ARMY GENERAL/ Kylie and JB

Von mylsmJ

57.5K 2.3K 1K

Se alguém passar na minha frente e não me encarar nos olhos eu já fico de mau humor, imagine se me tratar com... Mehr

Ian Charles Ziemann
Prazer, Ryan Buttler
Ajudinha
Relaxa Kylie
Me promete?
Assistente Pessoal
Escolhidos
Amigos?
Oliver Rousteing
Drake
Boa mira
Eu não quero perder você
Você é merecedora desse cargo Ky.
Meus garotos
Como mudamos da água para o vinho?
Isso não é estranho?
Amigo
Armadilha
Eu sei que está chorando.
Continuação
Você não vai querer se apaixonar por mim
Maconha
Stevan
Nosso segredo.
Nem tudo são flores
Ciúmes
Você não tem que me agradar.
Especial Dylan
Eu gosto de você
Quero ser sincera
Causa da minha morte?
Eu quase perdi você
1 mês
Amor? Me perdoa.
O que ela está fazendo aqui?
Teremos que esperar um tempo não é babe?
TRAIÇÃO
Você não precisa assumir se não quiser.
Nosso filho
VIVO?
Então ele estava em uma festa?
Amigo fura olho.
Não acredito que ele fez isso comigo.
Não existe amizade construída na mentira.
Tortura.

Eu estou bem.

1K 39 29
Von mylsmJ

Kylie Ziemann Toloza.
Arlington, Virginia.

Justin não me encarava, sua cabeça estava baixa e suas mãos cruzadas sobre o colo.

— Justin?— Tento encostar em sua mão e ele se afasta.

— Você acha que é justo o que está fazendo comigo?— escuto sua voz magoada.— Eu sempre estive com você em tudo.

— Eu sei. Eu reconheço. Você foi a pessoa que me deu mais força para passar por tudo que eu enfrentei.

— E isso não é suficiente para você? O amor que eu te dou não é suficiente? O cuidado que tenho por você não é suficiente?— Seus olhos marejados me encaram.

— Tudo que eu sinto vai além do que você entende. Eu amo ter você Justin. Eu amo você. Amo de verdade, mas eu preciso ficar sozinha para o meu bem.

— Que bem? Kylie você precisa de alguém do seu lado.

— Eu sei. Eu tenho minha família, meus amigos e você. — Toco seu rosto.— Eu sei que qualquer momento que eu precisar eu terei vocês. Eu achei que estava pronta para casar, ser mãe, mas você sabe que eu não estou pronta. Eu sei que eu não preciso terminar com você, mas você também precisa de um tempo. Eu sou um problema a mais na sua vida entende? Você precisa assimilar tudo que está acontecendo e eu também.

— Eu quero te odiar, eu quero tanto. — ele passa a mão na cabeça nervoso.— Mas eu não consigo. E você sabe por que... você é a mulher da minha vida. Como eu vou te odiar? Como você é um problema sendo que você é a única parte da minha vida que eu não enxergo problemas?

—  A gente pode esperar um tempo então. Eu preciso me recuperar melhor, você sabe que eu estou com começo de depressão. Preciso estar sozinha, lidar com os meus próprios medos e angústias.

— Eu não vou te esperar a vida toda. Você é muito egoísta — ele joga as alianças que estavam em sua mão pela janela e eu olho em choque.

Ele vai em direção à porta e eu o chamo.

— E o apartamento? Eu tenho que devolver o seu dinheiro.— Falo baixo.

— Vai para puta que pariu com o seu dinheiro.

E ele sai batendo a porta. A porta do nosso apartamento.

Eu o amava tanto. E já começava me questionar o que eu havia feito, quando meu olhar passou por toda a área do apartamento.

Me deito na cama quando sinto o efeito dos três comprimidos para dormir fazerem efeito.

