Dilan.
— Travis, eu não quero ser rude, porém, peço que entenda minha decisão.
Falei engolindo em seco. Travis suspirou, passando a mão pelos cabelos curtos.
— Dilan, isso não é algo que você pode simplesmente recusar. Eu quero te ajudar, quero dar uma oportunidade para você. – Vi a súplica em seus olhos, e como Travis queria que eu aceitasse.
Porém, se eu fizesse isso, começaria outra etapa da minha vida, porém, seria uma etapa sem ela. .
— Eu já estou recusando.
Molhei os lábios, desviando o olhar.
— Eu posso tentar fazer isso no final do ano que vem, mas agora, não. – Falei por fim. Travis suspirou, coçando o pescoço.
— Tudo bem, Dilan. Eu ainda vou estar aqui para ajudá-lo. Sei que você será um grande veterinário. – Falou com a voz calma, dando leves tapas em meus ombros.
— Obrigado – Pedi sorrindo. Travis me abraçou com carinho, se afastou, olhou em meus olhos e bateu em meu ombro antes de voltar a entrar no quarto do pai de Lory.
Pisquei, sem ar. Podia sentir o nervosismo rastejando por minha pele, e meu coração batendo com força.
Foi. Eu recusei.
Passei as mãos pelos cabelos, fechando os olhos com força.
Acho que deveria estar me sentindo aliviado, porém, não consigo. A voz prende em minha garganta e sinto meu peito dolorido.
Uma oportunidade grande foi jogada fora.
Mas foi por um bom motivo. Eu posso tentar ano que vem, com Lory ao meu lado.
Me apoie na parede do corredor, podendo escutar a conversa dentro do quarto ao meu lado. Tentando controlar a angústia que me dominava, soltei o ar bruscamente, entrando no cômodo onde todos estavam.
Meus olhos logo correram para Lory, que tentava tirar os fios curtos de Melanie das mãos de Noah, que os puxavam. Trevor também estava ajudando, mas o pequeno é forte.
Parece a irmã.
— Dilan – Minha atenção voltou para o homem na cama. Me aproximei dele com cuidado, me sentando ao seu lado.
— Olá – Sorri, observando seus olhos castanhos tão parecidos com os de Lory. — Você se sente melhor? – Indaguei sem saber muito bem o que falar. Estava nervoso, era a primeira vez que conversava com Harley depois de tanto tempo. E agora ele é o pai da minha namorada.
Namorada. Eu tenho que fazer isso essa noite.
— É impossível ficar mal com tantas pessoas ao meu redor – Comentou abrindo um sorriso largo, que fez as rugas no canto da boca aparecerem.
— Concordo plenamente – Sorri para ele, me sentindo calmo. Nunca foi difícil falar com Harley, ele sempre foi um ótimo professor na academia de boxe, e eu sempre o admirei bastante.
Foi difícil para Lory quando ele foi embora. Foi difícil para mim também, ele era meu apoio quando meu pai estava no trabalho.
— Eu lembro de quando você era um pirralho tentando derrubar minha filha. Lory sempre te derrubava e ainda ria de você – Comentou, e as atenção das pessoas na sala vieram para gente. Limpei a garganta, tentando não corar ao lembrar daquela época. — Eu sempre soube que você seria bom para ela. – Contou em um sussurro, roubando minhas batidas. Eu não esperava por isso.
Sorri sem me aguentar.
— Muito obrigado, senhor Harley. – Pedi envergonhado e sorridente. — É bom saber que tenho seu apoio. – Falei em um murmuro, me sentindo feliz. De repente, toda a angústia da minha decisão tinha ido embora. Com toda sua família escutando a conversa e apoiando nosso relacionamento, me sinto um idiota por ter ficando hesitante com isso.
Ao escutar a risada de senhora Megan ao nos observar, e sentindo a presença de todos ali, foi impossível não me sentir parte da família e aceitar que meu lugar é aqui. Pois é aqui que sou eu mesmo, que me sinto em casa.
É onde meu coração está. Onde Lory está.
Senhor Harley fechou os olhos calmamente, ainda sorrindo.
