Nós Crescemos [✓]

By Mogridd

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[ESSA É A CONTINUAÇÃO DE - "VOCÊ CRESCEU".] Depois da noite onde Dilan e Lory choraram nos braços um do outro... More

Dedicatória.
Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Epílogo.
Contos da Duologia. Venham ler!

Capítulo 31.

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By Mogridd


Lory.

Mordi os lábios, explodindo em risos.

Dilan me olhou confuso, passando a mão pelos cabelos molhados.

- O que foi? - Indagou com a voz baixa. Ainda com um sorriso nos lábios, me ajeitei no banco ao seu lado, rindo sem me aguentar. - O que foi, Lory? - Suas mãos quentes tocaram meu rosto, tirando um fio solto e colocando atrás da orelha. Tentei me aguentar, suspirando pesadamente e me concentrando no barulho da chuva que vinha de fora do carro.

- Isso é engraçado - Falei sinceramente, sustentando seus olhos castanhos que ficavam lindos no escuro daquele carro. O dia lá fora estava incrivelmente gelado, mas aqui é quente, reconfortante. Com a felicidade escorrendo por meus dedos, abracei seus ombros. - Quando éramos mais novos, eu nunca pensei que isso iria acontecer. - Contei sentindo seu corpo molhando contra o meu. A pele de Dilan é quente, e gostaria que ele continuasse sem camisa.

- Eu também não. - Falou me abraçando de volta. Apreciei suas batidas aceleradas, rindo discretamente contra sua pele. - Eu achei que ficaria sozinho enquanto via meu amor um dia se casar com outro. - Meu coração tremeu com sua fala. Me afastei com cuidado, capturando seus olhos.

- Isso é sério? - Indaguei observando seu rosto vermelho. Din assentiu lentamente com a cabeça. - Uau. Não acredito que você um dia pensou nisso. Eu vivia falando que nunca iria me casar, e continuo com a mesma idéia. - Admiti beijando sua testa, a ponta de seu nariz e depois seus lábios. Sorri por poder fazer isso livremente, sem medo. É bom e me deixa feliz.

- Você não quer casar? - Indagou com as sobrancelhas juntas, tocando meus cabelos soltos.

- Não.

Minha resposta veio rápido, e Din afundou seus dedos em meus cabelos. Sustentei seus olhos arregalados.

- Por que não? - Rebateu me fazendo rir.

- Porque não. Acho que casamento vira rotineiro, e não sei para que fazer isso se as pessoas podem apenas viverem juntas. Simples. - Peguei sua blusa, que estava jogada no chão do carro, e o entreguei. - Agora você precisa falar com o diretor. - Falei observando seu rosto perdido. Dei um peteleco em sua testa para acordá-lo.

Dilan continuou em silêncio, encarando meu rosto.

- Você não quer casar comigo? - Indagou com sua voz baixa, como se fosse um segredo.

Fiquei paralisada, enquanto sentia seus dedos acariciarem meus fios molhados. Meu coração começou a bater com força, e me perguntei por que aquela pergunta tinha me deixado tão nervosa.

- Temos dezessete anos, Dilan - Avisei colocando a blusa azul nele, que contrastava bem com seus cabelos bagunçados e castanhos. Admirei o menino com pequenas sardinhas no rosto, que analisava meus olhos.

- Mas eu quero me casar com você. - Contou com a voz baixa. Foi impossível não sentir o choque que me atingiu. Meus dedos ainda tocavam sua barriga quente, e eu sabia que ele sentia meus dedos trêmulos.

- A-acho melhor sairmos desse estacionamento. Já está ficando tarde, nossas mães vão ficar preocupadas. - Avisei saindo de seu colo e me esticando para passar para o banco da frente. - Deixa que eu dirijo - Falei me virando para encará-lo. Dilan tinha o rosto perdido, a blusa azul na parte da frente mostrava um pouco da sua pele e seus cabelos estavam completamente bagunçados. - As chaves - Pedi limpando a garganta e estendendo a mão. Dilan me deu a chave, e liguei o carro.