Acordo com o barulho da campainha tocando insanamente. Me levanto meio zonza e desço as escadas tomando cuidado. Parecia que eu tinha sido atropelada. Vejo na câmera Ryan se arrumando no espelho da entrada.

— Boa tarde.— Assusto ele que revira os olhos.

— O que aconteceu com você?— ele me analisa e eu o puxo para dentro de casa.

— Tive que me dopar.

Abraço ele por alguns segundos.

— Como foi a conversa? — Subimos para o meu quarto.

— Ele está muito magoado. Magoado é pouco. Ele não entende por que eu estou afastando ele de mim. Não consigo falar, se eu falar mais eu choro.

— Calma, ele não vai se afastar.— ele diz me confortando. Era o meu maior medo.

— Não pareceu isso quando ele me mandou para puta que pariu e jogou as alianças edifício abaixo.

Ryan gargalha e eu reviro os olhos.

— Vamos logo! Você vai perder o voo.

Hoje eu iria para Nova York. Iria de voo comercial mesmo. Ryan não iria comigo, apenas me levaria ao aeroporto.

Ryan. Já ia me esquecendo dele. Tivemos uma longa conversa e discussões durante uma semana até resolvermos. Eu o perdoei. Mas sempre lembrarei o que ele me disse e o que ele fez comigo. Eu contei apenas a ele que eu estava pretendendo terminar com Justin, ele não deu palpite, mas me disse para conversar com o mesmo.

Justin terminou todo o seu serviço na Síria, ficou exatamente o resto do mês lá. O que foi uma brecha para eu pensar em muitas coisas e também uma brecha para a depressão.

Mateus tinha me diagnosticado e minhas sessões com ele durante esse tempo foram importantes e necessárias para o meu bem estar.

Eu estava indo para Ny em busca de algumas respostas sobre a morte do meu tio. Mas, eu estava indo também por que minha cabeça está muito presa aqui em Arlington. Em tudo que aconteceu comigo aqui. Tudo isso estava me fazendo mal. Principalmente ao pensar em Justin. Em como eu estava machucando ele.

Dou um abraço no Ryan me despedindo dele e no Derek também.

— Me mantenha sempre informado! Eu estarei de olho nos seguranças que eu estou enviando para cuidar de você. Não saia sozinha!— Derek avisa.

— Eu já entendi, obrigada por cuidar de tudo.— espremo ele que ri.

— Suas armas serão deixadas em seu quarto.

Desembarco em Nova York em menos de uma hora. Sorrio ao ver a neve caindo lá fora. Eu estava com três seguranças gigantes, mesmo que eles tentassem disfarçar não dava certo.

Sou deixada em frente ao meu hotel. Era tudo lindo. Principalmente meu quarto, pulo na cama aproveitando da minha própria presença.

Meu celular apita e vejo uma mensagem do West.

" Encontramos o St. Claire. Começamos a vigiar os passos dele, é mais importante descobrir o que ele está fazendo aqui fora, do que manter ele preso sem informações."

" Eu só não quero mais ser atingida West"

" Estão cuidando de você, não se preocupe"

Decido ir dormir, já que amanhã pretendo dar uma volta em Ny. Fazia anos que eu não vinha aqui.

Pego meu celular novamente e mando boa noite para algumas pessoas.

" Boa noite Justin, espero que esteja bem."xxKylie.

Abro sua foto de perfil e fico olhando até pegar no sono.

Quando acordo, tenho a sensação que eu não dormia bem fazia dias. Meu corpo está descansado e minha cabeça também. Olho meu celular e vejo a mensagem de Justin.

" Espero que você esteja bem, sabendo o que fez com o nosso relacionamento " Justin.

Respiro fundo e vou fazer minhas higienes. Decido não tomar café no hotel e sim no meu café predileto da cidade. Espero que ainda exista.

Ao abrir a porta dou de cara com os três seguranças em minha frente. Eles estavam com roupas normais o que me fez agradecer o Derek mentalmente.

