The Stripper - Jenlisa

By KimKyoko_

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Você já imaginou ter duas vidas? Ser duas pessoas ao mesmo tempo? Aposto que sim. Mas entre pensar e viver ha... More

1° Capítulo - Duas vidas
2° Capítulo - Voltando a Miami
3° Capítulo - The Stripper
4° Capítulo - Nova presidência
5° Capítulo - Primeiro dia
6° Capítulo - Mais tempo juntas
7° Capítulo - The dance
8° Capítulo - Beijo
9° Capítulo - Perdendo o controle
10° Capítulo - Le café
11° Capítulo - Doce ilusão
12° Capítulo - Confusão
13° Capítulo - Ensaio
14° Capítulo - Show particular
15° Capítulo - Jogo perverso
16° Capítulo - Chegada inesperável
17° Capítulo - Reencontro
18° Capítulo - Conhecendo a família
19° Capítulo - Apenas Jennie e Lalisa
20° Capítulo - Gosto de você
21° Capítulo - Uma dança
22° Capítulo - Voltando a dura realidade
23° Capítulo - O troco
24° Capítulo - Perdidas
25° Capítulo - Arrisque-se
26° Capítulo - Fuck you all the time
27° Capítulo - Caminhos cruzados
28° Capítulo - Você é minha!
29° Capítulo - Uma nova aliança
30° Capítulo - Eu amo você
31° Capítulo - Hora de jogar
32° Capítulo - A descoberta
33° Capítulo - Confronto
34° Capítulo - Turbilhão de sentimentos
35° Capítulo - Caindo em tentação
36° Capítulo - Negociação
37° Capítulo - Coisas do passado
38° Capítulo - Baile de máscaras
39° Capítulo - Pedidos
40° Capítulo - Questão de conhecer
41° Capítulo - Quem manda nesse jogo?
42° Capítulo - Tudo vai dar certo
43° Capítulo - Mentir sim ou não?
44° Capítulo - Surpresa
45° Capítulo - O vôo
46° Capítulo - Segredos
47° Capítulo - Último pedido
48° Capítulo - Decisão
49° Capítulo - The Lap dance
50° Capítulo - Xeque-Mate
51° Capítulo - Estratégia
53° Capítulo - Acerto de contas
54° Capítulo - A perda
55° Capítulo - Para sempre minha
56° Capítulo - O casamento
57° Capítulo (Final) - O poder
Epílogo - A Família
Epílogo - Dois lados
Epílogo - Dear Stripper

52° Capítulo - A nova era

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By KimKyoko_

 Jeon Soyeon's Point of view.

Sabe a sensação de estar totalmente realizada? Feliz? Era exatamente dessa maneira que eu estava me sentindo aquela tarde. Apesar do cansaço excessivo, eu me encontrava em um estado radiante de pura realização. Os planos do dia anterior não poderiam ter dado mais certo. Lalisa e Jennie haviam dado um fim no que elas chamavam de relacionamento. E eu? Bom, eu continuaria com Ruby Jane, a minha maquina de dinheiro dentro da Imperium. Confesso que de inicio, eu havia me sentido mal por enganá-la, afinal a garota esteve comigo durante anos me ajudando a alavancar meus negócios. Mas aquele não era o momento certo para sentimentos e nem compaixão, e sim para estratégias em um jogo que eu facilmente poderia perder se não fosse tão astuta. 

Depois do ocorrido na noite anterior eu achei que deveria comemorar, para minha infelicidade Tzuyu não pode me acompanhar, afinal teria que se fazer de boa moça para Manoban. Deus, aquela mulher me dava ânsia. Seu ar prepotente e puramente arrogante me fazia ter repulsa apenas ao lembrar de sua existência. Então, resolvi encontrar um velho amigo no qual me deu uma maravilhosa noite de prazer, me fazendo relaxar e saborear o gosto da vitoria. 

Já era tarde e eu estava a caminho da boate para revisar o balanço daquele mês, provavelmente Tzuyu aparecia ali para comemoramos juntas o dia anterior. Eu não havia falado com ela desde o momento que a mesma saiu com Lalisa. Com tanto turbulência acabei deixando o aparelho celular para trás, ficando totalmente incomunicável. O que eu não achava totalmente ruim, precisava de um tempo para mim. 

Desliguei o som do carro que tocava uma musica animada assim que entrei no estacionamento da Imperium. Àquela hora só havia algumas dançarinas ensaiando e alguns funcionários da limpeza. Sai do veiculo, apertando no pequeno botão do alarme para em seguida caminhar em direção a entrada de minha boate. Acenei para o segurança que sorriu simpático, e adentrei o estabelecimento. Logo na entrada percebi uma movimentação mais forte, mas nada muito grande. Caminhei em passos lentos até a escadaria em direção a minha sala. 

- Soyeon? – ouvi Solar gritar do fundo. 

Eu nem sequer dei atenção, não estava com a menor paciência para falar com a garota.

- Espere! Preciso falar com você! – gritou de forma desastrada de onde estava.  – Não entre aí!

Acelerei os passos e abri a porta de minha sala rapidamente, fechando no mesmo instante em que entrei para evitar a conversa desnecessária com a dançarina.

- Garota chata! – bufei irritada contra a porta. 

- Não deveria tratar sua aliada assim, Soyeon. - ouvi a voz de Ruby Jane preencher todo o ambiente.

Virei rapidamente com o susto de ter a mulher ali, quando a vi sentada em minha cadeira, com um sorriso cínico e um ar puramente arrogante. 

- O que está fazendo aqui?

Ela franziu o cenho e me fitou com uma expressão que dizia "Não é obvio?"

- Como assim o que estou fazendo aqui? A Imperium é minha segunda casa, não? 

Ruby Jane falou levantando da cadeira lentamente, dando pequenos passos para a bancada de bebidas em minha sala. Eu não sabia o que estava acontecendo, a mulher tinha uma áurea misteriosa, quase indefinida. Ela nada falou, apenas despejou uma pequena quantidade de uísque em um dos copos, colocando três pedrinhas de gelo. Balançou o liquido no sentido anti horário, para em seguida molhar os lábios. 

- Claro que é sua casa, só estou surpresa de estar aqui. 

A morena sorriu de canto, meneando com a cabeça negativamente. Ela voltou a caminhar até a mesa onde se escorou.

- Surpresa? Que ótimo. Adoro fazer surpresas. – ela disse, soltando uma pequena piscada para mim.

- Você me parece..

- Bem? Feliz? – disse ela sorrindo.

Dei de ombros, enquanto colocava a bolsa sobre a mesa. 

- Sim, depois de ontem eu pensei que você não iria vir aqui logo. 

Ruby Jane sorriu, e com aqueles olhos castanhos quase fuzilantes me fitou. 