Me levantei da cadeira, seguindo até a menina de cabelos longos que me olhava com olhos brilhantes.
— Como foi? – Indagou, e eu a cobri em meus braços sem perceber. — D-dilan – Lory me afastou com cuidado. Limpei a garganta, enfiando as mãos no bolso para me impedir de fazer isso novamente.
— Acho que fui bem. Seu pai é incrível. – Falei sinceramente, ainda sentindo o nervosimo por minhas veias.
Lory franziu a testa, dando um peteleco na minha.
Coloquei a mão sobre o lugar abatido, não entendo por que ele tinha feito isso.
— Estou falando da conversa com o Travis. – Revelou suspirando. Seus olhos me fitavam com curiosidade e determinação.
Engoli em seco, deixando o ar escapar por meus lábios.
— Eu recusei. – Falei em um sussurro.
— O quê? – Indagou em um grito rapidamente. — Dilan, você fez o quê? – Perguntou novamente, parecendo assutada.
Desviei o olhar, fitando meus tênis velhos.
— Não me faça repetir – Pedi com o coração dolorido e descontrolado.
Lory ficou em silêncio, mas eu pude sentir a sua decepção. Não ousei olhá-la quando ela saiu de perto de mim, batendo a porta daquele quarto com força.
Espremi os lábios, fitando o carpete bege do chão. Desejava mentalmente parar de ficar me xingando de fraco. Eu sei que deveria ter ido atrás dela, mas minhas pernas não me obedecem.
— Dilan? – Senti mãos em meus ombros. Lentamente, me virei para encarar o dono da voz. Meus olhos se encontraram com os verdes de Trevor. — Você está bem, cara? – Indagou com cuidado. Molhei os lábios, desviando minha atenção para a ruiva ao seu lado.
Melanie me olhava com o mesmo cuidado nos olhos de Trevor. No final, acho que sou mesmo fraco.
— Estou bem – Falei sorrindo para eles. — Lory apenas ficou irritada com uma decisão minha – Revelei não querendo esconder isso deles. Mesmo não admitindo, sinto faltar de ter Trevor e Melanie ao meu lado.
Nós éramos um trio, eles foram meus primeiros amigos quando retornei á cidade. Nós crescemos muitos desde o dia que nós conhecemos. Olhando para eles agora, não consigo mais ver os adolescentes perdidos de antes.
Soltei o ar calmamente, sorrindo de sinceramente para eles.
— Estamos bem. – Toquei o ombro de Trevor, o apertando com suavidade. — Obrigado, Trevor. – Falei sinceramente, não sentia mais rancor das coisas que ele havia feito.
Uma estranha vontade de abraçá-lo dominou minhas veias, e eu fiz sem pensar. Da última vez que ignorei essa vontade por vergonha, perdi a única chance que tinha de me despedir de Stephan. Não voltarei a cometer o mesmo erro.
Trevor para minha surpresa, retribuiu. O abraço apertado foi rápido, mas serviu para acalmar meu coração.
— E o meu? – Melanie indagou em voz baixa. Eu me sinto um idiota por ter cortado amizade com ela. Melanie foi minha primeira namorada, e eu a tratava apenas como uma substituta. Isso foi infantil e imaturo, é horrível pensar que eu fazia algo desse tipo.
— Obrigado, ruivinha – A abracei com força, sentindo seu perfume suave. Sua fragrância mudou, a nova Melanie cheira a lavanda. — Nos vemos no Candy's? – Indaguei para ambos.
Trevor sorriu de lado para Melanie, que retribuiu com um sorriso feliz.
— Claro. – Falaram em uníssono, e com isso, sai do quarto. Me sentindo preparado para enfrentar o mar agitado conhecido como Lory Thompson.
— Dilan – Senhora Megan me parou assim que sai do quarto. Virei para trás, encontrando seus olhos verdes. — Venha cá, querido – Pediu com a voz baixa. Estalei o pescoço, seguindo até ela.
— Aconteceu algo? – Indaguei preocupado.