— Eu quero que vocês andem espalhados em pontos estratégicos, sem serem vistos por mim, eu vou ficar incomodada se eu ver um de vocês na minha vista.

— Tudo certo senhora Ziemann. Não se preocupe. Aqui está uma arma.— Ele coloca em minha mão e eu guardo em minha cintura por baixo do grande suéter que eu visto.

Ajeito a toca na minha cabeça quando eu chego na rua. Boa sorte para os meus seguranças, por que nessa cidade tem tanta gente que eles ficaram perdidos.

Entro rapidamente no fluxo de pessoas e sigo meu caminho. Coloco um fone de ouvido e fico escutando umas músicas melancólicas, de acordo com o meu humor.

Caminho 15 minutos a pé, até encontrar o pequeno café em minha frente. Entro lá e vejo algumas pessoas me olhando, apenas abaixo minha cabeça e vou até o balcão.

— Vou querer um cappuccino especial e um pedaço da torta chilena.— peço e a moça diz que vai levar na minha mesa.

Me sento em um canto aconchegante e fico observando a rua, pessoas entrando e saindo. Ariana Grande entrando no café e saindo.

Coisas que só acontecem em nova York.

Tomo meu café da manhã e peço mais um café expresso para tomar durante o caminho.

Pretendo ir em algumas lojas agora pela manhã. Eu tinha mandado até algumas mensagens para Oliver falando que eu iria em umas lojas e mandaria fotos dos looks que eu gostasse.

Passo na lateral do central park, tentada a entrar, mas sei que terei alguns dias pela frente. Meu olhar se prende em um pequeno esquilo perto de mim e eu acabo batendo em alguém.

Meu copo de café voa em cima da pessoa e eu caio de quatro no chão. A pessoa começa falar e eu tiro o fone.

— Moça?

Ergo a cabeça desacreditada de quem eu vejo em minha frente.

— Zack?

— Kylie?— Ele me ajuda levantar e eu olho seu moletom todo sujo de café.— O que você está fazendo aqui?— perguntamos juntos.

— Senhora Ziemann? Tudo bem?— Matthew meu segurança pergunta.

— Sim. Eu conheço ele Matthew. — ele assente e logo sai.— Não acredito que você está aqui.

— Nem eu. — Abraço ele que me abraça forte  de volta.

— Sujei todo seu moletom da adidas. Vem eu te pago outro.— Começo arrastar ele para a avenida onde eu tinha acabado de passar por uma loja da adidas.

— Não precisa lie.— o encaro.

— Olha ele ainda lembra meu apelido.— dou risada e ele cora. — Eu vou pagar sim. Esse daí já era.

Depois de ele escolher o mesmo conjunto de moletom e se trocar. Nós saímos da loja.

— O que veio fazer em Ny? Você nunca sai daquela bendita clínica.

— Vim a trabalho. — reviro os olhos.— E vim passear também. Eles me obrigaram a tirar férias. Tive que deixar meus pacientes lá.— Faz uma cara triste.

— Eles vão ficar bem.— pego em suas mãos e ele olha para às minhas.

— Vim fazer duas palestras. Uma na universidade de Columbia e outra em um hospital.

— Que homem importante. Columbia? Que chique. Está com algum tempo livre?

— Estou, até a hora do almoço.

— Quer ir fazer compras comigo?

— Eu só vou se você for em lojas caras.

— É assim que eu gosto.

Caminhamos em silêncio até a loja da Louis Vuitton.

Eu vou olhar umas bolsas e ele fica olhando uns perfumes fedidos e caros. Depois fomos na Versace para eu comprar um vestido. Ele ficou bebendo champanhe e eu experimentando alguns vestidos.

Mandava tudo para Oliver e ele me xingava por não estar junto com ele.

— Que hotel está ficando?— Pergunto.

— The plaza hotel.

— Eu também.

— Deve estar em alguns quartos acima do meu.— ele fala.