- Ah! Ontem, realmente foi uma noite agitada. – ela começou a falar paciente. – Mas muito boa. Você gostou?

- Boa? Claro que não, Ruby Jane eu fiquei preocupada com você. 

Ela arqueou uma das sobrancelhas e assentiu. 

- Eu imagino o quão preocupada deve ter ficado comigo, você sempre tão caridosa. 

O que diabos estava acontecendo ali? Eu não estava com um bom pressentimento. Ruby Jane estava diferente, arrogante e firme. Ouvimos algumas batidas na porta, até a mesma se abrir e um rapaz entrar.

- Sra. Jane? 

- Sim, o que deseja? – perguntou. 

- Sou da equipe de reforma. Quer que eu comece por onde?

Eu franzi o cenho sem entender. Ruby Jane se levantou com um sorriso, e caminhou até a pequena cômoda que havia ali no canto, deslizando dois dedos pela madeira. 

- Humm, você pode começar... - ela continuou calmamente. Até em um ato súbito, jogar todas as minhas coisas sobre a bancada no chão. – Por aqui. 

Eu arregalei os olhos ao ver meus vasos caros e objetos se espatifarem no chão. 

- Você está louca?! – gritei. 

Ela virou de frente para mim, com um sorriso diabólico. 

- Nos deixe sozinhas rapaz, chamo você em breve. – Ruby Jane falou com os olhos sobre mim.

O moreno assustado, apenas assentiu ao se retirar. 

- O que diabos pensa que está fazendo?!

- Não é obvio? – ela falou caminhando para mesa novamente. – Estou reformando tudo. – Ela se sentou.

Ruby Jane era puro cinismo, o que me deixava ainda mais irritada. 

- Com que direito pensa que pode fazer isso? – falei espalmando as duas mãos sobre a mesa, fitando a mulher que me encarava com o nariz em pé. 

Ruby Jane apoiou os braços na mesa com o cotovelo, juntando as mãos no centro para apoiar seu queixo e me fitar. Ela curvou os lábios em um sorriso. 

- Com o direito de dona, chefe, sócia majoritária. Como preferir me chamar, Soyeon.

Jennie Kim's Point of view.

Soyeon franziu o cenho me fitou, com um olhar quase perdido. Ela parecia está em outra dimensão com minhas palavras. A loira negou com a cabeça e riu sem alguma pitada de humor. 

- Você está louca, só pode! Bebeu essa noite?

Eu nada falei, apenas a encarei. 

- Você não tem onde cair morta Jennie, como acha que é dona desse lugar?! – exclamou irritada. 

- Você me subestima demais, Soyeon. Sinto dó de sua ingenuidade. 

Ela estava visivelmente nervosa. 

- Do que você está falando? – perguntou irritada.

- Eu estou falando que você se meteu com a pessoa errada, poderíamos ter evitado isso. Mas você quis ir para o caminho mais difícil. – falei de forma paciente e cínica. – Achou mesmo que iria dar certo?

Ela recuou um passo, com os olhos semicerrados em minha direção. 

- Você está louca! – exclamou alto. – Saia da minha sala, saia da minha boate agora!

Eu soltei uma gargalhada alta, que a fez parar no mesmo instante e me fitar novamente. 

- Sua boate? Não tem mais nada seu aqui. Eu sou a nova dona da Imperium, Soyeon. 

- O que?

- Isso mesmo que acabou de ouvir. De dançarina a dona, um grande passo não é? – perguntei sorrindo. 

- Não, você não é! – soltou exasperada. 

- Sou, de acordo com esse documento aqui. – disse deslizando o documento sobre a mesa até a loira que o pegou. – Sou dona de setenta por cento das ações desse lugar, e logo serei do restante. Afinal, você não deu uma parcela por elas não é mesmo? Vai perder em breve. 

- Não, não... você... como você fez isso? Sua filha da puta! Você não pode!

Eu pude ver em seus olhos o medo e o desespero por perder tudo. Por uma fração de segundos eu tive realmente pena, mas naquele instante eu estava tomada por um forte ressentimento que não passaria agora, e nem tão cedo. 

- Você só pode esta brincando, você não tem como fazer isso! – ela gritou. 

- Realmente, eu não tinha. Mas estamos em outros tempos, Soyeon. Agora eu não só posso, como fiz. 

- Como? – perguntou amassando o documento em suas mãos. 

Ouvimos algumas leves batidas na porta, que no instante seguinte se abriu. Lalisa entrou com um sorriso vitorioso, o que me tirou um suspiro. 

- Algum problema, meu amor? – perguntou em tom preocupado.

Lalisa se aproximou devagar, e com delicadeza envolveu seus braços em minha cintura, depositando um beijo em meus lábios. Para depois fitar Soyeon que nos encarava boquiaberta. 

- Não, amor. Estava apenas contando as novidades para Soyeon.

Lalisa sorriu de forma triunfante e deu de ombros.

- Foi você não é? Você comprou isso tudo! – a loira exclamou transtornada. 

- Você deveria estar levantando as mãos aos céus por Jennie ainda sentir um carinho por você, caso contrario ao invés de comprar a Imperium, eu acabaria com sua vida. 

- Como você pode fazer isso comigo, Ruby Jane?!

- Você foi a primeira a me trair, Soyeon! Como pode ser tão baixa? 

Apesar da raiva que me consumia eu me sentia mal por fazer aquilo. Por ter tomado dela a única coisa que ela tinha. 

- Eu estava fazendo o melhor para você, até quando acha que esse romance vai durar? Ela vai te largar a qualquer hora.

- Melhor para mim? Você só pensou em você e no dinheiro que lhe dou! – gritei. 

- É apenas para isso que você serve. 

Eu senti as mãos apertarem um pouco minha cintura, mostrando que estava ali para me apoiar. Trocamos um olhar cúmplice em poucos segundos, e eu voltei a encarar Soyeon. Respirei fundo, sentindo meus pulmões inflarem. 

- Acha mesmo? Depois de perder tudo? Você continua achando isso? – me soltei dos braços de Lalisa e caminhei até Soyeon. 

Parei a sua frente, e encarei seus olhos com a raiva que gritava em meu interior. 

- Olhe para você e olhe para mim. Acho que o jogo virou não é mesmo? 

- Como você fez isso? Como descobriu?! 

Seu tom exaltado revelava o quão abalada a mulher estava com aquela situação. Não era para menos é claro, para quem comemorava a vitoria triunfante, saber que havia sido passada para trás não era fácil. 

- Tenho muitos por mim. 

Eu nem sequer terminei a frase quando a porta se abriu. 

- Olá meninas! – Moonbyul falou sorrindo, trazendo consigo Tzuyu que era puxada pelo braço com uma expressão nada boa. – Veja só quem eu encontrei aqui na entrada.

Eu virei para as duas, e sorri triunfante. 