— Está acontecendo. – Revelou calmamente. Ela segurou minha mão, me fazendo franzir a testa. — Isso era da vó da Lory, ela era uma astrónoma famosa. – Contou, e logo uma corrente fina escorregou por seus dedos, e o pingente de lua brilhou com a luz do sol que vinha das janelas. — Minha filha ama estrelas porque herdou isso da avó. É você, Dilan, é o astro brilhante dela. – Megan fechou minha mão ao deixar a corrente na mesma. — De isso para ela. Talvez ajude com o futuro de vocês. – Contou sustentando meus olhos. Pisquei, não sabendo muito bem o que falar. — Eu confio em vocês – Sorriu, segurando minha mão com carinho.
Olhei para minhas mãos, puxando o ar. Não conseguia falar, sentia minha voz presa.
— Lory é teimosa e complicada, mas te ama. – Sorri com suas palavras acompanhadas de uma voz calma. Algo quente começou a tomar conta de meu peito, e senti a necessidade de vê-la logo. — Eu me precipitei em negar seu pedido de deixá-la morar com você. – Meu coração pulou, e meus olhos se arregalaram.
— O que você quer dizer com isso? – Indaguei rapidamente. Senhora Megan não soltou minha mão trêmula. Pude sentir o frio do pingente penetrar minha pele, parecia realmente a luz da lua na palma da mão.
— Se ela quiser, se vocês quiserem, eu não me intrometerei. O acidente de Harley me fez perceber que a vida é um sopro, algo que pode acabar do nada. – Seus olhos verdes brilharam para mim, e pude sentir sua tristeza dos últimos dias ao ver o estado de Harley. — A vida é uma, e não podemos deixá-la passar com medo. Viva, curta cada momento precioso. Façam boas histórias. – Falou com olhos marejados, fazendo meu peito pular. — Cresçam e curtam. No final, a vida é apenas memórias de dias jovens e ensolarados. – Sorri junto á ela, não me impedido de não pensar em Stephan.
Ele era o verão ensolarado, e eu não deveria ter tido medo de abraçá-lo. Steph foi a pessoa mais corajosa que eu já conheci. Stephan não teve medo da morte, pois ele tinha memórias inesquecíveis.
— Seu futuro é sua vida, não desista dele. – Com isso, Megan me abraçou com força e sumiu nos corredores pálidos.
Puxei o ar com força, me sentindo pronto para a nova etapa que estava por vir.
Com o colar de lua em minhas mãos, sentia galáxias explodindo dentro de mim. Será um novo amanhã, e eu não terei medo de esperar a noite. Eu vou me afogar no mar agitado, e voltarei com estrelas no coração.
Eu vou para a faculdade. Mesmo com toda distância, acho que estamos preparados para isso. Vai machucar, mas precisamos de feridas para crescer.
Para uma nova etapa.
— Lory – A encontrei no telhado. Não me lembro do motivo de ter vindo para cá, mas aqui estou eu, e aqui está ela.
Lory abraçou os joelhos no chão, não me encarando.
Me ajoelhei a sua frente, fisgando seus olhos castanhos. Eles eram a própria galáxia.
— Eu vou – Falei com a voz trêmula. — Eu vou para a faculdade – Um solução discreto escapou de meus lábios, e Lory me olhou assustada.
— Por que você está chorando? – Indagou tocando meu rosto. Fechei os olhos quando seus dedos mornos secaram minhas lágrimas.
— Porque eu amadureci. Eu cresci – Segurei sua mão com carinho. — Acho que estou pronto para ir. – Lory me olhou em silêncio, um sorriso feliz se esboçou em seus lábios, e ela abraçou meu pescoço com força.
— Por que do nada? – Indagou roubando um sorriso de mim.
— Você sempre pergunta isso. – Rebati, e foi a vez dela de rir. Sua risada discreta apenas para mim era tudo que eu precisava.
— Din, idiota – Murmurou não me soltando. Abracei seu corpo com cuidado, sentindo algo morno pecorrer por minhas veias. — E-então você vai embora? – Molhei os lábios ao escutar sua voz embargada em choro. Quis ver seu rosto, mas ela me apertou mais forte.