— Certamente.— Dou de ombros e jogo meus cabelos.

— Burguesa metida. O que acha de almoçarmos no hotel? Assim dá tempo de eu me arrumar para palestra e conversamos mais um pouco.

— Pode ser. Vamos?

Chegamos no hotel em poucos minutos já que pegamos um táxi.

— Vamos almoçar no meu quarto ou no seu?— Pergunto.

— Pode ser no meu.

Fazemos o pedido já na recepção e subimos para o quarto dele que ficava 4 andares abaixo do meu.

— Faz um mês que não nós falamos.

— Verdade, aconteceram algumas coisas. — tiro meu casaco e jogo a arma na cama.

— Você estava andando armada? Ao meu lado?

— Sim. Proteção.

— Entendo. Tipo aquele segurança aparecendo do nada. Onde eles estão?

— Espalhados. Pedi para serem discretos.

— Como anda o seu bebê? Já sabe que sexo que é?

Suas palavras me atingem como facas e na mesma hora ele percebe.

— O que aconteceu?

— Eu perdi Zack. Eu não consegui segurar meu filho.— Falo baixo e ele senta próximo de mim.

— Eu sinto muito. Meu Deus. Eu não sabia.— Ele me abraça.— Ei, você não está se culpando não né? — Ele segura meu rosto.

— Não. Está tudo bem.

— Infelizmente não dá para mentir para mim. Lembra? Eu já cuidei de você. É claro que a culpa não foi sua. Me conta o que aconteceu.

Conto toda história para ele.

— Você terminou com o Justin? Okay muita informação. Você está bem?  Porra Kylie, ele te pediu em casamento não foi? Eu lembro que você me contou isso.

— Estou fazendo o que é certo Zack. A maioria das merdas aconteceram quando estávamos juntos. Por minha culpa sabe? Ele foi sempre um bom parceiro para mim, eu o amo. Mas eu estou com depressão, não posso fazer ele passar isso comigo. Ele merece ser feliz.

— Ei, você não pode passar por isso sozinha. Tudo bem você querer um tempo do seu relacionamento, mas passar por isso sozinha jamais.

Ficamos abraçados um tempo até o nosso almoço chegar.

— Está fazendo as sessões certinhas com o Matheus?

— Estou sim. Ele está me ajudando muito. Mas assim, você podia fazer um favor para mim como psiquiatra não é?

— Depende Lie.— ele fica me encarando  e eu gargalho.— O que foi?

— Para de me olhar assim, você é gato demais.

— Eu só tenho essa cara, felizmente. O que você precisa?

— Queria que você me receitasse alguns remédios para dormir.

— Está com insônia?

— Sim. Tem vezes que passo dois dias acordada. É insano. Eu estou tomando um, mas eu tenho que tomar uns três.

— Ficou doida?— joga o guardanapo na minha cara.— Mais tarde eu vou com você comprar um.

— Obrigada. Vou ir embora, vou deixar você se arrumar. Valeu pelo almoço.

— Me ajuda escolher um terno?

Concordo e logo vamos olhar as opções.

— Esse definitivamente.

— Quer me esperar para arrumar minha gravata?

— Você está querendo minha presença mesmo né? Vai logo tomar banho.

Só sei que ele demora tanto que eu tiro um cochilo deitada na cama dele e acordo com ele vestido e segurando a gravata na mão.

— Uau quanto perfume.— falo sentindo o cheiro no ar.

— Vai que eu acho uma nova-iorquina.

— Torcendo por você. Já resolveu aquele problema né?

— Já.— ele gargalha.

Pego a gravata da sua mão e rapidamente o arrumo.

— Não gostei da gravata.— ele se olha no espelho.

— Vai sem. — Tiro a gravada e arrumo seu terno abrindo alguns botões da sua camisa social — Prontinho. Você está o próprio modelo da Dolce Gabbana— beijo seu rosto.— Boa palestra.