O caminho foi quieto, muito quieto. Apenas o som da chuva era escutado, eles batiam contra o vidro com violência, roubando meu ar. Mas quem estava roubando minhas batidas era o menino calado que observava a paisagem ser deixada para trás.

Não é possível que isso tenha o deixado triste.

Encarei minha casa com um nó na garganta. Pelo retrovisor, observei Dilan passar os dedos pelos cabelos e molhar os lábios vermelhos, que mais cedo, beijavam minha pele com euforia e desejo. Tentei mandar esse pensamento para longe, e me concentrar em saber o que se passava pela cabeça dele.

- Dilan - O chamei segurando o volante com força. Seus olhos se voltaram para mim, o rosto sério. - Nós ainda somos novos. Não vamos pensar nisso agora, tudo bem? - Indaguei da maneira mais casual e suave possível. Dilan enfiou as mãos no bolso da calça, estalando o pescoço e desviando o olhar.

- Tudo bem - Murmurou limpando a garganta. Me esticando novamente, voltei a me sentar no banco de trás. Segurei suas mãos, forçando-o a me encarar. Seus olhos castanhos continuavam com tantas coisas dentro deles, e me perguntei quando iria desvendar todas elas. - Eu te amo - Suas palavras me pegaram de surpresa, e um sorriso pequeno e bonito começou a se formar em seus lábios. - O que importa é estar ao seu lado. - Com o coração em uma dança de surpresa e felicidade, capturei seus lábios, segurando seus cabelos bagunçados e macios com carinho.

Suas mãos foram para minhas costas, me aproximando e aprofundando o beijo. Apreciei seu gosto antes de ter que ir. O alívio escapava por meus suspiros. Dilan se afastou em silêncio, escondendo o rosto em meus ombros.

- Eu amo você - Falei brincando com os cabelos longos em sua nuca. No escuro daquele carro, com a sintonia da chuva ao redor de nós, voltei a me sentir como a Lory criança, que sempre tinha seu amigo/secreta paixão em seu ombro, que podia acariciar seus cabelos em silêncio e enteder tudo que ele sentia sem uma palavra. Beijei sua testa antes de ir, e Dilan fez o mesmo, se despedindo em um sussurro.

Sai do carro, observando Dilan passar para o banco da frente e sorrir. Sorri junto com ele, acenando para o menino de olhos avelã que dava partida no carro. Observei o carro se distanciar, sem evitar que meu coração pulasse com força. Entrei dentro de casa com o corpo molhado, me obrigando a ir tomar um banho quente e depois estudar.

Apesar das dificuldades que virão, quero fazer isso junto com ele. Por nós dois e por nosso futuro.

...*...*...

Dilan.

Sinto um leve desespero encher minhas veias ao parar em frente á clínica veterinária do Travis. Ainda posso sentir o cheiro de Lory dentro do carro, e se me concentrar, posso sentir seus dedos se afundando em meus cabelos, roubando minha batidas e me fazendo arrepiar. Quando cheguei em casa, ela me mandou uma mensagem falando que estava estudando e afirmando que Travis queria falar comigo. Um banho gelado não foi o suficiente para acalmar meu coração acelerado.

Suspirando pesadamente, desliguei o carro e sai, dando adeus para o aquecedor e olá frio. Posso sentir meus músculos tremerem ao entrar no consultório de Travis. Ele me recebeu com olhos brilhantes e uma voz suave:

- Falei hoje com meu amigo, que é professor da faculdade. Ele disse que a prova será daqui uma semana. O resultado sai antes das aulas, me voluntario para abrir a carta de aceitação junto á você - Disse com um sorriso grande e feliz, que mostrava os dentes perfeitamente alinhados.

- Eu nem sei se vou passar, Travis - Falei estranhamente tímido. - E se eu não passar eu...