- Agora sim estamos todas juntas. – falei de forma sarcástica voltando para o lado de Lalisa que sorria. 

Tzuyu puxou o braço com força para se soltar de Moonbyul.

- Que porra é essa?! – Soyeon gritou, trocando um olhar confuso com Tzuyu. 

- Eu tentei falar com você... - sussurrou. 

Moonbyul sorriu e se aproximou, ficando do meu outro lado. Agora eu estava entre Lalisa e Moonbyul diante das duas cobra que nos fitavam boquiabertas. 

- Vocês perderam! Xeque-Mate. – pisquei para as duas. 

- Você contou tudo! Sua vadia mentirosa! – Soyeon esbravejou para Moonbyul.

- Pediram ajuda para a pessoa errada, querida. Eu não vou participar dessa corja no qual vocês se encontram. – Moonbyul se pronunciou. 

- Prefere ficar abaixo de Lalisa não é? Como sempre. – Tzuyu falou dessa vez.

- Não estou abaixo de ninguém, Tzuyu. Olhe pra mim, acha mesmo que preciso de alguma coisa? – seu tom esnobe a deixava com um ar imponente. 

- Você é uma cretina! Lalisa, não acredite nelas, são todas falsas! – Tzuyu se aproximou me fazendo revirar os olhos. 

- Jesus, você ainda vai insistir? Eu sei de tudo! Tzuyu, eu nem estou surpresa, sempre esperei algo assim de você. – Lalisa disse dando de ombros. 

- Você está cega! Eu sempre quis te ajudar! – exclamou desesperada. 

- Como você pode ser tão cínica? – tomei a frente de Lalisa. – Não cansa de perder? Desista, Tzuyu. 

- Você está muito enganada, se acha que ganhou. O que você é? Uma Stripper de quinta. – ela cuspiu as palavras. 

Eu sorri de canto.

- Eu sou tudo que você quer ser. Eu sou a dona da Imperium, a mulher de Lalisa. 

Lalisa se aproximou tocando minha cintura levemente, passando confiança. Tzuyu franziu o cenho e fitou Soyeon. 

- Dona? Como? – seu tom confuso era cômico. 

Soyeon abaixou a cabeça e meneou negativamente. 

- Dona ora, quando a gente compra um lugar, nos tornamos donos. 

Tzuyu arregalou os olhos e recuou um passo. 

- Você não é a dona daqui? – gritou para Soyeon.

A loira respirou fundo e fitou Tzuyu. 

- Eu sou dona apenas de trinta por cento. 

- Que logo irá perder para mim. – Lalisa falou.

- Você comprou esse lugar para ela, Lalisa... não posso acreditar nisso. – ela tentou se aproximar de Lalisa que a encarou seria. – Isso tudo por sexo não é? Eu vi vocês ontem, e não posso crer que você está com ela apenas por isso. 

Então Tzuyu era a pessoa que estava no escritório de Lalisa na madrugada de hoje? Isso não poderia ficar melhor, apenas mais um passo para derruba - lá. Meu Deus, aquilo estava melhor do que esperado. Eu tinha o comando do jogo agora. Eu caminhei até elas e tomei a frente de Lalisa que me fitou e sorriu.

- Então foi você? Nossa, fico até mais tranquila agora. – disse de forma cínica. – Me diga, gostou do show? Eu não sei em que momento você começou a ver, mas creio que bateu uma pontinha de inveja não é? 

Tzuyu endureceu a mandíbula e inflou as narinas, mostrando que estava procurando se controlar. Seus olhos queimavam em um ódio descomunal, tenho certeza que se a mulher pudesse me matar ali, rapidamente o faria. 

- Meu Deus, o que você fez com essas mulheres? – Moonbyul perguntou para Lalisa que apenas sorriu. 

Soltei um olhar para ambas. 

- Venha Manoban, tome um uísque comigo. Elas têm muitos assuntos para tratar. – Moonbyul falou servindo dois copos. 

Lalisa deu de ombros e se aproximou, pegando um copo da mão de Moonbyul. Ambas as mulheres ergueram os copos com um sorriso triunfante nos lábios e brindaram em nossa vitoria. E eu no mesmo instante voltei a fitar Tzuyu. 

- Você é uma vadia! – Tzuyu gritou. 

- Tzuyu... - Soyeon sussurrou. – Não adianta.

- Eu? Você que está atrás de Lalisa pelo dinheiro, e eu que sou uma vadia? Por favor. – falei ironicamente. 

- Ela está com você por sexo! - tentou esnobar. 

Lalisa se aproximou rapidamente. 

- Escute aqui sua... - falou furiosa, mas eu rapidamente a interrompi.

Toquei em seus ombros calmamente e sorri, depositando um beijo nos lábios de minha mulher. Tzuyu que estava a poucos centímetros pode ver a cena de perto. Soltei Lalisa e voltei minha atenção à naja que me encarava furiosa. Então minha mulher voltou a se aproximar de Moonbyul.

- Garanto que não é só por sexo, mas o nosso sexo é gostoso demais. Acho que você deve ter percebido não é? Assistiu tudo de camarote. 

Minhas palavras saiam carregadas em uma ironia forte. 

- Tenho certeza absoluta que ela nunca nem sequer pensou em tocar em você da maneira que me toca. – me aproximei. – Com tanto desejo.

 - Você não sabe de nada! 

Eu sorri de seu ódio. 

- Eu sei, sei que nenhuma mulher e muito menos você vai ter a Lalisa como eu tenho. Você sabe disso Tzuyu...

- Você é suja! 

Soltei uma gargalhada. 

- E você invejosa. – disse. 

- Eu? Com inveja de você? Faça-me rir Ruby Jane. – ela soltou uma risada sem humor. 

- Sim, eu tenho Lalisa, coisa que você nunca vai ter! – dei de ombros de forma irônica. 

- Eu já a tive pra mim. 

Eu abri um largo sorriso, e a encarei. Rodeando a mulher bem devagar.

- Não, não como eu a tenho. – falei me aproximando de Tzuyu por trás, a ponto de sussurrar em seu ouvido. – Você nunca a teve da forma tão gostosa como eu tenho todas as noites. Tzuyu, eu gozei tão gostoso... Eu fui tudo o que ela quis naquela noite.. Você me chamando de vadia não vai me ofender, porque sim, eu fui à melhor das vadias pra ela. 

Ela bufou, e virou de frente para mim. 

- Só pra isso que você serve!

- Está enganada. Jennie ainda será minha esposa, mãe de meus filhos, pois eu a amo. E é com ela que eu quero viver o resto de minha vida. – Lalisa falou se juntando a mim novamente. – Não é meu amor? Logo, você será uma Manoban.

Soltei um sorriso, recebendo um beijo rápido de Lalisa. 

- Vamos embora, Tzuyu! – Soyeon falou. 