— Obrigado. Mais tarde passo no seu quarto para irmos comprar seu remédio. Vou mandar mensagem ok?

— Okay.

— Fica bem.— beija minha testa e saímos do seu quarto.

Passo o resto da tarde no computador. Olhando alguns documentos que o West tinha me enviado.

Eu fui autorizada pelo general da Brigada a ter acessos em alguns documentos, para investigar a morte do meu tio. Eu também entraria em contato com alguns investigadores que me ajudariam nisso.

Meu tio tinha passado seu último dia de vida em casa. Em um dia que ele recebeu alguns convidados em sua mansão.

Pessoas importantes.  De dinheiro e poder.

Decido tomar um banho, entro no chuveiro e meu primeiro pensamento é o Justin. Como será que ele estava? Preciso falar com Jazmyn. Sem perceber me vejo acariciando minha barriga, mania que eu havia adquirido quando meu filho ainda estava em meu ventre, sinto meus olhos brotarem lágrimas e eu me permito chorar de baixo da água.

Meu corpo estava tenso e eu estava com uma sensação ruim em torno de mim. E eu sentia que se eu ficasse mais um minuto daquele jeito eu morreria.

Saio do banheiro e chamo Matthew que estava na minha porta.

Ele abaixa a cabeça quando me vê de toalha.

— Sim senhora?

— Matthew, preciso que faça um favor. Tem como você achar alguém que venda uns três cigarros de maconha?

— Sim senhora.

— Não quero que Derek fique sabendo disso. Não comente com os outros seguranças você entendeu?

— Sim.

Entrego o dinheiro em sua mão e ele sai.

Coloco um moletom e fico esperando sentada no chão do quarto tentando não pensar em muita coisa. Logo ele chega e me entrega três cigarros prontos de maconha.

— Esse cara mandou entregar um cartão caso precise de outras coisas mais fortes.— Ele estende o cartão em minha direção e eu nego. — Não precisa Matthew.

— Melhor a senhora ficar. É melhor se você quiser encomendar alguma coisa, eu busco para a senhora sem problemas.— pego o cartão de sua mão e concordo.

Não vou precisar, só preciso fumar uma maconha.

Acendo um cigarro e vou para a janela. Nesse hotel não tinha varanda, então apenas fico observando o movimento lá fora. Lá fora deve estar -1 e eu decido fumar com a janela fechada mesmo. Pego o outro cigarro para fumar e vejo a mensagem de Zack, dizendo que em 30 minutos passava aqui, ele iria desconfiar.

Tomo outro banho para tirar o cheiro de mim e passo um maquiagem para disfarçar, eu não estava chapada, gargalho.

Droga Kylie. Bebo uma dose de tequila e escuto baterem na minha porta.

— Vamos?— Concordo fechando a porta do apartamento e seguindo ele.— Está bonita e com um cheirinho de tequila.

— Você também está bonito. Tomei um copinho para esquentar— dou um sorriso a ele.— Como foi a palestra?

— Acho que eles gostaram.  Hoje foi na universidade, tem tanta gente estudando psiquiatria e psicologia, que enche meu coração. O olhar interessado de cada um deles, é incrível.

— Achou uma nova-iorquina ?— me encosto na parede do elevador

— Ganhei o número de duas estudantes. Mas elas são muito novas.— rimos.— Pensei em jantarmos em algum restaurante daqui, para nossa viagem aqui fora não ser perdida.— damos o braço enquanto caminhamos pela calçada.

— Vou ficar feliz.

Fomos na farmácia de manipulação e ele encomenda meu remédio que ficará pronto amanhã . Depois decidimos ir em uma pizzaria e passamos um bom tempo lá, dando risadas e tomando vinho.

— Não posso beber muito, tenho palestra amanhã. Você podia vir junto o que acha?

— Vou pensar. Amanhã tenho alguns compromissos na cidade.