- Sem dessa, Dilan - Me cortou rapidamente. - Você é um menino incrível e talentoso. Além de ser muito inteligente - Falou segurando meu ombro. Agradeci em um murmuro. - Eu não estaria fazendo tudo isso se não confiasse em você e acreditasse em seu potencial. Saber que você aceitou a proposta me deixou muito feliz. É o seu futuro, Din. E eu quero que ele seja tudo que você merece. - Contou calmamente, sustentei seus olhos azuis, sorrindo junto á ele. - Sem insegurança, ok? - O abracei com força, assentindo com a cabeça.

- Obrigado, Travis. - Falei com minha garganta apertada. Ele acariciou meus ombros com carinho, e pude me acalmar naquele abraço.

Eu vou passar.

Lory.

- Tessa, deixa a garota falar - Becca mandou, batendo nas mãos de Tess. A ruiva se acalmou, cruzando as pernas na minha cama. - Pode falar, Lory. - Becca falou enquanto brincava com os cabelos azuis.

Soltando o ar com calma, procurei me acalmar, mas era quase impossível quando as duas meninas, possivelmente mais doidas da cidade, estão sentadas em minha cama, prontas para saber o que tenho para falar.

Brinquei com meu cordão, me concentrando no frio do metal que invadia minha pele e se espelhava por meu corpo. Lá fora ainda chovia bastante, mas aqui dentro é onde está a verdadeira tempestade.

- Eu e Din estamos namorando - Falei calmamente.

- Sabemos - Tessa rebateu sem cogitar. Sustentei seus olhos divertidos, tentando novamente acalmar meu coração.

- Ontem, eu fui para a casa dele - Falei em um sussurro, desviando meu olhar para a gatinha deitada no travesseiro. Seus pêlos pretos brilhavam. Senti a atenção ansiosa das meninas sobre mim.

- Continue - Becca pediu após meu silêncio.

- E nós podemos, talvez, ter, sabe, feito aquilo que as pessoas fazem. - Falei limpando a garganta. Minhas bochechas queimavam com força.

- Feito o que, Lory? - Estremeci com a voz maliciosa de Tessa. Sentia que as duas estavam prontas para pular em cima de mim, como duas predadoras querendo caçar a presa.

- T-transar? - Indaguei, e antes que pudesse pensar em mais alguma coisa, os corpos delas se chocaram com o meu. Fiquei de ponta cabeça na cama, com o corpo sendo amassado.

A força escapou por meus dedos enquanto escutava as meninas gritando por cima de mim.

- Transaram - Tessa gritou, me puxando com força para cima da cama. Arregalei os olhos quando seu corpo pairou sobre o meu, e ela riu de forma estranha. - Detalhes - Mandou assentindo com a cabeça. Vi Estrela pular da cama, assustada quando Becca começou a pular no colchão.

- Não - Rebati assustada.

- Detalhes - Becca gritou fazendo meu coração ameaçar de sair pela boca. Neguei com a cabeça, e antes que pudesse falar mais alguma coisa, a menina de cabelos azuis tirou meus tênis dos meus pés. - Fala agora, ou eu coloco fogo nos seus tênis - Ameaçou, me fazendo arregalar os olhos. Tessa juntou minhas mãos, colando meus braços sobre minha cabeça e me impedindo de me mover.

- Minha garota faz mesmo, Lory. Acho melhor você começar a falar. - Reprimi um gemido de dor quando Tessa apertou minhas mãos.

- Tess, está machucando - Falei sem fôlego. A ruiva sentou em meu colo, me olhando com um sorriso estranho.

- Fale - Seu apertou afrouxou ao mesmo tempo em que Becca começou a estalar meus dedos dos pés.

- Me larguem - Gritei deseseperada. Eu estava sinceramente e verdadeiramente com medo delas.

- Começa a falar, Loryzinha - Becca falou, ainda estalando meus dedos. Aquilo não chegava a doer, mas era agoniante porque eu não podia me mover.

Para meu alívio ou talvez desespero, mamãe abriu a porta, olhando para Tess que segurava minhas mãos sobre minha cabeça e que estava sentada em meu colo, e Becca, que estalava meus dedos. Seus olhos verdes se transformaram em uma misto de coisas, junto a sua careta confusa.