- Não!

- Está com pressa porque, Jeon? Não está gostando do papo? – Lalisa perguntou. 

- Não me provoque, você não sabe com quem está se metendo! – a loira gritou.

Lalisa assumiu uma pose seria. 

- Você que não sabe, não faz a menor idéia do que eu sou capaz de fazer com quem se mete no meu caminho. 

- Está me ameaçando? – Soyeon foi para cima de Lalisa. 

- Estou, quer que eu desenhe? Posso ser mais clara. – Lalisa deu um passo à frente.

- Vamos esfriar os ânimos aqui. – Moonbyul se aproximou, ficando entre as duas mulheres. 

- Não se meta, traidora – Soyeon esbravejou.

- Você não quer arrumar briga comigo também Soyeon. Ter Lalisa e eu como inimigas não é algo saudável. – Moonbyul falou de forma até paciente.

- Não mesmo, ainda mais agora que estamos do mesmo lado. – Lalisa continou.

- Isso não vai ficar assim. – Soyeon esbravejou furiosa. 

- Eu acho melhor vocês duas não aprontarem mais nada, eu não vou aliviar o lado de ninguém pela dó que a Jennie ainda sente de pessoas como vocês. Eu posso ser muito cruel quando quero. 

As duas nada falaram. 

- Eu vou fazer da vida de vocês um inferno, Manoban. – Soyeon falou desafiadora. 

- Tente, e eu mato você Jeon. 

Lalisa falou de forma tão rude que pude sentir um arrepio percorrer por minha coluna, eu não duvida que Lalisa seria capaz para defender o que tínhamos. 

- Saiam daqui agora, as duas! 

Minha mulher gritou, puxando Soyeon e Tzuyu pelo braço. As duas estavam praticamente sendo arrastadas porta a fora. 

- Sumam! Eu não quero ver a cara nojenta de vocês nunca mais!

Lalisa gritou furiosa, fechando a porta com força. Provocando um tremor nas vidraças da sala. Eu rapidamente me aproximei dela, e toquei em seu rosto calmamente. Procurando mostrar que tudo havia dado certo. 

- Lalisa...

A mulher abriu os olhos e me fitou. Estavam com uma tonalidade mais escura, e neles eu poderia ver o brilho da raiva que logo se dissolveu ao se concentrar em mim.

- Deu tudo certo. – eu disse sorrindo. 

Lalisa fechou os olhos rapidamente e sorriu.

- Sim! Eu estou muito feliz, Nini. 

Sua voz doce e amável se fez presente, e eu suspirei de alivio assim que suas mãos me puxaram para um abraço reconfortante. Ficamos cerca de alguns minutos assim, sem falar absolutamente nada. Eu apenas podia sentir a respiração serena da mulher contra mim. Até que Lalisa se soltou um pouco, para depositar um beijo em meus lábios. Fechei os olhos assim que senti a maciez de sua boca ir de encontro a minha, de inicio foi apenas um roçar de nossos lábios até que Lalisa pediu delicadamente um espaço para deslizar sua língua sobre a minha. Nos beijamos com o carinho, até ouvir o pigarrear vindo de Moonbyul.

- Sinceramente, isso não estava no nosso acordo. Eu ter que ficar vendo o "mimimi" de vocês.

Eu soltei uma risada e por incrível que pareça Lalisa também, nos soltamos devagar para encarar a mulher que tinha uma expressão de tédio. 

- Serio, não sou obrigada. 

- A porta de saída é a serventia da casa. – Lalisa disse.

- Você sempre implicante, Manoban. – Moonbyul falou se levantando de onde estava. – Não sei como aguenta ela, Jenjen. Fui sua melhor namorada sem duvida. 

Lalisa fechou a expressão e bufou. 

- Moonbyul... - eu a repreendi. 

- O que? Estou mentindo? Fala serio, olha pra mim. Eu sou muito gostosa. – ela falou de forma convencida apenas para implicar com Lalisa. 

- Minha mulher também é, e muito. E ainda possui esses olhos lindos. – falei entrando na brincadeira. 

Lalisa sorriu abertamente, para em seguida erguer as sobrancelhas e dar de ombros de forma convencida. 

- Viu só? Ganhei de novo. – a mulher falou me abraçando por trás.

Moonbyul revirou os olhos e tomou um gole de sua bebida. 

- Vocês são o fim. 

Lalisa e eu soltamos uma risada divertida. Até que a porta se abriu, dando espaço para Seulgi e Irene entrar em meio a uma discussão. 

- Estou bem chateada com você, Manoban. – Seulgi falou jogando sua bolsa no sofá de couro. 

- O que eu fiz? – perguntou confusa. 

- Me deixou de fora da festinha, o que é? Me trocou por essa mulher agora? – disse apontando para Moonbyul.

Eu fiz um careta para Lalisa que dizia o mesmo de "você está ferrada"

- Deus me livre. – Moonbyul de pronunciou. 

- Claro que não, Seulgi. O problema é que a Moon fazia parte do plano. 

- Fui à grande jogadora, é claro. – Moonbyul deu de ombros, e Lalisa a fitou negando com a cabeça. 

- Você sempre se achando. – Seulgi falou. 

- Qual o seu problema comigo, Kang? Isso é porque eu vivo grudada no seu amor? – Moonbyul foi direta. 

Fazendo Seulgi e Irene corar no mesmo instante, aquilo era cômico demais. Nada melhor depois de uma situação tensa. 

- Meu Deus, não fale bobagens Moon Byul-ie. – Irene resmungou. 

- O que? Estou sendo sincera. Ela está com ciúmes. 

- Você fica quieta. – Lalisa se meteu. 

- Jesus! Parem! – gritei fazendo todas me fitar. – Sem essa falação toda em minha boate, por favor! – disse fingindo estar seria. 

Lalisa sorriu e se aproximou de mim. 

- Escutaram a minha mulher, aquietem o fogo. 

- Só porque é a toda poderosa agora. – Seulgi falou rindo.

- Pra quem pode, Kang. – dei de ombros e ri. 

- Vi a cara das suas saindo daqui, e não foram nada boas. – foi à vez de Irene falar. 

- Elas apenas tiveram o que mereceram Irene. Eu faria muito pior, mas Jennie é boa demais. – Lalisa falou se encostado na estante atrás de si. 

- Ela tem coração, ao contrario das três ai.

- Viu? Gostei de você Irene! – disse sorrindo. 

- Tenho a sensação que vamos ser muito amigas, Jennie. 

- Ferrou. – Seulgi falou nos fazendo rir. 

- Fique quieta, Kang. – Irene a repreendeu. 

- Voltamos aos velhos tempos. – Lalisa falou rindo, me deixando confusa. 

- Porque, amor?

- Na época do colégio. Irene e Seulgi viviam assim, entre tapas e beijos. 