— Você vem comigo? – Indaguei receoso, não conseguindo parar de chorar. Gostaria de ser forte, mas eu sou assim. E isso não é um problema.
— Eu vou. – Arregalei os olhos com seu sussurrou abafado. — Eu também cresci, bobinho. Você não vai escapar de mim tão fácil – Riu, acariciando meus cabelos com carinho. Sorri com sua voz suave, me permitindo chorar ainda mais.
— Então, nós crescemos. – A afastei, mas não a soltei. Era impossível deixar seu calor, eu queria ficar mais com ela. — Eu tenho uma proposta – Falei sorrindo. Meu coração batia com força, e cada batida era dela.
Lory sorriu, franzindo as sobrancelhas. Admirei seus lábios vermelhos, e depois seus olhos marejados.
— Esse colar, digamos que ele tenha a luz da lua nele – Murmurei deixando a corrente deslizar por meus dedos, e o pingente brilhar com o sol. — Prometa pela luz da lua que independente do que aconteça daqui a adiante, independente de como seja nosso futuro, o nosso hoje sempre será memórias inesquecíveis e felizes. – Pedi com calma, não desviando meus olhos dos seus. — O colar é seu se me prometer isso. – Lory desviou a atenção para o pingente, sorrindo para mim.
— Eu prometo pela luz da lua, que o hoje sempre será nossas memórias estreladas, mesmo sendo sobre um céu ensolarado. – Lory falou com sua voz suave, e eu me perguntei se poderia amá-la ainda mais. A resposta seria eternamente sim.
— Agora, me prometa que vai aceitar outra proposta – Pedi, não controlando a vontade de tê-la logo em meus braços. Acariciei seu pulso magro, sorrindo para a menina a minha frente. Sentia nebulosas quentes em meu peito, ansiosas para beijá-la.
— E o que seria essa proposta? – Indagou se aproximando de mim. Respirei seu perfume, me perdendo nos traços de seu rosto amado por mim.
— Que você será minha namorada. – Falei a deixando em silêncio. Seu sorriso começou a sumir aos poucos, dando espaço para uma expressão de choro. — Aceita namorar comigo? – Indaguei colocando um fio de cabelo atrás de sua orelha. Meus olhos voltaram para os olhos de Lory, sorri ao ver uma lágrima descendo, como uma estralada cadente que marca o céu por onde passa.
Lory me marcou.
— E-eu aceito – Falou em um sussurro fraco. — Eu aceito, Din. – E então a abracei com força, me permitindo chorar em seu ombro.
O dia estava ensolarado, e eu podia sentir que não éramos mais as crianças que choravam ao olhar a lua, querendo ver um ao outro. Nós agora somos os namorados que fazem declarações de amor sobre o sol e todo seu calor.
Beijei o pescoço quente de Lory, me sentindo completo. Stephan estava certo, eu não posso esquecer, eu tenho que criar memórias novas. Com o corpo em chamas, afastei seus fios e coloquei o cordão em seu pescoço. Me afastei em silêncio, admirando a menina com cabelos longos que carregava a lua no pescoço. Ela sorriu para mim, e eu me rendi naquele sorriso.
Beijei seus lábios com todo amor que sentia, não podendo mais me segurar. Seu beijo é rápido e necessitado. Suas mãos em meu cabelo, me fizeram apertar sua cintura, e trazer seu corpo para cima do meu. Senti seu colo se encaixar ao meu, e toda a sanidade que mantive por todo esse tempo foi embora ao sentir todo seu calor.
Não me lembro de sair do hospital, nem de com vim parar em meu quarto. Meu coração bate com força, e sinto o calor enchendo minhas veias.
Com os lábios dormentes e o corpo em chamas, admirei a menina a minha frente que tirava a blusa sem medo.
Meu fôlego foi embora ao admirar seu corpo banhando pela luz azul do abajur. Lory sustentou meu olhar, puxando o ar com força.