— Okay mulher de negócios.

Vejo algumas mensagens chegando em meu celular, era Jazmyn respondendo minha pergunta.

" Você foi muito injusta com o meu irmão. Não é só você que está sofrendo"

" você é uma ingrata que tem tudo aos seus pés, não se contenta com nada... meu Deus. Meu irmão sempre fez tudo por você "

" Eu não vou responder como ele tá,  você deveria imaginar, aproveita seu tempo em Nova york"

— Vamos pedir a conta?— Pergunto bloqueando meu celular e ele concorda.

Quando saímos do restaurante percebemos que a temperatura diminuiu mais ainda, mas mesmo assim vamos de a pé.  Nosso hotel fica localizado na 5th avenue, a principal e não gastaríamos tanto tempo assim.

— Sabia que eu fiquei pensando em você o resto do dia?— ele pergunta colocando seu braço por trás de minha nuca enquanto caminha ao meu lado.

— Não. Por que?— O encaro.

— Eu fiquei lembrando do seu mês na reabilitação. Como foi difícil para você. E da sua recuperação também. Olhando você assim, não sei, parece que não é a mesma pessoa que eu deixei ir embora no último dia de reabilitação.

Paro de andar e ele me encara sério.

— Não sou mesmo a mesma pessoa. Eu melhorei.— dou de ombros e cruzo meus braços.

— Você não está bem, eu consigo ver no seu olhar.

— Eu acabei de terminar um relacionamento e é isso. Não tem mais o que sofrer.

— Tem a perda do seu filho.

— É eu estou lidando com essa dor, não preciso de pessoas me lembrando disso toda hora. Mas eu estou bem.

— Sua instabilidade emocional lie. Como estão as crises?

— Estão ótimas, eu nunca mais tive.

Minto. Tenho uma pior a cada três dias e meus pais sabem disso.

— Para de mentir.— ele pega nos meus ombros me balançando com força.

—  Chega Zack. Você não é mais meu médico. Eu estou bem. Eu estou dizendo merda! Tenha uma boa noite.

Ando rápido escutando ele me gritando. Respiro fundo quando entro no hotel. Que frio, meus dentes estão batendo. Subo para o meu quarto e me jogo na cama sentindo lágrimas saírem dos meus olhos. Choro por uns dez minutos, sem nenhum motivo aparente, apenas choro por ter sentimentos que me corroem por dentro. Literalmente o que eu estava sentindo era horrível.

— Matthew.— Chamo ele que entra no meu quarto.

40 minutos depois escuto batidas na minha porta. Abro a porta e saio fechando ela logo atrás de mim.

— Sim?

— E-eu vim ver como você está. Digo depois de tudo que eu disse a você. — Ele falava baixo e próximo a mim, vendo que meus seguranças o encaravam.— Desculpa ter pressionado você daquele jeito. Sabe como eu sou. E você tem razão eu não sou seu médico, mas eu me preocupo com você sabe? Eu criei um laço com você, como paciente e como amigo também.

— Tudo bem Zack.— Dou um abraço nele.

— Você vai ficar bem? Sozinha? Se quiser podemos assistir algum filme. Para te distrair.

— Eu estou bem. Já estava indo dormir. Estou com sono.

— Tudo bem então. Já que está tudo certo sabendo que você está bem já posso ir dormir em paz.— ele beija minha testa e eu seu rosto.— Boa noite lie. Até amanhã.

— Boa noite Zack. Até.

Entro de volta no quarto e tranco a porta.  Caminho em direção à mesa que é destinada para o café e despejo o saquinho de cocaína sobre a mesa.  Enquanto eu ajeito às fileiras lembro da minha overdose. É só eu me controlar, só isso.

Cheiro três carreiras e fico sentada na cadeira sentindo todo o efeito em mim, a quarta eu só cheiro quando eu decido me deitar. Não que eu tenha dormido, fico inquieta na cama esperando o efeito passar. Mas não passa. Merda eu usei muito.  Levanto da cama sentindo todo meu corpo agitado. Eu estava com vontade de quebrar algo, estava com raiva.