- A diferença é que agora não tem beijo. – Irene cortou e eu sorri. 

- Porque você não quer. – foi a vez de Seulgi falar. 

- Ok, Ok meninas. Eu estou me sentindo isolada nessa conversa de casais. 

- Não tem outro casal fora Lalisa e Jennie aqui, Moon. – Irene rapidamente falou.

- Estava aqui pensando de todas nós sairmos para comemorar que tudo deu certo. O que acham?

Moonbyul perguntou animada. 

- Finalmente uma boa idéia. – Lalisa ironizou. 

- Sempre tenho ótimas idéias. 

- Sem brigas. – disse cortando. – Vamos sim, preciso relaxar um pouco. 

- Perfeito. Na Cosmopolitan hoje tem a noite latina, vai ser incrível. 

- Eu amo mais é as coreanas. – Lalisa sussurrou em meu ouvido, fazendo-me arrepiar. 

Eu sorri de canto e mordi os lábios. 

- Vamos então! 

Kang Seulgi's Point of view.

Estávamos agora todas reunidas em uma conversa animada em uma das mesas da Cosmopolitan. A boate estava simplesmente lotada aquela noite, a musica latina envolvia as pessoas de uma maneira fora do comum. Já havíamos dançado, brincado, mas agora estávamos apenas discutindo quem sairia dali mais bêbada, afinal já estávamos na quarta rodada de tequila. E eu continuava firme e forte. 

Mesmo em meio ao bom humor e o álcool Moonbyul e Lalisa não deixavam de trocar as farpas de costume. Aquilo poderia até ser cômico para quem estava de fora. Jennie havia chamado Jisoo e Chaeyoung para se juntar a nós e comemorar sua grande vitoria em cima de Tzuyu e Soyeon. Tudo estava indo perfeitamente bem, a não ser por Irene que me ignorava totalmente. 

Eu estava aqui rezando para que a tequila fizesse algum efeito, e ela abrisse caminho apenas para eu me aproximar sem receber um coice. E parece que estava funcionando. A morena agora até sorriso me lançava. 

- Você não devia abusar tanto da tequila, Srta. Kim. – Lalisa disse sem perder o maldito costume de chamar a mulher pelo sobrenome. 

- Eu estou perfeitamente bem, Manoban. – Jennie falou soltando uma piscadinha para Lalisa, e logo em seguida voltar à atenção a conversa com as meninas. 

- Ela deve saber o que está dizendo. – sussurrei para Lalisa que riu.

- Duvido! Jennie não bebe muito. 

- Deixe ela se divertir, Lisa. Você pode se dá bem no final da noite. 

Falei sugestiva, fazendo Lalisa arquear uma das sobrancelhas e assentir com um sorriso sacana.

- Você tem toda razão! Mas me diz, não vai tentar? – cochichou para mim, enquanto todas as outras riam de algo que Jisoo havia falado. 

- Eu não sei, Lisa. Não quero fazer errado. – soltei pensativa. 

Eu realmente não queria. Já havia errado com Irene uma vez, e agora queria fazer diferente. Queria mostrar que nunca deixei de amá-la, apesar vontade louca de estar com ela eu queria que ela se aproximasse por vontade própria. 

- Se aproxime Seulgi, eu sei que Irene vai querer. 

- E se ela me esnobar?

Lalisa riu baixinho e se aproximou mais. 

- Ela sempre fez isso, Seulgi. E você adorava. 

- Tem razão, pelo menos um beijo essa noite eu preciso ter. 

Lalisa riu. 

- O que as duas tanto cochicham? – Jennie se juntou a nós, colocando um dos braços sobre os ombros de Lalisa que a fitou sorridente. 

- A forma para Seulgi conseguir ficar com Irene. 

- Lalisa! – eu a repreendi. 

Jennie sorriu, fitou Irene disfarçadamente e depois voltou os olhos para mim. 

- Ela está indo bem com as tequilas. Mais duas rodadas, e ela para de te cortar Kang. Aproveite. 

Lalisa e eu olhamos para Jennie que deu de ombros. 

- Você claramente escolheu a mulher certa. – falei para Lalisa que puxou Jennie para junto de si. 

- Sim, não me resta duvidas. 

- Do que estão falando? – Irene perguntou, atraindo a atenção de todas as outras para nossa conversa, e conseqüentemente me deixando nervosa. 

- Que Lalisa escolheu a mulher certa. – disse. 

- Não tenho duvidas disso. – Jisoo completou. 

- Ain! Jichu, te amo. – Jennie fez um carinho na melhor amiga. 

- Vocês ficam lindas juntas. – foi à vez de Chaeyoung falar. 

- Prefiro você comigo, pasta. - Jisoo sorriu abertamente para a loira enquanto a abraçava.

- Jisoo... - Chaeyoung sussurrou corando retribuindo o abraço da coreana.

- Essas duas ainda vão se casar.  - Jennie cochichou.

Lalisa sorriu e abraçou Jennie, que depositou um beijo em minha amiga. 

- Assim como a gente, meu amor.

- Já podemos shippar vocês. – falei rindo. 

- Claro! Vamos pensar no nome Kang. – Irene falou risonha entrando na nossa brincadeira na juventude. 

- Lisa... Lisannie? – começou dando a idéia. 

Todas nós fizemos uma careta negando. 

- Podemos chamar de... Jen-JenLisa! Isso, JenLisa é bom! 

- Gostei! – Jisoo falou animada. 

Lalisa e Jennie soltaram uma gargalhada. 

- Isso é sério? – Lalisa perguntou confusa. 

- Óbvio! JenLisa is real. 

- Vamos fazer um brinde a JenLisa ! – Jisoo quase gritou, estendo o pequeno copinho de tequila.

- Vamos!

Todas nós estendemos os shots de tequila para o alto brindando ao casal. 

- Podemos brindar a SeulRene, o que acha Nini? – Lalisa perguntou com malicia. 

- SeulRene? – Jisoo perguntou. 

- Sim, Seulgi e Irene! 

Todas, incluindo Irene para a minha surpresa riram. Realmente, tequila estava fazendo efeito. 

- Podemos também brindar a ChaeSoo, o que acha Lili? - foi a vez de Jennie entra na brincadeira.

- ChaeSoo? - Chaeyoung perguntou.

- Jisoo e Chaeyoung!

- Mas.... - a loira foi interrompida por Jennie.

- Sem mimimi Park, aceita que dói menos.

- Tenho que concordar com a Jendeukie.

Chaeyoung deu de ombros e estendeu o pequeno copo de tequila para o alto, fazendo todas nós estendemos os shots de tequila para o alto novamente brindando ao casal. 

- Podemos brindar Moonnie. – foi a vez de Moonbyul falar. 

- O que? – Lalisa a fitou seria. 