- O que está acontecendo aqui? - Indagou suavemente, escondendo sua confusão.

- Estamos obrigando sua filha a falar como foi a primeira vez dela - Becca revelou colocando um fio do cabelo azul atrás da orelha.

Minha mãe sorriu docemente, assentindo com a cabeça.

- Mas eu preciso que ela desça agora. Molly está lá embaixo, e Lory precisa cuidar dela. Eu e Travis vamos para fontes termais, e Melanie está fazendo uma prova. Lory precisa cuidar da irmã. - Contou fazendo Tessa sair de cima de mim. Pulei da cama, puxando o ar com força.

- Nós podemos ajudar? - Indagou com um sorriso largo. Mamãe assentiu, rindo junto com ela. Tessa saiu saltitante até minha mãe e as duas desceram as escadas, com a ruiva abraçando os ombros de mamãe e rindo com ela. Minha mãe se voluntariou a ajudar Tessa com os estudos para a faculdade de psicologia, dando alguns livros velhos para ela e passando conhecimento.

Soltando o ar com força, me virei a menina de cabelos azuis que segurava meus tênis.

- Desculpa - Falou com um sorriso fofo, me entregando os tênis e descendo quase que correndo as escadas. Suspirando pesadamente, as acompanhei.

Dei de cara com Tessa girando com Molly nos braços. Foi uma cena engraçada e que prendeu minha atenção.

- Filha - Mamãe falou, chamando minha atenção. - Eu já estou indo, ok? Se comportem, por favor - Pediu com uma pequena bolsa nos ombros. Caminhei até ela, a abraçando.

- Tudo bem. Boa folga - Falei sorrindo para ela. Mamãe sorriu de forma bonita, beijando meus cabelos e saindo ao se despedir das meninas e de Molly.

- Tia Lory, tia Lory - Molly chamou minha atenção, seu rosto estava sério. - Está chovendo, nós precisamos colocar nosso projeto em prática - Falou com a voz firme, ainda nos braços de Tessa. Tess ajudou a menina a se aproximar de mim. - Ligue para o tio Din, por favor - Pediu formalmente. Pisquei, pegando meu celular e fazendo o que tinha sido mandando.

Mandei uma mensagem rápida para Dilan, e ele respondeu que já estava á caminho da minha casa.

- Feito - Falei guardando o celular. Ainda estava surpresa pela responsabilidade de Molly.

Antes que pudesse falar mais alguma coisa, a campainha tocou. Caminhei para abrir a porta, e dei de cara com Dilan na minha varanda.

- Nossa - Exclamei surpresa. - Já sabemos quem é o novo Flash - Brinquei roubando um sorriso bonito de seus lábios. Iria fazer mais uma brincadeira, porém, fui impedida por seus lábios que se colocaram aos meus e um de seus braços me envolvendo e o outro afundando em meus cabelos. Suspirei bruscamente quando sua língua brincou com a minha ele me prendeu contra a porta.

- Eu precisava logo falar com você. - Falou assim que nos afastamos. Observei seu rosto sorridente, tonta e sem fôlego e ainda sentindo meus lábios formigando. Dilan não me soltou, acariciando minha cintura, e me fazendo arrepiar. - A prova é semana que vem. Nossa vida morando juntos está cada vez mais próxima. - Falou com a felicidade escapando por sua voz, e antes que ele pudesse voltar a me beijar, pisei em seu pé, o afastando bruscamente.

Com o rosto em chamas e o coração descontrolado, observei as meninas paralisadas que nos encaravam.

- Morar juntos? - Molly indagou com as sobrancelhas juntas.

"Você não quer casar?"

Eu sei que o capítulo está pequeno, porque ainda não estou muito bem.  Peço desculpa por isso, mas espero que vocês tenham gostado uhuuuuu ♥️

Muito obrigado por tudo e amo vocês.

Estão gostando dos capítulos?💜

Muito obrigado ❤️

Feliz natal para todos vocês. Desejo tudo de bom uhuuuu ❤️

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