama para longe e, assim, aproveito o momento e me despeço.

Batista: Mas, pelo menos, não é possível deixar para ir à noite?

Petrúquio: Devo partir com o dia, antes que a noite chegue. Não se espante; se o senhor soubesse dos meus negócios, pediria que eu partisse mais depressa. Assim, honrada companhia, agradeço a todos que assistiram ao ato de entregar-me à mais paciente, carinhosa e virtuosa esposa; jantem com meu pai, bebam à minha saúde. Tenho de ir embora. A todos digo adeus.

Trânio: Permita-me rogar-lhe que fique, só até o jantar.

Petrúquio: Não pode ser.

Grêmio: Permita que eu lhe peça.

Petrúquio: Não pode ser.

Catarina: Eu lhe rogo também.

Petrúquio: Isso muito me agrada.

Catarina: Agrada-lhe ficar?

Petrúquio: Agrada que me rogue: mas eu não ficaria nem que você rogasse tudo de que é capaz.

Catarina: Bem, se me ama mesmo, fique.

Petrúquio: Grúmio, o cavalo!

Grúmio: Sim, senhor: um momentinho só. A aveia devorou os cavalos.

Catarina: Pois bem, faça o que bem entender, mas eu não parto hoje. Nem hoje, nem amanhã – só quando me agradar. A porta, senhor, está aberta; o seu caminho, livre. Pode trotar enquanto tiver forças. Quanto a mim, só partirei na hora que quiser. É bem da sua espécie tamanha grosseria e o prova comportando-se assim logo de início.

Petrúquio: Oh, Cata, acalme-se; eu lhe peço, não se enfureça.

Catarina: Não me enfureço? Que tem o senhor com isso? Fique tranquilo, pai; ele não partirá até que eu mande.

Grêmio: Xi, senhor, agora é que são elas!

Catarina: Cavalheiros, todos para o banquete nupcial; ah, como fazem de boba uma mulher, se ela não tem coragem para resistir!

Petrúquio: Eles vão ao banquete, Cata, porque ordenas. Obedeçam à noiva, todos que aqui estão. Festejem, divirtam-se, embriaguem-se; que não haja limites na orgia em louvor de sua virgindade. Fiquem loucos ou alegres ou vão para o diabo. Quanto à minha noivinha, parte comigo. Não, não arregalem os olhos, não batam os pés, não rilhem os dentes, não espumem; quero ser dono do que me pertence. Ela é os meus bens, minha fortuna, minha casa, minha mobília, meu campo, meu celeiro, meu cavalo, meu boi, meu burro, meu tudo que existe. E aqui está ela, quem ousar que a toque. Mostrarei quem sou ao vaidoso que atravessar meu caminho para Pádua. Grúmio, desembainha a espada – estamos cercados de larápios! Se és um homem, protege tua senhora. Não tenha medo, meiga jovem; ninguém terá coragem de tocá-la. Eu a protegerei contra um milhão. (Saem Petrúquio, Catarina e Grúmio.)

Batista: He! É melhor deixar que parta esse casal tranquilo.

Grêmio: Se não partissem logo eu ia estourar de rir.

Trânio: Nunca vi casal mais doido.

Lucêncio: Senhorita, que opinião me dá de sua irmã?

Bianca: Como ela própria é louca, casou-se loucamente.

Grêmio: Pois eu garanto que Petrúquio está catarinado.

Batista: Vizinhos e amigos, embora o noivo e a noiva estejam ausentes, não há, na festa, falta de doçura. Lucêncio, tome o lugar do noivo e ofereça a Bianca o lugar da irmã.

Trânio: A formosa Bianca vai ensaiar de noiva?

Batista: Sim, Lucêncio. Por favor, cavalheiros. (Saem.)


FIM DO TERCEIRO ATO

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