- Moonbyul e Jennie, querida. – ela falou como se fosse obvio. 

Jisoo, Chaeyoung, Irene e eu nos entreolhamos esperando o momento certo para apartar uma futura briga. 

- Seu tempo já passou Moon. Jennie é minha mulher agora, e não pretendo mudar isso. 

- Uhh! – Jisoo falou. 

- Não tenho culpa das más escolhas da Jenjen. – provocou Moonbyul. 

- Em nome de Jesus, vamos ficar todas calmas. – Roseanne sempre religiosa. 

- Exatamente meninas! – Irene se levantou. – Vamos todas dançar! 

- Ótima idéia, Irene! – Jisoo a acompanhou. - Vem Rosé.

Moonbyul revirou os olhos e juntou-se as meninas que se levantaram.

[...]

Irene dançava animadamente ao som de um ritmo envolvente ao lado de Moonbyul, Chaeyoung e Jisoo. Eu estava sentada ao lado de Jenlisa conversando sobre coisas aleatórias enquanto bebíamos. As duas viviam trocando carinhos e beijos me fazendo ter inveja de fazer o mesmo com a morena que dançava no salão. Tomei mais um gole de minha bebida que deveria ser alguma mistura de frutas cítricas e vodka, enquanto observava ela se divertir. 

- Deveria se adiantar, não quer perder ela pra alguma mulher aqui dentro não é? – Jennie falou enquanto estava sentada no colo de Lalisa. 

Eu a fitei por alguns segundos, e depois voltei o olhar para Irene. Jennie tinha absoluta razão. Eu não poderia deixar aquilo assim. Assenti para a morena que sorriu, e então me levantei seguindo em direção a Irene que dançava ao lado de uma mulher que eu nem sequer tinha visto antes. 

Sem pensar duas vezes puxei a mulher pela cintura, fazendo a mesma se afastar da loira que a rondava. 

- O que pensa que está fazendo, Kang? 

- Afastando você do que não presta. 

A loira não fez uma cara nada boa, mas apenas se afastou sem falar nada. Irene ficou por alguns segundos me fitando, e Deus. Ela estava linda, seus cabelos estavam soltos, levemente desgrenhados, nada fora do comum. Sua maquiagem era leve, ressaltando seus lábios que eu tanto queria beijar. Sabe quando por alguns segundos vocês sai de orbita, e não consegue perceber nada ao seu redor a não ser a pessoa que está a sua frente? Era exatamente assim que eu me sentia.  Nem a forte batida da musica, as varias pessoas ao redor, o jogo de luz frenético da boate me fazia tirar os olhos da mulher a minha frente. 

Irene alternou o olhar de minha boca para os meus olhos, e suspirou. Eu tentei me aproximar, tocando sua cintura novamente. Mas a mulher negou com a cabeça e se afastou. E em um impulso eu a segurei. 

- Não, por favor. Eu prometo não fazer nada. – ela virou em minha direção. – Apenas dance comigo. 

Irene parecia pensar na minha proposta. 

- Promete? 

Eu sorri. 

- Prometo. – falei firme, sem deixar que ela percebesse meus dedos cruzando, quebrando minha promessa. 

Aquela noite, eu começaria a reconquistar Bae Joo Hyun.

Lalisa Manoban's Point of view.

- Aonde você vai? – perguntei assim que Jennie levantou do meu colo. 

- Vamos dançar? 

Perguntou com um sorriso animado. Ela já estava "alta" devido ao grande teor de álcool em seu corpo. Mas aquela noite não haveria problemas, Jennie estava feliz e isso era o que importava para mim. 

Eu sorri para ela que ficou parada a minha frente esperando uma resposta. Deus, ela estava linda como sempre. Essa noite ela usava uma blusa na cor preta, que deixava suas costas totalmente nuas, deixando também um pouco do seu abdômen lisinho a mostra. Na parte debaixo Jennie usava uma saia que chegava até seus joelhos, ao contrario do que se imagina o tecido se modelava perfeitamente bem em suas curvas, deixando-a totalmente sexy.  E para ajudar, ainda possuía uma abertura em sua coxa esquerda. Seus cabelos estavam soltos e ondulados, moldando seu rosto que possuía uma maquiagem leve e delicada. 

- Eu estou cansada, Nini. – resmunguei. 

- Vamos, Lili. Eu quero dançar com você!

Ela falou começando a me puxar. Eu levantei a contragosto e a segui. Jennie caminhou a minha frente, dando-me a oportunidade de apreciar muito de seu corpo enquanto a seguia. A coreana caminhou para o meio da boate onde todas as pessoas pareciam concentradas exclusivamente em dançar, sem perceber sequer alguém ao seu redor. E eu agora entendia perfeitamente bem. 

Jennie parou e se virou de frente para mim, com uma expressão sacana. A ponto de morder os lábios e começar a mover seu corpo numa sincronia perfeita com a musica latina que tocava. A batida era puramente sensual, o que se encaixava bem com a mulher a minha frente. Ela sorriu sarcasticamente, e continuou a dançar. Rebolando lentamente de um lado para o outro no puro intuito de me provocar. E estava conseguindo. 

Ela levou as mãos até o cabelo, fechando os olhos para rebolar mais. Porra. Jennie Ruby Jane tinha um poder de sedução imensurável, você simplesmente poderia se perder em meio aos seus olhares e a forma como seu corpo se movia. Era como uma espécie de hipnose. Você não tinha escolha, apenas era levado a uma dimensão onde desejo e luxuria predominavam. 

Eu respirei fundo e me aproximei, tomando sua cintura com as mãos de forma possessiva. Meus olhos se conectaram aos seus tão intensamente, que eu poderia jurar que a temperatura daquele lugar estava mais alta do que o normal. Ruby Jane mordeu os lábios e sorriu, como quem soubesse exatamente os pensamentos sujos que se passavam em minha cabeça. Ela se virou de costas para mim, colando seu corpo no meu para continuar a rebolar. Eu a sentia roçar em mim na sintonia que a musica estava ditando no momento. Eu deslizava as mãos por sua cintura e quadril que se remexiam a todo instante. Me instigando cada vez mais.

- Você não cansa de me provocar? – sussurrei em seu ouvido, a fazendo arquear a cabeça para trás, soltando um sorriso cínico. 

- Eu? Não estou provocando, Manoban. – disse colocando as mãos sobre as minhas para apertar mais seu corpo. – Estou apenas dançando com você.

- Se soubesse o que causa em mim dançando dessa maneira, pensaria antes de me chamar. – falei em seu ouvido, aproveitando para morder o lóbulo da sua orelha devagarzinho. 

Ela estava adorando aquele joguinho, Ruby Jane tinha como diversão me deixar fodidamente excitada por ela. E conseguia isso fácil demais. 

