e o dia do adeus chegou. lá estava kihyun, ajudando a levar as malas até o carro dos im, tentando ao máximo não deixar a cara de tristeza aparentemente. querendo ou não, ele havia se apegado à changkyun naqueles 7 dias. ao seu jeito, ao seu cheiro, e também quando ele estava dentro de si.
a saudade doeria, mas ele não devia ter dado chance à aproximação para início de conversa. no fundo, ele sabia que aquele momento chegaria, mas estava evitando pensar sobre.
- puts... deixei meu carregador no seu quarto, vem comigo buscar? - changkyun falou e ambos sabiam o que aquilo significavam.
desde o dia anterior, eles estavam no clima de despedida, aproveitando todos os beijos escondidos e tudo o que tinham de direito.
ao entrar na casa e ficar fora do campo de visão do resto, changkyun foi surpreendido quando yoo o puxou para um abraço, enterrando a cabeça em seu peito.
- eu sei que a gente não devia ter se aproximado assim porquê a gente sabia que teria que terminar de alguma forma, mas eu não me arrependo. você viveu comigo a melhor semana da minha vida e eu te agradeço. você é importante pra mim, mais do que eu posso expressar em palavras agora, mas quero que você tenha noção. - tirou o celular dele no bolso, usou o seu dedo para desbloquear e discou seu número, salvando logo o contato. - se der saudade me liga. tenho dinheiro guardado para as passagens de ida e volta.
changkyun estava boquiaberto. aquele baixinho havia se tornado o escape da sua vida medíocre e tornado ela muito mais... kihyun. mais animada, mais feliz, mais risonha, mais amante. ele aprendeu o que era amar alguém, mesmo que por pouco tempo. "se der saudade me liga". pensou um pouco e logo apertou para chamar o número que ele havia discado.
yoo riu quando uma única lágrima caiu, e finalmente o puxou para um beijo. o mais carinhoso que ambos haviam tido.
chang, sem desgrudar seus lábios, tirou do bolso o carregador e kihyun riu. se encararam por uns segundos até o maior se afastar e deixar yoo sozinho. e ele nunca se sentiu tão vazio.
o carro já havia dado partida quando kihyun se juntou aos seus pais. abanavam as mãos animadamente quando seu celular apitou, indicando que uma nova mensagem havia chego.
número desconhecido: eu sei que você falou que eu deveria ligar quando sentisse saudade, mas não posso fazer isso no momento.
kihyun levantou a cabeça novamente, encarando o carro se afastar até os portões da propriedade.
changkyun não olhou para trás nenhuma vez, mas ambos sabiam. aquilo não era um adeus.
era um até logo.
-★-
a viagem foi turbulenta, o ônibus definitivamente não era dos melhores. kihyun desceu do ônibus com os olhares circulando rapidamente por tudo naquela rodoviária, procurando por alguém.
e lá estava ele. com um sorriso e braços abertos.
depois de anos, changkyun finalmente aconchegou o amor nos braços novamente e deu-lhe um beijo com gostinho de saudade.
fim.