Naquele quarto escuro, me levantei da cama e a prendi contra a parede. Minhas mãos tocaram seu corpo morno, subindo até o tecido que a cobria de mim. Nossos lábios voltaram a dançar um contra o outro, não controlando a necessidade que sentiamos um pelo outro. Seus cabelos longos e castanhos, cobriram seus seios quando seu sutiã foi jogado em algum lugar do quarto. Sem parar o beijo, ajudei Lory a tirar minha camisa.
Ela se afastou em silêncio, admirando meu corpo. Vi que o desejo era mútuo ao ver o brilho escondido em suas íris. Lory mordeu os lábios, afastando os cabelos longos e me deixando admirar sua pele branca e macia.
Perdi o controle ao senti-la. Era como todo meu ar fosse embora, e eu só conseguisse pensar na menina que exploravam meu corpo com suas mãos mornas. Eu me sentia insano e ansioso. Como se meu controle tivesse ido embora com seus lábios.
Sentia estrelas girando ao nosso redor, como se a galáxia fosse apenas nossa.
Quando um suspiro escapou de seus lábios, e meu corpo entrou em chamas ao sentir sua pele na palma da mão, só consegui pensar que eu tinha que ir devagar. Aquilo deveria ser tão bom para ela quanto para mim. Tinha que ser inesquecível para nós dois, pois seríamos os primeiros um do outro.
Eu amo Lory, a amo intensamente, e tê-la colada ao meu corpo, só me faz ter mais certeza que quero ficar ao seu lado até o dia da minha morte.
Lory.
— Você realmente quer fazer isso? – Indagou perto do meu ouvido, enquanto eu sentia ondas quentes percorrerem por meu corpo. Não reconhecia a voz do garoto que me tocavam com desejo. Sua pele era tão macia e morna, eu queria logo me perder nela.
O afastei com cuidado, observando seu corpo quente apenas para mim. Era incrível, e fazia meu coração pular com força. Eu não estava mais conseguindo manter a sanidade.
— Me chame de mestra – Pedi sem fôlego, voltando a juntar nossos lábios como resposta. Dilan retribuiu na mesma intensidade, respirando com dificuldade. Minhas mãos corriam por seus ombros, cabelos, costas, era tudo tão quente e embrigante. Era impossível controlar o que saia de meus lábios quando suas mãos me tocavam, exploravam meu corpo.
Eu senti o mundo quando beijei seu pescoço quente, e ele falou meu nome sem forças. Era incrível ver o poder que tinha sobre Dilan. De seu corpo tenso e suado, de como nossos desejos se misturavam.
Eu não tinha dúvidas de que queria isso. Não importa a faculdade, não importa o que vai acontecer daqui em diante, não importa merda alguma, o que importa é a memória que estamos criando agora. De como seu corpo responde ao meu, e como nossas batidas entram em sintonia.
Eu só conseguia senti-lo quando tirei sua roupa, quando vi Dilan Peterson apenas para mim. Sua pele era quente, e realmente parecia o infinito por causa da luz azulada. Foi incrível ver o brilho em seus olhos, seus lábios entreabertos e inchados.
Foi fácil sentir tudo, quando Din tirou minha calça, quando seu corpo ficou sobre o meu na cama e de quando minhas mãos tocaram seu fios castanhos e úmidos. Meu ar foi embora quando ele falava o meu nome e o quanto me amava. Seus olhos castanhos se transformaram na galáxia, e eu amei o infinito que suas íris eram.
Foi incrível quando Din segurou meu corpo nú com força e necessidade, deixando uma trilha de beijos por toda parte. Meu coração batia com força a cada beijo, a cada toque, a cada carincia. E quando eu abracei seu corpo com as pernas, pude sentir todo seu calor e amor, quando senti sua pele morna palpitar sobre a minha, sussurrei que o amava.
Seu rosto vermelho e banhando por desejo ficou marcado em minha mente. De como seus cabelos castanhos e bagunçados caiam sobre seu rosto bonito e amado por mim. Decorei cada expressão, decorei o gosto de seus lábios vermelhos e entreabertos tão entregues a mim. Decorei cada gesto e palavra.