- E se eu souber? E se eu gostar de te deixar assim Lalisa? – seu tom de voz saiu rouco, sexy.

Eu deslizei meus lábios em seu pescoço, beijando aquela região com lentidão. Deslizando a língua bem devagar. 

- Maldita. – Sussurrei contra sua pele. 

Ela mordeu os lábios e sorriu, virando de frente para mim. Colocando seus braços envolta de meu pescoço para ficar a poucos centímetros de mim, minhas mãos rapidamente pousaram em sua cintura. Puxando o corpo da coreana para se juntar ao meu. Ela conectou seu olhar no meu, e sensualmente cantou um trecho da musica para mim, enquanto seu quadril se movia no ritmo perfeito da musica.

"Trata de no seducirme en esta noche

es increíble

vayamos despacio

Déjame besar tus labios, sentirme en tus brazos

No digas nada

Quiero sentir el calor que hay entre tú y yo

Pero esta noche no, pero esta noche no

Por favor"

A ultima frase ela quase gemeu em meus labios, e porra. Eu não pude suportar, segurei firme em sua cintura sem a menor intenção. A vontade de possuir aquela mulher aqui mesmo era indescritível. Jennie aproximou seus labios dos meus, e os beijou em provocação. Para em seguida se soltar, e se infiltrar em meio a multidão que dançava. 

A morena sem deixar que meus olhos a perdesse de vista, me fez a seguir entre as pessoas, como uma espécie de jogo a procura do que eu mais queria. Eu poderia ver seus cabelos ondulados, se destacando em suas costas clarinhas em meio a multidão. Ela se afastou o máximo que podia para um dos lugares mais escuros dali. O jogo de luz, a música alta, as várias pessoas. Tudo ajudava em seu jogo. 

Ruby Jane virou de perfil e sorriu para mim, dando-me o gás para continuar a perseguição. Até que ela foi para um canto escuro e solitário, se encostou na parede ficando de frente para mim. E rebolou ao som da música, deixando seu corpo roçar na parede bem devagar, de baixo para cima com os olhos em chamas sobre mim.

Provocadora. 

Eu sorri, e ela também. A coreana mordeu os lábios e com o indicador fez sinal para que eu me aproximasse. Eu neguei com a cabeça, e ela levantou a perna apoiando na parede atrás de si, deixando que sua coxa ficasse quase totalmente amostra devido a enorme fenda de sua saia. Eu pude ler em seus lábios ela pronunciar um simples "vem" que me deixou totalmente perdida. Ruby Jane suspendeu um pouco a saia, e eu rapidamente me aproximei. Fazendo seu corpo chocar contra a parede novamente. 

- Você está louca! - sussurrei contra seus lábios.

Ela soltou um sorriso sacana. 

- Louca em desejo por você. - disse mordendo meu labior inferior.

- Não podemos, não aqui Jennie. 

Suas mãos travessas deslizaram por meu abdômen lentamente, até subir para os botões da camisa de seda marfim que eu usava, desabotoando um, dois, três botões. Deixando a parte superior de meus seios amostra.

- Podemos... - ela falou inclinando a cabeça para frente, depositando um beijo demorado na parte superior do meu seio esquerdo. - Devemos... - outro beijo, mas agora no direito. - E vamos fazer. - ela dessa vez lambeu entre eles. - Agora, Manoban.

Eu que já estava com os olhos fechados, suspirei. Tentando me segurar no último fio de sanidade que ainda me restava. 

- Srta. Kim, por favor. - eu quase supliquei. 

- Shiiu! Eu preciso Lalisa. - disse ela com o dedo indicador sobre meus lábios. - Preciso gozar para você. 

Ela sussurava em meu ouvido com a voz mais sensual que poderia usar. 

- Alguém pode nos pegar, vamos para o banheiro. - tentei puxa-la, mas Jennie foi firme. 

- Eu quero aqui! Eu estou tão excitada, Lalisa. Sinta.

Ruby Jane pegou uma de minhas mãos e levou até sua boceta coberta pelo fino tecido da calcinha. Fazendo-me sentir o quão molhada ela estava. 

- Fode, fode gostoso. 

Eu não poderia suportar. Eu queria, e faria. Foderia Jennie em qualquer lugar que ela pedisse. Eu beijei seus lábios intensamente, desfrutando de sua boca o máximo que podia. Eu queria sentir, e dar aquela mulher o que ela tanto queria. Um orgasmo. 

Com uma das mãos suspendi sua coxa, para meu corpo se encaixar perfeitamente com o dela. Levei a outra mão entre as madeixas escuras de seu cabelo, puxando com certa força que a fez arfar. Obrigando a mulher a arquear a cabeça para trás, deixando seu pescoço a mercê de minha boca. Eu aspirei fundo o cheiro de sua pele, e lambi a região de seu pescoço com vontade, fazendo ela me apertar por puro impulso. 

Jennie mordeu os labios com força, e me fitou. Eu poderia jurar que estávamos sozinhas ali, sem mais ninguém. Apenas eu e ela. Minha mão que repousava em sua coxa subiu até sua nadegas, apertando com força. A morena inclinou a cabeça para frente, deslizando os labios por minha mandíbula em pura provocação. Meus dedos seguiram até a virilha dela, chegando a ponto de driblar o fino tecido de sua calcinha e tocar sua boceta quente e úmida. 

- Oh, isso. Me toque... - ela sussurrou com a cabeça arqueada para trás, ficando encostada na parede.

Eu não ousei desobedecer, inclinei a cabeça para frente depositando beijos, chupadas e leves mordidas em seu pescoço. Enquanto minha mão deslizava entre as dobras de seu sexo. 

- Lalisa... - ela gemeu, apertando meus cabelos com certa força. 

Apenas me dando impulso para movimentar mais o indicador e o dedo do meio sobre seu clitóris. Ela estava fodidamente excitada, sua boceta molhada me daria facilmente a oportunidade de lhe foder ali. 

- Mais rápido... faça mais rápido, Lalisa!

Ela gemia, Céus! Eu estava enlouquecendo. A bebida, o lugar, seus gemidos, a forma como ela estava excitada e o medo de ser pega. Tudo contribuía para uma situação alucinante. Meus dedos se moviam de pressa, fazendo uma pressão gostosa na boceta de Jennie que gemia a cada instante mais alto. 

- Geme baixinho, geme só pra mim Ruby Jane.

Ela mordeu os labios de forma tão sexy para conter os gemidos que eu pude sentir minha boceta se contrair. 

- Isso, geme baixinho. Geme no meu ouvido, eu vou foder você até você gozar. 

- Isso Lalisa... Oh... - ela voltou a gemer, Deus. 