Eu nunca tinha sentido isso quando estava sobre o efeito.

Fico sentada no chão com à mão na cabeça até tudo passar. Quando passa e que vem o pior. A tristeza, angústia e à solidão.

Você quis isso Kylie. Minha mente me responde de imediato.

Deito na cama super confortável e me cubro com os lençóis caros. Se eu conseguir dormir, a ressaca que eu vou sentir amanhã vai ser devastadora. 

Eu durmo por cinco horas seguidas e acordo com batidas na porta. Sento na cama sentindo minha cabeça rodar. Vou até a porta e pergunta quem é sem abrir.

— Sou eu. Vamos tomar café no hotel?— olho o relógio e ainda são 8 da manhã.

— Dez minutos lá embaixo.— aviso.

Encaro a mesa do quarto e tenho vontade de chorar com que eu fiz. Limpo o resto de pó branco deixado sobre a mesa e jogo fora. Me encaro no espelho e parece que eu fui possuída por um zumbi.  Escovo os dentes, lavo o rosto, faço um coque e ponho um óculos de sol.

— Bom dia, já tomaram café?— Pergunto para os seguranças e eles concordam.

Encontro Zack na porta do restaurante e tento dar um sorriso para ele.

— Bom dia. Que cara de preguiça.— ele fala e nos abraçamos.— Parece que nem dormiu.

— Eu dormi, só acho que dormi demais.

Zack enche seu prato de besteiras e eu fico apenas no café extra forte.

— Come um pãozinho vai.— Ele coloca na minha boca. De canto de olho vejo um cara tirando fotos minhas com uma camera gigante.

— Tem uma paparazzi com uma câmera gigante aqui.— coloco minha touca.

— Isso é ruim?

— Muito. Vão anunciar que eu terminei com o Justin e estou com outro.— reviro os olhos e me levanto.

Zack levanta também, mas carrega sua bandeja com as comidas.

— Você pode fazer isso?

— Posso, estou pagando.— dá de ombro enquanto vamos para o elevador.— Seu nariz está vermelho.

Isso por que ele não viu a profundidade dos meus olhos.

— Acordei um pouco resfriada hoje.

Zack vai para o quarto dele ensaiar sua palestra e eu me arrumo para dar uma volta no central Park. Eu iria voltar mais tarde para ir assistir a palestra de Zack.

Olho à lista de mensagens no meu celular.

Metade era meus amigos perguntando se eu e o Justin estávamos separados e a outra metade era perguntando o que eu estava fazendo em Ny.

Bom dia, vou te ligar mais tarde por FaceTime para fazer uma sessão o que acha?xx Mateus

Deixo meu celular em modo avião e sigo fazendo minha caminhada pelo Central Park, como se tudo estivesse bem.

Weiterlesen

Das wird dir gefallen

29.9K 2.9K 101
Izuku não sabia quanto tempo ele ficou naquele telhado depois que All Might foi embora. O próprio herói número um havia dito a ele que ele não poderi...
1.6K 111 14
Tentando ficar em uma cidade mais próxima de seus sonhos de rock and roll, Tristan Rodriguez terá que suportar a companhia de um vampiro autoproclama...
70.6K 3K 23
𝘙𝘪𝘰 𝘥𝘦 𝘫𝘢𝘯𝘦𝘪𝘳𝘰/ 𝘙𝘰𝘤𝘪𝘯𝘩𝘢 📍 Ámber Smith uma família muito conhecida por ter um patamar altíssimo é uma classe alta por serem abenço...
2.7K 311 15
"Aemond nunca foi realmente um monstro, apenas o fizeram-no ser assim." "Lucerys era uma criança ele não queria aquilo." -Não culpe Aemond culpe Al...