E quando viramos um, decorei o som de seus gemidos roucos. Dilan Peterson foi meu primeiro, ele foi gentil e perguntou se devíamos parar antes de tudo acontecer de verdade. Mas ele parecia tão necessitado, sua respiração acelerada e seu corpo colado ao meu, faziam parecer que suas perguntas não precisavam de resposta. Deixei ele juntar nossos corpos, e senti minha sanidade ir embora quando nos juntamos.
Dilan Peterson levou minha sanidade, nunca pensei que seu nome pudesse escapar de meus lábios com tanta intensidade. Ele esperou a dor passar para começar de verdade. Eu segurei seus cabelos com força e fui ao céu ao experimentá-lo por inteiro. Nossas vozes se misturando, a respiração curta entrando em sintonia, nos unindo cada vez mais.
Aquele momento foi único, e lembrarei de cada detalhe, seja de sua voz baixa e rouca, até seus toques mornos por meu corpo. De como foi senti-lo. Dilan Peterson foi meu primeiro amor e quando ele foi embora, pensei que nunca o veria novamente, nunca mais sentiria o que senti com ele. Eu fui uma tola por pensar isso, pois é impossível esquecer do menino com risada cativante, dos olhos castanhos que me roubaram desde o primeiro momento. E no dia em que senti sua alma, entendi que aquilo seria para sempre. Que eu sempre amaria Dilan Peterson.
Que sempre seríamos um, como as estrelas e a lua, ou talvez o mar agitado e o barco perdido. Independente disso, sou Lory Thompson, e ele, Dilan Peterson, e nós sempre teremos o coração um do outro.
E quando meu corpo estremeceu sobre o seu, entendi que o amaria eternamente, que Dilan sempre seria o garoto do sorriso cativante que me roubou. Ele cresceu para chegar até mim, e nós crescemos para ficarmos juntos.
E nada e ninguém pode mudar isso, pois o que temos é uma promessa, um amor de madrugada, que durará a vida toda.
"Nós Crescemos"
QUERIA DEIXAR CLARO QUE A DUOLOGIA CRESCER NÃO TÊM CENAS SEXUAIS. MEU OBJETIVO NUNCA FOI ESCREVER UMA. APENAS NARREI DA FORMA MAIS PARCIAL PARA MATAR A VONTADE DOS LEITORES. NOVAMENTE REPITO, NÃO ESCREVO CENAS MAIORES DE DEZOITO. MEU OBJETIVO NUNCA FOI ESCREVER ALGO DETALHADO! ESSE É UM LIVRO PARA TODAS AS IDADES.
Foi muitooooooo difícil escrever esse capítulo. Espero que entendam que essa é minha primeira experiência escrevendo coisas desse tipo, por isso não está muito boa. "Você Cresceu" foi a primeira vez que escrevi algo, não sabia nem como se mexia no Wattpad direito.
Venho crescendo junto de vocês, aliás, meu modo de escrever mudou muito do começo para cá.
Obrigado por acompanharem até aqui, obrigado pelo apoio, obrigado por tudo. Não sei nem como expressar tudo que senti escrevendo tudo, de como foi sentir os personagens, como foi dar vida a eles.
Agradeço por vocês gostarem deles, obrigado por darem uma chance para mim.
O livro está na reta final, e eu estou INCRIVELMENTE ansiosa e nervosa. Os próximos capítulos serão para nos despedirmos dos personagens e entrar em uma nova etapa. Ainda estou pensando se terá terceiro livro, e a resposta está seguindo como sim.
Ainda não é certeza, mas sei que quero mostrar a vida de universitário deles para vocês, e talvez algo a mais. Esse capítulo foi extremamente importante para a estória. Espero que tenha sido bom, e que vocês tenham amado tanto quanto eu.
Chorei muito escrevendo,
makamakamkamakam.
Eu amo vocês, seus lindos. Muito obrigado por tudo.
Estava pensando em terminar primeiro todos os capítulos e depois postar, o que acham? Mas se não quiserem, o próximo capítulo continuará sendo quarta. E assim por diante.
Próximo capítulo quarta. (Dependendo da opinião de vocês).
Me falem o que acharam ♥️🤧