A adrenalina que tomava conta de meu corpo misturada com o álcool deixava tudo dez vezes mais intenso. Eu deslizava cada vez mais depressa meus dedos sobre o clitóris da coreana que morria em gemidos, sua respiração estava ofegante apenas contribuindo para minha perdição. Jennie inclinou a cabeça para frente, e tomou minha boca em um beijo desesperado. Deixando sua língua invadir minha boca com gana, chupando de uma maneira tão gostosa. 

- Oh, eu preciso que você me foda. - ela choramingou agoniada. – Porra, eu vou gozar a qualquer momento! Oh!

Estávamos suando, o lugar parecia uma sauna. Ruby Jane cravou as unhas em minha bunda no exato momento que ameacei penetrá-la. Deus, eu queria, precisava sentir ela gozar. Quando deslizei os dedos para foder a coreana um casal se aproximou me fazendo recuar. Ela abriu os olhos que até poucos minutos estavam fechados e me fitou furiosa. 

- Termine isso agora! – disse me prendendo a ela. 

- Vem comigo. – falei puxando a morena comigo. 

Passamos por algumas pessoas que se agarravam no corredor, até entrar em um dos banheiros que pelo visto estava em manutenção. Eu nem dei tempo de Jennie falar nada, apenas puxei a coreana para junto de mim tomando sua boca em um beijo desesperado. A mulher abriu rapidamente o restante dos botões de minha camisa, cravando as unhas em minha cintura. Sem nos desgrudar uma da outra, levei o corpo da mulher até a enorme pia daquele banheiro, onde rapidamente a obriguei a sentar.

Jennie abriu as pernas para que eu me encaixasse no meio delas, para em seguida fechar ao redor de minha cintura, prendendo meu corpo ao dela. Eu beijava a mulher como se minha vida dependesse daquilo. 

- Me chupa, por favor... Lalisa. – ela pediu ofegante. 

Minhas mãos que agora apertavam suas coxas com força subiram até sua calcinha para baixa-lá. Eu puxei o quadril de Jennie um pouco para frente, vendo sua boceta rosada e úmida. Por Deus, eu pude sentir meu corpo tremer com tamanha vontade. 

Ela encostou suas costas no espelho atrás de si, e soltou um gemido alto no exato momento em que minha língua deslizou levemente sobre sua boceta. Ela tinha um gosto maravilhoso. 

- Oh, Deus! Lalisa! 

Eu fitei a morena que tinha a cabeça arqueada para trás, vendo sua pele levemente brilhante por conta do suor, ela estava agora totalmente aberta para mim. Fazendo uma fodida expressão de prazer. Suas mãos estavam apoiadas no mármore da pia. Porra, eu poderia gozar apenas de vê-la tão excitada. 

- Chupe, vai. 

Eu fechei os olhos, e deslizei a língua passando pelos labios maiores, deixando que apenas a pontinha tocasse em seu clitóris inchado. A morena que estava sedenta de mais se abria para mim, e empurrava seu quadril mais para frente. Mas continuei apenas a provoca-lá.

- N-não provoque, Manoban! 

- Você é tão deliciosa, Kim. – falei para em seguida, deslizar minha língua sobre o clitóris inchado da morena com certa pressão, eu pude ouvir seus gemidos altos e sufocados.

Ela estava tão sensível, que eu só poderia continuar ali. Chupei da maneira que ela ordenava, sugando tudo que ela me oferecia. Uma de suas mãos pousaram sobre meus cabelos, apertando com força. Obrigando-me a continuar. Seu quadril a todo instante se movia, impulsionando para frente, para que minha língua fizesse uma pressão mais forte. Ela estava prestes a gozar, gemia e se movia rápido. 

- Oooh porra! Lalisa! – ela estava tão ofegante, seu peito subia e descia depressa.

As gotas de suor escorriam em seu pescoço, onde facilmente eu poderia ver a veia elevada.

– V-você me chupa tão gostoso, caralho!

Eu poderia dizer que amava quando ela xingava? Me sentia fodidamente excitada com seu vocabulário sujo. Eu parei por uns instante e lambi os labios, recebendo um olhar fuzilante dela. 

- Eu amo chupar você Jennie. – sussurrei, me abaixando novamente.

Agora com dois dedos eu "abri" sua boceta tão molhada e úmida, eu podia sentir ela pulsar. E lentamente comecei a circular seu clitóris.  Ela novamente arqueou a cabeça para trás e gemeu meu nome arrastadamente. 

- Hmmm, isso, chupa! – choramingou. 

E eu fiz, chupei com vontade. Sentindo o corpo da morena tremer por inteiro, ela estava se movendo depressa involuntariamente, enquanto sua mão segurava minha cabeça com força. Eu não parei até sentir a ultima gota de seu gozo em minha língua. 

- Você é tão gostosa!

Jennie sorriu sacana, e ofegante. Inclinou-se para frente, para sem seguida me puxar pelo cabelo, obrigando-me a ficar frente a frente com ela. Ela mordeu os labios, e puxou meu cabelo novamente, mas agora a coreana foi quem se aproximou, e lambeu feito uma felina todo os resquícios de seu próprio gozo sobre minha boca. 

- Eu quero foder você. – disse maliciosa. 

- Quer?

- Quero, e quero agora. 

Por Deus, alguém poderia querer uma mulher mais perfeita que essa? Eu sorri de canto, e quando ia puxa-lá de cima da bancada a porta do banheiro se abriu. Dando espaço para Irene e Seulgi que se beijavam ardentemente, mas pararam no exato instante que nos viram lá dentro.  Nós quatro nos entreolhamos como se estivéssemos acabado de realizar um crime. 

- Ér... nós... bom... - Irene começou falando. 

- Nós sabemos. – Lalisa falou risonha.

- Isso vai ser um segredo. – Irene falou fingindo está seria. 

- Temos que jurar. -  Jennie se pronunciou. 

- Não sei por que, estou adorando. Podemos fazer todas juntas. Vocês duas já começaram há tempos não? 

- Kang. – falei rindo. 

- O que? O estado de Jennie é deplorável. E Lalisa! Você ta gostosa mesmo hein. 

- Seulgi! – Irene a empurrou. 

- Eu só tenho olhos para você Bae. – ela disse seria, olhando para a mulher ao seu lado. 

Todas nós já estávamos passadas no álcool, isso era um fato. E Irene parecia estar muito mais. Tanto que nem se importou, apenas puxou Seulgi para dentro de uma das cabines do banheiro. Eu ri ao ver as duas atrapalhadas praticamente se comendo em nossa frente, até que a porta se fechou nos deixando ouvir apenas algumas risadas e barulhos bem conhecidos. 

- Quer continuar? – ouvi Jennie sussurrar.

Encarei a mulher sem acreditar. Mesmo com o casal perto de nós ela queria continuar ? Deus!

- Isso é serio?

Jennie sorriu de canto, e me puxou pela gola da camisa para dentro de uma cabine, aquela noite seria longa.

Oh se seria.

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